Actualidade Nacional

bluemonday

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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Os avós das tuas amigas era como o pai da minha namorada nos anos 80, via aquele gajo vestido de preto e com o cabelo espetado e pensava "drógado", só que ele tinha razão. :D
Oh meu querido Dagerman, conta lá as tuas histórias com drogas nos anos 80, que isso parece prometer bastante.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Oh meu querido Dagerman, conta lá as tuas histórias com drogas nos anos 80, que isso parece prometer bastante.
Não te iludas, não há nada de especial para contar. Ao contrário de metade dos meus amigos da época, nunca me quis meter em cenas pesadas. Por isso é que alguns ficaram pelo caminho e eu ainda cá estou. Apesar de me vestir à punk, tinha mais juízo do que o meu ex-sogro pensava.
 

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Não te iludas, não há nada de especial para contar. Ao contrário de metade dos meus amigos da época, nunca me quis meter em cenas pesadas. Por isso é que alguns ficaram pelo caminho e eu ainda cá estou. Apesar de me vestir à punk, tinha mais juízo do que o meu ex-sogro pensava.
Era nisso que estava a pensar. Quase todas as famílias em Portugal conheciam alguém próximo que perderam para a droga.
 
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Reações: Dagerman

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Era nisso que estava a pensar. Quase todas as famílias em Portugal conheciam alguém próximo que perderam para a droga.
A heroina foi uma catástrofe em Portugal entre meados dos 80 e finais de 90. Vivi de perto isso tudo, tive dois amigos que morreram de overdose e mais dois ou três que passaram pela prisão. E também alguns que, felizmente, conseguiram sair daquilo com vida e levar vidas normais. Visto à distância de vinte e cinco anos, foi um período quase irreal. Mal por mal, antes os refrigerantes!
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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Era nisso que estava a pensar. Quase todas as famílias em Portugal conheciam alguém próximo que perderam para a droga.
Infelizmente.
Alguns conhecidos e mesmo um tio.

Aquele período dos anos 80 foi um flagelo, e atravessou estratos sociais.
Durante demasiado tempo o toxicodependente foi visto como um criminoso e não como um viciado.
 

bluemonday

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Infelizmente.
Alguns conhecidos e mesmo um tio.

Aquele período dos anos 80 foi um flagelo, e atravessou estratos sociais.
Durante demasiado tempo o toxicodependente foi visto como um criminoso e não como um viciado.
Diria mesmo que uma das melhores coisas que o PS fez por este país foi a descriminalização.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Acho que todos os números estão subvalorizados. A maioria dos portugueses bebe mesmo um copo de vinho às refeições (algo que está a mudar), mas os outros países bebem muito mais bebidas pesadas e, por conseguinte, parecem-me ter uma maior taxa de bêbados. Digo isso com base na minha experiência lá fora, não tenho dúvidas de que os espanhóis, ingleses, franceses, polacos, alemães, etc. são assim.
A Europa Central tende a ter uma relação muito mais equilibrada com o álcool do que os portugueses.
Na Alemanha, às 3 da tarde, não vês locais na tasca da esquina a afogar as mágoas. Isso é algo muito exclusivo de Portugal (e dos arredores de Londres, curiosamente).

Depois das 6, e especialmente em dias de sol, as esplanadas enchem, mas não necessariamente para beber.

Os países nórdicos são um mundo à parte. Primeiro, existe uma cultura enraizada desde a educação de expor as consequências do excesso. Mostram imagens bem piores que aquelas dos maços de tabaco a putos com 10 anos. Que tal isso para uma aula de cidadania? Segundo, porque o álcool é caríssimo, ao ponto de os suecos irem à Dinamarca só comprar bebidas. Os impostos são altíssimos e são usados para financiar diretamente o sistema de saúde.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
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Bragança
A Europa Central tende a ter uma relação muito mais equilibrada com o álcool do que os portugueses.
Na Alemanha, às 3 da tarde, não vês locais na tasca da esquina a afogar as mágoas. Isso é algo muito exclusivo de Portugal (e dos arredores de Londres, curiosamente).

