Actualidade Internacional

Moradona

Bancada lateral
18 Maio 2025
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Falta a segunda parte do comentário. Então é porquê e porquê agora, uma vez que ainda nem há 3 meses os USA diziam que não havia plano nuclear nenhum do Irão?
Porque é que achas que o lobby pro-Israel despejou mais de 200 milhões de dólares na campanha de Trump?

O Trump ainda agora afirmou que não queria saber de nada do que Tulsi Gabbard disse, inclusive perante o congresso e em juramento. A mensagem é clara, Trump vai fazer o que Israel quiser.

O Partido Democrata também é alinhado com Israel, mas não ao ponto de iniciar uma guerra com o Irão. O que se está a passar atualmente é o culminar da agenda de Netanyahu, está em livros, discursos, documentos desde 1995, é a guerra que falta a Israel. Achas que a decisão de abandonar o acordo nuclear com o Irão partiu do Trump no anterior mandato? Foi o primeiro passo para esta guerra. Provavelmente até devem ter merdas relacionadas com o Epstein em que o Trump deve estar metido até ao pescoço.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Uma coisa eu gostava de perceber, sociologicamente falando é claro.
O que foi, ou o que levou a esta mudança tão grande, diria mesmo uma troca de flanco, em termos de opinião pública generalizada, de um possível exagerado pró ocidentalismo, visão conjuntada com os USa, para um também exagerado anti-ocidentalismo e uma visão quase dos "terroristas de ontem" serem os "bons de hoje".
Penso que essa resposta pode ser dada em duas palavras: Trump e Gaza.
 

Moradona

Bancada lateral
18 Maio 2025
542
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Há muitos Iranianos que também querem uma mudança de regime, mas não para um fantoche americano e israelita herdeiro do ditador corrupto Reza Pahlavi e muito menos através da intervenção de Israel e EUA. Além de que uma guerra, destrói infraestruturas, história e arrasa por completo a vida da esmagadora maioria da população.
 

Moradona

Bancada lateral
18 Maio 2025
542
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Uma coisa eu gostava de perceber, sociologicamente falando é claro.
O que foi, ou o que levou a esta mudança tão grande, diria mesmo uma troca de flanco, em termos de opinião pública generalizada, de um possível exagerado pró ocidentalismo, visão conjuntada com os USa, para um também exagerado anti-ocidentalismo e uma visão quase dos "terroristas de ontem" serem os "bons de hoje".
Sendo que eu sempre procurei ter uma compreensão mais cinzenta dos assuntos, que são dificeis e complexos, e não tem herois nem bons. Tem interesses.

Claro que pode sempre ser só uma ideia que vou retirando e haja um efeito de câmara de eco ou de várias câmaras de eco.
Talvez quiçá seja ou tenha sido isso e existam "comunidades" que são mais vocais que outras em local "X", e noutros locais eu encontrar mais quem seja o oposto e pensar "mas não há ninguém que diga também o oposto"?
Qual mudança? Não vejo mudança nenhuma. O ocidente continua a ter uma visão etnocêntrica do mundo. Não vai mudar.

Em relação aos terroristas de ontem serem os bons de hoje é preciso perguntar aos líderes dos países do ocidente, foram eles que classificaram Al-Qaeda, o ISIS e outras organizações como terroristas, foram eles que que lhes forneceram armas, os colocaram no poder na Síria e lhes retiraram estatuto de terroristas.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Porque é que achas que o lobby pro-Israel despejou mais de 200 milhões de dólares na campanha de Trump?

O Trump ainda agora afirmou que não queria saber de nada do que Tulsi Gabbard disse, inclusive perante o congresso e em juramento. A mensagem é clara, Trump vai fazer o que Israel quiser.

O Partido Democrata também é alinhado com Israel, mas não ao ponto de iniciar uma guerra com o Irão. O que se está a passar atualmente é o culminar da agenda de Netanyahu, está em livros, discursos, documentos desde 1995, é a guerra que falta a Israel. Achas que a decisão de abandonar o acordo nuclear com o Irão partiu do Trump no anterior mandato? Foi o primeiro passo para esta guerra. Provavelmente até devem ter merdas relacionadas com o Epstein em que o Trump deve estar metido até ao pescoço.
Partindo do principio que o programa nuclear do Irão não é ameaça para ninguém há anos, não estou a ver um motivo para o timing do ataque que não seja um destes (ou vários):
Gaza
Popularidade em baixa
As ameaças da extrema direita israelita em deixar de apoiar o governo
Economia estagnada
Epstein e outros escândalos


Sobre o PD iniciar uma guerra com o Irão, é engraçado um vídeo do Trump quando era, julgo, comentador da FOX news no inicio da década de 10, a dizer que tinha a certeza que o governo americano ia iniciar uma guerra com o Irão.
Aliás, os últimos tempos têm sido óptimos a desmistificar a ideia de Trump peacemaker.
 

tocoolant

Bancada lateral
7 Abril 2016
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Uma coisa eu gostava de perceber, sociologicamente falando é claro.
O que foi, ou o que levou a esta mudança tão grande, diria mesmo uma troca de flanco, em termos de opinião pública generalizada, de um possível exagerado pró ocidentalismo, visão conjuntada com os USa, para um também exagerado anti-ocidentalismo e uma visão quase dos "terroristas de ontem" serem os "bons de hoje".
Sendo que eu sempre procurei ter uma compreensão mais cinzenta dos assuntos, que são dificeis e complexos, e não tem herois nem bons. Tem interesses.

