André Villas-Boas - Presidente

Dragoness

Bancada central
7 Junho 2017
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  • Deco
  • André Villas-Boas
Respeito a frustração, mas este tipo de resposta emocional e polarizada é que não ajuda em nada. Falar com cabeça fria não é ser "sabichão", é querer que o Porto volte ao seu verdadeiro caminho.


Falo por mim, mas acredito que muitos pensam o mesmo: ninguém aqui quer que o Porto perca (tirando umas viúvas ou infiltrados). A crítica não é ao Farioli como treinador, nem ao seu valor, mas sim ao critério da escolha. É a mesma lógica que levou ao Anselmi — treinadores jovens, com ideias de jogo muito bem definidas, que só funcionam com plantéis moldados para isso ou com grupos jovens e com vontade de aprender. O nosso plantel, com vícios antigos e jogadores que acham que já sabem tudo, com clara falta de humildade, não encaixa nesse perfil.

O Ajax do Farioli tem um contexto diferente é um clube com cultura de formação, mente aberta e tempo para implementar ideias, tanto é que queriam renovar com ele apesar da reta final e má campanha europeia. No Porto, com pressão imediata por resultados, arbitragens hostis, sem experiência na liga e sem conhecer a cultura do clube, isso raramente resulta.

A maioria dos adeptos queria alguém experiente, com estofo, que conhecesse bem a realidade do nosso campeonato, o que é o FC Porto e o que são os seus adeptos. Um verdadeiro disciplinador, com pulso firme, que saiba gerir egos difíceis e ambientes pesados.

E sim, desejo sorte ao Farioli — o critério da sua escolha, dentro dessa lógica de "ideia de jogo", é muito mais interessante do que o do VB ou do Anselmi, que eram ainda mais verdes. Se realmente vier (parece que sim, já que a RTP anunciou e já anda meio mundo a defendê-lo com unhas e dentes), estarei a torcer por ele como faço sempre com o Porto.

Mas não vamos fingir que não existe um problema estrutural no plantel: há jogadores que não querem evoluir e outros que simplesmente não têm qualidade técnica nem inteligência tática para aplicar o modelo de jogo que o Farioli exige — como se viu nos vídeos do Ajax. Imagina o Varela ou o Eustáquio a fazer aquelas construções curtas com critério… preferem é tocar bombo e meter a bola para a frente. E continuamos a cair no mesmo erro: dar a este plantel um treinador que, em vez de os potenciar, vem tentar reeducá-los para fazer coisas que eles não sabem — ou que não querem fazer. E como ainda não saíram, pelo menos, uns 12 jogadores deste grupo, não consigo estar otimista.


Criticar não é sabotar. É querer melhor. O verdadeiro portismo também é exigente.
Há que saber distinguir o "criticar" que referes do "mal dizer". Há quem venha para aqui para incendiar e mal dizer por tudo e por nada.
Esta postura de nada é critico no sentido construtivo e benéfico para o clube. A crítica construtiva é bem vinda e recomenda-se.

E acho que era deste "mal dizer" que o colega @Mário Jardel se referia.
 

nprc

Bancada lateral
13 Agosto 2019
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Porto
Estou perfeitamente à vontade para o escrever; Sou muito favorável a um treinador português, conhecedor das idiossincrasias do futebol português e ciente da cultura do FC Porto.

Mas quando se começa a fazer a aplicação prática de um perfil desses mediante as opções disponíveis no mercado, susceptíveis de aceitar um salário q FC Porto possa pagar ( onde também se inclui o penoso regime fiscal vigente) e capaz de pegar num plantel cheio de lacunas (que não serão todas corrigidas neste mercado) é quando se bate de frente com a realidade!..

Ou seja, percebemos que técnicos como Vítor Pereira, Nuno Espírito Santo, Jorge Jesus (cruzes credo), José Mourinho, Leonardo Jardim são perfis totalmente inalcançáveis para actual realidade do FC Porto.

Todos os outros treinadores portugueses potenciais, acarretam, em maior ou menor medida, tantos riscos como outro perfil vindo do estrangeiro.