Actualidade Nacional

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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E incentivar a pastorícia e a agricultura no interior, criando emprego e riqueza que faça as pessoas se fixarem ou deslocarem.
E tornar a limpeza das propriedades florestais menos onerosas, ou até rentáveis, e não um encargo insuportável para muita gente.
E criar redes amplas de aceiros/corta-matos, devidamente inspeccionados antes de cada verão, procedendo à limpeza necessária.
E criar um raio de 50 mts à volta de cada aldeia onde não fosse permitida florestação e apenas alguma agricultura de subsistência que não incluísse árvores de fruto, p.e.
E criar em cada aldeia um ou dois pontos de água: reservatório, tanque, poço, etc, consoante as possibilidades de cada freguesia/município, permitindo aos próprios habitantes, serem eles próprios os primeiros agentes de combate e defesa das suas casas e propriedades.
E, e, e...
Eu torço sempre o nariz quando se fala em "criar emprego no interior para que as pessoas se fixem". A agricultura não é um objetivo para as novas gerações e o interior de Portugal não é propriamente cobiçado.

Tens bons exemplos de gestão territorial na Europa Central, que demonstram não ser necessário ter assim tantos sobrecustos.
Passei o último ano a fazer viagens Hamburgo - Amesterdão, muitas vezes de comboio e é uma diferença radical para aquilo que estamos habituados em Portugal. O mundo rural, por estas bandas, obviamente com diferenças orográficas à parte, é de uma organização milimétrica, com agricultura controlada e altamente segmentada. Não os geres, apanhas multa.

Portugal terá sempre um risco maior de incêndios, devido às temperaturas tropicais e aos eventos extremos cada vez mais comuns causados pelas alterações climáticas. Mas começa pelo planeamento da própria agricultura em três pontos:
1. como queremos dividir o território;
2. o que queremos produzir;
3. quais os riscos e vantagens dessas decisões.

E não ter medo de revolucionar o setor, com mais mecanização.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Esmoriz
Mas isso de interpretar por causa do passado é preconceito das pessoas. Tendo em conta às personagens em questão é apenas uma fraca tentativa de valer a retórica deles.

Eu, como praticamente todos aqui, vivemos no séc XXI, interpretamos da maneira que era para interpretar.
O homem anda numa azáfama dum lado para o outro, vai ter de estar fora de casa uns dias, a mulher preparou-lhe a mala porque preocupa-se com o marido e sabe que neste momento precisa mais dela do que nunca.

Fosse ao contrário, como em tempos a Maria Luís Albuquerque disse que o marido fazia as lides domésticas, e não havia qualquer celeuma. Foi um homem a dizer e estamos perante um caso de machismo e patriarcado.

Sabes qual é o grande problema disto tudo?
É que são estas pessoas que são a cara do feminismo e das lutas de igualdade. Apropriam-se de lutas importantes como se fossem delas e depois vêm despejar estas bacoradas sem sentido.

Eu, que estou bem resolvido com a vida, olho para isto e penso: "Normal. É uma estúpida a dizer estupidez.". O problema é que há muitas mentes (e essas sim) do tempo do arroz de quinze que se aproveitam destas alarvidades para criticar, desvalorizar e ridicularizar o movimento feminista.
Ah, mas eu não me refiro ao Twitter da Joana Morgado, pessoa que não conheço pessoalmente, mas que parece ter toda a vibe de ser uma leitora fervorosa do Scum Manifesto da Valerie Solanas, ou seja, basicamente insuportável.

Tu, que estás tranquilo com a vida, como provavelmente a maioria das pessoas aqui, vês aquilo, não te identificas com o estereótipo e não vês nada de mal. Isso não invalida, porém, que outras pessoas, igualmente resolvidas, possam ver ali um deslize de linguagem que reforça a ideia do patriarcado, onde o homem não se envolve com as tarefas domésticas.

Pessoalmente, estou numa fase em que os conceitos de papéis de genero já não fazem sentido para mim. Por isso, acho que até o marido da MLA a fazer as tarefas domésticas soa a um paternalismo sem propósito. Se ele tem mais tempo, por que não? É noticia por inverter os papeis de género? Pá, estamos em 2024.

