Actualidade Nacional

LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
Tens que pensar quanto custa uma casa para avaliar uma renda.

Se pagasses 200K por uma casa arrendavas por 900 euros por mês?
Atirei números ao calha para exemplificar e não pensei em casas novas. Pensei nas já disponíveis, já quase pagas ou compradas em tempos de preços baixos. Basicamente tirei o exemplo da minha vizinhança que é uma zona com casas de sensivelmente 40 anos e dos srs Manuel que conheço e vejo. Mas o mesmo pode funcionar para outro tipo de casa, preço ou modalidade ( compra / venda). Se uma casa nova for colocada á venda por 200 e alguém vier e de 400 a brincar, o sr Manuel vende a 400. E enquanto houver quem de 400 o sr Manuel vai sempre vender a esses, sem querer saber de onde vem o guito, quantos lá vão ficar, etc. Porque isso não é problema do sr Manuel.

Mais que os preços, devia- se limitar quantas pessoas podem viver no mesmo espaço. Controverso mas aplicável. Mas depois contornam a coisa com a placa "Hostel " como também já vi. Enfim, é um novelo. Que vai estagnar mas até lá as saras e diogos tem que pensar muito bem, e nem sequer pensar em separar,porque no dia que acontecer, vao ter que voltar para casa dos pais, se tiverem a sorte de ainda os terem, porque sozinhos a ganhar ordenado mínimo, estão fodidos para arranjar o espacinho deles sem ter que dividir com alguem
 
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Cheue

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12 Maio 2016
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Políticos a usar o poder do Estado para atirar o problema da habitação para a propriedade privada! Sim, vamos taxar a malta das décadas de 40, 50 e 60 como os meus pais, ou tios, que construíram a vida no litoral, casa, trabalho e família e que hoje em dia herdaram terrenos e casas que ninguém quer lá nos confins de trás os montes, onde mais de metade das aldeias são casas vazias, herdadas por filhos e netos, muitos deles de portugueses que emigraram. Vamos aumentar impostos a esta gente que para ter uma vida digna deram cabo do lombo desde os 10, 12, 14 anos de idade. Sim, são estes os grandes culpados da falta de oferta no mercado de habitação.
convém saber onde estão essas casas...
eu também tenho na família essas questões de casas e terrenos.

é diferente de ter uma casa perfeitamente habitável, num local onde se paga bem de renda...e estar lá parada durante anos só porque sim.

de qualquer forma isso nunca ia para a frente exactamente porque há muitas variáveis.
mas o que não ajuda é dizer que tudo é ideologia, achar que o mercado vai resolver por magia também é ideologia.
 

avr1922

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20 Outubro 2017
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Não me levem a mal, é só um preciosismo mas acredito que muita gente simplesmente não sabe:
Em Portugal, a diferença entre "arrendar" e "alugar" reside no objeto ao qual se refere o contrato. Arrendar é usado para bens imóveis (como casas e apartamentos), enquanto alugar é usado para bens móveis (como carros, equipamentos, etc.).

Resumo: ARRENDAR uma casa.


Detalhes à parte, a lei da oferta vs procura é a base de todo e qualquer negócio, e a única forma de se autoregular sem imposições parvas. Os proprietários dos dias de hoje aproveitam-se das condições atuais do mercado, claro. Tivesse eu capital para investir a sério e também o faria.
O que eu gostava de ver, era aqueles que apregoam aos sete ventos que esses proprietários não têm coração e empatia, a comprar / construir casas para colocar no mercado de arrendamento a baixos valores.

Um pormenor que convém referir é que o estado leva 25% da renda.
Outro pormenor interessante é que, numa compra de 200.000€ (por exemplo, até porque dificilmente se arranja mais barato), só em impostos são cerca de 6400€, para habitação secundária. Podemos a isso juntar 0,6% de imposto de selo do valor a financiar se for alguém que peça uma parte emprestada para investir. Refiro-me apenas e só a impostos.
Não menos importante é a "leveza e celeridade" com que qualquer câmara municipal trata um processo para a construção de habitação. Aqui já nem falo em custos.

