André Villas-Boas - Presidente

DrGero

Tribuna
26 Julho 2007
3,532
1,141
Porto, 1977
como responderias a essa pergunta? E qual a importancia que dás a isso? Se dissesse outras características teria sido melhor? Em que sentido?
A resposta é indiferente.

Saliento este similitude não pelo que todos estarão a pensar (critica por uma K7), mas porque acho que um erro estrutural do AVB é a sobrevalorização pela forma, pela aparência, pela sedução.

Numa organização, seja clube de futebol, seja num restaurante, seja um profissional liberal, ou empresas posso ser simplista e elencar 2 grandes competências.

A capacidade que tens de vender, liderar, motivar, convencer, entusiasmar e outros verbos do género.
Isso é muito importante (o atendimento ao público, a capacidade de angariar clientes, vender uma ideia ou uma competência, motivar equipas), mas na minha opinião não é mais do que a capacidade de executar uma tarefa. Ser competente a fazer, saber fazer, executar.

Este último caso (executar uma tarefa, prestar o serviço, entregar uma encomenda, servir um prato) é o mais importante.

Uma empresa não cresce sem ter quem saiba vender um serviço, mas se o pós-venda é sofrivel eu não irei almoçar ao Restaurante X só porque os empregados de mesa são uns porreiraços.

Dito isto: O AVB é um homem de sucesso. Construiu-o, na minha opinião, na base da "venda". Desde o Robson quando o puto consegue vender uma imagem e cresce a partir daí, desde aquela fabulosa época como treinador em que ele vende um sonho, um projeto, uma ilusão a toda a nação portista (incluindo jogadores) e chegando até à Presidência em que a sua capacidade de seduzir, galvanizar os sócios é de tal forma esmagadora que massacra eleitoralmente o homem mais importante da história do clube.

É perfeitamente normal que quem constroi uma vida profissional de sucesso suportado num tipo de pilar se convença que esse pilar é mais importante do que efetivamente é.

Isso está expresso (consciente ou inconscientemente) quando é convocado a dizer porque escolheu um treinador.

"Vejam como ele cativa, como ele seduz, como ele vende, como entusiasma" São tudo características de venda.

AVB chegou aonde chegou nesta capacidade infinita, ininterrupta de seduzir.
Infelizmente para ele há 50 e tal jogos por ano. É como um restaurante. Tens que ter um bom cozinheiro porque todos os dias há almoço e jantar.

As viúvas como eu continuarão a rezingar minoritariamente durante um tempo, porque as Robyzetes serão a maioria e continuarão a babar-se pela 54ª promessa do agora é que é.

O problema não está no "agora é que é". Um clube de futebol como o Porto obriga a demagogia e algum discurso irracional e de venda, porque o negócio (como dizia um forista em resposta a um post meu) vive muito da emoção, da crença.

O meu problema é que começo a pensar que o "agora é que é" serve mais para passar o dia de hoje a salvo (da contestação, da critica, whatever) do que incorpora a real necessidade de ter um cozinheiro bom.

Se ele continuar demasiado focado na "venda", na "aparência", na "percepção" vai manter viva a paixão de milhares de Robyzetes durante mais algum tempo, mas não vai gerir bem o Porto.

Vai continuar a deixar cair treinadores, directores desportivos, a renovar, refundar, reorganizar. Não vai enfrentar a turba (seja de sócios, de comentadores) e mostrar que pode "executar mal" (como todos os presidentes), mas que a dado momento vai perceber que isto não vai lá com "vendas infinitas e sedução permanente"-

Hoje até era uma boa oportunidade para isso.

A escolha do Farioli parece ser uma linha de continuidade com o perfil Anselmi. Jogo de posse, jovens lobos ambiciosos, construção desde a defesa, ser protagonista.

Sendo mauzinho diria que está aí mais uma sobrevalorização de estilo: importante jogar bonito.

Sendo justo diria que ele tinha uma oportunidade para dizer que sempre quis um treinador que quer jogar duma determinada forma, que é esse o padrão que julga ser melhor para o futuro do Porto e que por isso resolveu ir por aqui ao contrário do que a maioria do portismo ou dos comentadores queriam (um tuga mais rato e experiente).


