Actualidade Nacional

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Os únicos empregos para humanos que estão absolutamente seguros são os que exijam motricidade fina (de mãos e de pernas) ou flexibilidade física e mental. Ou seja trabalhos como de trolha, electricista, picheleiro, prostituta ou futebolista.
Achas que não é possível um máquina ter motricidade fina? Acredita que podem atingir níveis de coordenação e precisão muito maiores que os nossos. Todos esses trabalhos podem perfeitamente ser feitos por máquinas.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Achas que não é possível um máquina ter motricidade fina? Acredita que podem atingir níveis de coordenação e precisão muito maiores que os nossos. Todos esses trabalhos podem perfeitamente ser feitos por máquinas.
Podem ter motricidade fina, mas não flexibilidade e variabilidade de movimentos. As pessoas esquecem-se de que a máquina humana física e cerebralmente, é um milhão de vezes mais complexa do que qualquer robô ou IA. É possível programar uma máquina para fazer dois ou três movimentos, e ela vai executá-los mais depressa e melhor do que um humano. Mas uma actividade como a de picheleiro ou de futebolista exige dezenas ou centenas de movimentos diferentes. Construir uma máquina capaz disso ficaria tão caro que... mais vale pagar a um humano para o fazer.
Nenhuma máquina seria capaz de reproduzir aquilo que muscularmente e cerebralmente o Zaidu (já nem falo do CR7 ou do Messi) faz num campo de futebol. Punhas uma equipa de robôs a jogar contra a pior selecção feminina do mundo, e o resultado seria uma goleada humilhante para as máquinas. Por muito que os humanos gostem de brincar aos deuses, têm zero hipóteses de algum dia construirem algo tão complexo e multifacetado como um ser humano. A singularidade é mais uma daquelas ilusões estúpidas típicas do seres humanos.
 
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Costinha

Bancada central
29 Agosto 2016
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Não, não existe só em ditaduras e no zoo.
Um bocado racista esse argumento...

O zoo está no ocidente. Vai a qualquer grande cidade europeia, vai às estações centrais e vez o degredo da condição humana.

A ideia de que podemos trazer centenas de milhares (milhões por esta altura) de gente que nos vê a nós e à nossa cultura como inferior e fraca - é que ensina isso aos seus filhos (mais jihadistas juntaram-se à Ísis vindos do UK do que do médio oriente), aliás é um fenômeno comprovado que descendentes de imigrantes muçulmanos são mais ortodoxos/extremos do que as pessoas do país de origem - o que achas que vai acontecer quando começarem a votar em partidos islâmicos?

Não é preciso uma revolução armada para destruir a nossa sociedade, bastam números.

Mas tudo bem, há malta que prefere ficar bem na fotografia do que defender o que é certo.
 

Czarli9

Tribuna Presidencial
23 Julho 2017
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Que tal um mundo com menos pessoas com acesso a bens? E no fim um mundo com menos pessoas? Isto seria um extremo, mas que pode acontecer se as pessoas não acordarem.

Mas voltando a um futuro mais próximo e ao que estás a dizer. Por isso mesmo é que acho que como sociedade estamos a ir no sentido oposto do que devíamos (economias de direita em vez de esquerda). A segurança social do futuro vai ter que suportar muito mais do que suporta hoje. Varias ordens de grandeza mais. E isso só vai poder acontecer se os poucos que vão ter cada vez mais riqueza descontarem muito mais do que descontam hoje (impostos muito mais altos). Imagina que tens uma economia que só precisa de uns 10% da população (até pode ser menos), como manténs os outros? Mais tarde ou mais cedo isto vai acontecer, que ninguém tenha dúvidas disto.
A classe baixa, a média ou até uma parte da alta ainda não lhes caiu a ficha, mas os Peter Thiels estão todos mais do que conscientes disto, e já estão várias jogadas à frente de todos os outros.
Estás a entrar num mundo distópico. Não digo que não possa acontecer, nem em que termos se poderia realizar, mas ainda não me parece essa a direcção.

Antes de Admirável Mundo Novo, ou de 1984, vamos nós a caminho de um Tacão de Ferro. Curiosamente, muito pouco conhecido, mas a fonte de inspiração de Orwell para escrever o acima referido.
 
