Damien Rice merecia um palco melhor, e um público também ele melhor, já agora..
tenho um processo que tenho que informar com urgência, mas já te respondo.. temos muito que falarAntonioTeixeira disse:Deco,
O Fado hoje tornou-se numa coisa (pelo menos o que é lançado) que nem sei qualificar bem. A guitarra (que seria talvez o elemento mais diferenciador) é praticamente inexistente! É uma vergonha!
Tu vais ouvir o José Nunes, o Jaime, o Carlos Gonçalves, a acompanhar, por exemplo, a Amália, e comparas com os guitarristas de hoje, não tem nada a ver! O acompanhamento da Guitarra portuguesa no fado, hoje em dia, e não será pelos guitarristas per se, é muito má! Um acompanhamento clássico, pesquisa o "Estranha Forma de Vida" interpretado pela Amália com o José Nunes e compara com o repertório todo da Mariza, da Ana Moura, por aí fora, nem há comparação, ficam ridículos quer os guitarristas quer os interpretes.
O que o Senhor Carlos Saura e Carlos do Carmo fizeram naquele documentário devia dar pena de prisão. A Amália e o Alfredo Marceneiro são as grandes figuras do Fado, por muito que esses senhoras e as novas senhoras chiques não gostem dessa verdade. Podem fazer cenários bonitos, berrar, e ser vedetas para a BBC, mas isso nunca vão ter.
Sobre Coimbra, não posso falar, nem da guitarra nem da balada, mas acredito que esteja muito melhor.
Sobre o Rap, em Portugal ou nos States?
Eu lembro-me que em Portugal, aí por 2006, as coisas até estavam bem... O Valete, apesar da hipocrisia toda, da estupidez que diz e afins, tinha muito talento, o Sam The Kid idem, o Regula na altura tinha um flow fantástico, tinhas os DeckArte com muito talento, mais uns quantos nomes que não me recordo mais underground. Depois tinhas o Chullage que tinha acabado de lançar o Rapensar e que era top cá no tugão. Ainda me lembro do Xeg e do Lancelot pegados xD... Belos tempos!Havia aquele moço que tinha o "material secundário", tinha punchs maradas loool.
Na América não sei. Não acompanho. Vê, quando eu acompanhava tava o Papoose para lançar o Nacirema Dream LOL!
Mas se tivesse que ouvir algo antigo, ouvia Nas, Jay Z, Eminem, Tupac, Biggie, Big L, Krs, Rakim, Mobb Deep, Mos Def & Talib, Outkast, etc etc etc.
O fado tem um imenso problema sobre ele, nos dias de hoje, que é ser um fenómeno de moda.. e como todos os fenómenos, têm diversas fases, diversas etapas que por vezes confundem o fenómeno com a essência daquilo que está verdadeiramente em causa. E a moda hoje em dia é que qualquer pessoa sabe cantar fado. Basta ver os programas para as crianças e tens umas 400 a cantar fados de amália. E o pior problema ainda é que agora gostar de fado é cool, cantar o fado com umas roupas indie com laivos de goticidade dá-te logo uma vantagem imensa para ser cantor (e se a isso conseguires aliar um valente par de mamas ainda melhor). E esse cancro está a matar lentamente o verdadeiro fado.. Falas do acompanhamento, o meu avô tocava violão o que sempre me deu alguma sensibilidade, e de facto concordo contigo, mas não apenas do nível em que os instrumentos são tocados, também do sentimento com que são tocados que é completamente diferente.. O que me leva à eterna discussão sobre fado que é o sentir quando se canta fado. E o problema é que a amália criou uma fasquia tão elevada que de uma forma quase eucaliptal, secou e secará as várias gerações que lhe seguiram. E o problema está na coerência, quer se goste quer não, a essência do fado principal é a tristeza, a saudade, características nossas de séculos de história, e para cantar esse sentimento não basta apenas fechar os olhos e fazer pose para as câmaras.. Tens que sofrer, tens que dar umas valentes marradas na vida para saberes aquilo que estás a dizer, algo que com a maioria das cantoras de hoje isso não sucede.. Por isso te falava nos diminutivos (associo sempre a gente rica, porque na minha terra os