É isso mesmo.
Sobre práticas;
Grande parte dos católicos não cumpre os preceitos básicos como ir à missa, confessar-se, rezar de vez em quando mas dizem que são.
Na terra aonde nasceu a minha mãe havia um padre que tinha pelo menos 5 filhos, eram a cara chapada dele para azar dele e do corno que lhes deu o sobrenome.
Aqui nem se trata de pedofilia que durante anos nem se falava mas de ter relações sexuais que são proibidas para padres católicos mas persistiam como nada se passasse de obsceno ou melhor pecado mortal.
Sempre me perguntei e ainda me pergunto hoje como essa gente dos clérigos se vai confessar e sai a absolvição a quem se confessam e persistem nisso de forma habitual.
Por essas e outras razões a afluência dos católicos ao culto tem diminuído embora nas estatisticas apareçam em alta porque o que conta é o batismo um ato cada vez mais menos religioso porque o fazem por tradição, pela festa em si com o almoço com muita gente chegada.
Eu não batisei os meus filhos, eu sou batisado fiz comunhão já estive para pedir a apostosia mas dá trabalho e desisti, e curiosamente ou não os meus netos também não são batisados não por influência minha mas porque eles os pais assim decidiram. Relembrando os meus filhos até que sairam da minha tutela não recordo ter tido conversas com eles sobre religião, podiam ter seguido outro caminho mas não quiseram. E a minha mãe era uma católica ferverosa mas nunca conseguiu nada deles. Finalizando; o meu filho mais novo disse-me uma vez que era agnóstico, ouvi e calei-me porque discutir certos temas com ele é fodido! lol
Eu sou um ateu convicto há décadas, desde os 17 anos, e se há coisa de que estou certo é que nunca vou chamar um padre quando me apanhar às portas da morte, como já tem acontecido com gente que foi ateua vida toda.
Dito isto, e por estranho que pareça, cada vez me convenço mais de que é menos mau educar as crianças na ficção de que Deus existe do que criá-las no puro materialismo ateu, que quase sempre desemboca no vazio de um hedonismo nihilista.
Desde logo, porque, psicologicamente, a maioria das pessoas não consegue suportar a ideia de que a vida não tem sentido e de que a existência dum humano vale tanto como a duma formiga.
Mas também porque, socialmente, Dostoievsky tinha razão quando dizia que se Deus não existe, tudo é permitido. E se "tudo" é permitido, o resultado só pode ser a guerra de todos contra todos. Parece-me claro que, boa ou má, ainda não se inventou melhor cola de coesão social do que a religião, e sempre achei que uma criança de seis anos deixada numa ilha deserta iria inevitavelmente conceber a ideia de Deus, ou seja, de algo superior a ela, a quem pudesse rezar para se tranqulizar nos momentos de aperto.
Em suma, num ser humano, a ideia de Deus é tão natural como respirar. O meu cão tem o problema resolvido de uma forma ainda mais fácil: Deus sou eu, que lhe dou de comer e o levo a passear.