Não são tanto os resultados que me incomodam. Afinal, só ganhámos 3 campeonatos nos últimos 12 anos.
O que me incomoda mais é a postura dele. Desde que foi eleito que ainda não parou de fazer broches ao Pinto da Costa, ao Sérgio Conceição, ao Francisco Conceição, ao Pepe.
Tudo o que de mal fizeram ao clube e só tem elogios para eles? Vai sem contemplações atrás de quem fez mal ao clube mas quer dar a um deles o nome do museu?
Vê um jogador a responder ao treinador, como não me lembro de ver no clube, e não o suspende de imediato? Vem agora com a ladainha do processo disciplinar. Agora já vai tarde. E vai levar o quê, uma multita?
Nem vou falar da escolha e manutenção do treinador. Erros clamorosos, mas toda a gente erra.
Se não mudar a postura, temo pelo nosso futuro. Era chegar e acabar com tudo o que vinha do passado.
Mas não,, só quer fazer,-,lhes homenagens. Mas eles cagam nele e ele gosta.
E temo pelo futuro porque a escumalha que desgovernou o clube até Abril não está a dormir. É fazer-lhes mais homenagens.
Compreendo o que dizes e concordo totalmente com a questão do Pepê, onde o procedimento disciplinar do clube deveria ter sido mais imediato e assertivo.
No entanto, apesar de também entender bem os teus argumentos quanto ao resto, consigo compreender perfeitamente a postura mais diplomática/ apaziguadora/ respeitosa do AVB em relação ao passado recente do clube, e a figuras icónicas e ele associadas. Em primeiro lugar, acho que é genuinamente a postura e maneira de estar dele, a sua educação, o seu modo de ser.
Em segundo lugar, e mais importante do ponto de vista institucional, o Clube precisa de união! As eleições e a campanha do ano passado, com todas as poeiras que levantou, deixou marcas profundas e divisões muito acentuadas. Foram necessárias, mas também têm de ser ultrapassadas, pelo bem de todos, vencedores e derrotados. Porque acima de tudo deve estar o Futebol Clube do Porto e os seus interesses coletivos.
A liderança do AVB tenta ser unificadora, a la Mandela, o que rompe bruscamente com aquilo a que estávamos habituados. Mas essa é uma das muitas mudanças que eu e muitos sócios queriam ver. Eu vejo elevação e não fraqueza nessas atitudes. O que está a faltar, para já, é sucesso desportivo, para que tudo isso faça sentido. Mas estou convencido que ele vai chegar, sem necessidade de uma travessia do deserto.
Têm sido cometidos alguns erros. Ele assumiu alguns deles, hoje. Mas também está a aprender a dureza e exigência do lugar que ocupa. Como tipo inteligente que é, estou certo que vai aprender rápido a evitar certas armadilhas. E o sucesso desportivo virá, consequentemente!