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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Isso do empirismo vale muito pouco para mim analiso médias. Nos anos 40 ,50a estação do Pinhão, Coimbra chegaram aos 45,46 graus, nos anos 40,50 alguém viu esse calor como uma amostra empírica de alteração climática? Claro que não nessas alturas estavam preocupados com a WWII ou a guerra fria. Um jornalista inglês diz que registou 50º graus no inicio do seculo no Vale do Douro. No seculo XIX a europa estava preocupada com guerras civis, revoltas republicanas, etc,etc
A norma climática que é usada pelo IPMA como referência é a do período de 1971-2000 e já saiu a de 1981-2010.
Ao analisarmos essas normas climáticas entre 1971-2010, notamos que pouco ou nada se alterou a nível de definição de tipologia climática. A precipitação pode ter tido uma redução e a temperatura subido meio grau. Ou seja, insuficientes para que uma tipologia climática mude. Ou seja o Nosso clima tirando em faixas muito reduzidas do Vale do Douro e Guadiana não tem por exemplo o clima árido. O que ouvimos na CS é que iremos ter um clima árido em 30%,40% do território em menos de 40,50 anos. Isso é surreal e é mentira. Contra isto nenhum climatologista ou meteorologista poderá contestar.
Como dizes e muito bem uma mudança climática demora seculos a se registar e como seres humanos inteligentes e com Ego que somos e que achamos que sabemos tudo e controlamos, é frustrante para os fanáticos do AG e do armageddon climático não assistirem a essa mesma mudança. Existe no ser humano uma vontade de assistir a algo bíblico mas teríamos de viver milhares de anos para assistir a isso. Onde quero chegar as mudanças que eles proclamam de por exemplo o clima do norte de africa do Sahara migrar para o sul da península ibérica concretamente para Portugal é ficção cientifica só se eles vivessem 1000,2000,3000 mil anos. E é essa facilitismo como colocam previsões discutíveis e irreais como verdades absolutas que me incomodam nos tempos de hoje.
De acordo.
A questão é que uma subida de temperatura média de meio grau em 40-50 anos é uma enormidade. Num século a temperatura média da superficie subiu quase 1 grau. E a segunda questão é que nos pólos a subida é muito mais acentuada, é três vezes superior à média mundial. O que os modelos dos cientistas prevêm é uma consequência dessa subida de temperatura, ou seja, a partir de uma determinada altura as consequências deixam de ser constantes para passarem a ser abruptas. É como se tivesses um congelador que fazia gelo com 5 graus negativos, que entretanto avariou mas que com 3 graus negativos continuava a fazer gelo mas que se deteriora cada vez mais e que rapidamente vai passar a estar a 2 ou 3 graus positivos, vai deixar de fazer gelo e vai começar a inundar a tua cozinha.
 
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5 Março 2022
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De acordo.
A questão é que uma subida de temperatura média de meio grau em 40-50 anos é uma enormidade. Num século a temperatura média da superficie subiu quase 1 grau. E a segunda questão é que nos pólos a subida é muito mais acentuada, é três vezes superior à média mundial. O que os modelos dos cientistas prevêm é uma consequência dessa subida de temperatura, ou seja, a partir de uma determinada altura as consequências deixam de ser constantes para passarem a ser abruptas. É como se tivesses um congelador que fazia gelo com 5 graus negativos, que entretanto avariou mas que com 3 graus negativos continuava a fazer gelo mas que se deteriora cada vez mais e que rapidamente vai passar a estar a 2 ou 3 graus positivos, vai deixar de fazer gelo e vai começar a inundar a tua cozinha.
Se formos rigorosos acho que o aumento da temperatura nem chegou aos 0,5 média nos últimos 30,40 anos. Mas ai está a comunidade cientifica faz projeções para aumentos de 1,2,3 graus de uma forma tão leviana e catastrofista que depois acaba por não ter provas empíricas.
O aumento na estação meteorológica do Porto passou de uma média de 14,9 para 15,3 de temperatura média anual. Para mudar a tipologia climática era preciso muito mais nomeadamente o Porto e o Litoral Norte ter valores de precipitação idênticos á península de Setúbal ou seja metade e isso é impossivel de acontecer enquanto andarmos por cá.

Se bem entendi colocas mesmo a hipótese de um colapso de todo o sistema climático a nível de funcionamento das massas de ar como um baralho de cartas, algo idêntico ao filme O dia depois do amanha de 2004. E com efeitos catastróficos, bem se isso é uma possibilidade real que a comunidade cientifica prevê então falamos mesmo que a realidade superaria a ficção. Enquanto não houver dados empíricos que o comprovem serei sempre muito cético que esse colapso possa acontecer, e ai bem poderíamos começar a pensar em fugir para marte.
 

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Se formos rigorosos acho que o aumento da temperatura nem chegou aos 0,5 média nos últimos 30,40 anos. Mas ai está a comunidade cientifica faz projeções para aumentos de 1,2,3 graus de uma forma tão leviana e catastrofista que depois acaba por não ter provas empíricas.
O aumento na estação meteorológica do Porto passou de uma média de 14,9 para 15,3 de temperatura média anual. Para mudar a tipologia climática era preciso muito mais nomeadamente o Porto e o Litoral Norte ter valores de precipitação idênticos á península de Setúbal ou seja metade e isso é impossivel de acontecer enquanto andarmos por cá.

