Torna-se relevante compreender como funciona a sociedade e a economia. Se não se conhecer a realidade, facilimente estaremos susceptíveis à propaganda. Os imigrantes têm taxas de desemprego superiores às populações nativas não só em Portugal como noutros países europeus. Sobretudo a curto e médio prazo, pois o desemprego de longa duração tende a decair entre a população imigrante. Mas isso é normal, é uma característica do fenómeno e tem explicações conhecidas.
Migrant integration statistics – labour market indicators - Statistics Explained
Unemployment experienced by migrants in the EU - Products Eurostat News - Eurostat
Porquê? Respostas óbvias: os imigrantes têm piores trabalhos e piores contratos de trabalho. Formam uma força de trabalho mais susceptível ao desemprego pela natureza das suas ocupações. Mais sensível às flutuações da economia, à precariedade, à sazonalidade... Integrar os imigrantes nas economias europeias é também mais difícil: os países europeus variam entre si, a barreira linguística é mais acentuada, parte relevante da imigração vem de fora do continente...
Já o desemprego de longa e muito longa duração chega inclusive a ser menor entre os imigrantes pois estes têm maior disponibilidade para aceitar piores trabalhos. No limite, muitos abandonam o país.
Como é natural, os grandes fluxos de pessoas têm de ser regulados e implicam complexos desafios para os países de acolhimento. ... para estabelecer isto, não é necessário deturpar a realidade nem insinuar que a imigração não contribui positivamente para o crescimento económico. A discussão séria do tema não admite proposições populistas.
rr.pt