Neste momento, sendo eu um critico do estilo em que o AVB vai debitando palavras sobretudo em função do impacto imediato das mesmas no capitulo da sedução (nem neste FDS conseguiu desligar o modo sedutor mesmo num contexto que o desaconselharia vivamente), o que espero dele é ver mais execução (boa ou má) e menos venda.

Menos ações para a bancada/plateia (descidas ao balneário, exigências a treinadores, tudo para o Dragão às 2 da manhã, murros na mesa, vergonhas, Luchos para 4.º ou 5.º adjunto, Henrique e Tiago em vez de Andoni ou Jorge) e maior foco no que impedirá as Robyzetes de enviuvarem a médio prazo.

Execução. Por muito que ele seduza, prometa, cative vai levar sempre com resultados.
Agora tem 2 meses de relativa paz. Que aproveite para afinar prioridades.
 

Ibarra

Bancada lateral
16 Maio 2016
501
885
31
Mindelo
A resposta é indiferente.

Saliento este similitude não pelo que todos estarão a pensar (critica por uma K7), mas porque acho que um erro estrutural do AVB é a sobrevalorização pela forma, pela aparência, pela sedução.

Numa organização, seja clube de futebol, seja num restaurante, seja um profissional liberal, ou empresas posso ser simplista e elencar 2 grandes competências.

A capacidade que tens de vender, liderar, motivar, convencer, entusiasmar e outros verbos do género.
Isso é muito importante (o atendimento ao público, a capacidade de angariar clientes, vender uma ideia ou uma competência, motivar equipas), mas na minha opinião não é mais do que a capacidade de executar uma tarefa. Ser competente a fazer, saber fazer, executar.

Este último caso (executar uma tarefa, prestar o serviço, entregar uma encomenda, servir um prato) é o mais importante.

Uma empresa não cresce sem ter quem saiba vender um serviço, mas se o pós-venda é sofrivel eu não irei almoçar ao Restaurante X só porque os empregados de mesa são uns porreiraços.

Dito isto: O AVB é um homem de sucesso. Construiu-o, na minha opinião, na base da "venda". Desde o Robson quando o puto consegue vender uma imagem e cresce a partir daí, desde aquela fabulosa época como treinador em que ele vende um sonho, um projeto, uma ilusão a toda a nação portista (incluindo jogadores) e chegando até à Presidência em que a sua capacidade de seduzir, galvanizar os sócios é de tal forma esmagadora que massacra eleitoralmente o homem mais importante da história do clube.

É perfeitamente normal que quem constroi uma vida profissional de sucesso suportado num tipo de pilar se convença que esse pilar é mais importante do que efetivamente é.

Isso está expresso (consciente ou inconscientemente) quando é convocado a dizer porque escolheu um treinador.

"Vejam como ele cativa, como ele seduz, como ele vende, como entusiasma" São tudo características de venda.

AVB chegou aonde chegou nesta capacidade infinita, ininterrupta de seduzir.
Infelizmente para ele há 50 e tal jogos por ano. É como um restaurante. Tens que ter um bom cozinheiro porque todos os dias há almoço e jantar.

As viúvas como eu continuarão a rezingar minoritariamente durante um tempo, porque as Robyzetes serão a maioria e continuarão a babar-se pela 54ª promessa do agora é que é.

O problema não está no "agora é que é". Um clube de futebol como o Porto obriga a demagogia e algum discurso irracional e de venda, porque o negócio (como dizia um forista em resposta a um post meu) vive muito da emoção, da crença.

O meu problema é que começo a pensar que o "agora é que é" serve mais para passar o dia de hoje a salvo (da contestação, da critica, whatever) do que incorpora a real necessidade de ter um cozinheiro bom.

Se ele continuar demasiado focado na "venda", na "aparência", na "percepção" vai manter viva a paixão de milhares de Robyzetes durante mais algum tempo, mas não vai gerir bem o Porto.

