Quero desde já dizer, que insultos são inadmissíveis - sou contra PdC à muitos anos, as evidências de má gestão eram tantas que só a cegueira/idiolatria de tantos portistas permitiu este descalabro- mas nunca insultei PdC.
Mas tema de quanto merecem as pessoas ser defendidas é interessante.
Na semana passada tivemos o caso Ricardo Salgado e agora temos neste fórum o caso PdC.
Duas pessoas que tiveram durante anos desempenhos notáveis, pegaram em algo pequeno e tornaram-no enorme nacionalmente e mundialmente.
Mas depois se deixaram enlamear, enterrar, sujar (vou ser soft) de tal forma que destruíram tudo o que construíram. Ambas as personagens tomaram as instituições como suas e colocaram, de forma aberrante, os seus interesses acima das instituições das quais eram Presidentes.
Nessa destruição, engaram muita gente, que acreditavam neles, de uma forma propositada e com total indiferença.
Tudo realizado de forma consciente.
Agora, estão no finais da sua vida, merecem ter pena deles? Misericórdia?
Devem ser recordados pelo seus atos de excelência ou do balanço de todos os seus atos?
Devem pagar pela destruição que provocaram enquanto estavam consciente e tiram proveito da situação, apesar de agora estarem em final de vida e com as suas capacidades diminuídas?
Debato-me com esta decisão..
Excelente análise!

É sim uma pergunta complicada. Eu que durante toda a minha vida idolatrei uma pessoa que tal como dizes e bem, tornou o Futebol Clube do Porto num monstro ganhador em termos nacionais e internacionais, brindou-nos com metáforas e sátiras contra as mais diversas pessoas, instituições, etc e assumiu-se sempre como o rosto da batalha azul e branca e acima de tudo com o escudo do: “Contra tudo e contra todos” (entre muitas mais coisas). “Deu-me” 58 títulos! Foram 33 anos incríveis onde os sucessos se sobrepuseram e de que maneira aos insucessos MAS tudo tem um fim - o fim do JNPC já chegou á muito tempo apenas se foi arrastando de forma triste e inglória.
Infelizmente as más decisões, conscientes e inconscientes foram muitas. Desde o rodear-de de pessoas que apenas o tinham ao lado por interesse ao próprio saber que já não durava muito no poder e tinha a oportunidade de sacar o máximo que podia do Futebol Clube do Porto. Para quê?
Penso que seja um tema sensível para a maioria das pessoas que viveram neste espaço temporal. Por um lado o respeito por tudo que o mesmo “nos deu” e por outro a frustração e revolta por ter sido o rosto do atentado criminoso contra o Futebol Clube do Porto. Infelizmente continua a tomar mas decisões o que torna o respeito cada vez mais pequeno em relação á revolta. Ainda para mais os adeptos diferem de algo que eu sempre disse que ia “matar” por exemplo o SC - o respeito eterno e desmedido. Felizmente somos adeptos que dão valor a quem nos deu muito mas também somos os mesmos adeptos que empurram da ravina a