Actualidade Nacional

[Dagerman]

Ou seja, o que propões é roubar milhares de pessoas que investiram o que tinham (algumas ainda fizeram empréstimos bancários) na esperança de fazer um bom negócio, para que se possam substituir ao próprio estado na ajuda aos mais necessitados?

A obrigação de resolver o problema é do estado, não de particulares que investiram para melhorar a vida. O estado é que tem de criar as condições. Porque não aproveitar todo e qualquer edifício público para habitação social? E porque não construção pública de custo controlado em grande escala, com rendas justas? Se os senhorios são tão gananciosos e lucram tanto, então é muito fácil viabilizar arrendamentos baixos com investimento facilmente retornável.

Não me leves a mal, mas fico doente com a malta que acha que quem conseguiu alguma coisa na vida, é obrigado a sustentar os mais desfavorecidos. Tenham eles culpa da fraca condição ou não.


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O estado deve sempre governar em função dos interesses da maioria e não de interesses particulares. E essa maioria não são os senhorios, mas os que ganham o salário mínimo e não têm condições para uma vida minimamente digna porque lhes pedem 700 ou 800 euros de renda ou 170 mil euros pela merda dum T1. Não estamos a falar de defender "desfavorecidos", mas de defender trabalhadores pobres. Esta situação calamitosa a que a habitação chegou não é saudável nem sustentável nem patriótica. A brutal inflacção dos preços das casas só surgiu porque o governo PS criou condições para ela. Mas essas condições, que se calhar faziam sentido em 2012, hoje já não fazem.
E digo isto apesar de ter amigos e familiares próximos que vivem do alojamento local.

 

[Edgar Siska]

Mas como disse há dias, que o PS ajude, e acelere se possível, a implementação de todas as medidas do partido que ganhou; que ajude a que elas entrem todas em funcionamento o mais rapidamente possível, para que os resultados fiquem à vista o quanto antes...

O PS não tem muito que fazer a não ser fazer oposição responsável, que nada tem a ver com "passar tudo e mais alguma coisa", para isso é que existe diálogo, mas também uma percepção de que não se tem a posição de força.
Sobre resultados lá está, pode esperar que o governo se desgaste e entretanto se re-organizar.

Sem ser do PS parece que tenho mais planos e mais exequíveis a médio prazo para o teu partido, e até para bem do mesmo, do que alguns colegas da política "futebolizada".

 

[liebe_fcp]

A raíz do problema da habitação não está nos AL, longe disso.
Os preços começaram a disparar principalmente desde há 6 - 7 anos com a chegada de milhares de brasileiros com muito poder económico, que só queriam fugir da crescente insegurança e criminalidade no Brasil. Começaram-se a vender muitas casas a capitais próprios ou com financiamentos marginais. A construção estava pouco mais que parada devido à crise no imobiliário nos anos anteriores. A tudo isto se juntaram os juros baixos, que incentivaram a procura. Aqui entra a lei base de qualquer mercado: procura cada vez mais desproporcional em relação à oferta.

Neste momento, no mercado em que eu me sinto à vontade para falar com conhecimento de causa, um comum T2 custa 200.000€. O mesmo T2 custava há 20 anos, novo, 60.000€. A renda desse T2 andava pelos 250€. Hoje anda pelos 800€.

Vai ser uma luta titânica e demorada para reequilibrar forças, estas gerações de 2000''s vão ficar até muito tarde em casa dos pais. Mas a solução não pode nunca passar por roubar a quem tem para dar a quem precisa, isso não é democracia. O estado é que tem de arranjar soluções.

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[liebe_fcp]

Uma grande parte de AL não é de investidores individuais mas de fundos de investimento.
Acho que ninguém está a falar em ceder as casas gratuitamente. Antes de haver AL já as pessoas investiam no mercado imobiliário e ganhavam bom dinheiro com isso. O que se pretende é haver algum tipo de regulamentação que está visto que pensar que o mercado se vai auto regular como por magia está a colocar as famílias em grandes dificuldades para arranjar uma casa .

