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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
O que é para ti um "acordo político de governação"?
Uma Geringonça é um acordo político de governação. O PS adotou agendas e medidas do BE e do PCP em troca de suporte. Os dois partidos só não foram para o governo porque não quiseram.

Estás a dizer que o governo vai fazer uma Geringonça com o Chega?

Ah, e coisas do tipo "viabilizamos o governo se o mesmo pensar mais na questão da imigração" não é um acordo. Agora, se obrigar o governo a fazer x, y e z em relação à imigração, a história é diferente.

De todo o modo, o não é não só se referia à entrada do Chega num governo, que era o que acusavam o Rio de querer fazer e o que perguntaram incessantemente ao Montenegro.
 

Edgar Siska

Guarda Varangiana Anti- Panelas
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Ao pé da praia
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Nope.
Not a single fucking idea . :D

E o google não ajudou.
O PRD juntou-se para a VII Convenção Nacional do partido no qual foi decidido extinguir de facto o PRD alterando o partido para PNR (agora Ergue-te).
História cómica, um partido centrista, com uma ligeira inclinação à social democracia (PS moderno não nunista) foi raiz de um partido extremista de laivos neo-nazis e neo-fachos.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Acho que antes de criar papões "AD-CHEGA-IL", devem esperar que haja efetivamente um governo.

Numa revisão constitucional, é normal que existam negociações entre todos os partidos, especialmente nas comissões. O Expresso tem tentado fazer campanha, mas só apanha os desprevenidos.

Tal como negociações em âmbito de projetos / propostas de lei não significa uma cedência à agenda da extrema-direita, até porque nem tudo na agenda do Chega é social / cultural.

Qual é mesmo o problema de, por exemplo, o governo aceitar acabar com certas portagens em troca da viabilização do Chega de uma proposta moderada do governo no domínio do controlo da imigração?

Agora, nada disso será necessário caso o PS demonstre humildade, admita que é a terceira força política e que pare, em nome da democracia, com taticismos políticos que visam a sua chegada ao poder. Não acontecerá tão cedo, a não ser que o Montenegro dê um enorme tiro no pé.
Penso que a razão é bastante evidente.

Imagina o nível do discurso político daqui a uns anos, com a população cada vez mais descontente. Um governo da AD apoiado implicitamente pelo PS, com o Chega como única oposição visível, seria o cenário perfeito para o crescimento desse discurso populista. Seria como uma incubadora: o Chega nem teria de fazer grande coisa — bastava aproveitar a maré e dizer “foram estes senhores que levaram o país a este ponto; agora é a nossa vez”.


Uma coisa é fazer esse tipo de campanha como terceira força política, com 10% dos votos em relação aos outros. Outra, bem diferente, é fazê-lo já como segunda força nacional, com legitimidade popular crescente e espaço para disputar o poder real.
 

Cheue

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12 Maio 2016
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Acho que antes de criar papões "AD-CHEGA-IL", devem esperar que haja efetivamente um governo.

Numa revisão constitucional, é normal que existam negociações entre todos os partidos, especialmente nas comissões. O Expresso tem tentado fazer campanha, mas só apanha os desprevenidos.

Tal como negociações em âmbito de projetos / propostas de lei não significa uma cedência à agenda da extrema-direita, até porque nem tudo na agenda do Chega é social / cultural.

Qual é mesmo o problema de, por exemplo, o governo aceitar acabar com certas portagens em troca da viabilização do Chega de uma proposta moderada do governo no domínio do controlo da imigração?

Agora, nada disso será necessário caso o PS demonstre humildade, admita que é a terceira força política e que pare, em nome da democracia, com taticismos políticos que visam a sua chegada ao poder. Não acontecerá tão cedo, a não ser que o Montenegro dê um enorme tiro no pé.
se aprovarem medidas com o Chega também podem passar orçamentos com o Chega.
 

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Gostava também de deixar claro que esta foi a derrota mais sonante da história do PS.

Sim, o Topo Gigio e o Almeida Santos tiveram resultados eleitorais abaixo em termos de votos e de número de deputados (em parlamentos com 250, até).