Se bem entendi colocas mesmo a hipótese de um colapso de todo o sistema climático a nível de funcionamento das massas de ar como um baralho de cartas, algo idêntico ao filme O dia depois do amanha de 2004. E com efeitos catastróficos, bem se isso é uma possibilidade real que a comunidade cientifica prevê então falamos mesmo que a realidade superaria a ficção. Enquanto não houver dados empíricos que o comprovem serei sempre muito cético que esse colapso possa acontecer, e ai bem poderíamos começar a pensar em fugir para marte.
A subida a temperatura média na terra é um facto, assim como a subida estar a aumentar nos últimos anos e ser, em média, 3 vezes superior nos pólos ao resto do planeta.O desaparecimento do gelo nos pólos também é um facto.
A partir daí o resto são projecções, mais pessimista ou optimistas, mas que seguirão certamente um método cientifico.

Eu coloco a hipótese no sentido de ter lido sobre isso, assim como a extinção das espécies poder ser algo abrupto e não gradual.
Por alguma razão o limite está actualmente traçado em 1,5 graus em relação ao inicio da época industrial.
Por outro lado também acredito na ciência e nossa capacidade de adaptação enquanto espécie.
 
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A subida a temperatura média na terra é um facto, assim como a subida estar a aumentar nos últimos anos e ser, em média, 3 vezes superior nos pólos ao resto do planeta.O desaparecimento do gelo nos pólos também é um facto.
A partir daí o resto são projecções, mais pessimista ou optimistas, mas que seguirão certamente um método cientifico.

Eu coloco a hipótese no sentido de ter lido sobre isso, assim como a extinção das espécies poder ser algo abrupto e não gradual.
Por alguma razão o limite está actualmente traçado em 1,5 graus em relação ao inicio da época industrial.
Por outro lado também acredito na ciência e nossa capacidade de adaptação enquanto espécie.
Que entramos numa ciclo mais quente é consensual e a temperatura subiu 1,5 graus e meio face á era industrial.
Mas concordas que muito que é transmitido nos Media são baseados nos cenários e previsões mais pessimistas. E que existem estudos e projeções, que seguem ok métodos científicos mais meramente quantitativos. Basicamente é se compararmos com o futebol seria o Casa Pia subiu á 1ª logo daqui a 10 anos pode ser campeão se a cadência de subida de pontos se mantiver.
 

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Esmoriz
Que entramos numa ciclo mais quente é consensual e a temperatura subiu 1,5 graus e meio face á era industrial.
Mas concordas que muito que é transmitido nos Media são baseados nos cenários e previsões mais pessimistas. E que existem estudos e projeções, que seguem ok métodos científicos mais meramente quantitativos. Basicamente é se compararmos com o futebol seria o Casa Pia subiu á 1ª logo daqui a 10 anos pode ser campeão se a cadência de subida de pontos se mantiver.
Comparo mais com o corpo humano, 36,5º é ok. 37,5º ainda se suporta sem medicação. 38,5º estás feito num farrapo e tens que tomar qualquer coisa. A partir daí a situação pode ser imprevisível.
Os modelos cientificos que avaliam as alterações climáticas não fazem previsões apenas com base na temperaturas dos anos anteriores. Avaliam as alterações climáticas em termos de anticiclones, altas pressões, alterações de ventos, correntes, erosão dos solos, concentração de gases na atmosfera etc, etc.
Os media é outra questão. Raramente ouço notícias e evito "directos", mas quando tenho tempo ponho a box para trás e gosto de ouvir com calma a opinião dos especialistas.
 
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A subida a temperatura média na terra é um facto, assim como a subida estar a aumentar nos últimos anos e ser, em média, 3 vezes superior nos pólos ao resto do planeta.O desaparecimento do gelo nos pólos também é um facto.
A partir daí o resto são projecções, mais pessimista ou optimistas, mas que seguirão certamente um método cientifico.

Eu coloco a hipótese no sentido de ter lido sobre isso, assim como a extinção das espécies poder ser algo abrupto e não gradual.
Por alguma razão o limite está actualmente traçado em 1,5 graus em relação ao inicio da época industrial.
Por outro lado também acredito na ciência e nossa capacidade de adaptação enquanto espécie.
Uma duvida que tenho é a OMM como recolhe os dados referentes ao era industrial seculo XVIII- até inicio do seculo XX e compara com era contemporânea atual . Foram em estações meteorológicas existentes? que eram muito menos e com margens de erro grandes. Ou em analises baseadas em modelos género como se faz em estudos antropológicos?
 

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Comparo mais com o corpo humano, 36,5º é ok. 37,5º ainda se suporta sem medicação. 38,5º estás feito num farrapo e tens que tomar qualquer coisa. A partir daí a situação pode ser imprevisível.
Os modelos cientificos que avaliam as alterações climáticas não fazem previsões apenas com base na temperaturas dos anos anteriores. Avaliam as alterações climáticas em termos de anticiclones, altas pressões, alterações de ventos, correntes, erosão dos solos, concentração de gases na atmosfera etc, etc.
Os media é outra questão. Raramente ouço notícias e evito "directos", mas quando tenho tempo ponho a box para trás e gosto de ouvir com calma a opinião dos especialistas.
Por exemplo o cientista Filipe Duarte Santos que estuda as alterações climáticas e que respeito totalmente o seu trabalho. Mas em muitas vezes na CS a prever cenários do meu ponto de vista totalmente irreais num medio prazo, como o clima do norte de africa se estender até ao sul de Portugal e como isso fosse uma realidade.
Ele sabe que em 20,30,40 anos a média da precipitação não irá cair para valores de 200mm a sul do Tejo. Mas quem o oiça em reportagens das TVs fica com a percepção que isso é já um dado consumado quando é totalmente irreal.
O que levanta muitas questões até porque por curioso que se pareça Manageiro de futból, por exemplo dado á maior dinâmica atmosférica. O Norte de Africa até tem tido em alguns anos um aumento da precipitação em determinadas regiões.
 