Vai continuar a deixar cair treinadores, directores desportivos, a renovar, refundar, reorganizar. Não vai enfrentar a turba (seja de sócios, de comentadores) e mostrar que pode "executar mal" (como todos os presidentes), mas que a dado momento vai perceber que isto não vai lá com "vendas infinitas e sedução permanente"-

Hoje até era uma boa oportunidade para isso.

A escolha do Farioli parece ser uma linha de continuidade com o perfil Anselmi. Jogo de posse, jovens lobos ambiciosos, construção desde a defesa, ser protagonista.

Sendo mauzinho diria que está aí mais uma sobrevalorização de estilo: importante jogar bonito.

Sendo justo diria que ele tinha uma oportunidade para dizer que sempre quis um treinador que quer jogar duma determinada forma, que é esse o padrão que julga ser melhor para o futuro do Porto e que por isso resolveu ir por aqui ao contrário do que a maioria do portismo ou dos comentadores queriam (um tuga mais rato e experiente).


Neste momento, sendo eu um critico do estilo em que o AVB vai debitando palavras sobretudo em função do impacto imediato das mesmas no capitulo da sedução (nem neste FDS conseguiu desligar o modo sedutor mesmo num contexto que o desaconselharia vivamente), o que espero dele é ver mais execução (boa ou má) e menos venda.

Menos ações para a bancada/plateia (descidas ao balneário, exigências a treinadores, tudo para o Dragão às 2 da manhã, murros na mesa, vergonhas, Luchos para 4.º ou 5.º adjunto, Henrique e Tiago em vez de Andoni ou Jorge) e maior foco no que impedirá as Robyzetes de enviuvarem a médio prazo.

Execução. Por muito que ele seduza, prometa, cative vai levar sempre com resultados.
Agora tem 2 meses de relativa paz. Que aproveite para afinar prioridades.

És uma espécie em vias de extinção, quando o FC Porto voltar ao seu lugar, porque vai voltar, tu desapareces completamente do mapa.
 

Clubman

Tribuna Presidencial
24 Julho 2020
10,082
11,563
Não quero postar muito aqui para não aturar deficientes, mas gostava só de dizer que preferia que mais uma vez o presidente não falasse tanto.

É só isso
 

Vieira_Amares

Tribuna Presidencial
16 Março 2012
24,600
80,877
Conquistas
10
  • Jorge Costa
  • André Villas-Boas
  • Dezembro/20
O Kerouac e o dr gero pensam que estamos em 2010 e a opinião deles influencia ou conta para alguma coisa.

São tipo os cds nos inícios dos anos 00... fundamentais em tempos mas agora são pouco mais que memórias quando mexemos em gavetas antigas ou para os nossos avós meterem na horta a espantar a passarada.

Ainda agitam um pouquinho porque atuam como dissidentes (efeito espanta pássaros) e com isso ainda mexem com o copo da água... lá está servem para espantar a passarada.

A sua função principal em tempos é e será apenas uma miragem.
 

Onun

Bancada lateral
8 Março 2012
851
63
37
Já não tenho tempo para participar como antigamente (mas continuo a ler todos os dias os principais tópicos), mas também fico triste por ver tão bons users, especialmente o Dr. Gero, que sempre achei dos melhores e com maior lucidez aqui no fórum, vir com este discurso após verem o clube ser salvo por Villas Boas. Mas pronto, se a conta foi mesmo "vendida", trocada por outra pessoa, um abraço ao verdadeiro, adorava ler as opiniões do mesmo.

Fim de off topic e ansioso por ver o desenrolar deste mercado, que precisa ser dos melhores de sempre, ou perto disso!
 

MMCorreia

Arquibancada
19 Maio 2025
239
447
Cito uma passagem da tua critica ao AVB no teu post: "sobrevalorização pela forma, pela aparência, pela sedução", porque curiosamente é exactamente o que estás aqui a fazer, escreveste um monte de nada, e colocaste um laço de eloquência para disfarçar a falta de conteúdo.

