Um treinador sem balneário é um treinador sem futuro. E um presidente que "deixa andar" é um presidente (ultra)passado.
O Sérgio assumiu a derrota. Perdeu o controlo emocional, o balneário, é denominador comum no conflito com vários jogadores e talvez só 2 ou 3 atletas estejam neste momento a fazer render o seu melhor futebol. A sua equipa é uma miséria a jogar futebol e as suas ideias são incompatíveis com o plantel e com uma equipa grande que precisa de dominar, ganhar jogos e potenciar craques.
Ele disse-o ontem e em parte dou razão. Magnífico trabalho na primeira equipa. Equipa competitiva até ao final na segunda. Mas na terceira época não falta apenas união: está a fazer um trabalho absolutamente miserável. Chegámos ao fim de janeiro e fez uma coisa boa esta época, a vitória na Luz. E o máximo que isso nos rendeu foi que estamos a 7 pontos do Benfica em vez de estar a 13.
Fez o que qualquer treinador sensato o faria: colocou o lugar à disposição. É também o máximo que qualquer um faria. O Sérgio já abdicou de contratos mais bem rentáveis financeiramente e, saindo, paga sozinho a fatura que também tem muito da direção. Era o que mais faltava despedir-se, perder dinheiro e sujeitar-se ainda a ter que indemnizar o clube. Nenhum treinador o faria neste momento.
Passou a bola ao presidente e este, ao invés de assumir a urgência da situação e tomar as rédeas, assobia para o lado. A menos de 3 meses das eleições e a meio de uma época que vai terminar sem mérito desportivo e com uma razia completa no plantel para tapar o buraco da miséria que foi a época.
Não cobro nem peço mais nada ao Sérgio. Não sabe mais, não dá mais. A culpa desta situação é, doravante, de Jorge Nuno Pinto da Costa e da sua direção. E não estão mais do que a colher os frutos do seu próprio trabalho nos últimos anos.