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5 Março 2022
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Comparo mais com o corpo humano, 36,5º é ok. 37,5º ainda se suporta sem medicação. 38,5º estás feito num farrapo e tens que tomar qualquer coisa. A partir daí a situação pode ser imprevisível.
Os modelos cientificos que avaliam as alterações climáticas não fazem previsões apenas com base na temperaturas dos anos anteriores. Avaliam as alterações climáticas em termos de anticiclones, altas pressões, alterações de ventos, correntes, erosão dos solos, concentração de gases na atmosfera etc, etc.
Os media é outra questão. Raramente ouço notícias e evito "directos", mas quando tenho tempo ponho a box para trás e gosto de ouvir com calma a opinião dos especialistas.
Mas sabes certamente que o hemisfério norte é uma manta a nivel de massas de ar destapas num lado sobes em outro. Ou seja o padrão dominante deste Inverno. Bloqueio anticiclónico a Ocidente. O que se sucedeu? Invernos muito prolongados no mediterrâneo leste. Em Março nevava copiosamente em Jerusalém. Jerusalém teve mais de 5-10 dias de neve este inverno. Istambul uma cidade com muita precipitação no Inverno teve nevões históricos.
Em 2020 como foi o Inverno? o oposto. Madrid parecia a Moscovo esteve congelada durante mais de 10 dias com os maiores nevões da sua historia. Enquanto que em Istambul tínhamos temperaturas acima dos 20 graus. O comportamento no hemisfério Norte sempre foi assim. Invernos muito rigorosos a leste, calor a oeste e vice-versa. Nos EUA e Canadá passa-se o mesmo.
 

Ginjeet

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11 Março 2018
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Se formos rigorosos acho que o aumento da temperatura nem chegou aos 0,5 média nos últimos 30,40 anos. Mas ai está a comunidade cientifica faz projeções para aumentos de 1,2,3 graus de uma forma tão leviana e catastrofista que depois acaba por não ter provas empíricas.
O aumento na estação meteorológica do Porto passou de uma média de 14,9 para 15,3 de temperatura média anual. Para mudar a tipologia climática era preciso muito mais nomeadamente o Porto e o Litoral Norte ter valores de precipitação idênticos á península de Setúbal ou seja metade e isso é impossivel de acontecer enquanto andarmos por cá.

Se bem entendi colocas mesmo a hipótese de um colapso de todo o sistema climático a nível de funcionamento das massas de ar como um baralho de cartas, algo idêntico ao filme O dia depois do amanha de 2004. E com efeitos catastróficos, bem se isso é uma possibilidade real que a comunidade cientifica prevê então falamos mesmo que a realidade superaria a ficção. Enquanto não houver dados empíricos que o comprovem serei sempre muito cético que esse colapso possa acontecer, e ai bem poderíamos começar a pensar em fugir para marte.
Acho sempre imensa piada quando alguém diz que vai explicar coisas pela ciência e depois contradiz a esmagadora maioria dos cientistas que trabalham nessa área.

A ameaça das alterações climáticas é isso mesmo: uma ameaça. Os estudos apontam para uma alteração quase irreversível aos 1,5ºC e não consequências apocalípticas para a atual situação.
O que referem os cientistas é que um aumento da temperatura a partir de 1,5ºC provocará alterações graduais cada vez mais rápidas que não permitirão esse retrocesso. A previsão disso é para 2050, ou seja, a tal previsão catastrófica que referes coloca uma alteração de 0,4ºC para os próximos 30 anos. Em termos matemáticos, é o momento em que a escala deixará de ser logarítmica e passará a ser exponencial já que, a esta velocidade, prevê-se um aumento até os 2ºC antes de 2100. Mas antes de 2100, haverá muito a acontecer:

Falamos de uma aceleração de correntes marinhas (e alteração de correntes devido à redução gradual e instabilidade do vento), aquecimento dos oceanos, que provocaria - aliás, já provoca, aproximadamente 15% - a morte dos corais, que são a base de toda a cadeia alimentar marinha. Cadeia essa que produz mais de 50% de todo o oxigénio da atmosfera.

Falamos da devastação dos "pulmões", não só na Amazónia, mas das grandes massas verdes que têm sido devastadas pelo fogo um pouco por todo o mundo. Estas pequenas alterações têm provocado uma prevalência maior de "desastres naturais". Fenómenos meteorológicos como ciclones, secas, ondas de calor/frio tornam-se mais comuns e atingem áreas que antes não eram atingidas.

Falamos da desertificação dos solos, devido ao uso de químicos, de monoculturas e à escassez de água que tem provocado uma redução na produção de alimentação. Hoje em dia, para obteres o mesmo nível de produção agrícola dos solos, precisas de 50% mais fertilizantes do que há 50 anos.

Falamos do esgotamento de recursos naturais (especialmente água potável) devido à interrupção dos ciclos hidrológicos, e ao contágio dessa mesma água nos lençóis freáticos pelo abuso de químicos e de metais industriais.

