Os problemas que afectam o futebol jovem

F

Francisco Oliveira

Guest
guto disse:
Esteve inicialmente num treino de observação no seixal e mais tarde esteve uma semana a treinar integrado, onde participou inclusivamente num jogo-treino, mas não houve mais desenvolvimentos desde então, apesar de o interesse ser real.
Aparentemente mais um que vão buscar ao nosso "caixote do lixo".
Sabes porque foi dispensado?
 
D

Dracarys

Guest
Para mim o único problema da formação é que temos um director desportivo que diz que não precisámos da formação para termos uma boa equipa. Depois gastamos milhões em jogadores, temos percentagens reduzidas dos passes, somos humilhados por espanhois e lisboetas e ficamos em 3º no campeonato.
 

barroselo

Bancada lateral
11 Dezembro 2013
579
129
Braga
Hoje foi mais uma ocasião para chorar a perda de um jogador que saiu do nosso clube aos 14 anos.
Uma pergunta: quem é que pode afirmar que um miudo de 14 anos vai dar um grande jogador?
 

FCP07

Tribuna Presidencial
4 Dezembro 2007
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Hoje foi mais uma ocasião para chorar a perda de um jogador que saiu do nosso clube aos 14 anos.
Uma pergunta: quem é que pode afirmar que um miudo de 14 anos vai dar um grande jogador?


não percebi
 

barroselo

Bancada lateral
11 Dezembro 2013
579
129
Braga
é o caso do grande André Gomes, se o jesus pudesse, hoje dava-lhes uns cachaços.
Por ter feito um bom golo contra o Porto, já é o maior, aí se não fosse a complacência do consócio Pedro Proença na questão disciplinar
 
P

Pelado

Guest
barroselo disse:
Hoje foi mais uma ocasião para chorar a perda de um jogador que saiu do nosso clube aos 14 anos.
Uma pergunta: quem é que pode afirmar que um miudo de 14 anos vai dar um grande jogador?
Um Director-Geral da formação tem que tomar dezenas, talvez centenas de decisões durante uma época desportiva. Umas correrão bem. Outras correrão mal. Faz parte do jogo. Faz parte da vida pelo que é natural que ocorram erros.

Mas isso é olhar apenas para a árvore.

Contemplemos agora o pomar.

E eu pergunto: após todos estes anos de Luíses Castros, Anteros Henriques e quejandos, será que temos um pomar viçoso, frutuoso e que gera rendimentos para o clube e para a SAD?

Essa é a pergunta sobre a qual deverias reflectir. A questão do André Gomes é apenas um detalhe ...........
 

miguel

Tribuna Presidencial
1 Agosto 2006
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12,933
Tantos que poderiam estar no Dragão...Vieirinha, Paulo Machado, Hugo Almeida, Bruno Gama, Ukra, Helder Barbosa, André Gomes, entre outros...Muitos até nem são "craques" mas para o campeonato português são mais que suficientes.
 

FCP07

Tribuna Presidencial
4 Dezembro 2007
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1,735
podiamos olhar mais pelas jovens das nossas ex colonias cabo verde, giné, moçambique etc..
à quanto tempo não temos sessoes de recrutamento ou até dragon force nesses paises ?
O unico jovem que temos é o madi que mais uma vez não fomos nós a descobrir mas foi-nos trazido pelo bobó segundo afirmaram aqui.
corrijam-me se estiver enganado
 

André Dias

Tribuna
22 Novembro 2012
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Sempreporto disse:
Alguem hoje ja leu a noticia do record que vao restruturar o nosso futebol de formaçao?
Também gostava de ler esse artigo, embora ache estranho. Uma notícia da Fomação, com todo este destaque, e ainda ser no rascord?...
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Já não se escreve neste tópico à alguns meses e queria trazê-lo para cima para uma posição mais visível, isto porque há vários users que têm postado vários comentários sobre os estado da nossa formação mas estão dispersos por vários tópicos. Penso que seria produtivo discutirmos todos esses pontos num único tópico.


Relativamente ao tópico propriamente dito acho que um dos nossos principais problemas tem sido muito pouco referido e que é a prospecção de novos valores jovens. Este facto que já era evidente tornou-se indisfarçável na época passada em que os Campeões nacionais de sub17 e sub19 pertencem a uma região onde tínhamos obrigação de dominar a escolha dos melhores talentos, e onde historicamente isso sempre aconteceu.
 
F

Francisco Oliveira

Guest
Não acho que o nosso principal problema seja a prospecção de talentos porque temos tido gerações atrás de gerações muito talentosas. Para mim o principal problema continua a ser para além da passagem de junior a sénior a gestão da evolução de cada jogador a partir do 1ºano de junior. Começa logo com planteis demasiado extensos (isto também nos sub.17 e sub.15) o que dificulta a vida a qualquer treinador porque tem de "encostar" alguns. Não faz sentido que os de 1ºano estejam mais vezes no banco ou na bancada por causa de serem de 1ºano.

