Achas que o Biden risca alguma coisa? Achas que a Kamala ia riscar alguma coisa no que a política externa diz respeito? Basta ver as figurinhas que o Biden ainda agora fez na visita à Amazónia. É o aparelho do partido democrata que está cheio de neocons, como esteve o partido republicano até ao George W. Bush. Isto é a política externa americana desde a década de 60.
Quem tem dois dedos de testa percebe claramente porque é o Dick Cheney, um dos grandes símbolos do movimento neocon americano, e a filha apoiaram a Kamala Harris. A política externa dos EUA desde 1960 é alimentar permanentemente guerras e conflitos por todo o mundo sob o falso pretexto de manter a paz no mundo e espalhar a democracia e os valores da liberdade americanos.
Esta decisão de envolver diretamente a NATO e permitir o lançamento de mísseis de longo alcance para território russo é simplesmente uma tentativa de fazer escalar a guerra e fazer o conflito perdurar no tempo, uma vez que paira uma "ameaça" de paz com o Trump no poder. É a única coisa que lhes interessa. Guerra permanente. Os líderes europeus estão completamente presos pelos tomates e pelo dinheiro dos lobbies. Gente fraca e da pior estirpe, outrora cheios de dinheiro nos bolsos graças ao negócio do gás russo.
Basta um erro, um calculo mal efetuado, como já esteve prestes a acontecer durante a guerra fria, para o mundo como o conhecermos deixar de existir.
O que me deixa absolutamente de rastos é ver a leviandade e a insensibilidade com que as pessoas recebem notícias de preparativos para uma guerra nuclear.
É tudo uma luta por dinheiro e poder.
Concordo em geral, mas calma. Não vai haver nenhuma guerra nuclear, pelo menos em larga escala, porque isso provocaria o colapso das redes energéticas e financeiras que alimentam a economia global, e os grandes vencedores dessa economia não querem o caos. Muito pelo contrário. Querem ter o jogo controlado, e continuar a desviar para o lado deles o fluxo dos rendimentos, concentrarem nas suas mãos todo o poder e toda a riqueza possíveis.
Só que essa concentração do poder e da riqueza não pode ser feita demasiado às claras, precisa de ser escorada com justificações "morais" (a democracia, os direitos humanos, a saúde, etc.), caso contrário os 1% (0, 01% na verdade) correriam sérios riscos de ter revoltas populares nas ruas, que é a coisa que os ricos e os poderosos sempre mais temeram, por ser mau para o negócio e porque os aristocratas nunca esqueceram aquela cena das guilhotinas.
Nunca nos devemos esquecer que dividir para reinar é o nome do jogo político, e que em política quase nada é o que parece, e que não há jogada política/militar que não tenha algo ou muito de operação psicológica, de manobra de distracção para iludir as massas. Food for thought.
Ou como disse Roosevelt: "In politics, nothing happens by accident. If it happens, you can bet it was planned that way".