Actualidade Nacional

avr1922

Tribuna Presidencial
20 Outubro 2017
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Tens dinheiro para ter um apartamento na praia e uma casa no campo? Que alugas a espaços quando não estás lá?
Paga por cada uma mas bem pago... se calhar começavam a abdicar de alguns luxos.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
Certíssimo. Obvio que a construção é essencial. Mas as casas nao se constroem de um dia para outro. Mas também enquanto houver ofertas como as dos 900 paus, podes construir o que quiseres que vao ser todas absorvidas mesmo antes de estarem disponíveis. Como em tudo, é preciso um equilíbrio.

Enquanto houver quem pague...
Tens que pensar quanto custa uma casa para avaliar uma renda.

Se pagasses 200K por uma casa arrendavas por 900 euros por mês?
 

liebe_fcp

Bancada lateral
16 Junho 2017
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Não me levem a mal, é só um preciosismo mas acredito que muita gente simplesmente não sabe:
Em Portugal, a diferença entre "arrendar" e "alugar" reside no objeto ao qual se refere o contrato. Arrendar é usado para bens imóveis (como casas e apartamentos), enquanto alugar é usado para bens móveis (como carros, equipamentos, etc.).

Resumo: ARRENDAR uma casa.


Detalhes à parte, a lei da oferta vs procura é a base de todo e qualquer negócio, e a única forma de se autoregular sem imposições parvas. Os proprietários dos dias de hoje aproveitam-se das condições atuais do mercado, claro. Tivesse eu capital para investir a sério e também o faria.
O que eu gostava de ver, era aqueles que apregoam aos sete ventos que esses proprietários não têm coração e empatia, a comprar / construir casas para colocar no mercado de arrendamento a baixos valores.

Um pormenor que convém referir é que o estado leva 25% da renda.
Outro pormenor interessante é que, numa compra de 200.000€ (por exemplo, até porque dificilmente se arranja mais barato), só em impostos são cerca de 6400€, para habitação secundária. Podemos a isso juntar 0,6% de imposto de selo do valor a financiar se for alguém que peça uma parte emprestada para investir. Refiro-me apenas e só a impostos.
Não menos importante é a "leveza e celeridade" com que qualquer câmara municipal trata um processo para a construção de habitação. Aqui já nem falo em custos.

A única forma de se resolver o problema de habitação, é criar condições para que seja apelativo o negócio, e com isso atrair mais investimento ao setor. Por outras palavras, provocar a subida de oferta e com isso equilibrar a balança. Não é a roubar quem tem património que se resolve o problema, só estão a engordar o mercado negro e a afastar possíveis investimentos.
 

N.

Tribuna
20 Junho 2019
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  • André Villas-Boas
é a escola pragmática...

isso é a escola ideológica... não se faz nada porque isso é considerado socialismo...
Políticos a usar o poder do Estado para atirar o problema da habitação para a propriedade privada! Sim, vamos taxar a malta das décadas de 40, 50 e 60 como os meus pais, ou tios, que construíram a vida no litoral, casa, trabalho e família e que hoje em dia herdaram terrenos e casas que ninguém quer lá nos confins de trás os montes, onde mais de metade das aldeias são casas vazias, herdadas por filhos e netos, muitos deles de portugueses que emigraram. Vamos aumentar impostos a esta gente que para ter uma vida digna deram cabo do lombo desde os 10, 12, 14 anos de idade. Sim, são estes os grandes culpados da falta de oferta no mercado de habitação.
 

LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
Tens que pensar quanto custa uma casa para avaliar uma renda.

Se pagasses 200K por uma casa arrendavas por 900 euros por mês?
Atirei números ao calha para exemplificar e não pensei em casas novas. Pensei nas já disponíveis, já quase pagas ou compradas em tempos de preços baixos. Basicamente tirei o exemplo da minha vizinhança que é uma zona com casas de sensivelmente 40 anos e dos srs Manuel que conheço e vejo. Mas o mesmo pode funcionar para outro tipo de casa, preço ou modalidade ( compra / venda). Se uma casa nova for colocada á venda por 200 e alguém vier e de 400 a brincar, o sr Manuel vende a 400. E enquanto houver quem de 400 o sr Manuel vai sempre vender a esses, sem querer saber de onde vem o guito, quantos lá vão ficar, etc. Porque isso não é problema do sr Manuel.