De qualquer forma, tenho uma amiga que se dá muito bem com o Castro Almeida e que lhe enviou o vídeo da Tânia Graça. Quando este período terrível passar, pergunto-lhe qual foi a reação.
 
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No meio deste caos todo gente do BE preferiu focar-se na mala do homem e quem a fez. Que partido tão podre
Por larachas destas é que depois se chega à altura das eleições e os gajos têm 4% dos votos.

O que é surreal é que se formos a olhar ao tempo de antena que lhes é dado, até parece que são um partido relevante.
 

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Por larachas destas é que depois se chega à altura das eleições e os gajos têm 4% dos votos.

O que é surreal é que se formos a olhar ao tempo de antena que lhes é dado, até parece que são um partido relevante.
para ter (mais) tempo de antena um partido só precisa de não ser "chato'...
quanto mais polémico for mais tempo de antena tem.
 

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Prefiro mil vezes o PCP ao BE. Apesar de tudo, o PCP tem pessoas trabalhadoras que realmente acreditam que aquilo ajudará a classe operária. Além disso, ainda vão ouvindo opiniões contrárias sem querer "cancelar", não obstante não as aceitarem.

Quanto ao BE: não só não são, na sua maioria, da classe operária - os militantes de base são de classe média e a elite do partido é endinheirada -, mas também consistem em putos mimados que não ouvem opiniões contrárias e que provavelmente se zangaram com os papás riquinhos.

Um bonito exercício: quem tiver tempo, pode verificar a liderança do BE e notar os apelidos dos integrantes.

Neste caso particular, o PCP demonstrou ter mais noção, dizendo que não tem nada a apontar às medidas do governo e que esta é uma altura de união.
 
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sirmister

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E incentivar a pastorícia e a agricultura no interior, criando emprego e riqueza que faça as pessoas se fixarem ou deslocarem.
E tornar a limpeza das propriedades florestais menos onerosas, ou até rentáveis, e não um encargo insuportável para muita gente.
E criar redes amplas de aceiros/corta-matos, devidamente inspeccionados antes de cada verão, procedendo à limpeza necessária.
E criar um raio de 50 mts à volta de cada aldeia onde não fosse permitida florestação e apenas alguma agricultura de subsistência que não incluísse árvores de fruto, p.e.
E criar em cada aldeia um ou dois pontos de água: reservatório, tanque, poço, etc, consoante as possibilidades de cada freguesia/município, permitindo aos próprios habitantes, serem eles próprios os primeiros agentes de combate e defesa das suas casas e propriedades.
E, e, e...
O litoral não deixava de arder se fizeres isso no interior.

Não há agricultura de subsistência, portugal não é pais para agricultura, conhecia vários pequenos produtores e tiveram todos que fechar portas, e muitos fecharam já nos anos 90 porque a UE pagava para deixarem a agricultura.. mesmo que a agricultura fosse rentavel é algo para não ter vida..

Para limpar florestas alguem lá tem que andar, é impossivel não ser caro.. a unica coisa que dá algum rendimento é mesmo ter uns eucaliptos e mesmo isso não é nada de especial..

A solução é cimentar isto tudo.
 

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Esmoriz
O litoral não deixava de arder se fizeres isso no interior.

Não há agricultura de subsistência, portugal não é pais para agricultura, conhecia vários pequenos produtores e tiveram todos que fechar portas, e muitos fecharam já nos anos 90 porque a UE pagava para deixarem a agricultura.. mesmo que a agricultura fosse rentavel é algo para não ter vida..

Para limpar florestas alguem lá tem que andar, é impossivel não ser caro.. a unica coisa que dá algum rendimento é mesmo ter uns eucaliptos e mesmo isso não é nada de especial..

A solução é cimentar isto tudo.
Ou proibir a comercialização de madeira queimada, como queria o nosso querido partido chega.
 

avr1922

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O litoral não deixava de arder se fizeres isso no interior.

