Acho que estás a ser demasiado dogmático e inflexível sobre este assunto. Dizer que o sexo da criança pode não coincidir com a forma como o criança se vê e debater esse assunto de forma descomplexada é terrorismo psicológico (porquê?) mas insultos faz parte do crescimento, é o teu ponto de vista. Lá porque não te fez diferença, não quer dizer que não faça diferença a outras pessoas, especialmente às mais inseguras e vulneráveis.Volto a repetir o que para mim é importante: Uma coisa é ensinar as crianças a respeitar quem é diferente, outrra coisa é transmitir-lhes a ideia de que o género e até o sexo delas são uma cena opcional, que podem decidir ou "corrigir" mais tarde. Isto para mim é terrorismo psicológico. Porque a última coisa que uma criança ou adolescente precisa é que lhe criem dúvidas sobre a sua identidade (ou mais dúvidas do que as que ela já tem). E não digo que isso se faça em Portugal, mas em sítios como UK ou EUA sim.
É normal as crianças e adolescentes insultarem-se e usarem qualquer mínima diferenças para fazerem dela um insulto. Se já tiveste 12 anos deves-te lembrar. Faz parte da estupidez juvenil e acho que não vale a pena fazer grandes dramas com isso. Eu fui insultado e judiado, outra vezes fui eu a insultar e a judiar, e olha sobrevivi e não fiquei traumatizado. O confronto ensina-nos coisas, ajuda-nos a crescer e torna-nos mais fortes.. O que não nos ensina nada é fecharem-nos numa bolha de "alta segurança" (ou seja, em casa a olhar para o telemóvel)
O que é certo é que a taxa de suicídio de uma pessoa trans (especialmente numa idade mais precoce) é muito maior do que numa pessoa dita "normal" ou binária, vá.