Vou por partes, porque introduziste várias variáveis novas:
Sem dúvida acho que o problema climatológico é uma Cortina de fumo para o real problema suscetibilidade e falta de recursos. Não será qualquer ação ou alteração do clima que irá resolver o problema de fundo da suscetibilidade.
Aqui já percebi que discordamos. Na minha ótica, as alterações climáticas influenciam a própria sustentabilidade. Os ecossistemas não são preto ou branco, as variáveis influenciam-se umas às outras. Existem alterações que não podemos controlar e outras que são provocadas por nós.
E acho que há espaço para todas as fontes energéticas.
Coloco-te uma questão: Porque é que se insiste em nuclear (França à cabeça), quando atualmente já é muito mais barata a produção de renováveis? Aliás, estamos a chegar a um ponto em que o próprio carvão já não compensa ser explorado a curto prazo.
O lobby do petróleo, embora a dominar na produção de renováveis, quer continuar a extrair petróleo até ao fim, devido à utilização dos subprodutos. Olha à tua volta e tenta encontrar um único artigo que não tenha algum derivado do petróleo. Não consegues. Existe no material eletrónico que estás a utilizar, nos vernizes que tens nos móveis, na roupa que tens no corpo, etc. Esta dependência dá-lhes um poder imenso, desnecessariamente. Custará milhares de milhões de euros e décadas para alterar estas práticas devido à necessidade de alteração de plantios, reconversão de máquinas, formação de recursos humanos... Mas a tecnologia para alternativas a isto existe há décadas, até o Ford fez um carro à base de cânhamo, algodão e soja nos anos 40.
Eu apenas acho que vivemos num mundo de percepções superficiais. Logicamente que em 1930 não existia a máquina da comunicação social a NET as redes sociais e uma consciência coletiva para estas questões.nos anos 30 as pessoas criam era sobreviver e as elites andarem á pancada com fascismos, comunismos etc. Isso não era sequer uma questão. Vamos ver se dadas as circunstâncias não deixará de ser uma questão nos tempos actuais. Ao estarmos a um passinho de um conflito mundial.
Creio que teremos de continuar a trabalhar na resolução desse problema, APESAR da guerra. Embora tenham existido alguns passos em contrário, como referi antes, atualmente as energias renováveis já são as mais baratas, não faz sentido investir noutras. O que falta, sim, é uma solução limpa para o armazenamento da energia.
Vivemos um tempo de pós modernidade com muitos riscos de supostas evoluções que podem ser verdadeiras regressões.
O mercado é e sempre foi regulado pela lei da oferta e da procura.
O preço do peixe tem vindo a aumentar progressivamente, porque durante anos pescámos até à exaustão e agora não há suficiente para abastecer o mercado. As pessoas que atualmente dizem "Não tenho nada que sacrificar uma refeição de peixe/carne" daqui a 15 anos provavelmente nem conseguirão pagar por mais do que uma ou duas por semana. A falta de ponderação sempre foi um problema do ser humano.
As regressões de que falas serão naturais. Quando deixar de existir petróleo suficiente para produzir tudo aquilo que referi anteriormente, e depois de gastarmos uma fortuna para automatizar sistemas que usem outras matérias-primas, o preço disparará, porque esse investimento terá de ser coberto de uma forma imediata, quando poderia já existir há 70 ou 80 anos e ter crescido de forma progressiva. O mercado livre não é tão livre como as pessoas gostam de pensar que é.
Falar em seca em pleno verão sabendo que Portugal tem em todo o território meses estivais e secos é para mim pouco significativo. Depois o verão está no seu pico. E olha que a tendência não será muito quente pelo menos nas próximas 2,3 semanas.O agosto logo se verá.
E depois veremos se o verão se estende por setembro outubro ou não.
Se perguntares a alguns agricultores, dir-te-ão que chuva no verão prejudica alguns plantios. Outra consequência desta irregularidade meteorológica criada pelas alterações climáticas.
A norma climatica de 1971-2010 em Portugal pouco ou nada reflete de mudanças climáticas drásticas que o especialista Duarte Santos e outros proclamam nas TVs. Estamos em 2022 vamos esperar pela próxima. E vamos ver como está década se comporta. Se tivermos uma série de anos secos muito quentes seguidos meto a viola no saco relativo ao meu cepticismo.
O único Duarte Santos que conheço é da área de investimentos privados. Já disse que não acompanho esses debates.
Só se ganhava em deixar de dar tempo de antena a pessoas sensacionalistas.
Por hoje terminei. Queres continuar isto, vem ter ao Silk beber um rum mal servido a 15€ o copo só porque sim.