Mais que os preços, devia- se limitar quantas pessoas podem viver no mesmo espaço. Controverso mas aplicável. Mas depois contornam a coisa com a placa "Hostel " como também já vi. Enfim, é um novelo. Que vai estagnar mas até lá as saras e diogos tem que pensar muito bem, e nem sequer pensar em separar,porque no dia que acontecer, vao ter que voltar para casa dos pais, se tiverem a sorte de ainda os terem, porque sozinhos a ganhar ordenado mínimo, estão fodidos para arranjar o espacinho deles sem ter que dividir com alguem
 
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Cheue

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12 Maio 2016
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Políticos a usar o poder do Estado para atirar o problema da habitação para a propriedade privada! Sim, vamos taxar a malta das décadas de 40, 50 e 60 como os meus pais, ou tios, que construíram a vida no litoral, casa, trabalho e família e que hoje em dia herdaram terrenos e casas que ninguém quer lá nos confins de trás os montes, onde mais de metade das aldeias são casas vazias, herdadas por filhos e netos, muitos deles de portugueses que emigraram. Vamos aumentar impostos a esta gente que para ter uma vida digna deram cabo do lombo desde os 10, 12, 14 anos de idade. Sim, são estes os grandes culpados da falta de oferta no mercado de habitação.
convém saber onde estão essas casas...
eu também tenho na família essas questões de casas e terrenos.

é diferente de ter uma casa perfeitamente habitável, num local onde se paga bem de renda...e estar lá parada durante anos só porque sim.

de qualquer forma isso nunca ia para a frente exactamente porque há muitas variáveis.
mas o que não ajuda é dizer que tudo é ideologia, achar que o mercado vai resolver por magia também é ideologia.
 

avr1922

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20 Outubro 2017
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Não me levem a mal, é só um preciosismo mas acredito que muita gente simplesmente não sabe:
Em Portugal, a diferença entre "arrendar" e "alugar" reside no objeto ao qual se refere o contrato. Arrendar é usado para bens imóveis (como casas e apartamentos), enquanto alugar é usado para bens móveis (como carros, equipamentos, etc.).

Resumo: ARRENDAR uma casa.


Detalhes à parte, a lei da oferta vs procura é a base de todo e qualquer negócio, e a única forma de se autoregular sem imposições parvas. Os proprietários dos dias de hoje aproveitam-se das condições atuais do mercado, claro. Tivesse eu capital para investir a sério e também o faria.
O que eu gostava de ver, era aqueles que apregoam aos sete ventos que esses proprietários não têm coração e empatia, a comprar / construir casas para colocar no mercado de arrendamento a baixos valores.

Um pormenor que convém referir é que o estado leva 25% da renda.
Outro pormenor interessante é que, numa compra de 200.000€ (por exemplo, até porque dificilmente se arranja mais barato), só em impostos são cerca de 6400€, para habitação secundária. Podemos a isso juntar 0,6% de imposto de selo do valor a financiar se for alguém que peça uma parte emprestada para investir. Refiro-me apenas e só a impostos.
Não menos importante é a "leveza e celeridade" com que qualquer câmara municipal trata um processo para a construção de habitação. Aqui já nem falo em custos.

A única forma de se resolver o problema de habitação, é criar condições para que seja apelativo o negócio, e com isso atrair mais investimento ao setor. Por outras palavras, provocar a subida de oferta e com isso equilibrar a balança. Não é a roubar quem tem património que se resolve o problema, só estão a engordar o mercado negro e a afastar possíveis investimentos.
Isto também faz sentido, baixar encargos da construção de novas casas mas só para quem constrói para 1ª habitação.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Políticos a usar o poder do Estado para atirar o problema da habitação para a propriedade privada! Sim, vamos taxar a malta das décadas de 40, 50 e 60 como os meus pais, ou tios, que construíram a vida no litoral, casa, trabalho e família e que hoje em dia herdaram terrenos e casas que ninguém quer lá nos confins de trás os montes, onde mais de metade das aldeias são casas vazias, herdadas por filhos e netos, muitos deles de portugueses que emigraram. Vamos aumentar impostos a esta gente que para ter uma vida digna deram cabo do lombo desde os 10, 12, 14 anos de idade. Sim, são estes os grandes culpados da falta de oferta no mercado de habitação.
Percebo a ideia e concordo. Eu ia por outro lado, quem tem uma casa ao abandono devia ser obrigado a vendê-la. No fundo, seria uma espécie de lei das sesmarias para a habitação. Se nunca usas, tens de vender a quem use. Só na minha rua há três casas cujos donos estão em França há décadas e não querem saber delas para nada, nunca cá vêm, e que se fossem postas no mercado facilmente seriam vendidas por 70 ou cem mil euros. Só que os herdeiros pôem-se a fazer contas, concluem que se as vendessem só iriam receber uns dez mil euros por cabeça, e como não estão a precisar do dinheiro, deixam andar. Entretanto as casas vão-se degradando, e casas que hoje seriam perfeitamente recuperáveis, daqui a quinze anos só servirão para demolir. Isto faz sentido? Para mim, não.
 
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sirmister

Tribuna Presidencial
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..