Claro que pode sempre ser só uma ideia que vou retirando e haja um efeito de câmara de eco ou de várias câmaras de eco.
Talvez quiçá seja ou tenha sido isso e existam "comunidades" que são mais vocais que outras em local "X", e noutros locais eu encontrar mais quem seja o oposto e pensar "mas não há ninguém que diga também o oposto"?
Vários temas diferentes.

Ser "pró Palestina" não é uma coisa nova na esquerda. Simplesmente quem já era contra as políticas de Israel tem estado mais activo ultimamente por motivos óbvios. Da parte da direita ser "pró Israel" continua a ser a norma mas talvez não haja tanta gente a defendê-los de forma tão acirrada porque podem-se sentir desconfortáveis com alguns exageros do Netanyahu e outros porque sentem que o atoleiro que foi a guerra do Iraque convida a que haja alguma cautela e a evitar uma tomada de posição desbragada. A soma destas duas coisas dá, no meu entender, uma percepção de que a opinião publica está a inflectir para um determinado lado. Podes somar a isto mais coisas (opiniões extremas como o jihadismo ou o anti-semitismo têm terreno mais fertil num ambiente online de procura do escândalo, etc) mas de grosso modo são as duas razões que expliquei acima que compõem o grosso do "shift" que estás a assistir.

Quanto ao "pró-ocidentalismo" ou "anti-ocidentalismo" eu tenho uma opinião diferente. Não é uma coisa de esquerda ou de direita e é trazida à baila em contextos completamente diferentes. Já vi defensores do Bukele (direita) e do Xi Jinping (esquerda) a dizer que os estamos a criticar porque temos uma visão "formatada" e "arrogante" do ocidente. Para mim é quase como um desejo profundo de quem foi chamado de "3º mundo" de ver os "civilizados" a entrar em "declínio". É incrivelmente comum veres comentários que justamente ou despropósito infletem para este tipo de enquadramento. Principalmente em temas sensíveis e principalmente no maravilhoso mundo das redes sociais entre a maralha mais nova que quer conflito e momentos gotcha.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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Sim, tem um plano. É o plano de Netanyahu, até porque tem andado em reuniões o governo de Israel.

O pai dele foi um famoso democrata, não governou o Irão com punho de ferro nem nada, não perseguia, prendia e torturava dissidentes políticos nem nada, as classes mais baixas viviam maravilhosamente bem e tinham imensa escolaridade.

"Herdeiro legítimo da monarquia Iraniana"
:ROFLMAO:
Isso dá pano para mangas.
Se houvesse uma monarquia seria o herdeiro, sim, mas a mesma foi derrubada em 1979.
A distania dele Pahlavi também se instituiu após derrubar outra, a dinastia Qajar (governou 136 anos), por sua vez a dinastia Pahlavi governou como monarquia constitucional, primeiro com Reza Xá e depois com Reza Pahlavi em parte, tendo o mesmo a partir de 1953 governado de forma mais absolutista como dizes.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Qual mudança? Não vejo mudança nenhuma. O ocidente continua a ter uma visão etnocêntrica do mundo. Não vai mudar.

Em relação aos terroristas de ontem serem os bons de hoje é preciso perguntar aos líderes dos países do ocidente, foram eles que classificaram Al-Qaeda, o ISIS e outras organizações como terroristas, foram eles que que lhes forneceram armas, os colocaram no poder na Síria e lhes retiraram estatuto de terroristas.
Isso resume o que eu disse antes, interesses. E muitas vezes as pessoas acabam por formar opiniões à clube, sem perceber que o que move mais o xadrez são interesses. E os mesmos não se mantém estáticos.
Em breve ou um dia voltarão a ser terroristas, porque agitadores são úteis para derrubar X mas depois a natureza deles, ainda mais com o poder vem ao de cima, e aí outros agitadores tomarão o lugar para serem eles os derrubados.
 

Mike_Walsh

Tribuna
4 Janeiro 2024
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O Bibi pode dizer isso porque assim também é mais garantida a fúria e ódio...mesmo de quem não pode ver o regime à frente, mas também não pode ver Israel ainda mais.
Eu já percebi que ele funciona assim.
De um lado, temos o Irão, um dos regimes mais abjectos do mundo. Uma ditadura teocrática, que não respeita os direitos humanos básicos, incluindo os das mulheres e das minorias LGBT.
Do outro lado, temos Israel, uma democracia internamente, mas um regime imperialista igualmente abjecto, opressor, ocupante há décadas de um território que não é seu, fase inicial complementada com o actual genocídio em Gaza, que ataca tudo o que mexe na região.
Comparando com a II Guerra Mundial, por pior que fosse o regime soviético, e era muito mau, do outro lado estava o regime nazi.
 