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Vlk

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3 Junho 2014
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Lisboa
Podem ter motricidade fina, mas não flexibilidade e variabilidade de movimentos. As pessoas esquecem-se de que a máquina humana física e cerebralmente, é um milhão de vezes mais complexa do que qualquer robô ou IA. É possível programar uma máquina para fazer dois ou três movimentos, e ela vai executá-los mais depressa e melhor do que um humano. Mas uma actividade como a de picheleiro ou de futebolista exige dezenas ou centenas de movimentos diferentes. Construir uma máquina capaz disso ficaria tão caro que... mais vale pagar a um humano para o fazer.
Nenhuma máquina seria capaz de reproduzir aquilo que muscularmente e cerebralmente o Zaidu (já nem falo do CR7 ou do Messi) faz num campo de futebol. Punhas uma equipa de robôs a jogar contra a pior selecção feminina do mundo, e o resultado seria uma goleada humilhante para as máquinas. Por muito que os humanos gostem de brincar aos deuses, têm zero hipóteses de algum dia construirem algo tão complexo e multifacetado como um ser humano. A singularidade é mais uma daquelas ilusões estúpidas típicas do seres humanos.
Estás completamente enganado em relação a isso. Não será tão imediato como as atividades intelctuais mas não há nada que nos diga que tecnicamente não é possível. Tens que pensar que pode ser complexo para já, mas a IA junto com a computação quantica vai tornar aquilo que demoraria séculos a descobrir ou inventar em segundos....
 
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deco macau

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29 Outubro 2014
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Realmente essa tradição bem portuguesa da matança do porco com aquela chiadeira toda é um tratamento muito civilizado


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Manageiro de futból

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Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Um bocado racista esse argumento...

O zoo está no ocidente. Vai a qualquer grande cidade europeia, vai às estações centrais e vez o degredo da condição humana.

A ideia de que podemos trazer centenas de milhares (milhões por esta altura) de gente que nos vê a nós e à nossa cultura como inferior e fraca - é que ensina isso aos seus filhos (mais jihadistas juntaram-se à Ísis vindos do UK do que do médio oriente), aliás é um fenômeno comprovado que descendentes de imigrantes muçulmanos são mais ortodoxos/extremos do que as pessoas do país de origem - o que achas que vai acontecer quando começarem a votar em partidos islâmicos?

Não é preciso uma revolução armada para destruir a nossa sociedade, bastam números.

Mas tudo bem, há malta que prefere ficar bem na fotografia do que defender o que é certo.
Na maioria dos países democráticos, a legislação não permite que partidos imponham valores religiosos — o Estado e a religião estão (ou deviam estar) em campos separados, e isso é um dos pilares básicos de qualquer democracia moderna.

Posto isto, é bem mais provável que os valores ocidentais — como o Estado social, os direitos humanos e até os princípios da velha democracia cristã — sejam postos em causa por governos de extrema-direita do que por movimentos islâmicos ortodoxos, que em democracias consolidadas quase não têm expressão.

Mesmo cá em Portugal, o discurso é parecido — e não estou a falar do Ventura, cuja consistência ideológica é frágil, mas sim à extrema-direita “bacteriologicamente pura” . Falam de uma “substituição populacional” promovida pelas elites e pelos muçulmanos, quando na realidade quantos radicais islâmicos temos identificados em Portugal? Vinte? Talvez nem isso.

Entretanto, enquanto se agita o papão do “muçulmano que odeia a nossa cultura e que vai violar as nossas mulheres”, os crimes de ódio e o terrorismo neonazi vão crescendo na Europa. E enquanto se aponta o dedo aos mais pobres, e ao degredo da condição humana nas estações centrais, o tal 1% que apoia e financia boa parte destes discursos vai ficando cada vez mais rico.

Não estou a dizer que o fundamentalismo islâmico não é um problema — é, claro, em certos contextos. Mas convém perceber a escala das coisas. Este tipo de alarmismo serve para justificar medidas autoritárias e antidemocráticas e alimentar o regresso do discurso violento, racista e xenófobo de movimentos inspirados nas ditaduras europeias do século passado.
 
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Costinha

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29 Agosto 2016
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Na maioria dos países democráticos, a legislação não permite que partidos imponham valores religiosos — o Estado e a religião estão (ou deviam estar) em campos separados, e isso é um dos pilares básicos de qualquer democracia moderna.