Verdade. Mas mesmo nessa fatia dos fundos de investimento, que foram criados por pessoas, investidores que querem mais da vida.
É justo travar quem tenta produzir riqueza, alterando as regras do jogo conforme dá jeito? Eu acho que não, e contra mim falo que ainda pertenço ao elo mais fraco!

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[Dagerman]

Eu sei por experiência própria o que é ser funcionário e o que é ser patrão. Bons e maus há em ambos os lados da barricada, mas uma coisa é certa: ser patrão tira muitas noites de sono, não é tao fácil quanto muitos pintam. Um funcionário não está bem, se cumprir a função em condições de certeza que encontra quem o valorize noutro lado. No limite, é livre de abrir o seu próprio negócio, ser patrão e fazer-se à vida.

Os do RSI com condições de trabalhar, não podem andar à custa dos nossos impostos. Se forem apertados, acabam por ter de trabalhar, e se escolherem o crime, as prisões estão lá para esse efeito. Que é outro tema muito mal explorado. Tantos trabalhos que podiam ser feitos em benefício da sociedade que permitiam o seu próprio financiamento!
Eu comparo de certa forma aos pais de crianças pequenas, que lhes espetam com um tablet no restaurante para comerem sossegados enquanto a criança cola naquela porcaria. Educar é sempre mais difícil.

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Não fiques com a ideia de que eu sou "contra os patrões". Tenho plena consciência de que é muito mais fácil ser empregado do que patrão. Dá muito menos dores de cabeça. Mas tal como há empregados sem valor, também há patrões que na verdade nasceram para empregados e não sabem.

Os RSI com condições de trabalhar acho que são muito poucos. Muitos deles são pessoas tão fodidas da cabeça por causa do álcool ou das drogas que verdadeiramente não servem para nada. Se lhes passas uma enxada para a mão, cortam um pé e depois o SNS tem de pagar uma prótese, que não fica barata. Então o RSI é uma esmola para que eles não sejam tentados pela via do crime, que custaria muito mais ao estado e à sociedade. Se dar-lhes 250 euros por mês impede que cometam crimes e acabem na prisão, ficamos todos a ganhar.

 

[Manageiro de futból]

A raíz do problema da habitação não está nos AL, longe disso.
Os preços começaram a disparar principalmente desde há 6 - 7 anos com a chegada de milhares de brasileiros com muito poder económico, que só queriam fugir da crescente insegurança e criminalidade no Brasil. Começaram-se a vender muitas casas a capitais próprios ou com financiamentos marginais. A construção estava pouco mais que parada devido à crise no imobiliário nos anos anteriores. A tudo isto se juntaram os juros baixos, que incentivaram a procura. Aqui entra a lei base de qualquer mercado: procura cada vez mais desproporcional em relação à oferta.

Neste momento, no mercado em que eu me sinto à vontade para falar com conhecimento de causa, um comum T2 custa 200.000€. O mesmo T2 custava há 20 anos, novo, 60.000€. A renda desse T2 andava pelos 250€. Hoje anda pelos 800€.

Vai ser uma luta titânica e demorada para reequilibrar forças, estas gerações de 2000''s vão ficar até muito tarde em casa dos pais. Mas a solução não pode nunca passar por roubar a quem tem para dar a quem precisa, isso não é democracia. O estado é que tem de arranjar soluções.

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Um T2 comum,200 mil euros? Onde se encontra essa pechincha?
Aqui na zona um T1 custa 500k (ok, walking distance da praia e isso também tem um preço) Na altura em que andava à procura de casa (há 15 anos) uma moradia nas mesmas condições custava 400k, era relativamente fácil encontrar T3 por 180k.