Depois das 6, e especialmente em dias de sol, as esplanadas enchem, mas não necessariamente para beber.

Os países nórdicos são um mundo à parte. Primeiro, existe uma cultura enraizada desde a educação de expor as consequências do excesso. Mostram imagens bem piores que aquelas dos maços de tabaco a putos com 10 anos. Que tal isso para uma aula de cidadania? Segundo, porque o álcool é caríssimo, ao ponto de os suecos irem à Dinamarca só comprar bebidas. Os impostos são altíssimos e são usados para financiar diretamente o sistema de saúde.
Já alguma vez foste a Espanha ? Pelo menos o norte de Espanha ? É das três ou 4 da tarde onde muitos saem do trabalho até ás 9 ou 10 da noite na borga
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Já alguma vez foste a Espanha ? Pelo menos o norte de Espanha ? É das três ou 4 da tarde onde muitos saem do trabalho até ás 9 ou 10 da noite na borga
Relevância?
Conheço bem Espanha, mas nunca vivi lá, não conheço as rotinas. No entanto, suponho que a cultura latina seja semelhante à portuguesa e, pelo menos em Barcelona, não é preciso esperar até muito tarde para ver as praças cheias de gente. Com muito álcool à mistura.

A imagem que o Cheue colocou tem Portugal, Espanha e Itália todos ao mesmo nível de consumo. Certamente não será alheio a isso o tempo mais quente, a cultura de vinho existente e o sangue latino.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Então o preço das casas sobe 16% no primeiro trimestre de 2025 - o maior aumento trimestral desde que há registo - e a prioridade do governo é aumentar as penas para os okupas, quando os números revelam que a ocupação ilegal de casas até está a diminuir?

Ocupação ilegal de casas não subiu como se diz nas redes sociais. Crimes até desceram | Prova dos Factos | PÚBLICO

É o que dá andar a reboque dos temas levantados pela extrema-direita. O terror de perder votos para o CH é bem evidente.
 

Moradona

Bancada lateral
18 Maio 2025
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Eu vivi quase 1 ano na Noruega e a situação não é de todo exemplar relativamente ao consumo de álcool. Nestes países o consumo de álcool ocorre muito mais em contexto privado do que em contexto público. E a Noruega tem uma das taxas mais elevadas de alcoolismo nas mulheres em toda a europa, além de ser algo difícil de quantificar porque nem toda a gente procura ajuda. Na Noruega é um problema muito particular, porque há um grupo demográfico muito específico que tem problemas de dependência com o álcool, mulheres de meia idade e elevado nível de escolaridade. E quando sais à noite é até relativamente comum veres pessoas, sobretudo jovens, no chão ou encostados a bancos, completamente alcoolizados.

As pessoas estão apenas a ver uma pequena parte do puzzle. O consumo de álcool per/capita dá-nos uma peça, mas não o puzzle inteiro. A questão aqui prende-se mais com a relação que as pessoas têm o álcool e não tanto com o consumo.

O consumo em Portugal é muito mais distribuído no tempo. Enquanto que noutros países que consomem significativamente menos álcool per/capita tens bastante mais prevalência de episódios de consumo muito elevado de álcool pelo menos uma vez por mês, uma tendência que nos países nórdicos se tem vindo a intensificar.

Os países nórdicos não são assim tão exemplares e têm bastantes problemas na relação das pessoas com o álcool. Com tendência a piorar.

A situação não é assim tão linear ao ponto do consumo de álcool per/capita nos dizer algo de muito relevante.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Estes números parecem saídos dum centro de pesquisas sedeado na cave do Conde Ferreira. Custa-me imenso acreditar que 90% ou mais dos franceses, alemães (!!) ou checos (!!!!) não bebam ao menos uma cerveja ou um copo de vinho ao jantar. Parece-me impossível. Se for verdade, o mundo está perdido!

O hábito cultural de beber um copo de vinho todos os dias às refeições é uma cena bem portuguesa. Até a minha avó, que já tem 91 anos, bebe o seu copo de vinho diário.