Posto isto, é bem mais provável que os valores ocidentais — como o Estado social, os direitos humanos e até os princípios da velha democracia cristã — sejam postos em causa por governos de extrema-direita do que por movimentos islâmicos ortodoxos, que em democracias consolidadas quase não têm expressão.

Mesmo cá em Portugal, o discurso é parecido — e não estou a falar do Ventura, cuja consistência ideológica é frágil, mas sim à extrema-direita “bacteriologicamente pura” . Falam de uma “substituição populacional” promovida pelas elites e pelos muçulmanos, quando na realidade quantos radicais islâmicos temos identificados em Portugal? Vinte? Talvez nem isso.

Entretanto, enquanto se agita o papão do “muçulmano que odeia a nossa cultura e que vai violar as nossas mulheres”, os crimes de ódio e o terrorismo neonazi vão crescendo na Europa. E enquanto se aponta o dedo aos mais pobres, e ao degredo da condição humana nas estações centrais, o tal 1% que apoia e financia boa parte destes discursos vai ficando cada vez mais rico.

Não estou a dizer que o fundamentalismo islâmico não é um problema — é, claro, em certos contextos. Mas convém perceber a escala das coisas. Este tipo de alarmismo serve apenas para justificar medidas autoritárias e antidemocráticas e que serve como base para o regresso do discurso violento, racista e xenófobo de movimentos inspirados nas ditaduras europeias do século passado
E tens razão! Só desacordo com o menosprezar do islamismo - quantos ataques terroristas houveram nos últimos 25 anos? Quantos foram levados a cabo por islamistas?

Fora a mudança demográfica que está de facto a acontecer nas grandes cidades - existem enclaves etno-religiosos por todo lado e isto só vai piorar enquanto se continuar a importar mais gente destas culturas.

Líderes de países como Qatar, UAE e Arábia saudita dizem que o ocidente está a brincar com o fogo - que a maior fonte de extremistas vem agora da Europa.

Tudo bem precisarmos de emigrantes mas deve ser controlado, à medida das necessidades do estado e não à mercê dos interesses económicos.

E há que acabar com a brincadeira da nacionalidade - só de sangue. Não podemos deixar estes blocos de estrangeiros, cada vez mais numerosos, votar na nossa democracia.

O melhor exemplo são os MPs no UK que querem votar uma moção para construir um aeroporto... Na zona de onde a maioria deles vem no Paquistão.

Loucura
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Mas não era esta aposta de turismo em massa e imigrantes em massa para o alimentar que Portugal precisa para aumentar as remunerações e melhorar os serviços?

Os números dizem que Portugal tem um dos maiores números de famílias com casa própria na UE, isso aconteceu pelas particularidades que Portugal tinha, foram criadas outras condições para passarmos para outro tipo de país, não se pode querer sol na eira e chuva no nabal, alias pode querer mas não vai acontecer.

Isso que tu dizes de Lisboa é que eu não percebo, se vêm imigrantes para lá viver e ganham o ordenado mínimo, qual é mesmo o problema da habitação em Lisboa? por exemplo será que alguem vai para Berlim e Amesterdão viver a ganhar 800 euros por mês? E é preciso tambem dizer que viver em Lisboa não é um direito.. As casas em Lisboa são caras mas são vendidas é porque há dinheiro para isso, não há nenhum problema com o preço.

Ha muitas casas em ruinas que tem uma reabilitação que custa tanto como construir uma casa nova e depois é uma questão de contas.. sei lá gastar 150K para reabitar fazes um credito para isso, para tirares uma rentabilidade de 4% líquidos tens que meter uma renda a rondar os 900-1000 euros, mas para isso não podes ter lá alguém que ao fim de 3 meses te deixa de pagar para depois andares 5 anos para o despejar..

