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“Para fazer as coisas bem é preciso fazê-las com paixão”
Declarações de Martín Anselmi e André Villas-Boas à comunicação social
Acabado de ser apresentado como novo treinador do FC Porto, Martín Anselmi dirigiu-se, juntamente com André Villas-Boas, à comunicação social para abordar as expectativas que tem sobre um clube que conhece “desde pequeno”, o “futebol de vantagens” que pretende criar no Dragão e o “contexto que faz um futebolista” antes de revelar que já pediu ao presidente para “construir uma nova vitrina que se possa encher” na primeira visita ao Museu. Pretende fazê-lo com “uma equipa competitiva” que lute “por todos os objetivos” e esteja “sempre no topo”.
Ao lado de “uma pessoa com muito foco, muita paixão, muito direta”, o presidente mostrou-se ciente de que é preciso deixar o treinador “desenvolver o seu projeto de jogo, atacar esta fase final do mercado e saber o que é que a equipa pode necessitar aos seus olhos” para dar continuidade ao contínuo crescimento do “melhor clube nacional e um dos melhores internacionais”: “Queremos muito lutar e competir pelos títulos, é isso que desejamos que o Martín faça com esta paixão e este propósito que vai mexer com muita gente no Olival, não só com os jogadores mas também com as estruturas de apoio”.
André Villas-Boas
Focado e apaixonado
“É uma pessoa com muito foco, muita paixão, muito direta, como já todos perceberam. Depois há a parte relacionada com o jogo que ele propõe, um futebol ofensivo que sempre distinguiu as equipas do FC Porto e que Martín traz consigo e com a sua equipa técnica. É esse futebol que nos gerou interesse e foi por isso que os contratámos e lhe desejamos muito sucesso nesta etapa.”
Sede de títulos
“Houve uma mudança a meio da época e essas mudanças produzem mais efeitos psicológicos do que as mudanças profundas. Há que deixar o Martín desenvolver o seu projeto de jogo, atacar esta fase final do mercado e saber o que é que a equipa pode necessitar aos seus olhos. Ontem falámos extensivamente com a estrutura desportiva para saber se haveria razão para irmos ao mercado colmatar algumas posições que o Martín entende na sua ideia de jogo. Estamos todos aqui para colaborar com ele, evidentemente que todos ambicionamos troféus e se for esta época, melhor. Estamos em condições de os disputar, vivemos com esse sonho, ontem perdemos uma oportunidade mas não perdemos a esperança. Ele sabe disso e não queria causar-lhe tanta pressão com esta apresentação no Museu, mas esta é a dimensão do FC Porto, o melhor clube nacional e um dos melhores internacionais. O Martín vai disputar o Mundial de Clubes, uma grande honra para o FC Porto, e hoje mesmo teremos a apresentação desse troféu. Esperamos que essa tal vitrine seja para o Mundial de Clubes, que seria óptimo e uma grande continuação da nossa história.”
As negociações com o Cruz Azul
“Comunicámos o interesse na contratação do Martín Anselmi à Direção do Cruz Azul, o Martín também o fez e entrámos num processo de negociação com os dirigentes. Eu com o presidente e o Martín com o diretor desportivo, chegámos a um acordo para a sua saída e depois houve um silêncio do Cruz Azul que não conseguimos compreender. Demos seguimento à sua contratação, ela valida a rescisão do contrato com o Cruz Azul e os processos correrão os trâmites normais. Veremos até onde nos levam, hoje o Martín virou a página Cruz Azul e tornou-se treinador do FC Porto.”
O perfil identificado
“Há características emocionais do Martín que são claras, desde logo o seu foco, a comunicação, o desejo e a ambição. São valores místicos que se relacionam imediatamente com o FC Porto, depois há a parte estrutural, técnica e tática. A sua história é de um aprendiz de jogo, apaixonante, parecida com a minha. Ele também trabalhava na loja do pai com jornais desportivos, eu queria ser jornalista e tornei-me treinador. Ele tornou-se um estudioso do jogo e treinava os colegas, eu acabei por treinar os miúdos das camadas jovens do FC Porto. Essa ambição e desejo tem muito sentido comum pelo FC Porto e é isso que ambicionamos. Enquanto presidente, mudar de treinador a meio da época não estava nas minhas expectativas, compreendo que seja uma ferida no clube e nas pessoas, por isso o meu respeito ao Vítor Bruno pelo seu trabalho. Queremos muito lutar e competir pelos títulos, é isso que desejamos que o Martín faça com esta paixão e este propósito que vai mexer com muita gente no Olival, não só com os jogadores mas também com as estruturas de apoio. Temos uma estrutura desportiva forte, procedemos a câmbios de recursos humanos muito importantes e o Martín tem esta capacidade de unir departamentos. É isso que desejamos dele.”
Uma nova filosofia
“Há uma pureza que ficou evidente na forma como o Martín acabou de discutir o estilo de jogo convosco. Espero que não tenha revelado muitos segredos… é um jogo apaixonante, os argentinos vivem-no como ninguém. Se há recordações que tenho como treinador - não sendo argentino, mas vejo muito em discussões profundas com o Andoni Zubizarreta -, há muito dos mistérios do jogo que os argentinos gostam de falar e filosofar para causar problemas ao adversário e para melhorar as suas equipas. O Martín era um desses treinadores em ascensão que levou de forma abrupta ao sucesso os clubes por que passou, não só o Independiente del Valle como o Cruz Azul, e agora estamos com esperanças que este sentido arrojado do jogo, chegando agora à Europa, possa ter esse nível de impacto. Está na base da decisão, nada tem que ver com o meu passado. Tem o fogo da juventude de estar a começar a carreira com um foco e ambição que são únicos e que, no campo emocional, valorizamos muito. No campo estratégico, com a forma como trabalha em equipa, como pensa o jogo e como pode liderar os jogadores, acreditamos que vai trazer sucesso ao clube.”