A aposta forte no turismo foi a solução mais fácil e óbvia para sair da crise, mas as consequências em matéria de habitação foram devastadoras.Deve ser dada primazia á imigração vinda da europa, aos palop e a paises da america do sul. Tambem nao vejo problema com a imigração dos chineses cá. Sempre foram respeitadores e adaptam-se facilmente.
Também deve ser dada primazia a melhorar o país nos proximos anos de forma a retornar os portugueses que saíram para o estrangeiro. Temos milhoes de portugueses no estrangeiro que faziam aqui falta nas mais variadas áreas.
Fala-se muito de falta de mao de obra na construção civil....pudera, quando temos milhares de portugueses a trabalhar nessa area no estrangeiro. Ainda assim, o futuro tem que ser a industrialização dessa área como em paises como a suecia de forma a diminuir essa necessidade.
A quantidade de imigrantes estrangeiros que necessitas, também depende muito do tipo de economia que se aposta.
Como somos uma economia muito baseada em turismo e restauração, e pouco avançada tecnologicamente, necessita-se sempre de muita imigração. Mas isso foi a escolha tomada pelo governo que esteve lá de 2016 a 2024. É uma pena.
Em 2010 Portugal recebia cerca de 12M de turistas ano, neste momento já vai nos 27M. Isso implicou que muitas casas fossem desviadas do mercado de arrendamento de longo termo, o que fez subir exponencialmente as rendas e contribuiu para que centenas de milhares de jovens portugueses não tivessem alternativa senão emigrar. Consequência dessa emigração foi termos de importar um número equivalente de estrangeiros pobres.
Quem é que ficou a ganhar mais com esta troca? Em primeiro lugar os senhorios, em segundo lugar os patrões que vivem de salários baixos, e só em último lugar os próprios imigrantes.
A verdade é que a livre circulação de trabalhadores é um manã sobretudo para os patrões, e foi muito em função dos interesses destes últimos que ela foi criada, uma vez que os imigrantes são muito mais facilmente exploráveis do que os nacionais, sendo por definição os trabalhadores mais mal pagos e menos protegidos legalmente, pessoas que por causa da sua precaridade sujeitam-se a tudo, incluindo a dormir aos dez num quarto ou numa garagem, em condições degradantes.
O que devia preocupar a esquerda e a direita é que a economia portuguesa só consiga sobreviver à base de salários de miséria, e que o preço da habitação tenha tornado impossível uma vida digna para a maioria dos trabalhadores.
Como é que se resolve este problema? É super-simples: acabar com o alojamento local (excepto no interior), para que essas milhares de casas regressassem ao mercado de arrendamento de longa duração. Com isso iam chegar muito menos turistas? Paciência. Assim como assim, o turismo de massas está condenado (Acordo de Paris, certo?), e uma economia que dependa demasiado do turismo não têm grande futuro.