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SÉRGIO CONCEIÇÃO: NÃO É FÁCIL DERRUBAR ESTA EQUIPA
Treinador destacou o nível exibicional da sua equipa, em especial na segunda parte
Após o triunfo frente ao Vitória de Guimarães (4-2), na 17.ª jornada da Liga NOS, Sérgio Conceição era um treinador orgulhoso dos seus jogadores, que tiveram a capacidade de inverter uma primeira parte menos positiva em que os vimaranenses terminaram em vantagem. O técnico falou numa segunda parte avassaladora e considerou difícil, mas justa, a conquista de mais três pontos.
Primeira parte/segunda parte
A nossa primeira parte teve pouco do nosso ADN. Falhámos passes fáceis e no último terço faltou sempre clarividência para definir bem. Entrámos algo ansiosos e penso que em alguns momentos quisemos fazer as coisas demasiado rápido. Tive o intervalo mais fácil desde que sou o treinador do FC Porto. Corrigimos duas ou três coisas, mas, como já disse, tenho plena confiança nos meus jogadores. Não tive que dizer absolutamente nada, só que tenho mil por cento de confiança neles. Depois, a segunda parte, foi o que se viu. Fizemos quatro golos e podíamos ter feito mais.
Estar em desvantagem não inibiu a equipa
Acho que estar em desvantagem não condicionou o nosso jogo. Há dias em que as coisas acontecem assim, simplesmente não saem bem. Nós não pensamos muito no que os outros fazem. Temos consciência da equipa que temos e do coletivo que temos e sabíamos que, com o decorrer do jogo, as coisas iam acabar por surgir. Depois também há que contar com o adversário, que hoje se organizou bem. Foi uma vitória difícil, mas justa.
Os ajustes ao intervalo
O nosso início de construção de jogo não estava bem. Criávamos pouco jogo pelos corredores laterais e tínhamos muita gente dentro. O que mudámos na segunda parte foi que procurámos chegar mais vezes com vantagem ao último terço do campo, para aí criar dificuldades aos adversários.
Já a olhar para a segunda volta
Os pontos são sempre caros para nós. Temos consciência que queremos ter uma segunda volta ainda melhor do que a primeira. Temos 45 pontos, são muitos, mas isto ainda só vai a meio e temos que fazer mais e melhor. Mas não vai ser fácil derrubar esta equipa, porque é mesmo assim. Ainda hoje sofremos um golo que me parece em fora de jogo e temos um penálti não assinalado com o jogo em 0-0.
O recado a Rui Vitória
Nós somos um grupo verdadeiramente forte e não o digo só porque fica bem dizê-lo numa conferência. Eu digo o que sinto e não meto num dia o modo motivador e noutro dia o modo agressivo. Penso pela minha cabeça e não pela cabeça dos outros, pois já sou crescido, sou livre. Tudo que é o meu sentimento eu expresso, sem problema. Há pessoas que me fazem lembrar um boneco que o meu filho tem em casa, que não tem expressão e que assume formas de estar carregando-se num botão. Eu não sou assim.
A motivação é o trabalho
A nossa vitamina e a motivação é o trabalho. Não tem a ver com situações externas. O grito e a emoção são importantes, mas isso não chega, talvez chegue só para uma semana. O que nós temos feito é mais do que isso. Temos qualidade no trabalho...e falo de todos. Do departamento médico, à direção e, claro, dos jogadores.