Deviamos ter um plano especifico para cada jogador que numa época teria de fazer um minimo de jogos no seu escalão e ao mesmo tempo outro minimo de jogos ou minutos num escalão acima ao da sua idade. Isto deva começar logo nos sub.15 e acontecer com todos ou quase todos e em todas as equipas de formação.

Temos campeonatos jovens pouco competitivos e cabe-nos a nós criar criar condições aos nossos jovens para terem mais jogos de maior grau de dificuldade. Que interessa ganhar ao Freamunde por 6-0 num jogo de sub.19. Se jogassemos esse tipo de jogos com 1 juvenil por sector ganhariamos na mesma mas em lugar de 6 seriam 2 ou 3 mas quem ganhavam seriam os nossos jovens.

Por mais jogos que veja tenho sempre muitas dificuldades em fazer qualquer comentário sobre os nossos g.redes quando são sub.15 porque os jogos em que são postos á prova resumem-se a 4 ou 5 por época. Isto já a contar com os 2 adversários de Lisboa nas fases finais que mesmo ás vezes no Olival quase são meros espectadores. Não seria melhor para os desenvolver mais rápido e melhor jogar com eles muitas vezes num escalão acima ao da sua idade?
Recentemente assistimos ao Diogo Costa sub.16 a jogar pelos sub.18 num torneio importante internacional em que não se notou qualquer diferença. Se tivesse jogado contra os Freamundes cá do sitio o que se perdia?
Com todo o respeito por esses Freamundes.

Cada vez mais me convenço que só assim se conseguirão nos dias de hoje tirar partido da formação. O futebol profissional cada vez é mais competitivo ao passo que o jovem mantém-se quase da mesma maneira como á 20 anos atrás. Não é por acaso que a UEFA está a criar uma competição internacional para sub.19 porque o problema da afirmação de qualquer jovem ao futebol profissional é cada vez mais dificil em todos os países.

Depois disto tudo há também o futebol-negócio com jovens que só atrapalha e atrasa a evolução de outros. Temos no nosso clube exemplos disso mesmo sem me estar a referir a esta época especifica.
 

Sergio7

Tribuna
2 Julho 2012
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  • Alfredo Quintana
  • Ricardo Quaresma
  • Bobby Robson
  • Deco
tambem acho, vejo nos sub 17 vários jogadores que já deviam estar nos sub 19 que por sua vez já deviam estar na equipa B que também tem jogadores que podiam estar emprestados a equipas da 1ªliga, dêem competitividade aos jogadores que eles vão responder dentro do campo
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
A questão é a pressão das vitórias imediatas. Para nós ou para os otarios de Carnide é igual. Por muito bons que sejam os nossos jovens dificilmente atingirão um nível aceitável para a nossa equipa principal antes dos 22/23 anos e até lá se andarem pelas equipas B só vão estagnar ou retroceder.
Vamos ter um exemplo disto já na próxima época que é o Gonçalo, é claramente um jogador a mais na B. Não atingiu a estabilidade e consistência para ser o nosso PL da A mas não pode fazer mais um ano na B. O que fazer? Jogar de vez em quando nos ultimos minutos dos jogos na A, que lhe vão dar no máximo uns 90 minutos por ano? Emprestá-lo, mas a quem?  O Gonçalo é PL de equipa grande que joga sempre em cima do adversário,  não foi feito para defender nem jogar em contra-ataque, e grandes em Portugal são só 2. Lá fora também não é fácil encontrar equipas com essas características que estejam dispostas a apostar nele como principal PL.
 

Alves

Bancada central
21 Abril 2013
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Vlk disse:
A questão é a pressão das vitórias imediatas. Para nós ou para os otarios de Carnide é igual. Por muito bons que sejam os nossos jovens dificilmente atingirão um nível aceitável para a nossa equipa principal antes dos 22/23 anos e até lá se andarem pelas equipas B só vão estagnar ou retroceder.
Vamos ter um exemplo disto já na próxima época que é o Gonçalo, é claramente um jogador a mais na B. Não atingiu a estabilidade e consistência para ser o nosso PL da A mas não pode fazer mais um ano na B. O que fazer? Jogar de vez em quando nos ultimos minutos dos jogos na A, que lhe vão dar no máximo uns 90 minutos por ano? Emprestá-lo, mas a quem?  O Gonçalo é PL de equipa grande que joga sempre em cima do adversário,  não foi feito para defender nem jogar em contra-ataque, e grandes em Portugal são só 2. Lá fora também não é fácil encontrar equipas com essas características que estejam dispostas a apostar nele como principal PL.
Um ano como suplente na A, fazendo uns minutos na taça e um ou outro jogo na B não vai fazer mal a ninguém, assim andaram o Alex Sandro e o Mangala quando vieram e hoje estão muito bem.