No entanto, ficaram em 2.° na mesma. O PS de 2025 perdeu (perderá) o estatuto de líder da oposição, o que é bastante pior no que concerne à parte política, entendimento partilhado por diversos socialistas.
 

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Penso que a razão é bastante evidente.

Imagina o nível do discurso político daqui a uns anos, com a população cada vez mais descontente. Um governo da AD apoiado implicitamente pelo PS, com o Chega como única oposição visível, seria o cenário perfeito para o crescimento desse discurso populista. Seria como uma incubadora: o Chega nem teria de fazer grande coisa — bastava aproveitar a maré e dizer “foram estes senhores que levaram o país a este ponto; agora é a nossa vez”.


Uma coisa é fazer esse tipo de campanha como terceira força política, com 10% dos votos em relação aos outros. Outra, bem diferente, é fazê-lo já como segunda força nacional, com legitimidade popular crescente e espaço para disputar o poder real.
O PS não será mais a segunda força política em termos parlamentares. Para se reconstruir e em nome da democracia, precisará de ceder bastante ao governo da AD.

O que não significa que essas cedências constituam um bloco central. Marcelo e Guterres não formaram um bloco central. Até o Passos negociou com o governo do Sócrates.

O PS poderá e deverá fazer oposição, também tendo o governo da AD o dever de ceder em certas matérias. Agora, não pode acontecer como o ano passado: o PS não pode exigir nada, por exemplo, em matéria de IRS jovem, IRS e IRC, como fez o ano passado, especialmente se a diferença entre as duas propostas for de 1%.
 
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4 Maio 2024
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Um acordo político de governação é um entendimento entre partidos. Que é exactamente o que o PSD já admitiu que poderá fazer com o Chega e que o Montenegro sempre garantiu que não faria.
Não tem nada a ver com coligações ou entradas no Governo.
Podes interpretar o que quiseres, o Montenegro sempre falou em relação à entrada do governo do Chega. TODOS os partidos negoceiam entre si. O PS negociou com o Chega, especialmente na oposição.

O PSD não precisará do Chega para nada caso o PS seja responsável.
 
Tails

Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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E com isso distanciar-se ainda mais do PS e dos restantes partidos à sua esquerda?
Até ao dia que seja o partido mais votado..

Quem ficou contente com o que aconteceu ao PS no domingo, percebe de muita coisa, de história não é uma delas de certeza.
 

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se aprovarem medidas com o Chega também podem passar orçamentos com o Chega.
O Chega é muito mais próximo do PS na matéria económica do que do PSD. Tipo, não estou a tentar ser pedante e a tentar dizer que o Chega e o PS são iguais, prefiro mil vezes o PS.

Agora, o argumento de que a AD é mais liberal é verdadeiro.
 

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Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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O PS não será mais a segunda força política em termos parlamentares. Para se reconstruir e em nome da democracia, precisará de ceder bastante ao governo da AD.

O que não significa que essas cedências constituam um bloco central. Marcelo e Guterres não formaram um bloco central. Até o Passos negociou com o governo do Sócrates.

O PS poderá e deverá fazer oposição, também tendo o governo da AD o dever de ceder em certas matérias. Agora, não pode acontecer como o ano passado: o PS não pode exigir nada, por exemplo, em matéria de IRS jovem, IRS e IRC, como fez o ano passado, especialmente se a diferença entre as duas propostas for de 1%.
Ao contrário do que acontecia até 2025, acho que ceder bastante ao governo do AD pode ser uma faca de dois legumes: se não tiverem cuidado correm o risco de desaparecer, qual PS francês. Mas, hei, isso não é problema meu. ;)
 
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Edgar Siska

Guarda Varangiana Anti- Panelas
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Ao contrário do que acontecia até 2025, acho que ceder bastante ao governo do AD pode ser uma faca de dois legumes: se não tiverem cuidado correm o risco de desaparecer, qual PS francês. Mas, hei, isso não é problema meu. ;)
Porque não uma faca de duas frutas?
:LOL:

Cedências cedências, têm sempre de ser razoáveis, não é deixar fazer tudo, mas também não é criar obstáculos não ultrapassáveis ou desnecessários por alguma questão de lana caprina.
A posição é dificil, é saber caminhar bem no fio mantendo o equilibrio e não cair.
 
