Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)

gsrm94

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26 Maio 2015
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  • Campeão Nacional 19/20
Que notícia terrível!
A partida de um ídolo, de um símbolo, totalmente inesperada.
Se há algo que consegue dar algum "consolo" é o facto de ele ter concretizado o sonho/objetivo de "voltar a servir o Futebol Clube do Porto".
Resta-nos agora unirmo-nos e darmos-lhe as vitórias tão ambicionadas por todos nós.
Descansa em paz, Bicho
 
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SafariNasCuecas

Tribuna Presidencial
9 Setembro 2022
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Estou agora a ver uma entrevista do Jorge Costa no Porto Canal. Embora com lágrimas nos olhos inicialmente, estou agora a sorrir a ouvi-lo falar e ver toda a dedicação ao clube. Mas que exemplo de jogador, pessoa e Portista!

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a falar agora sobre jogarem no mesmo dia da morte do Rui Filipe. Disse tudo. O treinador dá a palestra mas só estás lá fisicamente só pensas no teu falecido colega
 

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
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  • Jorge Costa
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
O que aconteceu hoje não tem relação nenhuma com o possível regresso do Pepe. É normal pensar logo em uma referência de Portismo para tentar encaixar no enorme vazio deixado pelo Bicho, mas falar do Pepe? A sério?
Este cargo que o Bicho tinha, não basta ser um símbolo do clube. É um cargo que exige alguma presença de espírito e talento para saber lidar com egos. Por exemplo, o João Pinto e o Paulinho são grandes símbolos dos FCP e eu não acho que eles tivessem perfil. O Pepe também acho que não teria.

Um jogador relevante da nossa história (não como o Bicho, porque não há nenhum como ele) que talvez tivesse capacidade seria o Pedro Emanuel.

Mas muito sinceramente, nesta altura nem se consegue pensar bem nisso. Ainda parece tudo irreal e ainda estamos todos a tentar acordar deste sonho mau... daqui a uma ou duas semanas logo vemos quem poderia ocupar o cargo.
 

JDuarte

Arquibancada
17 Julho 2017
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Nem sei o que me vai na alma....tristeza, amargura sei que vão...também sei que neste ano a família PORTISTA perdeu duas das suas maiores referências e a quem TANTO devemos...do muito que recordo do NGCAP ,veio-me subitamente à memória um episódio em Alvalade em que sofreu junto á linha de fundo uma lesão grave ( ligamentos) e embora a muito custo permaneceu ainda 5 minutos mais em campo , sempre de dentes cerrados a defender aquele símbolo que tanto amou !
És imortal Jorge BICHO Costa, e sê-lo-ás sempre que existir um PORTISTA que tenha memória... por mim sou-te eternamente GRATO porque foste tu que fizeste de um sulista como eu um PORTISTA maior que o maior de todos eles...Descansa em paz meu amigo e SABE que todos nós temos muito orgulho por um dia teres sido nosso Capitão !!
 

Blue_Velvet

Bancada central
22 Agosto 2013
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Tenho pensado tanto nele ao longo do dia. Das alegrias que nos deu mas sobretudo daquela eliminatória contra o Milan de Weah, creio que em 1996.

Acho que já aqui escrevi: o meu avô foi vice-presidente do Sporting por isso a minha infância foi dividida entre o Porto do meu pai e avô paterno e Sporting do meu avô materno. Quando jogavam um contra o outro queria que empatassem, para nem o meu pai nem o meu avô ficarem tristes. E como sempre vivi em Lisboa, na altura o Sporting tinha mais presença.

Mas aquele 3-2 em San Siro, o Jorge a sangrar de nariz partido mas a não desistir, a "vingança" na segunda mão, tudo isso aos meus 14 anos fez-me perceber, é o Porto. É o Porto.

Obrigado Jorge por me fazeres portista. Pensando bem nas coisas, tirando a minha família tu foste a individualidade mais presente nas grandes alegrias da minha vida.

