Vamos supor que as útimas
notícias "estórias" divulgadas pelo Vítor "porco" Pinto são verdadeiras, pergunto:
- Em que é que o interesse de AVB numa possível contratação de VB para o lugar de treinador principal do FCP altera ou muda tudo aquilo que SC disse há dias? Como é lógico, se AVB decide contratar um Guardiola, um Abel Silva ou um Otávio Machado, é apenas e só da sua responsabilidade, ao qual o SC nada tem a ver.
Sérgio Conceição disse:
"Sobre o meu futuro, não está dependente de nenhuma conversa. Quem decide o meu futuro sou eu, ponto."
Como é lógico, esta afirmação de SC só e verdadeira se a decisão que tomou for a de abandonar o clube. Só ele tem a capacidade de rescindir unilateralmente o famoso contrato.
Se a sua decisão for a de continuar no clube, aí já deixa de ser ele a decidir o futuro, e competerá a AVB decidir se aceita que SC continue como treinador principal, ou não. Os contratos são como as virgindades, só existem até ser rompidos...
Sérgio Conceição disse:
"Sempre digo que, no FC Porto, o contrato não faz o treinador ou o jogador. Se o meu caminho e o do FC Porto se bifurcarem, saio com a mesma dignidade com que entrei. Se amanhã for o meu último jogo, o FC Porto paga-me o dia de amanhã e vou embora sem mais nada. Isto fez muita comichão a muita gente. Vou embora sem levar um tostão, pagam-me até ao dia em que trabalhar, com a mesma dignidade com que entrei. Foi muito falada a minha assinatura dois dias antes da eleição. Há uma coisa que eu não abdico: a gratidão e o respeito pela pessoa que tem mil e tal títulos no clube e me trouxe para aqui com 15 anos. A partir desse momento, os nossos caminhos dividem-se e nem um tostão eu quero do FC Porto.»
Quem ler e ouvir atentamente as palavras de Sérgio Conceição, saberá que ele não tem outra hipótese de sair desta situação com dignidade, como ele tanto gosta de referir, que não seja rescindir o contrato sem exigir nada mais ao clube.
Senão vejamos, o próprio refere que o contrato não faz o treinador ou jogador. Ele próprio desvaloriza o contrato que assinou 2 dias antes de PdC perder de forma contundente as eleições. Seria de uma hipocrisia total querer agora obrigar o clube a honrar o dito contrato, seja na forma concreta, seja na forma de indemnização.
Ele próprio refere que os caminhos dele e de Pdc se dividiram, como tal não exigirá um tostão do clube, como que a afirmar com todas as letras que, se o novo presidente não o quiser como treinador, de imediato deixará o clube sem exigir nada em troca.
Com tudo isto, não percebo qual a demora em assumir de uma vez por todas que o seu futuro não passa pelo FC Porto e assim terminar uma ligação da forma mais normal e pacífica possível.
Mas a dualidade de Sérgio Conceição tem de estar sempre presente, um pouco à imagem da sua personalidade.