Actualidade Nacional

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Ui seria trágico uma ou outra vez ter alguém a fazer isso por ti ou tu por alguém.
E da mesma forma que "nem consegues imaginar ter outra pessoa a fazer algo por ti" assumo que também não deves fazer algo por alguém.
Quando a tua mulher te pedir alguma coisa diz logo q não, ela já tem idade e cabeça para ser independente. Que se safe.

Honestamente nota-se que não és casado nem vives com alguém diariamente para cederes e haver cedências e ajudas de parte a parte.
Sim, não me apetece fazer uma cena porque é um frete.

Então eu vou pedir à minha mulher para fazer esse frete por mim.

É assim que vocês pensam, né?
 

Karadavis

Tribuna
24 Outubro 2017
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Sim, não me apetece fazer uma cena porque é um frete.

Então eu vou pedir à minha mulher para fazer esse frete por mim.

É assim que vocês pensam, né?
Exato. Que mentalidade. É como quando é para lavar e aspirar o carro da minha Maria, ela é a primeira a dizer que o faz. Ou para cortar a relva.
Muito menos. Se tens jeito para passar a ferro acho muito bem que o faças. Há quem não tenha ou simplesmente não goste. É equivalente para ambos. Tem que haver equilíbrio.
 

Mikev

Bancada central
14 Novembro 2023
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  • André Villas-Boas
  • Jorge Costa
Sim, não me apetece fazer uma cena porque é um frete.

Então eu vou pedir à minha mulher para fazer esse frete por mim.

É assim que vocês pensam, né?
Não é o pensar assim. Não é questão de ser frete ou não.

Isto começou com um politico a dizer que a mulher dele lhe fez a mala.
Levantou-se logo mil e uma questões e é um machista e merdas no twitter etc.

Como se num casamento, alguém que vive diariamente anos e anos com a mesma pessoa não fosse algo "normal".

Quando eu vou passar a ferro, passo a roupa "a eito". Não estou a ver se é uma camisa minha, umas calças do meu filho ou um top da mulher.
Da mesma forma que se estiver a lavar a louça, não olho se foi algo que usei ou não.
Ou quando vou limpar a casa de banho se apenas arrumo as minhas coisas.

Não faz sentido. Um casamento não é assim.

Pegando no exemplo do @Filipe Mendes , a mulher dele quando chegar a casa vai passar umas camisas a ferro. Isso quer dizer que o Filipe quando chegar a casa vai beber uma mini sentar-se no sofá e dizer à mulher para fazer o comer?
Mexe em alguma coisa com a forma como foi criado e que a mulher é a faz tudo na casa?
Simplesmente há uma atitude da mulher em passar as camisas do marido, enquanto ele por exemplo vai buscar os putos à escola e traz as compras do supermercado.

Casamento é muita coisa, e uma delas é a partilha e a entreajuda.
Sei que há casos e casos, mas nesta altura e falando nos casais mais novos, praticamente já nem é tema.
Seria na altura dos nossos pais e avós.
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Tendo em consideração que quem levantou esse "problema" foi malta do bloco, sim, são esquerdalhos (ou esquerda caviar pretensiosa) que lhes faz confusão que um casal se ajude mutuamente.
Há um contexto.

E o contexto é que há um enorme conjunto de homens que são inaptos em pequenas tarefas domésticas porque estão habituados desde sempre a ter a mãe a fazer-lhe as coisas que não gostam de fazer. Muitos desses homens passaram de ter a mãe, directamente para ter a mulher ou a namorada a fazer. Isso inclui cozinhar, lavar a roupa, limpar a casa, tratar dos miúdos, passar a ferro, etc etc, actividades que são feitas diariamente, algumas várias vezes ao dia, coisa que não acontece por exemplo com levar o carro à revisão. Se o homem tivesse que levar o carro da esposa à revisão dia sim, dia não, há muito tempo que já a tinha mandado para o crl.

Pá, por causa da minha profissão andei durante anos em viagem a ter que fazer malas todas as semanas duas e três vezes. E a piada de haver colegas que tinham a mala a ser feita pela mulher já era meio recorrente e já parecia, foda-se, meio fora de época. E isso era independente da dinâmica esquerda-direita das pessoas. Tinha esquerdalhos que era a mulher quem lhe fazia a mala, e direitolas que se riam do esquerdalho inapto para fazer uma coisa básica, porque basicamente não queria era ter trabalho e fazer a mala todas as semanas era uma seca do caralho.
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Não é o pensar assim. Não é questão de ser frete ou não.