A única forma de se resolver o problema de habitação, é criar condições para que seja apelativo o negócio, e com isso atrair mais investimento ao setor. Por outras palavras, provocar a subida de oferta e com isso equilibrar a balança. Não é a roubar quem tem património que se resolve o problema, só estão a engordar o mercado negro e a afastar possíveis investimentos.
Isto também faz sentido, baixar encargos da construção de novas casas mas só para quem constrói para 1ª habitação.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Políticos a usar o poder do Estado para atirar o problema da habitação para a propriedade privada! Sim, vamos taxar a malta das décadas de 40, 50 e 60 como os meus pais, ou tios, que construíram a vida no litoral, casa, trabalho e família e que hoje em dia herdaram terrenos e casas que ninguém quer lá nos confins de trás os montes, onde mais de metade das aldeias são casas vazias, herdadas por filhos e netos, muitos deles de portugueses que emigraram. Vamos aumentar impostos a esta gente que para ter uma vida digna deram cabo do lombo desde os 10, 12, 14 anos de idade. Sim, são estes os grandes culpados da falta de oferta no mercado de habitação.
Percebo a ideia e concordo. Eu ia por outro lado, quem tem uma casa ao abandono devia ser obrigado a vendê-la. No fundo, seria uma espécie de lei das sesmarias para a habitação. Se nunca usas, tens de vender a quem use. Só na minha rua há três casas cujos donos estão em França há décadas e não querem saber delas para nada, nunca cá vêm, e que se fossem postas no mercado facilmente seriam vendidas por 70 ou cem mil euros. Só que os herdeiros pôem-se a fazer contas, concluem que se as vendessem só iriam receber uns dez mil euros por cabeça, e como não estão a precisar do dinheiro, deixam andar. Entretanto as casas vão-se degradando, e casas que hoje seriam perfeitamente recuperáveis, daqui a quinze anos só servirão para demolir. Isto faz sentido? Para mim, não.
 
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sirmister

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  • Abril/19
..

A única forma de se resolver o problema de habitação, é criar condições para que seja apelativo o negócio, e com isso atrair mais investimento ao setor. Por outras palavras, provocar a subida de oferta e com isso equilibrar a balança. Não é a roubar quem tem património que se resolve o problema, só estão a engordar o mercado negro e a afastar possíveis investimentos.
A única forma é dizer a verdade, nunca mais as casas em Portugal as casas e rendas vão ser baratas como eram há 10 anos atrás.. e que dizer o contrario é propaganda.

Quem quer comprar casas tem que trabalhar e ganhar dinheiro, e dizer que ter casa em Lisboa e no Porto nao é um direito.
 

N.

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  • André Villas-Boas
Sou tudo menos socialista mas neste caso acho que era a forma melhor de desincentivo à ganancia
Sabes qual seria o resultado da tua medida? O mesmo de sempre, o aumento dos impostos seria refletido no preço final de consumo. Quem tem várias habitações nos grandes centros urbanos, neste momento já tem todo o interesse em alugar. Não precisa de mais incentivos, o mercado está para o lado eles. Se aumentas os impostos, isso só se irá refletir no preço do aluguer! Quem não tem habitações em cidades ou vilas com procura, como uma grande do interior só sai prejudicado. Casas que estão desabitadas 90% do ano e mesmo assim já pagam impostos ao estado. A tua medida, não resolve nada. Agrava o problema!
 
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avr1922

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Sabes qual seria o resultado da tua medida? O mesmo de sempre, o aumento dos impostos seria refletido no preço final de consumo. Quem tem várias habitações nos grandes centros urbanos, neste momento já tem todo o interesse em alugar. Não precisa de mais incentivos, o mercado está para o ladod eles. Se aumentas os impostos, isso só se irá refletir no preço do aluguer! Quem não tem habitações em cidades ou vilas com procura, como uma grande do interior só sai prejudicado. Casas que estão desabitadas 90% do ano e mesmo assim já pagam impostos ao estado. A tua medida, não resolve nada. Agrava o problema!
Incentivava a venda a venda e não o arrendamento. É isso que se deve procurar, trazer encargos a quem tem casas vazias para que as vendam e não que estejam alugadas durante anos. O problema da litoraliadade (chamemos-lhe assim) do país também não ajuda mas é um problema maior. Isso é um problema cultural, e de oferta de serviços ser demasiado centralizada.
 