filhos dos ricos são sempre as ritinhas, os pedrinhos, enquanto os outros são pedros e ritas) que na minha opinião é uma praga autêntica.. Gente com elevado conhecimento técnico, normalmente classes altas, com professores para tudo, mas nunca entenderão o sentimento que susteve o fado durante séculos.. Tanto que não entendem que hoje em dia vemos o fado a fugir para aquilo que chamam o "new fado", as diversas variações que eu não consigo suportar.. E caso extremo disso é a Mariza curiosamente, que eu gostei numa fase inicial (e continuo a gostar de algum material), mas que insiste em desviar-se e aplicar um overacting que é tudo menos natural.. Engraçado que fales do marceneiro porque toda a gente o associa a um fadista bêbedo que dizia umas charolas e esquece-se que marceneiro é a segunda metade daquilo que é o fado nacional. Mas não apenas eles. tens um tony de matos que foi um enorme fadista, com uma voz que não se encontra ainda nos dias de hoje, e que pouca gente conhece por exemplo.. Como ele muitos mais...AntonioTeixeira disse:Deco,
O Fado hoje tornou-se numa coisa (pelo menos o que é lançado) que nem sei qualificar bem. A guitarra (que seria talvez o elemento mais diferenciador) é praticamente inexistente! É uma vergonha!
Tu vais ouvir o José Nunes, o Jaime, o Carlos Gonçalves, a acompanhar, por exemplo, a Amália, e comparas com os guitarristas de hoje, não tem nada a ver! O acompanhamento da Guitarra portuguesa no fado, hoje em dia, e não será pelos guitarristas per se, é muito má! Um acompanhamento clássico, pesquisa o "Estranha Forma de Vida" interpretado pela Amália com o José Nunes e compara com o repertório todo da Mariza, da Ana Moura, por aí fora, nem há comparação, ficam ridículos quer os guitarristas quer os interpretes.
O que o Senhor Carlos Saura e Carlos do Carmo fizeram naquele documentário devia dar pena de prisão. A Amália e o Alfredo Marceneiro são as grandes figuras do Fado, por muito que esses senhoras e as novas senhoras chiques não gostem dessa verdade. Podem fazer cenários bonitos, berrar, e ser vedetas para a BBC, mas isso nunca vão ter.
Sobre Coimbra, não posso falar, nem da guitarra nem da balada, mas acredito que esteja muito melhor.
Sobre o Rap, em Portugal ou nos States?
Eu lembro-me que em Portugal, aí por 2006, as coisas até estavam bem... O Valete, apesar da hipocrisia toda, da estupidez que diz e afins, tinha muito talento, o Sam The Kid idem, o Regula na altura tinha um flow fantástico, tinhas os DeckArte com muito talento, mais uns quantos nomes que não me recordo mais underground. Depois tinhas o Chullage que tinha acabado de lançar o Rapensar e que era top cá no tugão. Ainda me lembro do Xeg e do Lancelot pegados xD... Belos tempos!Havia aquele moço que tinha o "material secundário", tinha punchs maradas loool.
Na América não sei. Não acompanho. Vê, quando eu acompanhava tava o Papoose para lançar o Nacirema Dream LOL!
Mas se tivesse que ouvir algo antigo, ouvia Nas, Jay Z, Eminem, Tupac, Biggie, Big L, Krs, Rakim, Mobb Deep, Mos Def & Talib, Outkast, etc etc etc.
Quanto ao hip hop, do nacional lembro dos primeiros cd´s dos da weasel, aquilo era magia pura, até que o pacman se converteu ao capitalismo e fodeu tudo.. Mas em termos de criação, só o sam the kid consegue equiparar-se.. De resto gosto do valete, pena aquele esquerdismo em excesso e o anti capitalismo exacerbado. Gosto imenso do primeiro cd dos mind da gap, na altura aquilo para mim era cocaína pura.. Mas hip hop nacional é um bocado por aí.. não gosto lá muito.. Esqueci-me de um fulano mais rouco que canta nos mind a gap, o que usa as palavras mais caras, mas não me lembro do nome dele..AntonioTeixeira disse:Deco,
O Fado hoje tornou-se numa coisa (pelo menos o que é lançado) que nem sei qualificar bem. A guitarra (que seria talvez o elemento mais diferenciador) é praticamente inexistente! É uma vergonha!
