Claro, compreendo. Isso dá para uns "bullet points" e pouco mais, é pena.No 9. ano, por exemplo, são 100 minutos por semana para falar desde a conferência de Berlim até ao 11 de Setembro.
Não dá para falar de tudo.
Claro, compreendo. Isso dá para uns "bullet points" e pouco mais, é pena.No 9. ano, por exemplo, são 100 minutos por semana para falar desde a conferência de Berlim até ao 11 de Setembro.
Não dá para falar de tudo.
O problema maior nem é o tempo lectivo, é o facto de os manuais de história serem muito mais ideológicos do que se pensa. A história está muito longe de ser uma ciência, e muitas vezes não é mais do que a interpretação dos acontecimentos proposta pelos vencedores. Por exemplo, a versão das causas da Primeira Guerra mundial que nos é dada na escola é completamente infantil. Um gajo saía do 9º ano acreditar que metade da Europa mergulhou num conflito ruinoso e que ceifou milhões de vidas só porque um príncipe qualquer foi assassinado na Sérvia. Ridículo. Entretanto, o papel dos banqueiros ou da monarquia britânica na instigação do conflito fica no segredo dos deuses, ou só é acessível a quem decidiu aprofundar conhecimentos lendo obras mais especializadas sobre o tema.No 9. ano, por exemplo, são 100 minutos por semana para falar desde a conferência de Berlim até ao 11 de Setembro.
Não dá para falar de tudo.
Os italianos ainda ajudaram mais, em número e género do que os alemães nazis, que acabam por ficar mais famosos digamos assim devido às aventuras da Legião Condor e a sua preciosa ajuda no transporte das tropas que Franco tinha estacionadas no norte de Marrocos, o "Heer" alemão não investiu assim tanto na Guerra Civil Espanhola, tinha os seus afazeres em casa a preparar as intervenções que iriam despoletar a II Guerra.A própria União Soviética via este brotar de sociedades anárquicas com sucesso na Espanha como uma ameaça ao próprio comunismo e ao poder central. Como forneciam armas à República, fartaram-se de fazer pressão e impor obediência ao poder central. Inclusive chegou a haver confrontos armados entre anarquistas e comunistas em 1937, o que acabou por enfraquecer a frente antifascista. Do outro lado, com a ajuda dos nazis, dos fascistas italianos e da própria igreja católica esmagaram as forças revolucionárias. E depois tinhas as próprias democracias ocidentais que também viam os anarquistas como ameaça ao poder central e não prestaram qualquer auxílio. Independente do vigor e prosperidade daquelas sociedades, estavam, de facto, condenadas ao fracasso fruto de diversos fatores externos e do contexto da época.
Infelizmente, nos manuais do história isto nunca é abordado. Fala-se por alto da Guerra Civil Espanhola e ignora-se por completo uma das experiências mais autêntica e prometedora da história revolucionária moderna.
Eu chamo-lhes irrealistas tendo em conta o contexto histórico em que surgiram, mas também porque acredito que há muito de utópico no anarquismo (como aliás no comunismo, embora em menor grau). Em poucas palavras, o anarquismo é uma teoria política perfeita, mas foi concebida para anjos, não para seres humanos reais. Eu sei que o grande biólogo anarquista Kropotkine apresenta inúmeros exemplos de cooperação e simbiose na natureza, mas sós somos uma raça filha da puta e super-competitiva, que a partir do momento em que descobriu o fogo se tornou uma espécie à parte, e que só coopera entre si em tempos de crise ou quando é para ir limpar o sebo à tribo vizinha! Há um livro muito bom sobre esta dinâmica social de cooperação/competição na história chamado "War, Peace and War" de Peter Turchin.Eu não lhes chamaria irrealistas, foram experiências bem realistas e bem sucedidas, mas entendo perfeitamente o ponto de vista e concordo no geral.
Uma "aliança" de republicanos, anarco-sindicalistas, comunistas e trotsquistas. Fdx, tinha tudo pra dar certo!Os italianos ainda ajudaram mais, em número e género do que os alemães nazis, que acabam por ficar mais famosos digamos assim devido às aventuras da Legião Condor e a sua preciosa ajuda no transporte das tropas que Franco tinha estacionadas no norte de Marrocos, o "Heer" alemão não investiu assim tanto na Guerra Civil Espanhola, tinha os seus afazeres em casa a preparar as intervenções que iriam despoletar a II Guerra.
A URSS também, diretamente para lá de fornecimento de armas e aviões (obsoletos) em termos militares pouco contribuiu, conselhia sobretudo, tanto que enviou o Berzin que nem sequer era um militar do exército mas um agente da inteligência da GRU.