Isto começou com um politico a dizer que a mulher dele lhe fez a mala.
Levantou-se logo mil e uma questões e é um machista e merdas no twitter etc.

Como se num casamento, alguém que vive diariamente anos e anos com a mesma pessoa não fosse algo "normal".

Quando eu vou passar a ferro, passo a roupa "a eito". Não estou a ver se é uma camisa minha, umas calças do meu filho ou um top da mulher.
Da mesma forma que se estiver a lavar a louça, não olho se foi algo que usei ou não.
Ou quando vou limpar a casa de banho se apenas arrumo as minhas coisas.

Não faz sentido. Um casamento não é assim.

Pegando no exemplo do @Filipe Mendes , a mulher dele quando chegar a casa vai passar umas camisas a ferro. Isso quer dizer que o Filipe quando chegar a casa vai beber uma mini sentar-se no sofá e dizer à mulher para fazer o comer?
Mexe em alguma coisa com a forma como foi criado e que a mulher é a faz tudo na casa?
Simplesmente há uma atitude da mulher em passar as camisas do marido, enquanto ele por exemplo vai buscar os putos à escola e traz as compras do supermercado.

Casamento é muita coisa, e uma delas é a partilha e a entreajuda.
Sei que há casos e casos, mas nesta altura e falando nos casais mais novos, praticamente já nem é tema.
Seria na altura dos nossos pais e avós.
Fazer a mala é simbólico.

Mas é uma coisa pessoal. A mala é tua, tem coisas tuas, pessoais, não é dela, nem é vossa.

Não faço ideia se és casado, mas se fores, é a tua mulher que te escolhe a roupa? De manhã mete a roupa na cadeira e só tens que a vestir? Mete a escova dos dentes e a pasta de dentes na cadeira para tu não te esqueceres?
Claro que não, né? Seria estúpido.

Acho este exemplo muito mais próximo do "a minha mulher fez-me uma mala para 3 dias", do que os exemplos que estão a dar de partilha de tarefas. E acima de tudo acho absurdo estar a transformar isso numa questão esquerda/direita, ou woke que foi a primeira coisa que me disseram quando referi a bizarria de ums pessoa adulta ter a mulher a fazer a mala por ela.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
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Bragança
Há um contexto.

E o contexto em que há um enorme conjunto de homens que são inaptos em pequenas tarefas domésticas porque estão habituados desde sempre a ter a mãe a fazer-lhe as coisas que não gostam de fazer. Muitos desses homens passaram de ter a mãe, directamente para ter a mulher ou a namorada a fazer. Isso inclui cozinhar, lavar a roupa, limpar a casa, tratar dos miúdos, passar a ferro, etc etc, actividades que são feitas diariamente, algumas várias vezes ao dia, coisa que não acontece por exemplo com levar o carro à revisão. Se o homem tivesse que levar o carro da esposa à revisão dia sim, dia não, há muito tempo que já a tinha mandado para o crl.

Pá, por causa da minha profissão andei durante anos em viagem a ter que fazer malas todas as semanas duas e três vezes. E a piada de haver colegas que tinham a mala a ser feita pela mulher já era meio recorrente e já parecia, foda-se, meio fora de época. E isso era independente da dinâmica esquerda-direita das pessoas. Tinha esquerdalhos que era a mulher quem lhe fazia a mala, e direitolas que se riam do esquerdalho inapto para fazer uma coisa básica, porque basicamente não queria era ter trabalho e fazer a mala todas as semanas era uma seca do caralho.
Ironicamente, foram as próprias mães a habitua-los assim. Não o faziam por mal é óbvio. Antes havia aqueles meses de tropa obrigatória e essa fase ajudava a transição para uma vida mais independente.
 
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Filipe Mendes

Lugar Anual
24 Janeiro 2024
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Há um contexto.

E o contexto é que há um enorme conjunto de homens que são inaptos em pequenas tarefas domésticas porque estão habituados desde sempre a ter a mãe a fazer-lhe as coisas que não gostam de fazer. Muitos desses homens passaram de ter a mãe, directamente para ter a mulher ou a namorada a fazer. Isso inclui cozinhar, lavar a roupa, limpar a casa, tratar dos miúdos, passar a ferro, etc etc, actividades que são feitas diariamente, algumas várias vezes ao dia, coisa que não acontece por exemplo com levar o carro à revisão. Se o homem tivesse que levar o carro da esposa à revisão dia sim, dia não, há muito tempo que já a tinha mandado para o crl.