Creio que a maioria das pessoas acha que o cenário devastador é uma destruição planetária. Isso não acontecerá. O planeta há de cá ficar mais uns milhares de milhões de anos, até o sol implodir ou outra galáxia chocar com a nossa. O que cada uma destas coisas implica é a redução das condições de habitabilidade do planeta.
Os tais eventos de extinção maciça que referiste aconteceram, mas aquilo que provocou a extinção não foi o evento em si. Erupções explosivas, megachoques (gosto de inventar palavras) tectónicos, meteoritos a colidirem na Terra, etc, não matam 85% da vida por todo o planeta. O que o faz são as nuvens de cinza que cobrem a superfície e impede a absorção do calor solar, que por sua vez causa uma era glaciar que congela as cadeias alimentares. Ou a libertação de quantidades incomportáveis de dióxido de carbono que provoca um efeito de estufa e coze essas mesmas cadeias. Ou uma redução tão drástica de oxigénio na atmosfera que sufoca organismos multicelulares. Tenho ideia que uma delas foi motivada pela criação do supercontinente que provocou uma estagnação das correntes marinhas e acumulação de dióxido de carbono que limpou - adivinhaste - os corais. O equilíbrio necessário para manter a vida na Terra não é só alterado por eventos extremos, mas neste caso, por uma deterioração contínua e cada vez mais agressiva dessas condições que mantêm esse equilíbrio.


E claro, consumimos demasiado.
O mundo desenvolvido sofre atualmente de escassez populacional que alimente o sistema económico que vivemos, e que provocará o descalabro dos sistemas financeiros existentes, por falta de financiamento dos já deficitários sistemas sociais responsáveis pela saúde e pensões, que se agudiza à medida que a média de idades aumenta. E somos culpados de tudo o que está em cima, devido ao nosso consumo individual bem acima da média, em alguns países, três vezes a mais do que aquilo que o planeta consegue sustentar.
O mundo subdesenvolvido, pelo contrário, tem um consumo muito sustentável per capita, mas é culpado de sobrepopulação e terá na saúde e na alimentação os seus grandes desafios, porque o planeta não consegue sustentar a quantidade estúpida de humanos que países como a China, Índia, Bangladesh, Nigéria e por aí fora estão a produzir. E as suas condições sanitárias continuarão a provocar doenças contagiosas que a globalização encarrega de transmitir pelo mundo todo, à medida que o próprio aquecimento global liberta novos vírus e bactérias presos nos glaciares há milhões de anos.


Resumindo, quando traçam um cenário "apocalíptico", é porque se junta 2+2 e observa-se um mundo indesejável, com doenças, miséria, escassez de comida e com maior ocorrência de desastres. O alarmismo deve-se a três factos:
1) Embora 2050 seja a previsão, o ponto de inflexão para não permitir que isso aconteça é 2027;
2) Hoje em dia, a comunicação social é sensacionalista e qualquer comentador sabe tudo sobre tudo, por isso é que acabam todos na política;
3) A única alteração bem sucedida na história humana, no que ao ambiente diz respeito, teve a ver com os gases CFC que prejudicavam a camada de ozono, e que foram banidos pelo Protocolo de Quioto. Isso aconteceu devido à pressão popular cada vez maior, que gerou alterações na utilização desses gases em aerossóis, e que obrigou à utilização de filtros industriais (e quotas) para as emissões. A adaptação ocorreu na base da produção, a consequência para o average Joe foi... Zero. Não teve de se preocupar com nada, não perdeu nada, não sacrificou nada. Atualmente, para que se inverta este caminho, não bastam as empresas alterarem procedimentos. A população em geral terá de mudar os seus hábitos de consumo. Sim, aquelas pessoas que se recusavam a usar uma máscara para não apanharem uma doença contagiosa precisam de alterar os seus hábitos de alimentação e de perceberem que vários artigos que hoje em dia tomam como garantidos irão encarecer devido à alteração da sua composição para materiais recicláveis/renováveis, causando-lhe perda do poder de compra. Boa sorte com isso. 😙
 
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Acho sempre imensa piada quando alguém diz que vai explicar coisas pela ciência e depois contradiz a esmagadora maioria dos cientistas que trabalham nessa área.

A ameaça das alterações climáticas é isso mesmo: uma ameaça. Os estudos apontam para uma alteração quase irreversível aos 1,5ºC e não consequências apocalípticas para a atual situação.
O que referem os cientistas é que um aumento da temperatura a partir de 1,5ºC provocará alterações graduais cada vez mais rápidas que não permitirão esse retrocesso. A previsão disso é para 2050, ou seja, a tal previsão catastrófica que referes coloca uma alteração de 0,4ºC para os próximos 30 anos. Em termos matemáticos, é o momento em que a escala deixará de ser logarítmica e passará a ser exponencial já que, a esta velocidade, prevê-se um aumento até os 2ºC antes de 2100. Mas antes de 2100, haverá muito a acontecer:

Falamos de uma aceleração de correntes marinhas (e alteração de correntes devido à redução gradual e instabilidade do vento), aquecimento dos oceanos, que provocaria - aliás, já provoca, aproximadamente 15% - a morte dos corais, que são a base de toda a cadeia alimentar marinha. Cadeia essa que produz mais de 50% de todo o oxigénio da atmosfera.

Falamos da devastação dos "pulmões", não só na Amazónia, mas das grandes massas verdes que têm sido devastadas pelo fogo um pouco por todo o mundo. Estas pequenas alterações têm provocado uma prevalência maior de "desastres naturais". Fenómenos meteorológicos como ciclones, secas, ondas de calor/frio tornam-se mais comuns e atingem áreas que antes não eram atingidas.

Falamos da desertificação dos solos, devido ao uso de químicos, de monoculturas e à escassez de água que tem provocado uma redução na produção de alimentação. Hoje em dia, para obteres o mesmo nível de produção agrícola dos solos, precisas de 50% mais fertilizantes do que há 50 anos.

Falamos do esgotamento de recursos naturais (especialmente água potável) devido à interrupção dos ciclos hidrológicos, e ao contágio dessa mesma água nos lençóis freáticos pelo abuso de químicos e de metais industriais.

