Acho que antes de criar papões "AD-CHEGA-IL", devem esperar que haja efetivamente um governo.
Numa revisão constitucional, é normal que existam negociações entre todos os partidos, especialmente nas comissões. O Expresso tem tentado fazer campanha, mas só apanha os desprevenidos.
Tal como negociações em âmbito de projetos / propostas de lei não significa uma cedência à agenda da extrema-direita, até porque nem tudo na agenda do Chega é social / cultural.
Qual é mesmo o problema de, por exemplo, o governo aceitar acabar com certas portagens em troca da viabilização do Chega de uma proposta moderada do governo no domínio do controlo da imigração?
Agora, nada disso será necessário caso o PS demonstre humildade, admita que é a terceira força política e que pare, em nome da democracia, com taticismos políticos que visam a sua chegada ao poder. Não acontecerá tão cedo, a não ser que o Montenegro dê um enorme tiro no pé.