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J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Trump acho fácil.

Gaza...
Gaza já foi arrasada algumas vezes.

A barbárie supera em muito as terraplanagens passadas. Dezenas de milhares de mortos, fome deliberadamente imposta, auxílio humanitário negado, infraestruturas arrasadas... os crimes de guerra e contra a humanidade são tantos, e cometidos tão abertamente, que não há atenuante que valha. A condenação não se resume às entidades civis, Amnistia, Human Rights Watch, Médicos Sem Fronteiras, Jornalistas Sem Fronteiras... há mandados de captura a Netanyahu e Gallant emitidos pelo Tribunal Penal Internacional e o Tribunal Internacional de Justiça admite a possibilidade da ocorrência de genocídio. A fragilidade moral do Ocidente, cuja força assentaria também na sua riqueza cultural, civilizacional, legal... , é hoje demasiado evidente. As pessoas, apesar de tudo, têm olhos e ouvidos. As imagens da desumanidade são ininterruptas, os próprios dirigentes de Israel falam e defendem abertamente as suas atrocidades. A reacção e a acção europeia tem sido miserável, para não falar das cumplicidades na matança de vários países. Não vivemos tempos de zonas cinzentas, mas sim de condenação firme e distanciamento do regime israelita. Afinal, que mais será necessário? 100 mil mortos? 200 mil?... a ocupação permanente do território e expulsão dos palestinianos? Não se pode rasgar as vestes pelos desvarios russos e olhar para o lado aquando das monstruosidade dos aliados. Será natural que grande parte das populações não se reveja na tibieza dos seus governantes. Isto quanto a Gaza. Que talvez nem tenha tanto peso quanto isso.

Quanto a Trump e aos Estados Unidos... que mais acrescentar quando os próprios ameaçam tomar a Gronelândia? Sorte terão se não caminharem sonambulamente para o fascismo. Para um estado autoritário, se já lá não caíram. Nós também. Que simpatia merece este Ocidente?

Talvez a situação fosse melhor caso não houvesse tanta gente insatisfeita com as suas vidas. As nossas sociedades não souberam produzir nem presentes mais risonhos nem futuros de esperança. E é mais fácil destruir que construir.
 

Portoallez2

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4 Setembro 2016
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Há massacres todos os dias a acontecer em várias partes do mundo. A larga maioria em nome de Alá, que tu tanto estimas.

Mas eu sei porque só te interessas por este ...
Não vês que é tudo fantasia...aliás o regime Iraniano até nem é conhecido pelo forte patrocínio e fornecimento de apoio financeiro, material e logístico para grupos terroristas..é tudo fruto da imaginação...
 
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Ruben1893

Neste clube,é impossível pensar que não é possível
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  • Alfredo Quintana
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • André Villas-Boas
por acaso uma mudança de regime no Irão era porreira.
para um governo secular.

mas Israel estar publicamente a apoiar essa ideia só mete a população do Irão mais a favor do seu governo e líder, não?...
A ideia é essa

Assim têm justificação para continuar com o clima de guerra constante
 

MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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  • Alfredo Quintana
De um lado, temos o Irão, um dos regimes mais abjectos do mundo. Uma ditadura teocrática, que não respeita os direitos humanos básicos, incluindo os das mulheres e das minorias LGBT.
Do outro lado, temos Israel, uma democracia internamente, mas um regime imperialista igualmente abjecto, opressor, ocupante há décadas de um território que não é seu, fase inicial complementada com o actual genocídio em Gaza, que ataca tudo o que mexe na região.
Comparando com a II Guerra Mundial, por pior que fosse o regime soviético, e era muito mau, do outro lado estava o regime nazi.
O azar do hitler é que no tempo dele não existiam redes sociais.. tivesse existido e hoje falávamos todos alemão..
A ignorância conduz as pessoas para o lado mais negro da sua essência. E estamos novamente a caminhar para a instalação de regimes autocráticos por todo o lado. E o povo todo contente a pensar que esta gente quer saber deles..
 

maliano

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27 Fevereiro 2022
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De um lado, temos o Irão, um dos regimes mais abjectos do mundo. Uma ditadura teocrática, que não respeita os direitos humanos básicos, incluindo os das mulheres e das minorias LGBT.
Do outro lado, temos Israel, uma democracia internamente, mas um regime imperialista igualmente abjecto, opressor, ocupante há décadas de um território que não é seu, fase inicial complementada com o actual genocídio em Gaza, que ataca tudo o que mexe na região.
Comparando com a II Guerra Mundial, por pior que fosse o regime soviético, e era muito mau, do outro lado estava o regime nazi.