Cheue

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Sabes qual seria o resultado da tua medida? O mesmo de sempre, o aumento dos impostos seria refletido no preço final de consumo. Quem tem várias habitações nos grandes centros urbanos, neste momento já tem todo o interesse em alugar. Não precisa de mais incentivos, o mercado está para o ladod eles. Se aumentas os impostos, isso só se irá refletir no preço do aluguer!
a hipotética medida (que não vai acontecer) era exactamente para essas pessoas que supostamente teriam "todo o interesse em alugar" e não alugam só porque não, para se mexerem...
e o aumento do imposto era anulado a partir do momento que passasse a estar alugada...
 

liebe_fcp

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A única forma é dizer a verdade, nunca mais as casas em Portugal as casas e rendas vão ser baratas como eram há 10 anos atrás.. e que dizer o contrario é propaganda.

Quem quer comprar casas tem que trabalhar e ganhar dinheiro, e dizer que ter casa em Lisboa e no Porto nao é um direito.
Certo, aí concordo, nunca mais vamos ter casas aos preços de há 10 anos. Mas pode-se estancar a sangria e fazer o curativo, ficava a cicatriz mas a vida seguia, ainda que com alguma mazela pelo caminho.
 

sirmister

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Certo, aí concordo, nunca mais vamos ter casas aos preços de há 10 anos. Mas pode-se estancar a sangria e fazer o curativo, ficava a cicatriz mas a vida seguia, ainda que com alguma mazela pelo caminho.
Ainda há margem para subir, mas vai acabar por estabilizar.

O engraçado é que os mesmos que andam nas tv's a chorar com a habitação, tambem vendem o turismo e imigração em massa como a necessidade de Portugal.
 

liebe_fcp

Bancada lateral
16 Junho 2017
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Não tenho, mas vamos imaginar que tenho uma segunda habitação desabitada algures. Está desabitada porque tem valor sentimental e não quero ninguém lá dentro a não ser eu próprio, porque não me apetece ou porque simplesmente sou maluco. A casa é minha, comprei e pago IMI como o resto da vizinhança.
Porque raios me devem obrigar a vender ou arrendar!? O estado de direito fica onde? Se calhar estive 10 anos sem férias, a poupar em borgas e copos. Amealhei para ter algum conforto hoje. Vou ser obrigado a ceder pelo que trabalhei ao camarada que nunca juntou um cêntimo, que não abdicava de férias em grande mesmo tendo de recorrer a cartão de crédito com juros altos para o efeito!? Não percebo essa mentalidade.
 

N.

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  • André Villas-Boas
Percebo a ideia e concordo. Eu ia por outro lado, quem tem uma casa ao abandono devia ser obrigado a vendê-la. Só na minha rua há três casas cujos donos estão em França há décadas e não querem saber delas para nada, nunca cá vêm, e que se fossem postas no mercado facilmente seriam vendidas por 70 ou cem mil euros. Só que os herdeiros pôem-se a fazer contas, concluem que se as vendessem só iriam receber uns dez mil euros por cabeça, e como não estão a precisar do dinheiro, deixam andar. Entretanto as casas vão-se degradando, e casas que hoje seriam perfeitamente recuperáveis, daqui a quinze anos só servirão para demolir. Isto faz sentido? Para mim, não.
A minha madrinha vendeu este mês uma casinha completamente degrada que foi casa dos meus bisavós e primeira casa dos meus avós. Isto lá nos confins de trás os montes. O único interessado foi um empreiteiro que tem o monopólio de tudo o que é obras lá aqueles lados. Praticamente não existe mais ninguém. O sujeito não precisava daquilo para nada, mas ofereceu cerca de 3 mil e dada a completa escassez de interessados, eles lá aceitaram o valor. Aquilo foi dado. É um valor irrisório. No entanto, vai ser para o empreiteiro futuramente dar um jeito aquilo e meter para Alojamento Local.