Creio que a maioria das pessoas acha que o cenário devastador é uma destruição planetária. Isso não acontecerá. O planeta há de cá ficar mais uns milhares de milhões de anos, até o sol implodir ou outra galáxia chocar com a nossa. O que cada uma destas coisas implica é a redução das condições de habitabilidade do planeta.
Os tais eventos de extinção maciça que referiste aconteceram, mas aquilo que provocou a extinção não foi o evento em si. Erupções explosivas, megachoques (gosto de inventar palavras) tectónicos, meteoritos a colidirem na Terra, etc, não matam 85% da vida por todo o planeta. O que o faz são as nuvens de cinza que cobrem a superfície e impede a absorção do calor solar, que por sua vez causa uma era glaciar que congela as cadeias alimentares. Ou a libertação de quantidades incomportáveis de dióxido de carbono que provoca um efeito de estufa e coze essas mesmas cadeias. Ou uma redução tão drástica de oxigénio na atmosfera que sufoca organismos multicelulares. Tenho ideia que uma delas foi motivada pela criação do supercontinente que provocou uma estagnação das correntes marinhas e acumulação de dióxido de carbono que limpou - adivinhaste - os corais. O equilíbrio necessário para manter a vida na Terra não é só alterado por eventos extremos, mas neste caso, por uma deterioração contínua e cada vez mais agressiva dessas condições que mantêm esse equilíbrio.


E claro, consumimos demasiado.
O mundo desenvolvido sofre atualmente de escassez populacional que alimente o sistema económico que vivemos, e que provocará o descalabro dos sistemas financeiros existentes, por falta de financiamento dos já deficitários sistemas sociais responsáveis pela saúde e pensões, que se agudiza à medida que a média de idades aumenta. E somos culpados de tudo o que está em cima, devido ao nosso consumo individual bem acima da média, em alguns países, três vezes a mais do que aquilo que o planeta consegue sustentar.
O mundo subdesenvolvido, pelo contrário, tem um consumo muito sustentável per capita, mas é culpado de sobrepopulação e terá na saúde e na alimentação os seus grandes desafios, porque o planeta não consegue sustentar a quantidade estúpida de humanos que países como a China, Índia, Bangladesh, Nigéria e por aí fora estão a produzir. E as suas condições sanitárias continuarão a provocar doenças contagiosas que a globalização encarrega de transmitir pelo mundo todo, à medida que o próprio aquecimento global liberta novos vírus e bactérias presos nos glaciares há milhões de anos.


Resumindo, quando traçam um cenário "apocalíptico", é porque se junta 2+2 e observa-se um mundo indesejável, com doenças, miséria, escassez de comida e com maior ocorrência de desastres. O alarmismo deve-se a três factos:
1) Embora 2050 seja a previsão, o ponto de inflexão para não permitir que isso aconteça é 2027;
2) Hoje em dia, a comunicação social é sensacionalista e qualquer comentador sabe tudo sobre tudo, por isso é que acabam todos na política;
3) A única alteração bem sucedida na história humana, no que ao ambiente diz respeito, teve a ver com os gases CFC que prejudicavam a camada de ozono, e que foram banidos pelo Protocolo de Quioto. Isso aconteceu devido à pressão popular cada vez maior, que gerou alterações na utilização desses gases em aerossóis, e que obrigou à utilização de filtros industriais (e quotas) para as emissões. A adaptação ocorreu na base da produção, a consequência para o average Joe foi... Zero. Não teve de se preocupar com nada, não perdeu nada, não sacrificou nada. Atualmente, para que se inverta este caminho, não bastam as empresas alterarem procedimentos. A população em geral terá de mudar os seus hábitos de consumo. Sim, aquelas pessoas que se recusavam a usar uma máscara para não apanharem uma doença contagiosa precisam de alterar os seus hábitos de alimentação e de perceberem que vários artigos que hoje em dia tomam como garantidos irão encarecer devido à alteração da sua composição para materiais recicláveis/renováveis, causando-lhe perda do poder de compra. Boa sorte com isso. 😙
Achas imensa piada mas ainda é possível as pessoas pensarem por sí próprias correto?
Ainda não percebi o paralelismo com o Covid, o covid existe, e senti-o na pele também. É algo palpável. Os estudos que a comunidade cientifica se baseiam são em projeções, estudos que alguns deles são tão extremistas que sinceramente não os compro. E também é conveniente fazerem-se analises tendo com referências 50,100 anos.
Estas a falar com alguém que é ambientalista e defende a redução de emissões de CO2 na atmosfera. E não com um terra planista religioso dos states ou do Brasil.
Se leste os meus posts anteriores não coloquei em causa esses mesmos estudos mas sim a forma como são transmitidos na CS. Bem como certos delírios de mudanças de tipologia climática que são irreais mas transmitidas com reais nos MEDIA e ai digo os tais cientistas vão para as tvs mentir e criar uma percepção da opinião publica apocalítica. Quando afirmam que 30%,40% por cento do território vai virar um deserto, como fosse uma verdade indesmentível .
Pergunto o clima do Sahara migrou para o sul de Portugal? onde estão as quedas de precipitação em 50%? Achas intelectualmente honesto venderem a percepção da opinião publica uma realidade que é irreal?
Não dá para discutir certas temáticas de pensamento único. Boa sorte com o teu sentido de pensamento único e intolerância para quem sai da linha, bela democracia esta a actual .
 

