Concordemos em discordar. Faço a destrinça e separo em duas dimensões:Vou por partes, porque introduziste várias variáveis novas:
Aqui já percebi que discordamos. Na minha ótica, as alterações climáticas influenciam a própria sustentabilidade. Os ecossistemas não são preto ou branco, as variáveis influenciam-se umas às outras. Existem alterações que não podemos controlar e outras que são provocadas por nós.
Coloco-te uma questão: Porque é que se insiste em nuclear (França à cabeça), quando atualmente já é muito mais barata a produção de renováveis? Aliás, estamos a chegar a um ponto em que o próprio carvão já não compensa ser explorado a curto prazo.
O lobby do petróleo, embora a dominar na produção de renováveis, quer continuar a extrair petróleo até ao fim, devido à utilização dos subprodutos. Olha à tua volta e tenta encontrar um único artigo que não tenha algum derivado do petróleo. Não consegues. Existe no material eletrónico que estás a utilizar, nos vernizes que tens nos móveis, na roupa que tens no corpo, etc. Esta dependência dá-lhes um poder imenso, desnecessariamente. Custará milhares de milhões de euros e décadas para alterar estas práticas devido à necessidade de alteração de plantios, reconversão de máquinas, formação de recursos humanos... Mas a tecnologia para alternativas a isto existe há décadas, até o Ford fez um carro à base de cânhamo, algodão e soja nos anos 40.
Creio que teremos de continuar a trabalhar na resolução desse problema, APESAR da guerra. Embora tenham existido alguns passos em contrário, como referi antes, atualmente as energias renováveis já são as mais baratas, não faz sentido investir noutras. O que falta, sim, é uma solução limpa para o armazenamento da energia.
O mercado é e sempre foi regulado pela lei da oferta e da procura.
O preço do peixe tem vindo a aumentar progressivamente, porque durante anos pescámos até à exaustão e agora não há suficiente para abastecer o mercado. As pessoas que atualmente dizem "Não tenho nada que sacrificar uma refeição de peixe/carne" daqui a 15 anos provavelmente nem conseguirão pagar por mais do que uma ou duas por semana. A falta de ponderação sempre foi um problema do ser humano.
As regressões de que falas serão naturais. Quando deixar de existir petróleo suficiente para produzir tudo aquilo que referi anteriormente, e depois de gastarmos uma fortuna para automatizar sistemas que usem outras matérias-primas, o preço disparará, porque esse investimento terá de ser coberto de uma forma imediata, quando poderia já existir há 70 ou 80 anos e ter crescido de forma progressiva. O mercado livre não é tão livre como as pessoas gostam de pensar que é.
Se perguntares a alguns agricultores, dir-te-ão que chuva no verão prejudica alguns plantios. Outra consequência desta irregularidade meteorológica criada pelas alterações climáticas.
O único Duarte Santos que conheço é da área de investimentos privados. Já disse que não acompanho esses debates. Só se ganhava em deixar de dar tempo de antena a pessoas sensacionalistas.
Por hoje terminei. Queres continuar isto, vem ter ao Silk beber um rum mal servido a 15€ o copo só porque sim.
1ªA sustentabilidade do planeta: entre esgotamento de recursos energéticos, alimentares, com aumento galopante da população e com necessidades de procura totalmente distintas de há 50,60 anos. E atenção falas-te anteriormente na India, Bangladesh. Mas Portugal a nível europeu está no mesmo patamar. Nos anos 50,60 tínhamos um classe média bastante mais reduzida com o consumo em massa limitado as grandes cidades Lisboa e Porto e classes altas e nos anos 80 passou a ter uma sociedade de consumo.
2ª dimensão comportamento do clima. Que agrega o AG e as AC e qualquer acção humana em grande escala não irá influenciar o clima de forma significativa evitar secas, ondas de calor, cheias, vagas de frio. Porque o comportamento atmosférico das massas de ar é anárquico e cíclico. E como já concordamos uma tipologia climática( tipo de clima) não muda em 20,30,40 anos mas em seculos. Ou então abrutamento. Portanto não existe correlação no meu ponto de vista, entre escassez de recursos do planeta e o comportamento atmosférico climático seja ele qual for. O stock da terra de recursos esgotará aconteça o que acontecer e deve ser isso que as Instituições e Organizações sabem e tentam transmitir e preparar a opinião publica usando o Lobbie predominante do AG e AC.
Sobre os recursos, uma coisa irritante em Portugal é queremos ser bandeira em tudo. O que queria era que o nosso PIB per capita e os Índices de desenvolvimento social fossem mais elevados. Este desígnio de sermos pioneiros na transição verde para mim é fora do contexto pois temos um país totalmente sustentável. O que deveríamos procurar era ter um pais mais equilibrado e equitativo com uma reorganização do território. Não sou de todo salazarista. Mas no Salazarismo a região de Pegões do distrito de Setúbal. Foi literalmente povoada e ai não existem fogos. E existe uma atividade vinícola e agrícola e outras totalmente rentáveis. Talvez deveria passar por ai povoarmos o país e reordenarmos o território, com reformas com a regionalização.
Petróleo reduzo-me á minha insignificância por não ter conhecimentos técnicos ou outros no tema. Mas olho para o modelo Canadiano e Norueguês países dos mais desenvolvidos do mundo. Com índices de desenvolvimento social e humano elevadíssimos e vivem e muito da extração e campos de petróleo e de forma sustentável alias os campos de petróleo da Terra Novo começaram a ser explorados nos anos 70,80. Com a nossa ZEE de certeza que existe recursos petrófilos até porque são exatamente as mesmas placas continentais que esses dois países. Portanto acho que tem de haver um equilíbrio de todas as fontes energéticas.
O Filipe Duarte Santos é um cientista respeitadíssimo em Portugal mas entusiasma-se muito, quando faz reportagens ou entrevistas nas TVs. É natural se fosse cientista e investigador e desenvolvesse uma Tese gostaria que a mesma fosse comprovada empiricamente.
Assiste ao Expresso da Meia-Noite e coincidência é demonstrativo daquilo que refiro, o climatologista que está no painel de debate, referiu que tem estudos em que vão passar a existir 10 Ondas de calor nos próximos 20,30,40 anos. essa previsão é totalmente desfasada com a realidade, depois lá justifica que é uma projecção de estudo no cenário mais gravoso. Basicamente como funciona os tais estudos e projecções fisco/matemáticos. O Casa Pia nos últimos 2 épocas subiu duas vezes de divisão logo conclusão vai ser campeão e é isto. Mas o qual é o soundbite que fica para a opinião publica? Vamos ter 10 ondas de calor...Mentira não vamos isso não existe. E se as Grandes Potencias ainda não controlam o clima. Espero mesmo que este padrão desde 2000 mais quente( sim porque os anos 90 e 80 foram chuvosos) comece a ser invertido e tenhamos uma série de anos chuvosos e frescos.
Sobre Runs, não sou muito apreciador de bebidas diria marteladas sou muito sazonal a nível de poisants no Verão só marcha Alvarinho e carlsbergs no Inverno tinto e uma boa aguardente velha. Porque existem estações climatológicas e irão continuar a existir enquanto andarmos por cá .
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