Este tipo de negócios de baixo valor, só iria ser agravado com um hipotético aumento de impostos. Obrigar por lei ou por outro capricho, uma geração de reformados, com baixos rendimentos a fazer obras de restauro também é a meu ver o Estado a usar o seu poder de forma abusiva.

As medidas pensadas para f*der uma minoria com muito capital, acabam a prejudicar a maioria que não tem dinheiro para os medicamentos ou para o lar, quanto mais para as obras.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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A minha madrinha vendeu este mês uma casinha completamente degrada que foi casa dos meus bisavós e primeira casa dos meus avós. Isto lá nos confins de trás os montes. O único interessado foi um empreiteiro que tem o monopólio de tudo o que é obras lá aqueles lados. Praticamente não existe mais ninguém. O sujeito não precisava daquilo para nada, mas ofereceu cerca de 3 mil e dada a completa escassez de interessados, eles lá aceitaram o valor. Aquilo foi dado. É um valor irrisório. No entanto, vai ser para o empreiteiro futuramente dar um jeito aquilo e meter para Alojamento Local.

Este tipo de negócios de baixo valor, só iria ser agravado com um hipotético aumento de impostos. Obrigar por lei ou por outro capricho, uma geração de reformados, com baixos rendimentos a fazer obras de restauro também é a meu ver o Estado a usar o seu poder de forma abusiva.

As medidas pensadas para f*der uma minoria com muito capital, acabam a prejudicar a maioria que não tem dinheiro para os medicamentos ou para o lar, quanto mais para as obras.
A situação em Trás-os-montes é diferente, porque não deve haver grande pressão imobiliária, já que não há muito empregos por lá.
Mas eu moro a 30 km da costa, onde há trabalho e a procura de casas é imensa, e o que mais vejo é casas a degradar-se simplesmente porque os donos não precisam do dinheiro.
No caso da tua madrinha, três mil euros é um valor ridículo, mas ainda assim é melhor do que uma ruína que ela não tem interesse ou condições para reabilitar.
Colada à minha há uma casa pequena mas lindíssima, do século XVIII, que até está classificada como património muncipal e que já não é habitada há trinta ou quarenta anos. Está-se a degradar aos poucos, pondo inclusive em risco o telhado da minha casa. O dono está em França, e em vinte anos que aqui moro, só o vi uma vez. Se fosse obrigado a fazer alguma coisa com a casa, ele trataria de a recuperar ou vender tal como está. E não faltariam interessados em dar-lhe 50 mil por ela.
 

sirmister

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A situação em Trás-os-montes é diferente, porque não deve haver grande pressão imobiliária, já que não há muito empregos por lá.
Mas eu moro a 30 km da costa, onde há trabalho e a procura de casas é imensa, e o que mais vejo é casas a degradar-se simplesmente porque os donos não precisam do dinheiro.
No caso da tua madrinha, três mil euros é um valor ridículo, mas ainda assim é melhor do que uma ruína que ela não tem interesse ou condições para reabilitar.
Colada à minha há uma casa pequena mas lindíssima, do século XVIII, que até está classificada como património muncipal e que já não é habitada há trinta ou quarenta anos. Está-se a degradar aos poucos, pondo inclusive em risco o telhado da minha casa. O dono está em França, e em vinte anos que aqui moro, só o vi uma vez. Se fosse obrigado a fazer alguma coisa com a casa, ele trataria de a recuperar ou vender tal como está. E não faltariam interessados em dar-lhe 50 mil por ela.
E há 30 ou 20 anos ninguém queria comprar essa casa.. e não havia problema nenhum, quem criou o problema que o resolva, em vez de andar a atirar para cima de quem nada tem a ver com isso.
 