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Não, o Montenegro disse expressamente: "Não é não. Não faremos nenhum acordo de governação com o Chega".
Ou seja, estás a dizer que negociações equiparam-se a uma Geringonça?

Além disso, podemos interpretar acordo político de governação de uma forma mais lata ou restrita. O que muitas vezes os jornalistas perguntavam era se o Chega ia integrar o governo - aliás, era essa a condição do próprio Chega para viabilizar. Foi daí que surgiu o não é não.

De uma forma mais lata, uma Geringonça é um acordo político de governação. Mais uma vez, trata-se de um acordo escrito em que o PS adotava medidas concretas e bandeiras dos dois partidos em troca de votos A FAVOR dos outros dois partidos.

A AD dizer "vamos ter mais atenção à imigração" sem nenhuma proposta concreta e o Chega abster-se na votação não constitui um acordo político.

De todo o modo, insisto: a AD não precisará do Chega se o PS for responsável.
 
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Ao contrário do que acontecia até 2025, acho que ceder bastante ao governo do AD pode ser uma faca de dois legumes: se não tiverem cuidado correm o risco de desaparecer, qual PS francês. Mas, hei, isso não é problema meu. ;)

Porque não uma faca de duas frutas?
:LOL:

Cedências cedências, têm sempre de ser razoáveis, não é deixar fazer tudo, mas também não é criar obstáculos não ultrapassáveis ou desnecessários por alguma questão de lana caprina.
A posição é dificil, é saber caminhar bem no fio mantendo o equilibrio e não cair.
O PS pode muito bem deixar o governo governar durante dois ou três anos e depois deitá-lo abaixo. Pode, por exemplo, viabilizar um OE sem muitas exigências (propostas do PS adotadas existirão sempre) e, concomitantemente, instaurar uma CPI ao Montenegro.

Não percebo essa coisa do Bloco Central.
 
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bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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O Chega já disse que acordo com a AD só se for escrito. Se se confirmar, não me parece muito diferente de uma Geringonça. Na prática, é a mesma coisa.
Mas aí estás a assumir que as negociações são em torno de um acordo. Não teria tanta certeza, até porque o cão do Hugo Soares veio repetir o Não é não novamente. Nenhum outro jornal disse que o governo estava a preparar um acordo sem ser o Expresso.

Vamos esperar e depois fazer as críticas devidas, se necessário. Como deves compreender, sentir-me-ia traído se houvesse mesmo um acordo político de governação no sentido em que o entendo.
 

PDuarte

Tribuna Presidencial
16 Maio 2017
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Até ao dia que seja o partido mais votado..

Quem ficou contente com o que aconteceu ao PS no domingo, percebe de muita coisa, de história não é uma delas de certeza.
Confesso que já não é a primeira vez que leio isso, e sem qualquer ataque pessoal nem nada que se pareça, mas gostava era que o próprio PS percebe-se o que se passou e que quando aponta um dedo, tem três virados a ele.
 

bluemonday

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A CDU e o SPD, na Alemanha, conseguiram colocar as diferenças de lado e formar um governo de coligação, em nome da preservação da democracia.

Aqui, ainda se discute se o PS viabilizar um governo da AD é ou não um Bloco Central.

A viabilização e responsabilidade do PS não necessitam de ser perenes. Bastam dois ou três anos e depois podem mandar o governo abaixo como bem lhes aprouver.

NOTA: se fosse o PS a ganhar e a AD tivesse ficado em terceiro, defenderia exatamente o mesmo.
 

Cheue

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12 Maio 2016
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O Chega é muito mais próximo do PS na matéria económica do que do PSD. Tipo, não estou a tentar ser pedante e a tentar dizer que o Chega e o PS são iguais, prefiro mil vezes o PS.

Agora, o argumento de que a AD é mais liberal é verdadeiro.
o Chega ainda tem programa económico? tem um conjunto de medidas ao calhas, sem fazer contas.

é que há uns anos até queriam privatizar a saúde e a educação, agora parece ser apenas populismo puro, defendem o que der.
 
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Cheue

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eles no programa defendem descida no IRC, no IVA, no IMI, etc...

e subir bem a despesa.

fizeram as contas no outro dia e custava 13MM por ano...coisa pouca.