Impressionante como conseguiste colocar tantas palavras nesse devaneio, tentaste formar frases coerentes para parecer que o conteúdo fosse perspicaz, e não disseste nada minimamente inteligente.

O teu tempo já foi viuva, ide para a sombra!
 

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
8,524
10,427
Conquistas
1
  • Alfredo Quintana
Pois satisfaz-me ler posições críticas, quer concorde ou não com elas. A unanimidade já nos turvou a visão por demasiado. Compreende-se que se critique o que pode ser percepcionado como uma exigência mal colocada, por acarretar pressão suplementar, por exemplo, ou se considere a asserção num conjunto mais amplo de afirmações... digamos que desnecessariamente arrojadas. Algo de bom terá: ao declarar inequivocamente que nos espera um mercado extraordinário, "o maior de sempre da história do FC Porto", Villas-Boas dá-nos um critério de avaliação a curto prazo. Se tal não se confirmar, a administração e o presidente responderão por isso. Essa clareza é positiva.

... continua a não existir oposição, pelo que não faz grande sentido digladiarmo-nos por cenários-fantasmas. Satisfeitos ou insatisfeitos, entusiastas ou cautelosos, Villas-Boas governará o clube por agora e, a menos que algo de muito improvável suceda, até ao fim do seu mandato. Para quê picardias sobre nevoeiro e fumo? Não há uma única voz dissidente ou de oposição que se perfile como candidato à presidência. Sequer à liderança de uma alternativa. Villas-Boas comandará porque foi o único a concorrer ao lugar, não encontrando adversário no outro lado, sejamos francos. Qualquer nome reputado, ligado ao portismo, arriscaria bater a outra lista no contexto em que decorreram as eleições.

Villas-Boas não massacrou Pinto da Costa, Pinto da Costa foi-se massacrando ao longo do tempo e não teve qualquer ajuda junto das pessoas que o acompanharam na liderança. Pelo contrário, os seus partidários contribuíram para uma derrota certa. Villas-Boas teve o grande mérito de avançar, de não ameaçar vassouradas desejando ser pó e sujidades. É um grande mérito, pois foi o único. ... estas supostas fracturas são francamente infantis e despropositadas, o homem que representava a outra corrente já cá não está. Que se organize a oposição, que sempre faz falta. Não um conjunto pífio e tresmalhado de órfãos que escrevem umas coisas nas redes, pois a isso não se pode chamar de alternativa. Críticas sim, críticas são mais que necessárias.

Que o Porto tenha sucesso e de preferência com Villas-Boas. Não por Villas-Boas, mas sim por isso significar uma recuperação rápida. Se não for com ele, que seja com qualquer outro. O clube tem é de ser bem-gerido e fazer justiça à sua história e aos seus pergaminhos. Se é com o Villas-Boas, com o António, o Miguel... tanto faz.
 

VisceraEater

Bancada central
28 Maio 2016
2,140
1,933
37
A resposta é indiferente.

Saliento este similitude não pelo que todos estarão a pensar (critica por uma K7), mas porque acho que um erro estrutural do AVB é a sobrevalorização pela forma, pela aparência, pela sedução.

Numa organização, seja clube de futebol, seja num restaurante, seja um profissional liberal, ou empresas posso ser simplista e elencar 2 grandes competências.

A capacidade que tens de vender, liderar, motivar, convencer, entusiasmar e outros verbos do género.
Isso é muito importante (o atendimento ao público, a capacidade de angariar clientes, vender uma ideia ou uma competência, motivar equipas), mas na minha opinião não é mais do que a capacidade de executar uma tarefa. Ser competente a fazer, saber fazer, executar.

Este último caso (executar uma tarefa, prestar o serviço, entregar uma encomenda, servir um prato) é o mais importante.

Uma empresa não cresce sem ter quem saiba vender um serviço, mas se o pós-venda é sofrivel eu não irei almoçar ao Restaurante X só porque os empregados de mesa são uns porreiraços.

