Para quem quiser esta a dar uma entrevista dele no Porto Canal
De memória, o Jardel foi suplente utilizado nesse jogo. Não tinha chegado há muito tempo ao clube. Lembro-me porque ia marcando um golo à Van Basten quando, penso, já estávamos a ganhar por cinco.Nesse jogo o Jardel tinha sido pai e não jogou.
Levaram 5 sem apelo nem agravo.
Uma autêntica ensaboadela.
Por acaso também estava a pensar nisso.Acho que, caso regresse para o ano como se falou, o Ruben Neves ficava muito bem com a camisola 2. Foi o mais jovem a usar a nossa braçadeira, é um líder nato e grande portista.
Fossem as rivalidades sempre saudaveis...
O que aconteceu hoje não tem relação nenhuma com o possível regresso do Pepe. É normal pensar logo em uma referência de Portismo para tentar encaixar no enorme vazio deixado pelo Bicho, mas falar do Pepe? A sério?Acho que não percebeste nada do que aconteceu hoje ..
Graças a Deus também nasci nessa época Dourada, de ver a passagem de testemunho do número e da braçadeira do João Pinto para o nosso Bicho, de o ver levantar diversas taças, ver nele a raça do Dragão, ver a personificação do Jogador à Porto.Não consigo ver.
Lido mal com isto.
Não consigo conceber estar bem e depois já não estar cá.
Tive a sorte de O ver levantar as nossas taças.
Obrigado por tudo Enorme Jorge Costa.
Um post brilhante de Luís Osório que a maioria deve conhecer.
Um elogio ao FC. Porto
1.
Discutir futebol ou política com elevação é infelizmente uma impossibilidade.
Benfiquistas – como eu – não podem elogiar adversários.
Da mesma maneira que alguém não pode expressar opiniões políticas sem ser torpedeado com alarvidades de caserna.
Não interessa, continuarei a tentar.
Nestes tempos de cólera, neste dia em que nos despedimos de Jorge Costa, quero fazer o elogio de um clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir.
O FC. Porto não é apenas um clube, é um modo de expressar o orgulho de uma região tantas vezes esquecida pelos poderes, tantas vezes ostracizada.
Impossível perceber o clube sem nos perdermos nas ruas da Ribeira, na faina dos pescadores de Vila do Conde e da Póvoa (apesar do Rio Ave e do Varzim), nos bairros de gente pobre e trabalhadora, gente habituada ao frio que corta no inverno, frio que magoa a pele, mas que não quebra.
Impossível perceber o clube sem entendermos as lágrimas dos mais velhos com umas tripas feitas à antiga, as portas abertas entre vizinhos, as porradas dos miúdos nos seus jogos de bola na rua, as asneiras transformadas em modo de vida, o poder dos “pintas”, mas também a arte única que têm de oferecer a única camisola que têm no corpo a um estranho que possa ter frio.
2.
Ser do FC. Porto é um ato de resistência.
Vestir aquela camisola é um grito contra as injustiças, contra os poderes que condenam o norte a ser um parente pobre, contra os jornais que oferecem sempre as suas primeiras páginas ao Benfica ou ao Sporting, contra os que não compreendem que a vida custa a ganhar, contra os privilegiados.
Ser do FC. Porto é comer a camisola e fazer o que é preciso para ganhar.
Numa guerra faz-se o que for preciso.
3.
Ser do FC. Porto é respeitar a pronúncia e o Douro, é ter orgulho nas duas margens do rio, é saber respeitar os mortos e a memória.
Jogar no FC. Porto é fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha.
4.
É assim que vejo o FC. Porto.
Irrita-me?
Muitas vezes.
Gostaria que o Benfica pudesse ser assim?
Não. Pela simples razão de que a identidade não é um desejo, a identidade de cada clube depende da sua história e do lugar de onde se é.
Benfica e o Sporting têm a sua própria identidade.
Mas não me digam que o FC. Porto não é extraordinário.
Não me digam que não é mais do que um clube.
Não me digam que não é uma bandeira dos que acreditam que não há derrotados por antecipação – na vida ou num campo de futebol – que tudo é possível quando se combate com convicção pelo que se acredita.
Não é, Jorge Costa?
Sim. Também concordo. Uma coisa era o Jorge ter falecido enquanto jogador e possuidor dessa camisola. Como ele já tinha deixado de jogar e essa camisola já tinha sido entregue a outros entretanto, já não faz sentido retirá-la. Esta época pode ser feito isso uma vez que ela ainda não está atribuída. E é até a homenagem óbvia.Eu acho que mais do que retirar a camisola 2 deve se mantê-la, honrar quem a usou e só a atribuir a quem a mereça, é a maior honraria do nosso clube poder enverga-la e a continuação do legado de quem a honrou.
Igual. Somos do mesmo ano. Não mudo uma vírgula.Foi o maior capitão da minha geração (tenho 38)
Um dia muito triste! Descansa em paz Bicho #2