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A ameaça das alterações climáticas é isso mesmo: uma ameaça. Os estudos apontam para uma alteração quase irreversível aos 1,5ºC e não consequências apocalípticas para a atual situação.
O que referem os cientistas é que um aumento da temperatura a partir de 1,5ºC provocará alterações graduais cada vez mais rápidas que não permitirão esse retrocesso. A previsão disso é para 2050, ou seja, a tal previsão catastrófica que referes coloca uma alteração de 0,4ºC para os próximos 30 anos. Em termos matemáticos, é o momento em que a escala deixará de ser logarítmica e passará a ser exponencial já que, a esta velocidade, prevê-se um aumento até os 2ºC antes de 2100. Mas antes de 2100, haverá muito a acontecer:

Falamos de uma aceleração de correntes marinhas (e alteração de correntes devido à redução gradual e instabilidade do vento), aquecimento dos oceanos, que provocaria - aliás, já provoca, aproximadamente 15% - a morte dos corais, que são a base de toda a cadeia alimentar marinha. Cadeia essa que produz mais de 50% de todo o oxigénio da atmosfera.

Falamos da devastação dos "pulmões", não só na Amazónia, mas das grandes massas verdes que têm sido devastadas pelo fogo um pouco por todo o mundo. Estas pequenas alterações têm provocado uma prevalência maior de "desastres naturais". Fenómenos meteorológicos como ciclones, secas, ondas de calor/frio tornam-se mais comuns e atingem áreas que antes não eram atingidas.

Falamos da desertificação dos solos, devido ao uso de químicos, de monoculturas e à escassez de água que tem provocado uma redução na produção de alimentação. Hoje em dia, para obteres o mesmo nível de produção agrícola dos solos, precisas de 50% mais fertilizantes do que há 50 anos.

Falamos do esgotamento de recursos naturais (especialmente água potável) devido à interrupção dos ciclos hidrológicos, e ao contágio dessa mesma água nos lençóis freáticos pelo abuso de químicos e de metais industriais.

Creio que a maioria das pessoas acha que o cenário devastador é uma destruição planetária. Isso não acontecerá. O planeta há de cá ficar mais uns milhares de milhões de anos, até o sol implodir ou outra galáxia chocar com a nossa. O que cada uma destas coisas implica é a redução das condições de habitabilidade do planeta.
Os tais eventos de extinção maciça que referiste aconteceram, mas aquilo que provocou a extinção não foi o evento em si. Erupções explosivas, megachoques (gosto de inventar palavras) tectónicos, meteoritos a colidirem na Terra, etc, não matam 85% da vida por todo o planeta. O que o faz são as nuvens de cinza que cobrem a superfície e impede a absorção do calor solar, que por sua vez causa uma era glaciar que congela as cadeias alimentares. Ou a libertação de quantidades incomportáveis de dióxido de carbono que provoca um efeito de estufa e coze essas mesmas cadeias. Ou uma redução tão drástica de oxigénio na atmosfera que sufoca organismos multicelulares. Tenho ideia que uma delas foi motivada pela criação do supercontinente que provocou uma estagnação das correntes marinhas e acumulação de dióxido de carbono que limpou - adivinhaste - os corais. O equilíbrio necessário para manter a vida na Terra não é só alterado por eventos extremos, mas neste caso, por uma deterioração contínua e cada vez mais agressiva dessas condições que mantêm esse equilíbrio.


E claro, consumimos demasiado.
O mundo desenvolvido sofre atualmente de escassez populacional que alimente o sistema económico que vivemos, e que provocará o descalabro dos sistemas financeiros existentes, por falta de financiamento dos já deficitários sistemas sociais responsáveis pela saúde e pensões, que se agudiza à medida que a média de idades aumenta. E somos culpados de tudo o que está em cima, devido ao nosso consumo individual bem acima da média, em alguns países, três vezes a mais do que aquilo que o planeta consegue sustentar.
O mundo subdesenvolvido, pelo contrário, tem um consumo muito sustentável per capita, mas é culpado de sobrepopulação e terá na saúde e na alimentação os seus grandes desafios, porque o planeta não consegue sustentar a quantidade estúpida de humanos que países como a China, Índia, Bangladesh, Nigéria e por aí fora estão a produzir. E as suas condições sanitárias continuarão a provocar doenças contagiosas que a globalização encarrega de transmitir pelo mundo todo, à medida que o próprio aquecimento global liberta novos vírus e bactérias presos nos glaciares há milhões de anos.