Dagerman

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Não tenho, mas vamos imaginar que tenho uma segunda habitação desabitada algures. Está desabitada porque tem valor sentimental e não quero ninguém lá dentro a não ser eu próprio, porque não me apetece ou porque simplesmente sou maluco. A casa é minha, comprei e pago IMI como o resto da vizinhança.
Porque raios me devem obrigar a vender ou arrendar!? O estado de direito fica onde? Se calhar estive 10 anos sem férias, a poupar em borgas e copos. Amealhei para ter algum conforto hoje. Vou ser obrigado a ceder pelo que trabalhei ao camarada que nunca juntou um cêntimo, que não abdicava de férias em grande mesmo tendo de recorrer a cartão de crédito com juros altos para o efeito!? Não percebo essa mentalidade.
Uma coisa é teres uma segunda casa que só ocupas um mês por ano. Outra é teres uma casa onde nunca pôes os pés e que se está a degradar. Aí a questão do valor sentimental nem sequer se aplica, é indiferença e negligência pura. E nestes casos acho que o dono devia ser pressionado a fazer alguma coisa com aquilo. Se a pessoa não quer ou não tem dinheiro para a recuperar, devia ser obrigada a vender. Às vezes o interesse nacional sobrepõe-se ao interesse pessoal e ao direito de propriedade.
 

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  • André Villas-Boas
A situação em Trás-os-montes é diferente, porque não deve haver grande pressão imobiliária, já que não há muito empregos por lá.
Mas eu moro a 30 km da costa, onde há trabalho e a procura de casas é imensa, e o que mais vejo é casas a degradar-se simplesmente porque os donos não precisam do dinheiro.
No caso da tua madrinha, três mil euros é um valor ridículo, mas ainda assim é melhor do que uma ruína que ela não tem interesse ou condições para reabilitar.
Colada à minha há uma casa pequena mas lindíssima, do século XVIII, que até está classificada como património muncipal e que já não é habitada há trinta ou quarenta anos. Está-se a degradar aos poucos, pondo inclusive em risco o telhado da minha casa. O dono está em França, e em vinte anos que aqui moro, só o vi uma vez. Se fosse obrigado a fazer alguma coisa com a casa, ele trataria de a recuperar ou vender tal como está. E não faltariam interessados em dar-lhe 50 mil por ela.
Se a casa que referes estiver a colocar outro património em perigo, o proprietário é por lei obrigado a reabilitar ou na pior das hipóteses a deitar o imóvel abaixo. Mas infelizmente em Portugal é um processo muitíssimo lento e desgastante. Também já tive (ainda tenho) a infelicidade de viver essa situação. Então quando o proprietário se dá bem com o poder local, é um verdadeiro inferno. Também é um exemplo claríssimo da forma como o Estado, nomeadamente o poder local é incompetente na fiscalização, mas seria totalmente beneficiado com um aumento de impostos via IMI.
 
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Dagerman

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E há 30 ou 20 anos ninguém queria comprar essa casa.. e não havia problema nenhum, quem criou o problema que o resolva, em vez de andar a atirar para cima de quem nada tem a ver com isso.
Não vejo qual é o problema de obrigar um proprietário a vender uma casa que nunca usou e que está a permitir que se degrade. Se tu precisas de todo o tipo de licenças para construir uma casa, porque é que hás-de ter o direito de a deixar cair aos pedaços só porque te apetece e és o dono, sobretudo se a casa fica numa zona onde há falta de habitação?
 

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  • André Villas-Boas
Incentivava a venda a venda e não o arrendamento. É isso que se deve procurar, trazer encargos a quem tem casas vazias para que as vendam e não que estejam alugadas durante anos.
Como é que tu incentivas a venda se o proprietário quiser arrendar? Vais inventar encargos para f*der mais a vida ao cidadão comum?
Eu numa situação dessas preferia fazer um crédito, depois as obras e finalmente o arrendamento. O problema é o seguinte, esta solução não serve para a grande maioria do país. Só para os centros urbanos. Mas existe também outro problema, a mão de obra é escassa, para construir ou reabilitar. Não se faz a 12 meses. Algumas nem a 24.

O próprio Estado tem um número incerto de imóveis vazios, sem uso. Nem impostos pagam, porque são propriedade do Estado.