Até sempre, Jorge. Obrigado por me ensinares que por muito que a família fosse verde e azul, o meu coração só vibra por este clube
 
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DiogoRafaf

Tribuna
19 Abril 2018
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Ainda hoje de manhã, o Jorge Costa sorria.
Assinou camisolas, tirou fotografias com adeptos, trocou palavras rápidas mas cheias de significado para quem o admirava. Deu uma entrevista a um canal desportivo, falou do presente e do futuro, com aquela segurança de quem sempre viveu o futebol como missão. E, no entanto, poucas horas depois… o futuro deixou de existir para ele. Uma dor, um mal-estar, uma paragem cardíaca. O corpo que tantas batalhas aguentou, dentro e fora de campo, rendeu-se. E, de repente, o Jorge Costa deixou de estar aqui.
O choque não vem apenas da perda de um homem do futebol, de um capitão, de um símbolo. O choque vem do vazio que fica quando percebemos que a vida é mesmo isto: um instante. Hoje, aqui. Amanhã, talvez não. Uma manhã inteira a viver como sempre viveu, a trocar gestos e palavras, sem saber que estava a viver as últimas horas. É cruel pensar que, por vezes, nem o último “até amanhã” chega a ser possível.
O legado dele é feito de títulos, vitórias, liderança e respeito. Mas acima de tudo, deixa uma história. Uma vida que inspirou dentro e fora de campo. E a morte, mais uma vez, vem repetir a verdade que teimamos em esquecer: as pessoas não são eternas. Não basta gostar delas, é preciso dizê-lo. Não basta admirá-las, é preciso estar presente. O tempo é um luxo que julgamos ter, mas não controlamos.
Quantas vezes deixamos para depois aquela visita? Quantas mensagens ficam por responder? Quantas vezes trocamos o abraço pelo “quando tiver tempo”? A vida não espera. E quando ela decide levar alguém, não pede autorização nem avisa.
Fica a pergunta que não quer calar: estamos a viver de forma correta? Ou estamos a gastar a vida em coisas que, daqui a uns anos — ou amanhã mesmo —, não terão qualquer importância? A morte de Jorge Costa, tão repentina, é um murro no estômago. Um aviso. Uma nota de que as memórias que ficam são feitas de presença, não de promessas.
Hoje, o “Bicho” deixou de estar no relvado da vida. Mas o exemplo dele — de garra, entrega e paixão — continuará. Desde que não nos esqueçamos de viver. Hoje. Agora. Enquanto ainda dá tempo.
 

daniel Alexandre

Tribuna Presidencial
23 Janeiro 2007
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Grande Porto
  • Jorge Costa
  • Lucho González
  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Sinto um vazio hoje,fiquei em choque,sem palavras,sem reação,sem chão...........tudo a minha volta ficou escuro e só via a cara do Bicho ainda a festejar a Champions,a UEFA,em Tóquio.
Um ícone,uma Lenda que irá ficar para sempre.
Este ano vamos dar tudo e ainda mais agora por ti,meu GRANDE CAPITÃO!!!!
VAMOS NOS UNIR COMO NUNCA, POR TI COMO TU O FIZESTE POR NÓS!!!!
ATÉ SEMPRE E QUE SEJAS UMA GRANDE ESTRELA NO CÉU A GUIAR NOS PARA AS VITÓRIAS.
As minhas sinceras condolências a família e principalmente aos filhos.
 

Porto

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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  • André Villas-Boas
  • Jorge Costa
  • Alfredo Quintana
Um post brilhante de Luís Osório que a maioria deve conhecer.

Um elogio ao FC. Porto
1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.
Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.
Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.
Não interessa, continuarei a tentar.
Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.
O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.
Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.
Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.
2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.
Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.
Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.
3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.
Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.
4.
É assim que vejo o FC. Porto.
Irrita-me?
Muitas vezes.
Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.
Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.
Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.
Não me digam que não é mais do que um clube.
Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.
Não é, Jorge Costa?
Fodasse Chorei

Saudades Bicho 💙