A Guerra Civil Espanhola é um conflito complexo, e as alianças contra os nacionalistas eram muito de ocasião e fracturadas, o que naturalmente acabou por redundar na queda da República Espanhola.
Sendo institucionalista e tendencialmente formalista, o anarquismo é algo que me repugna particularmente.Não sou especial adepto do anarquismo, é inorgânico à natureza humana. A autogestão não passa de um sonho lindo, idealista, contemporâneo e parvo mas completamente impossível em cenários macro.
Bons para gerir o Reino do Pineal no máximo...e e e...há de alguém acabar por estabelecer uma ordem para os males dos sonhos utópicos Proudhonianos.
Não, o rato é a versão chinesa do Remy do filme Ratatouille, neste caso é o Le Ming, é ele que é o cozinheiro.Experiência culinária radical e anti-gourmet. A mim parece-me bem. Suponho que as baratas e os ratos possam ser classificadas como provisões.
Ah, não tinha percebido! Tens razão, claro.Não, o rato é a versão chinesa do Remy do filme Ratatouille, neste caso é o Le Ming, é ele que é o cozinheiro.
Como eu disse, até no Reino do Pineal eventualmente existiria um conflito que levaria ao estabelecimento de uma ordem.Sendo institucionalista e tendencialmente formalista, o anarquismo é algo que me repugna particularmente.
Mesmo um Reino do Pineal não é anárquico. É impossível a mais pequena das comunidades subsistir durante muito tempo desse modo.
Os anarquistas vão beber à teoria do direito natural, que a propósito não rejeito. No entanto, o direito natural tal como eles o concebem não é suficiente para regular o quotidiano. Os romanos perceberam isso há muito, mas os anarquistas ainda estão nos tempos da Mesopotâmia...
Já vi conflitos com inimigos que se davam melhor do que essa aliança.Uma "aliança" de republicanos, anarco-sindicalistas, comunistas e trotsquistas. Fdx, tinha tudo pra dar certo!
A questão jurídica é mesmo, a meu ver, a maior fraqueza do anarquismo.Como eu disse, até no Reino do Pineal eventualmente existiria um conflito que levaria ao estabelecimento de uma ordem.
O direito natural é suficiente para regular o quotidiano, mas só em comunidades primitivas, nunca numa sociedade complexa (que a Mesopotâmia já era) e muito menos numa sociedade industrial.Sendo institucionalista e tendencialmente formalista, o anarquismo é algo que me repugna particularmente.
Mesmo um Reino do Pineal não é anárquico. É impossível a mais pequena das comunidades subsistir durante muito tempo desse modo.
Os anarquistas vão beber à teoria do direito natural, que a propósito não rejeito. No entanto, o direito natural tal como eles o concebem não é suficiente para regular o quotidiano. Os romanos perceberam isso há muito, mas os anarquistas ainda estão nos tempos da Mesopotâmia...
Foi o que pode arranjar na altura, mas é óbvio que a partir do momento em que a Inglaterra e a França optaram pela neutralidade, a república espanhola estava condenada.Já vi conflitos com inimigos que se davam melhor do que essa aliança.
Um saco de gatos...no cio.
O pessoal estava muito queimado da 1ª guerra, ainda estava no appeasement ao Hitler nessa fase. Se bem que a Alemenha e a URSS também assinaram a neutralidade e foram para lá fazer umas observações no campo, bombardear uns civis e tal.Foi o que pode arranjar na altura, mas é óbvio que a partir do momento em que a Inglaterra e a França optaram pela neutralidade, a república espanhola estava condenada.
A Inglaterra sempre foi muito partidária da ordem, e portanto não admira que preferisse o Franco a um governo republicano com ministros anarquistas (e isto de anarquistas terem sido ministros é uma ironia histórica deliciosa), mas que a França, na altura governada por um frente popular de esquerda, não tenha mandado ao menos cinco caixas de granadas, é difícil de engolir.O pessoal estava muito queimado da 1ª guerra, ainda estava no appeasement ao Hitler nessa fase. Se bem que a Alemenha e a URSS também assinaram a neutralidade e foram para lá fazer umas observações no campo, bombardear uns civis e tal.
A França até assinar ainda mandou uns aviões.
Mandou uns caixões com asas (Potez54) e foi um pau.A Inglaterra sempre foi muito partidária da ordem, e portanto não admira que preferisse o Franco a um governo republicano com ministros anarquistas (e isto de anarquistas terem sido ministros é uma ironia histórica deliciosa), mas que a França, na altura governada por um frente popular de esquerda, não tenha mandado ao menos cinco caixas de granadas, é difícil de engolir.
O Ascenso mete-te tanto fastio que até me faz ter alguma empatia pelo Prata RoquePrata Roque e Ascenso Simões às turras na sicn. Coisa linda