 

[liebe_fcp]

O estado deve sempre governar em função dos interesses da maioria e não de interesses particulares. E essa maioria não são os senhorios, mas os que ganham o salário mínimo e não têm condições para uma vida minimamente digna porque lhes pedem 700 ou 800 euros de renda ou 170 mil euros pela merda dum T1. Não estamos a falar de defender "desfavorecidos", mas de defender trabalhadores pobres. Esta situação calamitosa a que a habitação chegou não é saudável nem sustentável nem patriótica. A brutal inflacção dos preços das casas só surgiu porque o governo PS criou condições para ela. Mas essas condições, que se calhar faziam sentido em 2012, hoje já não fazem.
E digo isto apesar de ter amigos e familiares próximos que vivem do alojamento local.

Os senhorios são a minoria porque a vida é mesmo assim, se todos fossem ricos na verdade eram todos pobres.

Vou-te dar um exemplo de um amigo. Hoje está muito bem na vida, provavelmente antes dos 50 anos pode parar e "meter os tomates ao sol" - palavras dele. Mas o crescimento foi doloroso. Por opção própria é certo, porque quis sacrificar parte da vida para crescer e estar desafogado agora. Chegava ao ponto de sair com a namorada e tomar um café a meias para não gastar. O certo é que poupou e investiu e hoje está muito bem. Eu nunca tive essa vontade porque achei demais, mas a verdade é que, a correr bem, só lá para os 55 é que posso "meter os tomates ao sol". Outros acham um absurdo e preferem gastar tudo e até fazer créditos para viajar enquanto são novos. São opções de vida de cada um que temos todos de respeitar.

Se ele tivesse comprado o iPhone novo todos os anos, tivesse comprado um BMW em vez de um Fiat com uns aninhos... Paciência, era a vida que ele tinha escolhido.

Ora, onde é que eu quero chegar com isto? A pessoa que andou 20 / 30 anos a sacrificar-se para ter alguma coisa vai ser castrada, mas quem nunca se preocupou em precaver o futuro fica-se a rir.
O sentido de justiça fica onde?

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[liebe_fcp]

Um T2 comum,200 mil euros? Onde se encontra essa pechincha?
Aqui na zona um T1 custa 500k (ok, walking distance da praia e isso também tem um preço) Na altura em que andava à procura de casa (há 15 anos) uma moradia nas mesmas condições custava 400k, era relativamente fácil encontrar T3 por 180k.

Gondomar, ainda há, embora cada vez menos.

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[Dagerman]

A raíz do problema da habitação não está nos AL, longe disso.
Os preços começaram a disparar principalmente desde há 6 - 7 anos com a chegada de milhares de brasileiros com muito poder económico, que só queriam fugir da crescente insegurança e criminalidade no Brasil. Começaram-se a vender muitas casas a capitais próprios ou com financiamentos marginais. A construção estava pouco mais que parada devido à crise no imobiliário nos anos anteriores. A tudo isto se juntaram os juros baixos, que incentivaram a procura. Aqui entra a lei base de qualquer mercado: procura cada vez mais desproporcional em relação à oferta.

Neste momento, no mercado em que eu me sinto à vontade para falar com conhecimento de causa, um comum T2 custa 200.000€. O mesmo T2 custava há 20 anos, novo, 60.000€. A renda desse T2 andava pelos 250€. Hoje anda pelos 800€.

Vai ser uma luta titânica e demorada para reequilibrar forças, estas gerações de 2000''s vão ficar até muito tarde em casa dos pais. Mas a solução não pode nunca passar por roubar a quem tem para dar a quem precisa, isso não é democracia. O estado é que tem de arranjar soluções.

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Posso estar enganado, mas não é essa a leitura que faço. A entrada em massa de brasileiros só aconteceu porque de repente havia falta de mão de obra nas fábricas, na agricultura ou na hotelaria. E porquê? Porque os jovens portugueses deixaram de ter condições para viver em Portugal, se uma casa que antes se alugava por 400 euros hoje se aluga por 800. Alternativa? Ir ser pobre para França ou UK. E se há dez anos se podia alugar uma casa por 400 e hoje só por 800, é porque onde antes chegavam 11M de turistas por ano hoje chegam 27M.