Pá, por causa da minha profissão andei durante anos em viagem a ter que fazer malas todas as semanas duas e três vezes. E a piada de haver colegas que tinham a mala a ser feita pela mulher já era meio recorrente e já parecia, foda-se, meio fora de época. E isso era independente da dinâmica esquerda-direita das pessoas. Tinha esquerdalhos que era a mulher quem lhe fazia a mala, e direitolas que se riam do esquerdalho inapto para fazer uma coisa básica, porque basicamente não queria era ter trabalho e fazer a mala todas as semanas era uma seca do caralho.
Mas como é que da simples frase dita por um ministro que neste momento nem tempo deve ter para ver a esposa "a minha mulher já me preparou a mala" consegues ver machismo?

Sou de 85. Fui criado num lar, como praticamente quase todos nós que sejam desta geração, onde as mulheres eram responsáveis pela lide doméstica. Muito por culpa do facto de outrora serem os homens a sair para trabalhar e as mulheres a ficarem por casa (que até fazia sentido).
Contudo, esse paradigma mudou (e bem!) mas a cultura de "isto é trabalho para mulher" foi-se mantendo.

Em minha casa, tanto eu como a minha mulher temos emprego. Saímos ambos às 8h15 de casa e chegamos por volta das 18h.
Por essa razão, as lides domésticas são divididas.
Algumas faz ela porque se sente mais à vontade e eu sou meio azelha e vice versa. Por exemplo, a cama sou eu que faço porque gosto do lençol esticado e ela diz que não consegue deixar aquilo como uma placa de gesso cartonado.

Mas, mais do que andar a dividir as coisas "eu faço isto, isto e isto e tu aquilo, aquilo e aquilo" tentamos que reine o bom senso.
Se vir que a minha mulher anda numa semana mais apertada de trabalho, ela não me precisa de pedir que seja eu a fazer o tacho.

Tal como tu, também passo dias fora de casa. E, curiosamente, já aconteceu eu estar a sair de Bragança às 20h e ligar-lhe para me preparar a mala pois no dia seguinte tinha de sair para Lisboa às 6h.
Não foi uma questão de delegar fretes. Chama-se amor. E no amor há dessas coisas de ajuda, carinho, partilha e outras lamechices que devem fazer confusão a algumas entidades.

Dito isto, quem anda a tentar descontextualizar para alimentar a sua narrativa são as Mortáguas e Faros desta vida e procuram machismos em tudo que mexe. São essas pessoas que têm qualquer coisa mal resolvida pois o resto do planeta só vê ali algo que todos procuramos: alguém que trate de nós.

Mas agora fiquei curioso: como é que funciona num casal de lésbicas? Ninguém lava a louça? Ninguém passa a ferro?
Afinal de contas, duas mulheres antecipadas não podem fazer trabalhos domésticos que durante séculos foram impingidos às mulheres.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
8,948
11,577
Esmoriz
Mas como é que da simples frase dita por um ministro que neste momento nem tempo deve ter para ver a esposa "a minha mulher já me preparou a mala" consegues ver machismo?

Sou de 85. Fui criado num lar, como praticamente quase todos nós que sejam desta geração, onde as mulheres eram responsáveis pela lide doméstica. Muito por culpa do facto de outrora serem os homens a sair para trabalhar e as mulheres a ficarem por casa (que até fazia sentido).
Contudo, esse paradigma mudou (e bem!) mas a cultura de "isto é trabalho para mulher" foi-se mantendo.

Em minha casa, tanto eu como a minha mulher temos emprego. Saímos ambos às 8h15 de casa e chegamos por volta das 18h.
Por essa razão, as lides domésticas são divididas.
Algumas faz ela porque se sente mais à vontade e eu sou meio azelha e vice versa. Por exemplo, a cama sou eu que faço porque gosto do lençol esticado e ela diz que não consegue deixar aquilo como uma placa de gesso cartonado.

Mas, mais do que andar a dividir as coisas "eu faço isto, isto e isto e tu aquilo, aquilo e aquilo" tentamos que reine o bom senso.
Se vir que a minha mulher anda numa semana mais apertada de trabalho, ela não me precisa de pedir que seja eu a fazer o tacho.