Resumindo, quando traçam um cenário "apocalíptico", é porque se junta 2+2 e observa-se um mundo indesejável, com doenças, miséria, escassez de comida e com maior ocorrência de desastres. O alarmismo deve-se a três factos:
1) Embora 2050 seja a previsão, o ponto de inflexão para não permitir que isso aconteça é 2027;
2) Hoje em dia, a comunicação social é sensacionalista e qualquer comentador sabe tudo sobre tudo, por isso é que acabam todos na política;
3) A única alteração bem sucedida na história humana, no que ao ambiente diz respeito, teve a ver com os gases CFC que prejudicavam a camada de ozono, e que foram banidos pelo Protocolo de Quioto. Isso aconteceu devido à pressão popular cada vez maior, que gerou alterações na utilização desses gases em aerossóis, e que obrigou à utilização de filtros industriais (e quotas) para as emissões. A adaptação ocorreu na base da produção, a consequência para o average Joe foi... Zero. Não teve de se preocupar com nada, não perdeu nada, não sacrificou nada. Atualmente, para que se inverta este caminho, não bastam as empresas alterarem procedimentos. A população em geral terá de mudar os seus hábitos de consumo. Sim, aquelas pessoas que se recusavam a usar uma máscara para não apanharem uma doença contagiosa precisam de alterar os seus hábitos de alimentação e de perceberem que vários artigos que hoje em dia tomam como garantidos irão encarecer devido à alteração da sua composição para materiais recicláveis/renováveis, causando-lhe perda do poder de compra. Boa sorte com isso. 😙
Em nome do risco que descreveste estão dispostos em levar centenas de milhares e milhões de pessoas para a miséria.
E estão se c. ..desde que se baixe umas emissões de CO2.
Lições democracia e humanismo não recebo de quem tem esses quadros de valores. Diria no mínimo eugenistas.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
6,244
7,727
Achas imensa piada mas ainda é possível as pessoas pensarem por sí próprias correto?
Ainda não percebi o paralelismo com o Covid, o covid existe, e senti-o na pele também. É algo palpável. Os estudos que a comunidade cientifica se baseiam são em projeções, estudos que alguns deles são tão extremistas que sinceramente não os compro. E também é conveniente fazerem-se analises tendo com referências 50,100 anos.
Estas a falar com alguém que é ambientalista e defende a redução de emissões de CO2 na atmosfera. E não com um terra planista religioso dos states ou do Brasil.
Se leste os meus posts anteriores não coloquei em causa esses mesmos estudos mas sim a forma como são transmitidos na CS. Bem como certos delírios de mudanças de tipologia climática que são irreais mas transmitidas com reais nos MEDIA e ai digo os tais cientistas vão para as tvs mentir e criar uma percepção da opinião publica apocalítica. Quando afirmam que 30%,40% por cento do território vai virar um deserto, como fosse uma verdade indesmentível .
Pergunto o clima do Sahara migrou para o sul de Portugal? onde estão as quedas de precipitação em 50%? Achas intelectualmente honesto venderem a percepção da opinião publica uma realidade que é irreal?
Não dá para discutir certas temáticas de pensamento único. Boa sorte com o teu sentido de pensamento único e intolerância para quem sai da linha, bela democracia esta a actual .
As questões de tipologia climática pouco me dizem, porque um clima não muda em 10 ou 20 anos. Mas já que falaste do Sahara, o Sahara era uma floresta bem densa que se tornou um deserto em pouco mais de 100 anos. E existem vários níveis intermédios que não interessam, a desertificação do solo é uma realidade bastante comum atualmente por ação humana.

Eu usei o COVID como argumento para a falta de flexibilidade da opinião pública. Apenas e só. Mas discordo de ti nos estudos e projeções. Para além de existirem já alterações visíveis a olho nu, muitas das projeções que criticas partem de pressupostos até conservadores, tendo em conta os dados que são conhecidos. O exemplo que te dei dos corais é bastante óbvio: os corais morrem devido ao aumento da temperatura e alterações químicas dos oceanos. Os organismos que se alimentam deles morrem. Os peixes que se alimentam dos organismos morrem. A matéria viva dessas áreas deixa de existir o que propicia a eliminação de outra vegetação e de outros corais. Play, rewind, repeat. Essas áreas ficam completamente deprivadas de oxigénio, deixa de existir vida mesmo a nível microcelular. Tens áreas do Pacífico atualmente completamente mortas. São áreas de estudo e exemplos do que poderá acontecer a nível global.

O meu "pensamento único" colocou argumentos. Todos eles práticos. Estás à vontade para refutar qualquer um deles. Dizer que de facto existem, mas que afinal a conclusão não é essa não é pensamento lógico.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Em nome do risco que descreveste estão dispostos em levar centenas de milhares e milhões de pessoas para a miséria.
E estão se c. ..desde que se baixe umas emissões de CO2.
Lições democracia e humanismo não recebo de quem tem esses quadros de valores. Diria no mínimo eugenistas.
Define "levar centenas de milhares e milhões de pessoas para a miséria".
 

PortoEternoImortal

Tribuna Presidencial
5 Março 2022
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9,393
As questões de tipologia climática pouco me dizem, porque um clima não muda em 10 ou 20 anos. Mas já que falaste do Sahara, o Sahara era uma floresta bem densa que se tornou um deserto em pouco mais de 100 anos. E existem vários níveis intermédios que não interessam, a desertificação do solo é uma realidade bastante comum atualmente por ação humana.

Eu usei o COVID como argumento para a falta de flexibilidade da opinião pública. Apenas e só. Mas discordo de ti nos estudos e projeções. Para além de existirem já alterações visíveis a olho nu, muitas das projeções que criticas partem de pressupostos até conservadores, tendo em conta os dados que são conhecidos. O exemplo que te dei dos corais é bastante óbvio: os corais morrem devido ao aumento da temperatura e alterações químicas dos oceanos. Os organismos que se alimentam deles morrem. Os peixes que se alimentam dos organismos morrem. A matéria viva dessas áreas deixa de existir o que propicia a eliminação de outra vegetação e de outros corais. Play, rewind, repeat. Essas áreas ficam completamente deprivadas de oxigénio, deixa de existir vida mesmo a nível microcelular. Tens áreas do Pacífico atualmente completamente mortas. São áreas de estudo e exemplos do que poderá acontecer a nível global.

O meu "pensamento único" colocou argumentos. Todos eles práticos. Estás à vontade para refutar qualquer um deles. Dizer que de facto existem, mas que afinal a conclusão não é essa não é pensamento lógico.
Com certeza . Não refuto projecções sabes porquê? Porque são projecções.
Em nome dessas projecções é levar as populações para a idade da pedra. E acabar com centenas de milhares e milhões de postos de trabalho é algo que irei sempre mas sempre questionar.
 

PortoEternoImortal

Tribuna Presidencial
5 Março 2022
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As questões de tipologia climática pouco me dizem, porque um clima não muda em 10 ou 20 anos. Mas já que falaste do Sahara, o Sahara era uma floresta bem densa que se tornou um deserto em pouco mais de 100 anos. E existem vários níveis intermédios que não interessam, a desertificação do solo é uma realidade bastante comum atualmente por ação humana.