 

[liebe_fcp]

Não fiques com a ideia de que eu sou "contra os patrões". Tenho plena consciência de que é muito mais fácil ser empregado do que patrão. Dá muito menos dores de cabeça. Mas tal como há empregados sem valor, também há patrões que na verdade nasceram para empregados e não sabem.

Os RSI com condições de trabalhar acho que são muito poucos. Muitos deles são pessoas tão fodidas da cabeça por causa do álcool ou das drogas que verdadeiramente não servem para nada. Se lhes passas uma enxada para a mão, cortam um pé e depois o SNS tem de pagar uma prótese, que não fica barata. Então o RSI é uma esmola para que eles não sejam tentados pela via do crime, que custaria muito mais ao estado e à sociedade. Se dar-lhes 250 euros por mês impede que cometam crimes e acabem na prisão, ficamos todos a ganhar.

Compreendo o teu ponto de vista, e sei perfeitamente que é nessa lógica que são atribuídos. Simplesmente não consigo concordar...


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[liebe_fcp]

Posso estar enganado, mas não é essa a leitura que faço. A entrada em massa de brasileiros só aconteceu porque de repente havia falta de mão de obra nas fábricas, na agricultura ou na hotelaria. E porquê? Porque os jovens portugueses deixaram de ter condições para viver em Portugal, se uma casa que antes se alugava por 400 euros hoje se aluga por 800. Alternativa? Ir ser pobre para França ou UK. E se há dez anos se podia alugar uma casa por 400 e hoje só por 800, é porque onde antes chegavam 11M de turistas por ano hoje chegam 27M.

Estas últimas chegadas de brasileiros, na sua maioria, já são de gente com outro estatuto. Formados, com posses. De um modo geral, obviamente.

Também veio gente pobre à procura de vida melhor, mas esses sempre vieram e sempre virão.

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[Dagerman]

Os senhorios são a minoria porque a vida é mesmo assim, se todos fossem ricos na verdade eram todos pobres.

Vou-te dar um exemplo de um amigo. Hoje está muito bem na vida, provavelmente antes dos 50 anos pode parar e "meter os tomates ao sol" - palavras dele. Mas o crescimento foi doloroso. Por opção própria é certo, porque quis sacrificar parte da vida para crescer e estar desafogado agora. Chegava ao ponto de sair com a namorada e tomar um café a meias para não gastar. O certo é que poupou e investiu e hoje está muito bem. Eu nunca tive essa vontade porque achei demais, mas a verdade é que, a correr bem, só lá para os 55 é que posso "meter os tomates ao sol". Outros acham um absurdo e preferem gastar tudo e até fazer créditos para viajar enquanto são novos. São opções de vida de cada um que temos todos de respeitar.

Se ele tivesse comprado o iPhone novo todos os anos, tivesse comprado um BMW em vez de um Fiat com uns aninhos... Paciência, era a vida que ele tinha escolhido.

Ora, onde é que eu quero chegar com isto? A pessoa que andou 20 / 30 anos a sacrificar-se para ter alguma coisa vai ser castrada, mas quem nunca se preocupou em precaver o futuro fica-se a rir.
O sentido de justiça fica onde?

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Percebo isso. E tenho na família exemplos de pessoas assim, que se sacrificaram e endividaram para recuperar casas velhas e hoje as pôr a render como AL.
Mas um investimento é sempre um risco, e acho que a prioridade do estado não deve ser zelar pelos investimentos particulares, mas garantir o bem comum. Se eu abro um café numa zona movimentada mas depois o estado decide fazer uma estrada que me desvia metade da clientela, que é que eu hei-de fazer?