Dito isto: O AVB é um homem de sucesso. Construiu-o, na minha opinião, na base da "venda". Desde o Robson quando o puto consegue vender uma imagem e cresce a partir daí, desde aquela fabulosa época como treinador em que ele vende um sonho, um projeto, uma ilusão a toda a nação portista (incluindo jogadores) e chegando até à Presidência em que a sua capacidade de seduzir, galvanizar os sócios é de tal forma esmagadora que massacra eleitoralmente o homem mais importante da história do clube.

É perfeitamente normal que quem constroi uma vida profissional de sucesso suportado num tipo de pilar se convença que esse pilar é mais importante do que efetivamente é.

Isso está expresso (consciente ou inconscientemente) quando é convocado a dizer porque escolheu um treinador.

"Vejam como ele cativa, como ele seduz, como ele vende, como entusiasma" São tudo características de venda.

AVB chegou aonde chegou nesta capacidade infinita, ininterrupta de seduzir.
Infelizmente para ele há 50 e tal jogos por ano. É como um restaurante. Tens que ter um bom cozinheiro porque todos os dias há almoço e jantar.

As viúvas como eu continuarão a rezingar minoritariamente durante um tempo, porque as Robyzetes serão a maioria e continuarão a babar-se pela 54ª promessa do agora é que é.

O problema não está no "agora é que é". Um clube de futebol como o Porto obriga a demagogia e algum discurso irracional e de venda, porque o negócio (como dizia um forista em resposta a um post meu) vive muito da emoção, da crença.

O meu problema é que começo a pensar que o "agora é que é" serve mais para passar o dia de hoje a salvo (da contestação, da critica, whatever) do que incorpora a real necessidade de ter um cozinheiro bom.

Se ele continuar demasiado focado na "venda", na "aparência", na "percepção" vai manter viva a paixão de milhares de Robyzetes durante mais algum tempo, mas não vai gerir bem o Porto.

Vai continuar a deixar cair treinadores, directores desportivos, a renovar, refundar, reorganizar. Não vai enfrentar a turba (seja de sócios, de comentadores) e mostrar que pode "executar mal" (como todos os presidentes), mas que a dado momento vai perceber que isto não vai lá com "vendas infinitas e sedução permanente"-

Hoje até era uma boa oportunidade para isso.

A escolha do Farioli parece ser uma linha de continuidade com o perfil Anselmi. Jogo de posse, jovens lobos ambiciosos, construção desde a defesa, ser protagonista.

Sendo mauzinho diria que está aí mais uma sobrevalorização de estilo: importante jogar bonito.

Sendo justo diria que ele tinha uma oportunidade para dizer que sempre quis um treinador que quer jogar duma determinada forma, que é esse o padrão que julga ser melhor para o futuro do Porto e que por isso resolveu ir por aqui ao contrário do que a maioria do portismo ou dos comentadores queriam (um tuga mais rato e experiente).


Neste momento, sendo eu um critico do estilo em que o AVB vai debitando palavras sobretudo em função do impacto imediato das mesmas no capitulo da sedução (nem neste FDS conseguiu desligar o modo sedutor mesmo num contexto que o desaconselharia vivamente), o que espero dele é ver mais execução (boa ou má) e menos venda.

Menos ações para a bancada/plateia (descidas ao balneário, exigências a treinadores, tudo para o Dragão às 2 da manhã, murros na mesa, vergonhas, Luchos para 4.º ou 5.º adjunto, Henrique e Tiago em vez de Andoni ou Jorge) e maior foco no que impedirá as Robyzetes de enviuvarem a médio prazo.

Execução. Por muito que ele seduza, prometa, cative vai levar sempre com resultados.
Agora tem 2 meses de relativa paz. Que aproveite para afinar prioridades.
Quando confrontado com a pergunta “Que características o levaram a contratar Anselmi”, o AVB disse isso que referiste. Mas também falou de metodologia de treino, de percurso explosivo, etc. Concordo moderadamente com a tua dissertação acerca daquilo que na filosofia se distingue como aparência e essência. Ora, se o presidente disser estas coisas que disse (sem papel a sua frente) e mantiver tudo como está então é uma jogada de marketing. Se em vez disso operacionalizar com sucesso as mudanças necessárias, então deixa o departamento de marketing e vendas e passa para o departamento de operações. Agora pode tomar boas ou más decisões e poderá ou não ter sucesso. Por exemplo, o Ibarra e o Imbula foram em princípio boas decisões. Não tiveram sucesso e isso não quer dizer que o presidente dessa altura fosse um mero sedutor.
 
