Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
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5
  • Jorge Costa
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
O que aconteceu hoje não tem relação nenhuma com o possível regresso do Pepe. É normal pensar logo em uma referência de Portismo para tentar encaixar no enorme vazio deixado pelo Bicho, mas falar do Pepe? A sério?
Este cargo que o Bicho tinha, não basta ser um símbolo do clube. É um cargo que exige alguma presença de espírito e talento para saber lidar com egos. Por exemplo, o João Pinto e o Paulinho são grandes símbolos dos FCP e eu não acho que eles tivessem perfil. O Pepe também acho que não teria.

Um jogador relevante da nossa história (não como o Bicho, porque não há nenhum como ele) que talvez tivesse capacidade seria o Pedro Emanuel.

Mas muito sinceramente, nesta altura nem se consegue pensar bem nisso. Ainda parece tudo irreal e ainda estamos todos a tentar acordar deste sonho mau... daqui a uma ou duas semanas logo vemos quem poderia ocupar o cargo.
 

JDuarte

Arquibancada
17 Julho 2017
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Nem sei o que me vai na alma....tristeza, amargura sei que vão...também sei que neste ano a família PORTISTA perdeu duas das suas maiores referências e a quem TANTO devemos...do muito que recordo do NGCAP ,veio-me subitamente à memória um episódio em Alvalade em que sofreu junto á linha de fundo uma lesão grave ( ligamentos) e embora a muito custo permaneceu ainda 5 minutos mais em campo , sempre de dentes cerrados a defender aquele símbolo que tanto amou !
És imortal Jorge BICHO Costa, e sê-lo-ás sempre que existir um PORTISTA que tenha memória... por mim sou-te eternamente GRATO porque foste tu que fizeste de um sulista como eu um PORTISTA maior que o maior de todos eles...Descansa em paz meu amigo e SABE que todos nós temos muito orgulho por um dia teres sido nosso Capitão !!
 

Blue_Velvet

Bancada central
22 Agosto 2013
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Tenho pensado tanto nele ao longo do dia. Das alegrias que nos deu mas sobretudo daquela eliminatória contra o Milan de Weah, creio que em 1996.

Acho que já aqui escrevi: o meu avô foi vice-presidente do Sporting por isso a minha infância foi dividida entre o Porto do meu pai e avô paterno e Sporting do meu avô materno. Quando jogavam um contra o outro queria que empatassem, para nem o meu pai nem o meu avô ficarem tristes. E como sempre vivi em Lisboa, na altura o Sporting tinha mais presença.

Mas aquele 3-2 em San Siro, o Jorge a sangrar de nariz partido mas a não desistir, a "vingança" na segunda mão, tudo isso aos meus 14 anos fez-me perceber, é o Porto. É o Porto.

Obrigado Jorge por me fazeres portista. Pensando bem nas coisas, tirando a minha família tu foste a individualidade mais presente nas grandes alegrias da minha vida.

Até sempre, Jorge. Obrigado por me ensinares que por muito que a família fosse verde e azul, o meu coração só vibra por este clube
 
Última edição:
D

DiogoRafaf

Tribuna
19 Abril 2018
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Ainda hoje de manhã, o Jorge Costa sorria.
Assinou camisolas, tirou fotografias com adeptos, trocou palavras rápidas mas cheias de significado para quem o admirava. Deu uma entrevista a um canal desportivo, falou do presente e do futuro, com aquela segurança de quem sempre viveu o futebol como missão. E, no entanto, poucas horas depois… o futuro deixou de existir para ele. Uma dor, um mal-estar, uma paragem cardíaca. O corpo que tantas batalhas aguentou, dentro e fora de campo, rendeu-se. E, de repente, o Jorge Costa deixou de estar aqui.
O choque não vem apenas da perda de um homem do futebol, de um capitão, de um símbolo. O choque vem do vazio que fica quando percebemos que a vida é mesmo isto: um instante. Hoje, aqui. Amanhã, talvez não. Uma manhã inteira a viver como sempre viveu, a trocar gestos e palavras, sem saber que estava a viver as últimas horas. É cruel pensar que, por vezes, nem o último “até amanhã” chega a ser possível.
O legado dele é feito de títulos, vitórias, liderança e respeito. Mas acima de tudo, deixa uma história. Uma vida que inspirou dentro e fora de campo. E a morte, mais uma vez, vem repetir a verdade que teimamos em esquecer: as pessoas não são eternas. Não basta gostar delas, é preciso dizê-lo. Não basta admirá-las, é preciso estar presente. O tempo é um luxo que julgamos ter, mas não controlamos.
Quantas vezes deixamos para depois aquela visita? Quantas mensagens ficam por responder? Quantas vezes trocamos o abraço pelo “quando tiver tempo”? A vida não espera. E quando ela decide levar alguém, não pede autorização nem avisa.
Fica a pergunta que não quer calar: estamos a viver de forma correta? Ou estamos a gastar a vida em coisas que, daqui a uns anos — ou amanhã mesmo —, não terão qualquer importância? A morte de Jorge Costa, tão repentina, é um murro no estômago. Um aviso. Uma nota de que as memórias que ficam são feitas de presença, não de promessas.
Hoje, o “Bicho” deixou de estar no relvado da vida. Mas o exemplo dele — de garra, entrega e paixão — continuará. Desde que não nos esqueçamos de viver. Hoje. Agora. Enquanto ainda dá tempo.
 