Eu usei o COVID como argumento para a falta de flexibilidade da opinião pública. Apenas e só. Mas discordo de ti nos estudos e projeções. Para além de existirem já alterações visíveis a olho nu, muitas das projeções que criticas partem de pressupostos até conservadores, tendo em conta os dados que são conhecidos. O exemplo que te dei dos corais é bastante óbvio: os corais morrem devido ao aumento da temperatura e alterações químicas dos oceanos. Os organismos que se alimentam deles morrem. Os peixes que se alimentam dos organismos morrem. A matéria viva dessas áreas deixa de existir o que propicia a eliminação de outra vegetação e de outros corais. Play, rewind, repeat. Essas áreas ficam completamente deprivadas de oxigénio, deixa de existir vida mesmo a nível microcelular. Tens áreas do Pacífico atualmente completamente mortas. São áreas de estudo e exemplos do que poderá acontecer a nível global.

O meu "pensamento único" colocou argumentos. Todos eles práticos. Estás à vontade para refutar qualquer um deles. Dizer que de facto existem, mas que afinal a conclusão não é essa não é pensamento lógico.
Mas o que disse invalida de alguma forma a toxicidade que se está a provocar no planeta?
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Com certeza . Não refuto projecções sabes porquê? Porque são projecções.
Em nome dessas projecções é levar as populações para a idade da pedra. E acabar com centenas de milhares e milhões de postos de trabalho é algo que irei sempre mas sempre questionar.
Como já referi atrás, as projeções, por norma, conservadoras. De tal forma que as projeções feitas pela ONU em 1992 previam 1,0ºC depois de 2030, e já tínhamos ultrapassado isso em 2020.

O aconteceu recentemente no Porto com a Galp com um encerramento de uma refinaria totalmente essencial. O que aconteceu em Abrantes com a central de carvão. Dois exemplos.
A refinaria fechou, mas vai dar lugar a um centro de inovação, certo? Ou deveríamos ter mantido as lojas de VHS em nome dos locais de trabalho, quando a procura já não justificava?
Aliás, as empresas que estão a liderar a revolução energética são precisamente as petrolíferas. Isso já daria outro debate sobre monopólios, influências privadas na política, etc, mas a verdade é essa. A BP adquiriu há pouco tempo o maior projeto de produção de energia solar em Portugal.

Se em 2060, a população atingir os 10 mil milhões de pessoas e a produção de comida declinar como está previsto, o que fazes com os 4 mil milhões de pessoas que não terão comida? Se não existir água potável suficiente para todos, o que fazes com aqueles que morrem à sede? Achas que os países, especialmente os mais desenvolvidos e com maiores comodidades, que por norma não estão adstritos a regimes autocráticos vão-se abaixo silenciosamente? Consegues imaginar as repercussões sociais e os conflitos armados que existirão por escassez de recursos?

Desculpa, mas a ideia de que devemos continuar assim e que a próxima geração que se resolva é que é completamente desprovida de humanismo.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Mas o que disse invalida de alguma forma a toxicidade que se está a provocar no planeta?
A meu ver, se tivéssemos uma população realmente educada, teríamos aprendido há muito a ouvir os especialistas nas áreas, e não precisávamos de chegar a pontos de não retorno. Essa mesma toxicidade que referes acaba por resultar da própria ação-reação de quem tenta passar uma ideia contra quem recusa receber essa ideia, por mais bem estruturada que esteja. Tal como recusas aceitar projeções que se têm revelado mais que corretas há 30 anos.

De resto, as minhas únicas redes sociais são profissionais, e a minha TV só liga em canais generalistas logo pela manhã para ouvir notícias. Não oiço esses comentadeiros, não apanho essas polémicas, não assisto a esses programas, que independentemente do tema (ambiente, política, guerra, desporto), são uma bandalheira por natureza.
 

PortoEternoImortal

Tribuna Presidencial
5 Março 2022
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Como já referi atrás, as projeções, por norma, conservadoras. De tal forma que as projeções feitas pela ONU em 1992 previam 1,0ºC depois de 2030, e já tínhamos ultrapassado isso em 2020.



A refinaria fechou, mas vai dar lugar a um centro de inovação, certo? Ou deveríamos ter mantido as lojas de VHS em nome dos locais de trabalho, quando a procura já não justificava?
Aliás, as empresas que estão a liderar a revolução energética são precisamente as petrolíferas. Isso já daria outro debate sobre monopólios, influências privadas na política, etc, mas a verdade é essa. A BP adquiriu há pouco tempo o maior projeto de produção de energia solar em Portugal.

Se em 2060, a população atingir os 10 mil milhões de pessoas e a produção de comida declinar como está previsto, o que fazes com os 4 mil milhões de pessoas que não terão comida? Se não existir água potável suficiente para todos, o que fazes com aqueles que morrem à sede? Achas que os países, especialmente os mais desenvolvidos e com maiores comodidades, que por norma não estão adstritos a regimes autocráticos vão-se abaixo silenciosamente? Consegues imaginar as repercussões sociais e os conflitos armados que existirão por escassez de recursos?

Desculpa, mas a ideia de que devemos continuar assim e que a próxima geração que se resolva é que é completamente desprovida de humanismo.

Então o problema é um problema de recursos e sustentabilidade e não climática? Porque simplesmente o clima não mudará e se mudar não resolverá nenhum problema estrutural que referes. Aliás a receita radical que se dá ainda irá agudizar ainda mais esses problemas de escassez de recursos .