Última edição:
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VisceraEater

Bancada central
28 Maio 2016
2,140
1,933
37
Tive a ver a apresentação ontem e apesar de todo o amadorismo ao nível da transmissão e condução da mesma, notei que o presidente não disse a palavra “Visceral”. Fico duplamente satisfeito: i) soava estranho e ii) talvez pelo meu nick, sentia-me usado e na boca do presidente.
 

Hugo Renda

Arquibancada
9 Março 2012
488
402
45
O Kerouac e o dr gero pensam que estamos em 2010 e a opinião deles influencia ou conta para alguma coisa.

São tipo os cds nos inícios dos anos 00... fundamentais em tempos mas agora são pouco mais que memórias quando mexemos em gavetas antigas ou para os nossos avós meterem na horta a espantar a passarada.

Ainda agitam um pouquinho porque atuam como dissidentes (efeito espanta pássaros) e com isso ainda mexem com o copo da água... lá está servem para espantar a passarada.

A sua função principal em tempos é e será apenas uma miragem.
São duas viúvas com muuuuiiito paleio.
 

rvaz

Arquibancada
26 Abril 2016
460
423
Honestamente acho que esteve Mal
Atravessou-se sem necessidade nenhuma.
Ninguem dos 80% que votou nele lhe exige o melhor Mercado de transferencias de sempre e ser campeao
O que exigimos é uma equipa a jogar bem e a lutar até ao fim e o segundo lugar, ao mesmo tempo que consolida as contas
Ele tem de refrear as expectativas, isto nao é ano de eleiçoes, ele tem de construir uma base solida primeiro
É essa a minha ideia. Ele fala demasiado para as massas. Expõe-se demasiado sem qualquer necessidade, e com isso corre sempre o risco das coisas não correrem como ele e nós pretendemos.
 
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Tiagotg999

Tribuna Presidencial
19 Maio 2016
13,458
22,858
34
Vila Das Aves
Honestamente acho que esteve Mal
Atravessou-se sem necessidade nenhuma.
Ninguem dos 80% que votou nele lhe exige o melhor Mercado de transferencias de sempre e ser campeao
O que exigimos é uma equipa a jogar bem e a lutar até ao fim e o segundo lugar, ao mesmo tempo que consolida as contas
Ele tem de refrear as expectativas, isto nao é ano de eleiçoes, ele tem de construir uma base solida primeiro
Acho a história do maior mercado de sempre um não assunto.

Ele referiu isso para reforçar que a equipa ia ter um investimento avultado.

Não foi nenhuma promessa nem vamos colocar uma taça no museu a dizer "maior mercado de transferências de sempre".

Em relação a expectativas, acho que ainda está para nascer o presidente ou adepto do Futebol Clube do Porto que não exige o título nacional ao treinador e jogadores.
 
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Reações: Presidente

VitorPT

Tribuna
14 Abril 2012
3,539
4,253
Por ai
A resposta é indiferente.

Saliento este similitude não pelo que todos estarão a pensar (critica por uma K7), mas porque acho que um erro estrutural do AVB é a sobrevalorização pela forma, pela aparência, pela sedução.

Numa organização, seja clube de futebol, seja num restaurante, seja um profissional liberal, ou empresas posso ser simplista e elencar 2 grandes competências.

A capacidade que tens de vender, liderar, motivar, convencer, entusiasmar e outros verbos do género.
Isso é muito importante (o atendimento ao público, a capacidade de angariar clientes, vender uma ideia ou uma competência, motivar equipas), mas na minha opinião não é mais do que a capacidade de executar uma tarefa. Ser competente a fazer, saber fazer, executar.