A maior parte das pessoas não quer ser senhorio não as podes obrigar.. e isso nunca foi um problema em Portugal, quem criou esse problema que arranje forma do resolver porque isso de empurrar para os outros resolverem não vai funcionar. Andam a falar desse "problema" e todos os semestre sobem os preços e arrendamentos.
Misturaste tantos conceitos e discussões diferentes que já tivemos aqui. Nem sei por onde começar, portanto vou por 3 ideias-base:
1. Já falámos sobre as necessidades laborais que a imigração resolve. A menos que defendas acabar com a agricultura, construção civil e os serviços não qualificados, vais sempre ter remunerações abaixo da média e próximas do salário mínimo. Não vou bater novamente na tecla que é necessário aumentar as remunerações globais no país, deixei uma proposta de como o fazer no post que citaste.
2. Atrasos nas rendas existem, mas estão longe de ser uma maioria. No entanto, os contratos de arrendamento em Portugal precisam de uma revisão. Existem formas de agilização e de estabilização dos mesmos, como os sistemas de pontos e regimes de mediação obrigatória, mas também ajudava que os contratos não fossem anuais e renováveis. Isso existe por duas razões: não há vontade de investimento nos próprios imóveis, nem existe facilidade de despejo em casos de incumprimento ou outros de justa causa (que não existem de qualquer forma em contratos de curto prazo, porque a legislação não permite despejar menores, idosos, pessoas com deficiência, famílias de baixos rendimentos, etc).
3.Ninguém propôs obrigações. Desvias a atenção do principal problema que é existir património desaproveitado que é uma escolha pessoal com consequências financeiras, como seguro, limpeza ou IMI, e possíveis agravamentos do mesmo que estão a ser implementados por municípios. É uma escolha desvantajosa. Existem três opções: como segunda habitação (válida), vender (válida) ou desabitada só porque sim e a incorrer em prejuízo. Qual o objetivo da última?

PS: o IHRU lançou hoje um estudo sobre o tema.

O centro do Porto estava a cair aos bocados antes do boom do turismo, da Ryanair e do AL. Andavas pela Ribeira à noite e não vias uma única pessoa.
Se eu mandasse, ainda dava rédeas livres ao AL mais algum tempo. Há muita coisa para reconstruir ainda, sobretudo na zona oriental.
Quando estivesse tudo reconstruído, seria o momento de apertar o garrote e acabar com os exageros. Missão cumprida, uma cidade deve ser para os seus moradores.
Dás-me razão. O AL não é negativo para as cidades. Não concordo, no entanto, com rédea livre. A partir do momento em que tens freguesias em Lisboa com +50% de habitações afetas a AL, transformas freguesias em hotéis de via pública. Devem existir limites, algures entre os 5% e os 10%, na minha opinião. Até para preservar as caraterísticas das próprias zonas que são o que atraem os turistas ao AL de qualquer forma.
 
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sirmister

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21 Março 2008
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  • Março/22
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Misturaste tantos conceitos e discussões diferentes que já tivemos aqui. Nem sei por onde começar, portanto vou por 3 ideias-base:
1. Já falámos sobre as necessidades laborais que a imigração resolve. A menos que defendas acabar com a agricultura, construção civil e os serviços não qualificados, vais sempre ter remunerações abaixo da média e próximas do salário mínimo. Não vou bater novamente na tecla que é necessário aumentar as remunerações globais no país, deixei uma proposta de como o fazer no post que citaste.
2. Atrasos nas rendas existem, mas estão longe de ser uma maioria. No entanto, os contratos de arrendamento em Portugal precisam de uma revisão. Existem formas de agilização e de estabilização dos mesmos, como os sistemas de pontos e regimes de mediação obrigatória, mas também ajudava que os contratos não fossem anuais e renováveis. Isso existe por duas razões: não há vontade de investimento nos próprios imóveis, nem existe facilidade de despejo em casos de incumprimento ou outros de justa causa (que não existem de qualquer forma em contratos de curto prazo, porque a legislação não permite despejar menores, idosos, pessoas com deficiência, famílias de baixos rendimentos, etc).
3.Ninguém propôs obrigações. Desvias a atenção do principal problema que é existir património desaproveitado que é uma escolha pessoal com consequências financeiras, como seguro, limpeza ou IMI, e possíveis agravamentos do mesmo que estão a ser implementados por municípios. É uma escolha desvantajosa. Existem três opções: como segunda habitação (válida), vender (válida) ou desabitada só porque sim e a incorrer em prejuízo. Qual o objetivo da última?

PS: o IHRU lançou hoje um estudo sobre o tema.
Podes responder diretamente, quando falas nas necessidade laborais, isso ao grosso da população que melhorias trouxe a nível do básico? saúde, educação, segurança, poder de compra, transportes? quais destes pontos melhorou?

Defendo sim acabar com essa agricultura que defendes, que só sobrevive da miséria, isso tem que morrer, como morreu em grande parte de Portugal nos últimos 30 anos.

