Certíssimo. A pensão é para sustentar o filho, não é para sustentar a ex-mulher. Se todas as crianças precisassem de 500 euros/mês para se alimentarem, este país estava bem fodido.
Não.
Não.
Da maneira que colocas a questão, tentas passar a ideia de que o Palhinha envia uma nota de 500 euros à ex-mulher todos os meses e isenta-se de toda e qualquer responsabilidade parental a partir daí. Nada mais falso.
A ex-mulher nem sequer ficou com a guarda total da criança, o Palhinha fica com ele durante 1 semana a cada 15 dias. Ou seja, a criança está com o pai durante um terço do ano. Nessas circunstâncias ainda menos se justifica uma pensão avultada. E o Palhinha até tentou a guarda partilhada, mas a logística era complicada devido a morarem em países diferentes e a criança ser muito nova, só por isso é que o tribunal não aceitou o pedido.
A partir do momento em que o Palhinha se compromete com as necessidades maiores da criança (habitação, educação, saúde) acima daquilo que dita o valor do cheque, esta notícia não é mais do que uma tentativa fútil de assassinar o caráter da pessoa em causa.
Ela queria o Euromilhões, mais só lhe saiu a raspadinha. Acontece.
Já percebi que existe aí qualquer coisa.
1. A exigência de uma pensão de alimentos no valor de 500 euros por mês não é rara, muito pelo contrário. E garanto que não são só os ricos que pagam algo do género.
2. Os progenitores têm a possibilidade de conformar o valor da pensão de alimentos. A esse respeito, o tribunal opera a título subsidiário, ou seja, quando não há acordo.
3. O valor da pensão de alimentos deve refletir AS NECESSIDADES DO FILHO e a SITUAÇÃO ECONÓMICA dos pais, conforme estipula o Código Civil. Dito de uma forma acessível: se o puto está habituado a comprar Nikes, a ir para clubes de ténis caríssimos ou se mora numa casa extraordinária, então a ideia é garantir a manutenção dessas condições.
4. Escusado será dizer que a pensão de alimentos não é só para se alimentarem. Engloba alimentação, vestuário, habitação, atividades lúdicas, educação, gastos com saúde, etc.
5. Se o Palhinha tem uma maior disponibilidade financeira, então fará todo o sentido que pague mais. Isto não opera numa lógica 50% / 50%
6. O facto de ele estar com o miúdo 1 semana a cada 15 dias é irrelevante. A mãe é o progenitor residente, o que significa que o Palhinha deve arcar com PELO MENOS 50% das despesas. Acresce que a mãe não tem obviamente a mesma disponibilidade financeira, logo o Palhinha deverá pagar certamente mais de 50%.
7. Vi numa notícia que o valor de 500 euros foi proposto pelo Palhinha.
8. Deus me castigue agora mesmo se o filho de um jogador que ganha 1 MILHÃO DE EUROS por mês só tem despesas de 1000 euros por mês.
9. Não sei se tens filhos, mas se tens, deverá ser do teu conhecimento que, num casal de classe média, o valor da alimentação com uma criança de 2 ou 3 anos poderá bem ascender aos 100 euros mensais (ou mais).
10. É possível existir um regime misto para a pensão de alimentos, mas é absolutamente irrelevante para este caso. O regime misto tem como principal função colmatar despesas extraordinárias.
11. Enoja-me a tua perspetiva claramente misógina de que ela quer é mamar à custa dele, como se não tivesse sido ele o carneiro que a traiu.