 

[liebe_fcp]

Percebo isso. E tenho na família exemplos de pessoas assim, que se sacrificaram e endividaram para recuperar casas velhas e hoje as pôr a render como AL.
Mas um investimento é sempre um risco, e acho que a prioridade do estado não deve ser zelar pelos investimentos particulares, mas garantir o bem comum. Se eu abro um café numa zona movimentada mas depois o estado decide fazer uma estrada que me desvia metade da clientela, que é que eu hei-de fazer?

Não acho que sejam coisas comparáveis. Aí também acontece o contrário, tens um tasco numa zona morta e de repente abrem uma via porreira ao lado. Sai-te o jackpot. São acasos que acabam por influenciar de forma indireta.

Parecido era se te fechassem o café com uma indemnização qualquer para transformar em habitação para uma família desfavorecida...

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[bluemonday]

6 minutos sem ser interrompido

https://x.com/i/web/status/1925457402289152288

O Lucas Pires é dos melhores políticos que já andaram por aqui. Pena ter morrido tão novo, não tenho dúvidas de que teria sido uma das figuras mais marcantes do século XXI em Portugal. Um europeísta convicto, que defendia o estado atual da UE ainda antes de se preconizar algo semelhante.

O Álvaro Cunhal, goste-se ou não, respeitava os adversários e era um homem de uma enorme inteligência e cultura. Um verdadeiro vulto, um gajo que deu a vida pelo que acreditava.

Noto ainda a postura do jornalista, totalmente diferente à dos jornaleiros hoje em dia.

 

[Dagerman]

Não acho que sejam coisas comparáveis. Aí também acontece o contrário, tens um tasco numa zona morta e de repente abrem uma via porreira ao lado. Sai-te o jackpot. São acasos que acabam por influenciar de forma indireta.

Parecido era se te fechassem o café com uma indemnização qualquer para transformar em habitação para uma família desfavorecida...

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Neste ponto vamos ter de concordar em discordar. Não tem a ver com famílias desfavorecidas, tem a ver com trabalhadores que por causa das distorções do mercado imobiliário não conseguem viver no seu país a não ser dividindo um apartamento com não sei quantas pessoas. Isso é degradante. Antes dos interesses dos senhorios e dos turistas estão os interesses dos trabalhadores portugueses. Os turistas que vão para hóteis, e se não têm dinheiro para isso, que fiquem em casa, e os senhorios que ponham as casas a preços menos extorsionários, e se isso não lhes pagar as contas, que tal arranjarem um emprego? Chama-me comunista, que já me chamaram coisas piores.

 

[bluemonday]

Sim, o defeito é certamente meu por usar o cérebro e citar apenas coisas factuais e não de matéria de opinião

Bem sei que vai contra a "imparcialidade" reinante por aqui, mas paciência.

Quanto à calma, estas completamente enganado (tu e a personagem imparcial, spinner de categoria Z).

As politicas de quem ganhou, nem tinha nada que te dizer mas posso faze-lo sem qualquer problema, beneficiam mais a mim e aos meus, do que propriamente as politicas sociais do PS..sou é um gajo que, primeiro, gosta e percebe um bocado de historia, segundo, gosta de viver numa sociedade o mais justa e equitativa possível, apenas e só.

Mas como disse há dias, que o PS ajude, e acelere se possível, a implementação de todas as medidas do partido que ganhou; que ajude a que elas entrem todas em funcionamento o mais rapidamente possível, para que os resultados fiquem à vista o quanto antes...

Por acaso, meu caro Tails, imagino-te mesmo como um nobre descendente daquelas famílias endinheiradas, quiçá da Foz.

O único debate em que sou imparcial é o de mamas vs rabos, e mesmo nesse sou parcial quanto aos últimos.

 

[liebe_fcp]

Neste ponto vamos ter de concordar em discordar. Não tem a ver com famílias desfavorecidas, tem a ver com trabalhadores que por causa das distorções do mercado imobiliário não conseguem viver no seu país a não ser dividindo um apartamento com não sei quantas pessoas. Isso é degradante. Antes dos interesses dos senhorios e dos turistas estão os interesses dos trabalhadores portugueses. Os turistas que vão para hóteis, e se não têm dinheiro para isso, que fiquem em casa, e os senhorios que ponham as casas a preços menos extorsionários, e se isso não lhes pagar as contas, que tal arranjarem um emprego? Chama-me comunista, que já me chamaram coisas piores.