A que defendo é esta, com tudo o que há a volta dela e que permitira absorver a mão de obra que portugal passou anos a formar, o plano era amentar a qualificação da população e com isso aumentar o valor do Pais.. agora o plano é subsidiar a agricultura de miséria com imigrantes ilegais, e subsidiar a agricultura Hi tech de outros países com a formação de jovens para exportar.


Portugal aumentou a percentagem de mão de obra sem qualificação, para trabalho de baixo valor, achas que agora vai obrigar o gajo que trouxe 20 gajos para viver num barracão para apanhar alfaces a aumentar os ordenados?..

As alterações para o arrendamento teriam que ter sido feitas há 20 anos, agora já é inviável alguém estar a investir em imobiliário para meter no mercado de arrendamento, faz as contas e vê quanto teria que ser uma renda para tirares um rendimento liquido que compense entrar nesse investimento.. o mercado foi desestabilizado pela enorme massa que entrou e isso não dá para corrigir.

O desaproveitado é uma questão relativa, o que para ti é desaproveitado não é para outra pessoa, uma coisa é estares a falar de um fundo imobiliário que tem casas vazias, outra coisa é uma pessoa que herdou uma casa e não quer lá meter ninguém, e tem esse direito, isso sempre existiu e nunca foi um problema, quem precisa de mão de obra para explorar que resolva esse problema ou só estão lá para se encher de dinheiro?

E novamente, a população em Lisboa tem crescido, as casas são vendidas, grande parte da imigração vem viver para Lisboa.. é exagerado dizer que existe algum problema por essas bandas no que toca a habitação.


Portanto, enganar as pessoas?
Como proprietário de AL's, não voto em ti. 😄
Portugal é um péssimo pais para se investir por causa da falta de confiança que passa.. não é por acaso.
 
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Ginjeet

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11 Março 2018
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Podes responder diretamente, quando falas nas necessidade laborais, isso ao grosso da população que melhorias trouxe a nível do básico? saúde, educação, segurança, poder de compra, transportes? quais destes pontos melhorou?

Defendo sim acabar com essa agricultura que defendes, que só sobrevive da miséria, isso tem que morrer, como morreu em grande parte de Portugal nos últimos 30 anos.

A que defendo é esta, com tudo o que há a volta dela e que permitira absorver a mão de obra que portugal passou anos a formar, o plano era amentar a qualificação da população e com isso aumentar o valor do Pais.. agora o plano é subsidiar a agricultura de miséria com imigrantes ilegais, e subsidiar a agricultura Hi tech de outros países com a formação de jovens para exportar.


Portugal aumentou a percentagem de mão de obra sem qualificação, para trabalho de baixo valor, achas que agora vai obrigar o gajo que trouxe 20 gajos para viver num barracão para apanhar alfaces a aumentar os ordenados?..

As alterações para o arrendamento teriam que ter sido feitas há 20 anos, agora já é inviável alguém estar a investir em imobiliário para meter no mercado de arrendamento, faz as contas e vê quanto teria que ser uma renda para tirares um rendimento liquido que compense entrar nesse investimento.. o mercado foi desestabilizado pela enorme massa que entrou e isso não dá para corrigir.

O desaproveitado é uma questão relativa, o que para ti é desaproveitado não é para outra pessoa, uma coisa é estares a falar de um fundo imobiliário que tem casas vazias, outra coisa é uma pessoa que herdou uma casa e não quer lá meter ninguém, e tem esse direito, isso sempre existiu e nunca foi um problema, quem precisa de mão de obra para explorar que resolva esse problema ou só estão lá para se encher de dinheiro?

E novamente, a população em Lisboa tem crescido, as casas são vendidas, grande parte da imigração vem viver para Lisboa.. é exagerado dizer que existe algum problema por essas bandas no que toca a habitação.
Lamento te informar, mas a agricultura dos Países Baixos sofre do mesmo mal que em Portugal: salários baixos, mão de obra imigrante. Seja high tech ou não.

Acaba com a agricultura, se quiseres. Desapareces com, entre agricultura e setores dependentes, uns 10% do PIB e do emprego, 15% das exportações, passas a importar 100% dos alimentos e matas por inteiro regiões do interior.

