Não há uma superioridade moral.Querer comparar a forma como as mulheres são tratadas em diferentes partes do mundo não implica ignorar as diferenças culturais, legais e sociais, mas também não justifica cair em generalizações simplistas ou numa postura de superioridade moral automática do “Ocidente”.
Sim, em muitos países ocidentais a violação é crime, há leis que protegem as mulheres e avanços importantes foram feitos. No entanto, a existência da lei não significa a ausência de violência, discriminação ou impunidade. Basta olhar para as estatísticas de violência doméstica, assédio no trabalho, ou os milhares de casos em que vítimas não são levadas a sério. Ter leis não é o mesmo que garantir justiça.
Citar o caso do Trump não é irrelevante — é sintomático: um homem com várias acusações e uma condenação por abuso sexual conseguiu o cargo mais poderoso do planeta. Isso diz muito sobre as falhas do sistema, e não apenas sobre indivíduos.
Quanto às sociedades muçulmanas, convém lembrar que o mundo islâmico não é monolítico: comparar o Afeganistão com Marrocos, a Arábia Saudita com a Indonésia ou o Irão com a Tunísia é tão redutor como comparar Portugal com a Polónia ou os EUA com a Suécia. Há mulheres muçulmanas líderes, juízas, médicas, ativistas e académicas que combatem desigualdades tanto ou mais do que muitas no Ocidente — e fazê-las desaparecer numa narrativa de “submissão legalizada” é, no mínimo, injusto.
É superioridade social, económica, financeira civilizacional e institucional.
Obvia.Inequivoca.
Agora violência, impunidade e discriminação nunca acabará
Tenderá para zero mas nunca acabará.
Como a pobreza ou a doença.
Há situações que são intrínsecas ao ser humano que tendem a desvanecer por causa da formação e educação.
Ter leis institucionalmente deve ser o garante de justiça que obviamente nem sempre acontece( o que não falta é gente que foi presa injustamente e criminosos que se escaparam por cenas técnicas).
Agora há a estrutura, há quem recorrer, não há silêncio, há voz.
Agora nesses países há o que?
Sobre os países muçulmanos não serem todos iguais é verdade.
Há a Bósnia e os outros.
A Bósnia é o único país de maioria muçulmana verdadeiramente ocidentalizado.
Nem a Turquia com a sua abertura ao ocidente nem a Jordânia que é dos países mais moderados atingem o nível civilizacional da Bósnia.
Chamar Marrocos e Argélia moderados é não conhecer as suas leis( especialmente a lei do divórcio que é deveras interessante).
Por cada agressão sexual no Ocidente existem 10 mil no mundo muçulmano.
Pelos nossos padrões.
Pelos deles é business as usual.
É como comparar o PIB da Inglaterra com o do Cambodja.