Não há agricultura de subsistência, portugal não é pais para agricultura, conhecia vários pequenos produtores e tiveram todos que fechar portas, e muitos fecharam já nos anos 90 porque a UE pagava para deixarem a agricultura.. mesmo que a agricultura fosse rentavel é algo para não ter vida..

Para limpar florestas alguem lá tem que andar, é impossivel não ser caro.. a unica coisa que dá algum rendimento é mesmo ter uns eucaliptos e mesmo isso não é nada de especial..

A solução é cimentar isto tudo.
Cagar nos eucaliptos e por árvores nativas, necessitam de menos cuidado de limpeza e não ardem tanto.
 

sirmister

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Cagar nos eucaliptos e por árvores nativas, necessitam de menos cuidado de limpeza e não ardem tanto.
Eu tenho eucaliptos, se não fosse eucaliptos não metia la nada..e em termos de limpesa não é pior, o pinheiro acumula mais.
 

MiguelDeco

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Eu torço sempre o nariz quando se fala em "criar emprego no interior para que as pessoas se fixem". A agricultura não é um objetivo para as novas gerações e o interior de Portugal não é propriamente cobiçado.

Tens bons exemplos de gestão territorial na Europa Central, que demonstram não ser necessário ter assim tantos sobrecustos.
Passei o último ano a fazer viagens Hamburgo - Amesterdão, muitas vezes de comboio e é uma diferença radical para aquilo que estamos habituados em Portugal. O mundo rural, por estas bandas, obviamente com diferenças orográficas à parte, é de uma organização milimétrica, com agricultura controlada e altamente segmentada. Não os geres, apanhas multa.

Portugal terá sempre um risco maior de incêndios, devido às temperaturas tropicais e aos eventos extremos cada vez mais comuns causados pelas alterações climáticas. Mas começa pelo planeamento da própria agricultura em três pontos:
1. como queremos dividir o território;
2. o que queremos produzir;
3. quais os riscos e vantagens dessas decisões.

E não ter medo de revolucionar o setor, com mais mecanização.
Compare-se por exemplo a gestão agrícola e florestal efetuada na Suíça e a nossa. E uma questão de dinheiro mas também cultural..Mas talvez um dia se descobra quem andou a pagar a agricultores para eles não produzirem e por aí fora..

Hoje quem vai para o interior vai para o setor do turismo. Para a terra ninguém quer ou pouca gente mesmo, infelizmente..
 

Cheue

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Agora faz para o Livre e o Pan
o Pan veio lamentar a morte dos eucaliptos e as tocas perdidas pelos coelhos.

o Rui Tavares veio lamentar a destruição de um manuscrito de 8000 páginas de Alexandre Herculano.
e desafiou o CEO da Navigator para um combate de MMA.
 

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Esmoriz
o Pan veio lamentar a morte dos eucaliptos e as tocas perdidas pelos coelhos.

o Rui Tavares veio lamentar a destruição de um manuscrito de 8000 páginas de Alexandre Herculano.
e desafiou o CEO da Navigator para um combate de MMA.
Rui Tavares, como o seu apelido sugere, outrora parte da elite intelectual do Bloco de Esquerda, proporia a criação de uma agência pan-europeia que visa monitorizar e combater os incêndios florestais, assim como a implementação imediata de um rendimento mínimo incondicional, atribuído a potenciais incendiários, garantindo o acesso gratuito à tasca mais próxima.
 

joaovilasboas

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  • Reinaldo Teles
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Champalimaud, Espírito Santo e Jonet?
Consegues explicar aqui à malta o porquê de apareceres sempre quando alguém critica um partido de esquerda ou fala em "esquerdalhos"?

Já agora, é engraçado citares esses nomes, que julgo considerares «direitolas», adjetivo que utilizaste para descrever a tua própria mãe. Até podem ser, mas por favor não vejas os partidos que os Champalimaud financiaram (spoiler, não é só a Ventosga Lda.) e as relações que os Espírito Santo nutriam com gente de diversos partidos.

Bom, tendo em conta que um Galamba da vida tem ideias de direita no teu entender, o único PM que deves ter como "verdadeira esquerda" será o camarada Vasco Gonçalves, Deus o tenha.