O AVB referiu processos disciplinares no plural - não o deveria fazer. No caso do Pepê, como esclareci, é diferente. O próprio jogador tornou o caso público. Um ou dois joguinhos afastado só lhe fariam bem... e no caso dele, pelos últimos dois meses, nem iria prejudicar a equipa... muito pelo contrário.Nunca ias conseguir fazer com que um processo disciplinar fique no seio do grupo. Menos ainda quando jogador é representado por quem é!
E também já vai sendo hora de desmistificar a ideia que um processo disciplinar é sinonimo de exclusão do atleta.
Como qualquer empresa, um processo disciplinar tem diferentes níveis de gravidade e níveis de punição em concordância. Isto na sequencia dos atos e tudo aquilo que antecedeu e sucedeu o facto. Neste caso, há ocorrências não totalmente esclarecidas durante a semana, há declarações do antigo treinador no final do jogo (que podem tbm configurar a abertura de outro processo disciplinar) e, finalmente, a reação do jogador nas redes sociais. Ou seja, há antecedente ao facto que podem configurar de atenuante e mesmo o facto em si, está longe de configurar uma suspensão.
Já quanto assumir transparência nos negócios, não podia estar mais em desacordo. Assumir publicamente as negociações, clarificando genericamente o estado destas, ajuda a controlar a informação e comunicação publica. AVB fez isso ontem, sendo muito claro o que ainda fazia prender o negocio, respeitando até a posição do Cruz Azul.
Mas nem é por AVB vir a publico clarificar que não se saberia do negocio. Tornou-se publico no México e logo se tornou viral. Não se pode querer gerir a comunicação como há 30 anos atras. Nada funciona igual, logo nem é possível de gerir estes casos em modo de negação.
Depois também deixa um sabor a injustiça... o FV teve um processo e não foi convocado...
Na negociação, o problema é dar a ideia que só tem este alvo... e provavelmente só tem mesmo este alvo. Não é uma boa maneira de negociar... o resto é liricismo.
Em qualquer negociação é muito mau mostrares as cartas que tens na mão.