Não te chamo nada porque respeito a tua opinião.
Simplesmente não concordo!

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[Vlk]

Em relação ao último ponto, isso não é assim tão simples. O ch teve um montão de votos nos subúrbios, ganhou em Sintra, ganhou no Algarve, ganhou em Setúbal, tudo sítios que têm muitos imigrantes. O que me parece em relação ao Martim Moniz e outras zonas da cidade de Lisboa é que já têm uma maioria de imigrantes há muito mais tempo. (A chegada de indostânicos ao Martim Moniz já tem décadas, se não estou em erro)

ps: só uma adenda , mais como curiosidade, o CH ganhou em Rabo de Peixe, a zona do país com maior ratio de RSI por metro quadrado.

Não tem assim tanto tempo, eram principalmente imigrantes de outras regiões que bazaram dali, nem a maioria deles se naturalizaram. E repara, tens zonas contiguas a essas, as Avenidas novas, onde vivem as pessoas de classes mais altas e a votação do chega foi ainda mais baixa.

Nem todas as zonas dos suburbios têm essa quantidade toda de indostânicos que supões.

Outro dado, grande parte dos indostânicos viviam há 20/25 anos em Loures. Mais ou menos na mesma proporção que hoje Sem grandes stresses de segurança diga-se. E durante anos Loures continuou a votar à esquerda.

O que eu digo é que essa teoria cai por terra quando tens sítios onde não se verifica.

 

[Manageiro de futból]

Não tem assim tanto tempo, eram principalmente imigrantes de outras regiões que bazaram dali, nem a maioria deles se naturalizaram. E repara, tens zonas contiguas a essas, as Avenidas novas, onde vivem as pessoas de classes mais altas e a votação do chega foi ainda mais baixa.

Nem todas as zonas dos suburbios têm essa quantidade toda de indostânicos que supões.

Outro dado, grande parte dos indostânicos viviam há 20/25 anos em Loures. Mais ou menos na mesma proporção que hoje Sem grandes stresses de segurança diga-se. E durante anos Loures continuou a votar à esquerda.

O que eu digo é que essa teoria cai por terra quando tens sítios onde não se verifica.

Não me estava a referir a indostânicos em particular mas a zonas onde houve grande entrada de imigração nos últimos anos, coisa que não houve no Martim Moniz, uma vez que eles já lá estavam há anos.

Acho que cheguei a ver também dados que diziam que as zonas de lisboa onde havia mais pessoas com curso superior eram as zonas com menor implementação do CH.

Mas isso é um fenómeno transversal a mais países. O que não é 100% linear em Portugal é uma relação direita entre a votação na extrema direita e a maior existência de imigração, ou vice-versa.

 

[Vlk]

Não me estava a referir a indostânicos em particular mas a zonas onde houve grande entrada de imigração nos últimos anos, coisa que não houve no Martim Moniz, uma vez que eles já lá estavam há anos.

Acho que cheguei a ver também dados que diziam que as zonas de lisboa onde havia mais pessoas com curso superior eram as zonas com menor implementação do CH.

Mas isso é um fenómeno transversal a mais países. O que não é 100% linear em Portugal é uma relação direita entre a votação na extrema direita e a maior existência de imigração, ou vice-versa.

Mas a questão é mesmo essa. As pessoas com curso superior são menos suscetíveis à insegurança? E no Martim Moniz essa prevalência já não é a mesma que na parte de cima da Almirnate Reis e em relação ao chega acabam por votar da mesma forma. Se o problema de segurança fosse tão grave qualquer um destes sítios tinha o chega com mais de 30%, no Martim Moniz uns 40%.