Não sei se tens noção que o sistema atual de capitalismo misto, ou capitalismo social, como queiras chamar, depende da exploração de recursos de acordo com o seu valor económico. Por muito que se tente evitar, por muitas medidas sociais que se criem para amenizar o impacto disso, existirão sempre desigualdades e existirão sempre pobres. Mesmo nos países mais ricos.


PS. o desaproveitamento não é uma questão relativa. É um facto. Se as pessoas se importam com esse desaproveitamento ou se têm outras prioridades, é outra questão. Curiosamente, o direito de "não usar" não existe noutras áreas, por matéria de interesse coletivo. Existem punições para terrenos agrícolas em pousio contínuo, tens revogações de direitos de captação de água, de licenças de transporte ou de alvarás variados em setores comerciais e sociais quando não são utilizados. Ao menos na habitação, ninguém te vai tirar a casa se esta estiver vazia, mas interessaria perceber o que leva uma pessoa a perder centenas ou milhares de euros anuais só a ter por ter.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Portanto, enganar as pessoas?
Como proprietário de AL's, não voto em ti. 😄
Portugal é um péssimo pais para se investir por causa da falta de confiança que passa.. não é por acaso.
é que se passa em cidades como Barcelona, Amsterdão, NY ou Berlim, insuspeitas de serem governadas por radicais de esquerda.

Também tenho um AL que me dá o dobro do rendimento que me daria se tivesse um aluguer de longa duração, ficaria por isso fodido se me tirassem essa fonte de rendimento (ainda bem que ganhou a AD, aquela ideia de serem os outros condóminos a decidirem se o prédio pode ter um AL dava-me suores frios), mas também ninguém me disse que o AL era uma actividade que iria durar para sempre e de qualquer forma é um investimento que nunca me faria perder dinheiro. Os particulares usam o AL como forma de arranjar rendimento extra, não conheço ninguém que tenha ALs como única fonte de rendimento, em último caso pode sempre alugar ou vender e viver uns tempos dos rendimentos.
 
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sirmister

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21 Março 2008
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Lamento te informar, mas a agricultura dos Países Baixos sofre do mesmo mal que em Portugal: salários baixos, mão de obra imigrante. Seja high tech ou não.

Acaba com a agricultura, se quiseres. Desapareces com, entre agricultura e setores dependentes, uns 10% do PIB e do emprego, 15% das exportações, passas a importar 100% dos alimentos e matas por inteiro regiões do interior.

Não sei se tens noção que o sistema atual de capitalismo misto, ou capitalismo social, como queiras chamar, depende da exploração de recursos de acordo com o seu valor económico. Por muito que se tente evitar, por muitas medidas sociais que se criem para amenizar o impacto disso, existirão sempre desigualdades e existirão sempre pobres. Mesmo nos países mais ricos.


PS. o desaproveitamento não é uma questão relativa. É um facto. Se as pessoas se importam com esse desaproveitamento ou se têm outras prioridades, é outra questão. Curiosamente, o direito de "não usar" não existe noutras áreas, por matéria de interesse coletivo. Existem punições para terrenos agrícolas em pousio contínuo, tens revogações de direitos de captação de água, de licenças de transporte ou de alvarás variados em setores comerciais e sociais quando não são utilizados. Ao menos na habitação, ninguém te vai tirar a casa se esta estiver vazia, mas interessaria perceber o que leva uma pessoa a perder centenas ou milhares de euros anuais só a ter por ter.
A agricultura contribui com um PIB de 2%, e esse emprego não interessa para nada até porque estás a trazer pessoas que não acrescentam nada e que não viriam. Haveria uma seleção do que poderia existir e o que fosse relevante teria que elevar o nivel e tecnologia.

Eu tenho essa noção, mas quando tu estás a vender a necessidade do país fazer esta aposta, podias dizer quem é que vai beneficiar, e quem é que vai prejudicar, a transformação que estás a fazer. Porque o que mais se vê é malta que defendeu esta aposta e se esquece de dizer que a aposta tem como resultado acabar com a social democracia e passar para um sistema capitalista, destruindo, saúde educação segurança, habitação, e coesão social.

Eu tenho terrenos em pousio e não tenho nenhuma penalização. Haverá muitas razões, e conheço muitas situações e estou nessa mesma situação que é o valor sentimental, nem toda a gente vive a vida só com os olhos no dinheiro.

Alem disso há todo um mundo que se pode importar para Portugal e esgotar essas casas rapidamente.. Basta ir ao algarve para veres isso.
 
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