daniel Alexandre

Tribuna Presidencial
23 Janeiro 2007
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Grande Porto
  • Jorge Costa
  • Lucho González
  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Sinto um vazio hoje,fiquei em choque,sem palavras,sem reação,sem chão...........tudo a minha volta ficou escuro e só via a cara do Bicho ainda a festejar a Champions,a UEFA,em Tóquio.
Um ícone,uma Lenda que irá ficar para sempre.
Este ano vamos dar tudo e ainda mais agora por ti,meu GRANDE CAPITÃO!!!!
VAMOS NOS UNIR COMO NUNCA, POR TI COMO TU O FIZESTE POR NÓS!!!!
ATÉ SEMPRE E QUE SEJAS UMA GRANDE ESTRELA NO CÉU A GUIAR NOS PARA AS VITÓRIAS.
As minhas sinceras condolências a família e principalmente aos filhos.
 

Porto

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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  • André Villas-Boas
  • Jorge Costa
  • Alfredo Quintana
Um post brilhante de Luís Osório que a maioria deve conhecer.

Um elogio ao FC. Porto
1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.
Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.
Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.
Não interessa, continuarei a tentar.
Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.
O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.
Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.
Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.
2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.
Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.
Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.
3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.
Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.
4.
É assim que vejo o FC. Porto.
Irrita-me?
Muitas vezes.
Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.
Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.
Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.
Não me digam que não é mais do que um clube.
Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.
Não é, Jorge Costa?
Fodasse Chorei

Saudades Bicho 💙
 
Mihaly Siska

Mihaly Siska

Tribuna
3 Junho 2014
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Ainda hoje de manhã, o Jorge Costa sorria.
Assinou camisolas, tirou fotografias com adeptos, trocou palavras rápidas mas cheias de significado para quem o admirava. Deu uma entrevista a um canal desportivo, falou do presente e do futuro, com aquela segurança de quem sempre viveu o futebol como missão. E, no entanto, poucas horas depois… o futuro deixou de existir para ele. Uma dor, um mal-estar, uma paragem cardíaca. O corpo que tantas batalhas aguentou, dentro e fora de campo, rendeu-se. E, de repente, o Jorge Costa deixou de estar aqui.
O choque não vem apenas da perda de um homem do futebol, de um capitão, de um símbolo. O choque vem do vazio que fica quando percebemos que a vida é mesmo isto: um instante. Hoje, aqui. Amanhã, talvez não. Uma manhã inteira a viver como sempre viveu, a trocar gestos e palavras, sem saber que estava a viver as últimas horas. É cruel pensar que, por vezes, nem o último “até amanhã” chega a ser possível.
O legado dele é feito de títulos, vitórias, liderança e respeito. Mas acima de tudo, deixa uma história. Uma vida que inspirou dentro e fora de campo. E a morte, mais uma vez, vem repetir a verdade que teimamos em esquecer: as pessoas não são eternas. Não basta gostar delas, é preciso dizê-lo. Não basta admirá-las, é preciso estar presente. O tempo é um luxo que julgamos ter, mas não controlamos.
Quantas vezes deixamos para depois aquela visita? Quantas mensagens ficam por responder? Quantas vezes trocamos o abraço pelo “quando tiver tempo”? A vida não espera. E quando ela decide levar alguém, não pede autorização nem avisa.
Fica a pergunta que não quer calar: estamos a viver de forma correta? Ou estamos a gastar a vida em coisas que, daqui a uns anos — ou amanhã mesmo —, não terão qualquer importância? A morte de Jorge Costa, tão repentina, é um murro no estômago. Um aviso. Uma nota de que as memórias que ficam são feitas de presença, não de promessas.
Hoje, o “Bicho” deixou de estar no relvado da vida. Mas o exemplo dele — de garra, entrega e paixão — continuará. Desde que não nos esqueçamos de viver. Hoje. Agora. Enquanto ainda dá tempo.
A resposta certa é: "estamos a gastar a vida em coisas que, daqui a uns anos — ou amanhã mesmo —, não terão qualquer importância"
A questão é que é a vida e o pagar contas é assim. Ter que fazer coisas que muitas vezes não gostamos ou não têm, de todo, assim tanta importância. Mas enquanto não se encontrar solução melhor, assim será. Viver sempre de acordo com os nossos princípios, pelo menos, sem passar por cima de ninguém. E para o caso de eu um dia partir sem avisar também, dizer que gosto muito de pertencer a esta comunidade. Gente que praticamente não se conhece mas que partilha o portismo e muitos valores importantes. Prova disso é que hoje até li por aqui o 1616. Alguém que, tendo deixado as lides do insidismo, achou por bem (e muito bem) vir aqui despedir-se do nosso eterno capitão. Um bem-haja para ele e para todos.
 

mega_dragon

Tribuna Presidencial
24 Junho 2012
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🔵⚪ Eterno Capitão 2️⃣ Símbolo da Mística do Brasão Abençoado 💙

Vamos conquistar Títulos importantes nos próximos tempos que serão dedicados a ti. Uma perda física irreparável, mas que jamais será esquecida. Estarás sempre presente no nosso Espírito de Dragão 🔥🐉