Fazer de guerrilheiro sozinho e desapoiado sabendo que a morte seria o mais provável só o faria por Portugal mesmo. Mas não, a questão não é essa.
O que nos está a ser pedido pela Ucrânia nem sequer é a colocação de homens do nosso lado. É dar apoio logístico, económico e de material militar. E se acreditas que faze-lo é estar por fora a alimentar a morte alheia embora eu entenda o raciocínio eu tenho um ângulo de visão diferente.
Dar um sistema anti-aereo à Ucrânia pode até matar vidas russas... mas pode salvar também vidas ucrânianas dado que podem interceptar um missil russo. E este raciocínio estende-se para outro tipo de apoios. Além do mais no início da guerra havia uma enorme relutância em dar certo tipo de armas mais ofensivas do que defensivas à Ucrânia. Mesmo não estando a 100% com estas cautelas numa situação tão dramática saúdo a ética de ao menos se reflectir nestas coisas.
Eu não quero mandar ninguém para a morte. Nem portugueses, nem de outra nacionalidade qualquer. Mas desculpa sirmister, novamente, não fomos nós que levamos a morte e destruição para a Ucrânia. Foi a Russia.
O ponto é que é facil dizer que eles não devem negociar, e devem lutar até ganhar a guerra, quando não se tem que ir para lá.