Tal como tu, também passo dias fora de casa. E, curiosamente, já aconteceu eu estar a sair de Bragança às 20h e ligar-lhe para me preparar a mala pois no dia seguinte tinha de sair para Lisboa às 6h.
Não foi uma questão de delegar fretes. Chama-se amor. E no amor há dessas coisas de ajuda, carinho, partilha e outras lamechices que devem fazer confusão a algumas entidades.

Dito isto, quem anda a tentar descontextualizar para alimentar a sua narrativa são as Mortáguas e Faros desta vida e procuram machismos em tudo que mexe. São essas pessoas que têm qualquer coisa mal resolvida pois o resto do planeta só vê ali algo que todos procuramos: alguém que trate de nós.

Mas agora fiquei curioso: como é que funciona num casal de lésbicas? Ninguém lava a louça? Ninguém passa a ferro?
Afinal de contas, duas mulheres antecipadas não podem fazer trabalhos domésticos que durante séculos foram impingidos às mulheres.
É exatamente isso, pela simbologia. Por haver séculos de história em que o homem não mexia uma palha em casa, por educação ou por comodismo. Por haver efectivamente gajos que nunca fizeram uma mala na vida.

Se dissesses num grupo que foi a tua mulher quem preparou a tua mala, provavelmente iam-se levantar algumas sobrancelhas, e acabarias por justificar com algo tipo: "calma, vou chegar tarde a casa e não vou ter tempo para preparar a mala", porque, sendo inteligente, intuirias que acabaste de dizer algo que pode ser mal interpretado. Coisa que o Castro Almeida não fez, possivelmente porque pertence a outra geração e de certeza tem outras prioridades.

E há ainda outro ponto: quando se critica, as pessoas tendem a individualizar e pensar "estão a atacar-me, mas eu não sou assim", sem perceber que a crítica é uma generalização, não um ataque pessoal.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Como diz o @K92, as soluções já existem, não são é postas em prática. Limitar o eucaliptal e plantar sobreiros e carvalhos é apontado como solução há anos.
Se as papeleiras precisam de eucalipto, ok, só ser permitido a elas plantarem ou terem uma licença para que outrem por conta delas plante. E garantir que elas olham por esses terrenos através de guardas/corpos de bombeiros próprios (outra medida que também já se ouve há anos). E avançar para a profissionalização massiva dos bombeiros e que passem a ter um estatuto profissional semelhante a polícias ou professores. Que só com voluntários fica difícil como vemos quando tragédias destas acontecem.
But, and take action? Oh, wait...
Iria mais além.
As papeleiras tomam conta das suas propriedades. São as áreas dos pequenos produtores, por falta de recursos ou de interesse, e da floresta sob gestão pública, que arde nestes casos.

Tornava ilegal a existência de plantas altamente inflamáveis e propagadoras de fogo sem licença comercial e expropriava zonas de corredores de segurança, só para chatear a direita.
Distribuía esses terrenos por privados com interesse na exploração e gestão dessas regiões, só para chatear a esquerda.
Para áreas rentáveis, como produção de celulose ou madeira, deixaria o mercado funcionar com exigente regulação de segurança, especialmente em áreas próximas de populações.
Bania de vez a venda de madeira ardida nos canais comerciais e retornava diretamente ao Estado, para irritar os verdes.
Nas áreas de proteção não rentáveis, onde podiam ficar ONG's ou fundações como responsáveis, subsidiava a preservação da Natureza, e assim completava a ronda picando os liberais.

E é por isso que nada disto alguma vez irá para a frente.
 