Tu vais ouvir o José Nunes, o Jaime, o Carlos Gonçalves, a acompanhar, por exemplo, a Amália, e comparas com os guitarristas de hoje, não tem nada a ver! O acompanhamento da Guitarra portuguesa no fado, hoje em dia, e não será pelos guitarristas per se, é muito má! Um acompanhamento clássico, pesquisa o "Estranha Forma de Vida" interpretado pela Amália com o José Nunes e compara com o repertório todo da Mariza, da Ana Moura, por aí fora, nem há comparação, ficam ridículos quer os guitarristas quer os interpretes.
O que o Senhor Carlos Saura e Carlos do Carmo fizeram naquele documentário devia dar pena de prisão. A Amália e o Alfredo Marceneiro são as grandes figuras do Fado, por muito que esses senhoras e as novas senhoras chiques não gostem dessa verdade. Podem fazer cenários bonitos, berrar, e ser vedetas para a BBC, mas isso nunca vão ter.
Sobre Coimbra, não posso falar, nem da guitarra nem da balada, mas acredito que esteja muito melhor.
Sobre o Rap, em Portugal ou nos States?
Eu lembro-me que em Portugal, aí por 2006, as coisas até estavam bem... O Valete, apesar da hipocrisia toda, da estupidez que diz e afins, tinha muito talento, o Sam The Kid idem, o Regula na altura tinha um flow fantástico, tinhas os DeckArte com muito talento, mais uns quantos nomes que não me recordo mais underground. Depois tinhas o Chullage que tinha acabado de lançar o Rapensar e que era top cá no tugão. Ainda me lembro do Xeg e do Lancelot pegados xD... Belos tempos!Havia aquele moço que tinha o "material secundário", tinha punchs maradas loool.
Na América não sei. Não acompanho. Vê, quando eu acompanhava tava o Papoose para lançar o Nacirema Dream LOL!
Mas se tivesse que ouvir algo antigo, ouvia Nas, Jay Z, Eminem, Tupac, Biggie, Big L, Krs, Rakim, Mobb Deep, Mos Def & Talib, Outkast, etc etc etc.
Seu metaleiro!!!katatonia10 disse:fado e hip hop... fechem o tópico, faxabor.
( estou na tanga, como é evidente, falem praí )
Não estás a falar do Fuse dos Dealema? Nunca ouvi praticamente rap do Norte, honestly xD.MiguelDeco disse:Quanto ao hip hop, do nacional lembro dos primeiros cd´s dos da weasel, aquilo era magia pura, até que o pacman se converteu ao capitalismo e fodeu tudo.. Mas em termos de criação, só o sam the kid consegue equiparar-se.. De resto gosto do valete, pena aquele esquerdismo em excesso e o anti capitalismo exacerbado. Gosto imenso do primeiro cd dos mind da gap, na altura aquilo para mim era cocaína pura.. Mas hip hop nacional é um bocado por aí.. não gosto lá muito.. Esqueci-me de um fulano mais rouco que canta nos mind a gap, o que usa as palavras mais caras, mas não me lembro do nome dele..
