Sei que é um alvo demasiado fácil e, na verdade, eu não sei nada sobre a real valia do Jorge Costa e do que ele acrescenta no dia-a-dia do clube. Contudo, há uma coisa que salta à vista. Se o Jorge está ali para garantir que o espírito do Porto é assimilado por todos, então está a falhar na sua tarefa. Termos um central com câimbras aos 70 minutos, quando estamos a perder um jogo contra o maior rival, em casa, não é espírito Porto. O Fábio Vieira queria sair depois do 3 a 0 por ter dores. Se estivesse a ganhar, ficaria chateado por sair. Não é ser Porto - é ser Maicon. A forma como os jogadores comunicam em campo não é de uma equipa do Porto. E permitir que o Pepe, depois do que se passou com o VB, continue a jogar é uma total falta de norte.
Devido ao meu trabalho, aprofundo gestão e liderança. E garanto que lidar com "millennials", esta nova geração, requere uma abordagem diferente de ir ao balneário a gritar. Gerir faltas de confiança requer controlo e equilíbrio emocional (o Anselmi mostrou mais isso do que todos os outros). Corremos o risco de sermos um circo do qual os bons querem sair, e os maus vao ficando, perpetuando um espírito de merda nas nossas equipas. Temos de fazer o contrário, com exigência, boa gestão de expectativas e, sobretudo, controlo emocional.
Nesta altura, o problema é de tal ordem que o mais fácil será mesmo substituir boa parte dos recursos humanos e recomeçar.