Não podem é ser suplentes toda a vida. Eu defendo que os jogadores da formação com qualidade, após o término do seu ciclo na B (ano e meio, dois anos máximo) devem ser integrados no plantel A ao invés de irmos contratar Samis, Djalmas, Ricardos Nunes, Serenos e afins. Se passados 2/3 anos não conseguirem agarrar um lugar, vão à sua vida e dão a oportunidade a outros (exemplo: Ukra, Castro).

Se um jogador que sai da B aos 21 anos não tiver qualidade para ser 2ª ou 3ª opção na A, dificilmente algum dia será titular na mesma.
Se um jogador da formação do Porto disser que não quer ser suplente do NGC aos 21 anos, também não é jogador que interesse. Um bom profissional teria toda a honra.
 

Philipp

Tribuna Presidencial
25 Janeiro 2015
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Conquistas
1
  • José Mourinho
Na minha visão um clube, onde exista uma SAD com controlo sobre o futebol, deve ser gerido como se de uma empresa se tratasse. Não como uma típica empresa onde a vertente financeira é o único foco do negocio mas sim como uma empresa com características especiais onde os objectivos financeiros têm uma relação de interdependência com os objectivos desportivos.

A partir daqui parece-me óbvio e indispensável que a formação poderá ter um papel crucial neste negocio. Um atleta que pertença à formação do clube desde logo representa menos encargos financeiros para o mesmo na hora de subir ao plantel principal. Isto porque a SAD do clube não terá que despender dinheiro nessa contratação e à partida, numa primeira etapa, os encargos com salários serão mais diminutos.

Também do ponto de vista desportivo esse atleta não precisará de um tempo de adaptação ao clube nem de adaptação ao futebol que se pratica no contexto desportivo em que está inserido esse mesmo clube.

Perante isto e num modelo de negocio que visa potencializar ao máximo as mais valias e onde a exportação do talento é crucial para que se verifica um retorno financeiro indispensável à saúde financeira do clube é para mim óbvio que o lucro económico será necessariamente maior quando a exportação é feita tendo como base um atleta que foi produzido pelo clube.

Isto porque quando estamos a falar de um atleta que anteriormente à exportação teve que ser importado essa importação acarretou custos financeiros, muitas vezes avultados, e que tornam os lucros com a posterior exportação menos assinaláveis.

Dito isto, é preciso ter em conta que neste modelo de negocio é indispensável que o atleta, seja ele contratado ou promovido desde os escalões jovens, apresente um grau de qualidade que lhe permita posteriormente poder ser exportado com lucro financeiro para o clube.

Se os escalões jovens não são tidos em conta e se neles não se procurar melhorar ao máximo o seu modo de funcionamento é óbvio que a qualidade dos atletas não permitirá, na maior parte dos casos, um aproveitamento desportivo que posteriormente se transforme numa exportação com lucro financeiro para o clube.

No caso dos atletas importados, também só poderá haver um aproveitamento desportivo e um posterior aproveitamento financeiro se o mesmo apresentar qualidade para atingir esses objectivos.

Neste segundo caso a SAD do FC Porto tem sido competente nestes últimos 10 anos pese embora os erros que se têm cometido e que na minha opinião poderiam ser perfeitamente evitados com maior rigor e competência.

No primeiro caso a SAD do FC Porto tem falhado em toda a linha mas o que mais me assusta é que o talento, embora na minha opinião não seja num numero alargado, até está lá mas simplesmente não é aproveitado como deveria ser e as razões para isso são neste momento mais obscuras do que transparentes.
 
F

Francisco Oliveira

Guest
Philipp disse:
Neste segundo caso a SAD do FC Porto tem sido competente nestes últimos 10 anos pese embora os erros que se têm cometido e que na minha opinião poderiam ser perfeitamente evitados com maior rigor e competência.

No primeiro caso a SAD do FC Porto tem falhado em toda a linha mas o que mais me assusta é que o talento, embora na minha opinião não seja num numero alargado, até está lá mas simplesmente não é aproveitado como deveria ser e as razões para isso são neste momento mais obscuras do que transparentes.
Bom post.

Tirei estes dois paragrafos porque neles estão o cerne da questão.
Que temos uma SAD com provas dadas a nivel de futebol profissional ninguém tem dúvidas.
Mas a mesma SAD gere o futebol de formação pior que o clube mais amador.
 
F

Francisco Oliveira

Guest
Interessante reportagem no JN de hoje sobre Ilidio Vale.
É caso para perguntar ao Sr.Antero Henrique porque motivo substituiu Ilidio Vale por Luis Castro?