A única forma de se resolver o problema de habitação, é criar condições para que seja apelativo o negócio, e com isso atrair mais investimento ao setor. Por outras palavras, provocar a subida de oferta e com isso equilibrar a balança. Não é a roubar quem tem património que se resolve o problema, só estão a engordar o mercado negro e a afastar possíveis investimentos.
A única forma é dizer a verdade, nunca mais as casas em Portugal as casas e rendas vão ser baratas como eram há 10 anos atrás.. e que dizer o contrario é propaganda.

Quem quer comprar casas tem que trabalhar e ganhar dinheiro, e dizer que ter casa em Lisboa e no Porto nao é um direito.
 

N.

Tribuna
20 Junho 2019
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  • André Villas-Boas
Sou tudo menos socialista mas neste caso acho que era a forma melhor de desincentivo à ganancia
Sabes qual seria o resultado da tua medida? O mesmo de sempre, o aumento dos impostos seria refletido no preço final de consumo. Quem tem várias habitações nos grandes centros urbanos, neste momento já tem todo o interesse em alugar. Não precisa de mais incentivos, o mercado está para o lado eles. Se aumentas os impostos, isso só se irá refletir no preço do aluguer! Quem não tem habitações em cidades ou vilas com procura, como uma grande do interior só sai prejudicado. Casas que estão desabitadas 90% do ano e mesmo assim já pagam impostos ao estado. A tua medida, não resolve nada. Agrava o problema!
 
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avr1922

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Sabes qual seria o resultado da tua medida? O mesmo de sempre, o aumento dos impostos seria refletido no preço final de consumo. Quem tem várias habitações nos grandes centros urbanos, neste momento já tem todo o interesse em alugar. Não precisa de mais incentivos, o mercado está para o ladod eles. Se aumentas os impostos, isso só se irá refletir no preço do aluguer! Quem não tem habitações em cidades ou vilas com procura, como uma grande do interior só sai prejudicado. Casas que estão desabitadas 90% do ano e mesmo assim já pagam impostos ao estado. A tua medida, não resolve nada. Agrava o problema!
Incentivava a venda a venda e não o arrendamento. É isso que se deve procurar, trazer encargos a quem tem casas vazias para que as vendam e não que estejam alugadas durante anos. O problema da litoraliadade (chamemos-lhe assim) do país também não ajuda mas é um problema maior. Isso é um problema cultural, e de oferta de serviços ser demasiado centralizada.
 

Cheue

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12 Maio 2016
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Sabes qual seria o resultado da tua medida? O mesmo de sempre, o aumento dos impostos seria refletido no preço final de consumo. Quem tem várias habitações nos grandes centros urbanos, neste momento já tem todo o interesse em alugar. Não precisa de mais incentivos, o mercado está para o ladod eles. Se aumentas os impostos, isso só se irá refletir no preço do aluguer!
a hipotética medida (que não vai acontecer) era exactamente para essas pessoas que supostamente teriam "todo o interesse em alugar" e não alugam só porque não, para se mexerem...
e o aumento do imposto era anulado a partir do momento que passasse a estar alugada...
 

liebe_fcp

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16 Junho 2017
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A única forma é dizer a verdade, nunca mais as casas em Portugal as casas e rendas vão ser baratas como eram há 10 anos atrás.. e que dizer o contrario é propaganda.

Quem quer comprar casas tem que trabalhar e ganhar dinheiro, e dizer que ter casa em Lisboa e no Porto nao é um direito.
Certo, aí concordo, nunca mais vamos ter casas aos preços de há 10 anos. Mas pode-se estancar a sangria e fazer o curativo, ficava a cicatriz mas a vida seguia, ainda que com alguma mazela pelo caminho.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
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Certo, aí concordo, nunca mais vamos ter casas aos preços de há 10 anos. Mas pode-se estancar a sangria e fazer o curativo, ficava a cicatriz mas a vida seguia, ainda que com alguma mazela pelo caminho.
Ainda há margem para subir, mas vai acabar por estabilizar.

O engraçado é que os mesmos que andam nas tv's a chorar com a habitação, tambem vendem o turismo e imigração em massa como a necessidade de Portugal.
 

liebe_fcp

Bancada lateral
16 Junho 2017
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Não tenho, mas vamos imaginar que tenho uma segunda habitação desabitada algures. Está desabitada porque tem valor sentimental e não quero ninguém lá dentro a não ser eu próprio, porque não me apetece ou porque simplesmente sou maluco. A casa é minha, comprei e pago IMI como o resto da vizinhança.
Porque raios me devem obrigar a vender ou arrendar!? O estado de direito fica onde? Se calhar estive 10 anos sem férias, a poupar em borgas e copos. Amealhei para ter algum conforto hoje. Vou ser obrigado a ceder pelo que trabalhei ao camarada que nunca juntou um cêntimo, que não abdicava de férias em grande mesmo tendo de recorrer a cartão de crédito com juros altos para o efeito!? Não percebo essa mentalidade.