Do internacional, e dos que falaste, Mobb Deep, Mos Def & Talib adoro.. mas eu ainda vou mais underground, eu adoro mfdoom e todo o mundo MF, Madvillain, DangerDoom, Viktor Vaughn, King Geedorah, Metal Face, Metal Fingers, and The Super Villain., adoro Dead prez, Soul Position, RJD2, atmosphere, Sage Francis, AESOP, Brother Ali, Cannibal Ox, Danger Mouse, CunninLynguists, Non Prophets, Madlib (que participa no madvillain), Lord Quas, cLOUDDEAD (GENIAL) MFGRIMM, que para mim tem uma das melhores rimas de sempre:
Half the crew is black, the others are Hispanic
Showing unity and causing havoc on this planet
Some pass away, now they living up above
But not even death can separate the love
https://www.youtube.com/watch?v=RWUypNh56go
Ghostface Killah, entre muitos outros.. mas para o fim, e para além do mfdoom, deixo-te os 2 que eu mais gosto
Mr. Method Man, o Rei... e ROOTS MANUVA
https://www.youtube.com/watch?v=wbuSdXKtJX4
Sim mas a questão é que vocalmente tem muitas notas que dá literalmente aos berros, é muito show off em tudo, a sonoridade (podendo agradar a muita gente) não é Fado. Estamos a debater enquanto Fado. É revoltante que o Carlos do Carmo seja um estandarte de um filme para a candidatura a património imaterial em que o Alfredo salvo erro nem aparece e a Amália aparece uns dois ou três minutos. Tipo, a Amália é O símbolo, period, nem sequer há discussão, está para o Fado como o Paredes para a Guitarra de Coimbra. Ou seja, banalizou-se o Fado.mmmkk disse:atenção que a Mariza tem o seu valor. Fez uma actuação do outro mundo aqui há poucos anos, no David Letterman, que me deixou deslumbrado.
era o mesmo que fazer um documentário sobre o grunge e não falar do kurt cobain... a analogia é mais ou menos esta.. A mariza tem um outro problema que é o desrespeito que ela tem pelo fado..sei que isto parece estranho, mas é a minha opinião.. Não falo em termos da indumentária porque isso é o menos, falo em termos de sentimento.. Tu para cantares sobre saudade, dor, tens que sentir essa coisa dentro de ti.. e a Mariza tendo uma voz muito boa, não tem o lado cénico que tinha a amália, nem ela nem nunca mais ninguém terá.. Assim como ninguém nunca mais terá o ódio a raiva a depressão que tinha o kurt na voz e por aí fora.. e vou acabar com esta conversa que estou a ficar nostálgico.. vou ouvir o in utero o dia todo, o meu disco preferidoAntonioTeixeira disse:Sim mas a questão é que vocalmente tem muitas notas que dá literalmente aos berros, é muito show off em tudo, a sonoridade (podendo agradar a muita gente) não é Fado. Estamos a debater enquanto Fado. É revoltante que o Carlos do Carmo seja um estandarte de um filme para a candidatura a património imaterial em que o Alfredo salvo erro nem aparece e a Amália aparece uns dois ou três minutos. Tipo, a Amália é O símbolo, period, nem sequer há discussão, está para o Fado como o Paredes para a Guitarra de Coimbra. Ou seja, banalizou-se o Fado.
AntonioTeixeira disse:Não estás a falar do Fuse dos Dealema? Nunca ouvi praticamente rap do Norte, honestly xD.
Tipo, os Da Weasel, o Boss Ac, na altura que me lembro, as pessoas do dito underground não gostavam nada deles, não entendo porquê. Não vais pedir ao Rakim que faça multis como o Eminem, são anos e anos de evolução e é normal que o Eminem seja mais capaz (mas sem o Rakim não seria). Os DaWeasel e o Boss AC são grandes nomes (o Boss Ac mata qualquer tuga, e sim, incluo o Regula e o Sam, em qualquer música a nível de flow imo, sem ser muito elaborado).
Internacional vê lá, não me lembro de metades dos nomes lol! Ouvia e gostava muito do Chamillionaire, tinha um flow maradíssimo. O Papoose era forte na letra mas muitas vezes saia forçado e era mais fraco no flow. Royce da 5'9! The Pharcyde tinham uma grande sonoridade imo...
Deixa ver, claro wu-tang... Havia um moço de Baltimore, tinha uma música chamada "So Fresh", não me recorda tinha nome de romano loooool.
Txi não me lembro de mais agora... Olha gostava muito das cenas de LA da década de 90, por causa do g funk tinha aquela sonoridade bem fixe...
Já fui presença assídua no VOA, nos últimos dois anos vacilei (há dois anos porque o cartaz não me puxou nada e no ano passado porque as melhores bandas também iam ao Resurrection, que tinha um cartaz fortíssimo, e optei por ir a Espanha).Martinovic disse:alguem vai ao vagos open air este ano?
provável, apesar de não gostar de nenhuma das bandas que lá vai estar.Martinovic disse:alguem vai ao vagos open air este ano?