K92

Tribuna Presidencial
4 Junho 2014
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Como diz o @K92, as soluções já existem, não são é postas em prática. Limitar o eucaliptal e plantar sobreiros e carvalhos é apontado como solução há anos.
Se as papeleiras precisam de eucalipto, ok, só ser permitido a elas plantarem ou terem uma licença para que outrem por conta delas plante. E garantir que elas olham por esses terrenos através de guardas/corpos de bombeiros próprios (outra medida que também já se ouve há anos). E avançar para a profissionalização massiva dos bombeiros e que passem a ter um estatuto profissional semelhante a polícias ou professores. Que só com voluntários fica difícil como vemos quando tragédias destas acontecem.
But, and take action? Oh, wait...
E incentivar a pastorícia e a agricultura no interior, criando emprego e riqueza que faça as pessoas se fixarem ou deslocarem.
E tornar a limpeza das propriedades florestais menos onerosas, ou até rentáveis, e não um encargo insuportável para muita gente.
E criar redes amplas de aceiros/corta-matos, devidamente inspeccionados antes de cada verão, procedendo à limpeza necessária.
E criar um raio de 50 mts à volta de cada aldeia onde não fosse permitida florestação e apenas alguma agricultura de subsistência que não incluísse árvores de fruto, p.e.
E criar em cada aldeia um ou dois pontos de água: reservatório, tanque, poço, etc, consoante as possibilidades de cada freguesia/município, permitindo aos próprios habitantes, serem eles próprios os primeiros agentes de combate e defesa das suas casas e propriedades.
E, e, e...
 

Filipe Mendes

Lugar Anual
24 Janeiro 2024
1,604
3,825
É exatamente isso, pela simbologia. Por haver séculos de história em que o homem não mexia uma palha em casa, por educação ou por comodismo. Por haver efectivamente gajos que nunca fizeram uma mala na vida.

Se dissesses num grupo que foi a tua mulher quem preparou a tua mala, provavelmente iam-se levantar algumas sobrancelhas, e acabarias por justificar com algo tipo: "calma, vou chegar tarde a casa e não vou ter tempo para preparar a mala", porque, sendo inteligente, intuirias que acabaste de dizer algo que pode ser mal interpretado. Coisa que o Castro Almeida não fez, possivelmente porque pertence a outra geração e de certeza tem outras prioridades.

E há ainda outro ponto: quando se critica, as pessoas tendem a individualizar e pensar "estão a atacar-me, mas eu não sou assim", sem perceber que a crítica é uma generalização, não um ataque pessoal.
Mas isso de interpretar por causa do passado é preconceito das pessoas. Tendo em conta às personagens em questão é apenas uma fraca tentativa de valer a retórica deles.

Eu, como praticamente todos aqui, vivemos no séc XXI, interpretamos da maneira que era para interpretar.
O homem anda numa azáfama dum lado para o outro, vai ter de estar fora de casa uns dias, a mulher preparou-lhe a mala porque preocupa-se com o marido e sabe que neste momento precisa mais dela do que nunca.

Fosse ao contrário, como em tempos a Maria Luís Albuquerque disse que o marido fazia as lides domésticas, e não havia qualquer celeuma. Foi um homem a dizer e estamos perante um caso de machismo e patriarcado.

Sabes qual é o grande problema disto tudo?
É que são estas pessoas que são a cara do feminismo e das lutas de igualdade. Apropriam-se de lutas importantes como se fossem delas e depois vêm despejar estas bacoradas sem sentido.

Eu, que estou bem resolvido com a vida, olho para isto e penso: "Normal. É uma estúpida a dizer estupidez.". O problema é que há muitas mentes (e essas sim) do tempo do arroz de quinze que se aproveitam destas alarvidades para criticar, desvalorizar e ridicularizar o movimento feminista.
 
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Reações: Luis Miguel Lamelas

Cheue

12 Maio 2016
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É exatamente isso, pela simbologia. Por haver séculos de história em que o homem não mexia uma palha em casa, por educação ou por comodismo. Por haver efectivamente gajos que nunca fizeram uma mala na vida.

Se dissesses num grupo que foi a tua mulher quem preparou a tua mala, provavelmente iam-se levantar algumas sobrancelhas, e acabarias por justificar com algo tipo: "calma, vou chegar tarde a casa e não vou ter tempo para preparar a mala", porque, sendo inteligente, intuirias que acabaste de dizer algo que pode ser mal interpretado. Coisa que o Castro Almeida não fez, possivelmente porque pertence a outra geração e de certeza tem outras prioridades.

E há ainda outro ponto: quando se critica, as pessoas tendem a individualizar e pensar "estão a atacar-me, mas eu não sou assim", sem perceber que a crítica é uma generalização, não um ataque pessoal.
mas é por pertencer a outra geração que não se deve supor que ele disse aquilo por mal ou por achar que é a função da mulher, etc ..

ainda há gajos que têm essa mentalidade em 2024, mas acho que esse comentário de uma mala não diz assim tanto sobre ele para se fazerem grandes suposições....