Este último caso (executar uma tarefa, prestar o serviço, entregar uma encomenda, servir um prato) é o mais importante.

Uma empresa não cresce sem ter quem saiba vender um serviço, mas se o pós-venda é sofrivel eu não irei almoçar ao Restaurante X só porque os empregados de mesa são uns porreiraços.

Dito isto: O AVB é um homem de sucesso. Construiu-o, na minha opinião, na base da "venda". Desde o Robson quando o puto consegue vender uma imagem e cresce a partir daí, desde aquela fabulosa época como treinador em que ele vende um sonho, um projeto, uma ilusão a toda a nação portista (incluindo jogadores) e chegando até à Presidência em que a sua capacidade de seduzir, galvanizar os sócios é de tal forma esmagadora que massacra eleitoralmente o homem mais importante da história do clube.

É perfeitamente normal que quem constroi uma vida profissional de sucesso suportado num tipo de pilar se convença que esse pilar é mais importante do que efetivamente é.

Isso está expresso (consciente ou inconscientemente) quando é convocado a dizer porque escolheu um treinador.

"Vejam como ele cativa, como ele seduz, como ele vende, como entusiasma" São tudo características de venda.

AVB chegou aonde chegou nesta capacidade infinita, ininterrupta de seduzir.
Infelizmente para ele há 50 e tal jogos por ano. É como um restaurante. Tens que ter um bom cozinheiro porque todos os dias há almoço e jantar.

As viúvas como eu continuarão a rezingar minoritariamente durante um tempo, porque as Robyzetes serão a maioria e continuarão a babar-se pela 54ª promessa do agora é que é.

O problema não está no "agora é que é". Um clube de futebol como o Porto obriga a demagogia e algum discurso irracional e de venda, porque o negócio (como dizia um forista em resposta a um post meu) vive muito da emoção, da crença.

O meu problema é que começo a pensar que o "agora é que é" serve mais para passar o dia de hoje a salvo (da contestação, da critica, whatever) do que incorpora a real necessidade de ter um cozinheiro bom.

Se ele continuar demasiado focado na "venda", na "aparência", na "percepção" vai manter viva a paixão de milhares de Robyzetes durante mais algum tempo, mas não vai gerir bem o Porto.

Vai continuar a deixar cair treinadores, directores desportivos, a renovar, refundar, reorganizar. Não vai enfrentar a turba (seja de sócios, de comentadores) e mostrar que pode "executar mal" (como todos os presidentes), mas que a dado momento vai perceber que isto não vai lá com "vendas infinitas e sedução permanente"-

Hoje até era uma boa oportunidade para isso.

A escolha do Farioli parece ser uma linha de continuidade com o perfil Anselmi. Jogo de posse, jovens lobos ambiciosos, construção desde a defesa, ser protagonista.

Sendo mauzinho diria que está aí mais uma sobrevalorização de estilo: importante jogar bonito.

Sendo justo diria que ele tinha uma oportunidade para dizer que sempre quis um treinador que quer jogar duma determinada forma, que é esse o padrão que julga ser melhor para o futuro do Porto e que por isso resolveu ir por aqui ao contrário do que a maioria do portismo ou dos comentadores queriam (um tuga mais rato e experiente).


Neste momento, sendo eu um critico do estilo em que o AVB vai debitando palavras sobretudo em função do impacto imediato das mesmas no capitulo da sedução (nem neste FDS conseguiu desligar o modo sedutor mesmo num contexto que o desaconselharia vivamente), o que espero dele é ver mais execução (boa ou má) e menos venda.

Menos ações para a bancada/plateia (descidas ao balneário, exigências a treinadores, tudo para o Dragão às 2 da manhã, murros na mesa, vergonhas, Luchos para 4.º ou 5.º adjunto, Henrique e Tiago em vez de Andoni ou Jorge) e maior foco no que impedirá as Robyzetes de enviuvarem a médio prazo.

Execução. Por muito que ele seduza, prometa, cative vai levar sempre com resultados.
Agora tem 2 meses de relativa paz. Que aproveite para afinar prioridades.
ainda eu acho que escrevo muito