Futebol Clube do Porto e FC Porto SAD

guibucher

Tribuna Presidencial
30 Setembro 2016
9,915
8,504
Conquistas
5
  • André Villas-Boas
  • José Maria Pedroto
  • Alfredo Quintana
Inacreditável como a malta continua sem nenhuma noção do estado do clube e manda estas bojardas sem sentido nenhum, apenas com o único intuito de atacar por atacar.

Com adeptos destes mais tempo vamos demorar a chegar ao topo. Mas é o que é.
Não são adeptos. E não são bojardas.
Todos sabemos o que são e o que querem. É preciso chamar os bandidos pelo que são: bandidos.
 

DrGero

Tribuna
26 Julho 2007
3,488
1,016
Porto, 1977
Claro que tem impacto, baixar o passivo, reduzir os custos a curto médio prazo ajuda.

São medidas claras.

Enquanto nao se resolver isto, vai ser muito complicado.
Vamos deixar-nos de disputas eleitorais e falar apenas em tese.

Se eu sou gestor dum clube de média dimensão posso fazer hibernar transitoria e significativamente a capacidade competitiva para priorizar de forma clara a componente financeira.

Imagina que é o Braga que estava numa situação grave ou muito grave.
Podes desinvestir significativamente na equipa de futebol, limpar divida e custos ao mesmo tempo que perdes receitas (posso sempre vender o ouro que sobra, mas vou inevitavelmente ter menos ouro para vender amanhã).

Porventura o Braga passaria de ter 3% de possibilidades de ser campeão para 0%.
Passaria de 15% de possibilidades de discutir taças para 2%.
Passaria de 90% de possibilidade de se qualificar para as competições europeias para 60%.
Passaria de 50% de possibilidades de passar a fase de Liga das competições europeias para 20%.

Isto é possível de fazer num clube destes à escala portuguesa. o Guimarães passou por isto. Lembro-me do Rui Vitoria ter que fazer equipas com malta da B ou desconhecida.

É possivel porque sendo navios de médio/grande porte, o impacto desportivo do periodo de austeridade máxima não é significativo face à bitola normal.

As receitas de provas da UEFA, transacções de jogadores futuros (que são colhidas amanhã se forem plantadas com investimentos de hoje), perdas de bilheteira, quotizações, direitos de tv, sponsors, etc etc caem, mas como a escala desportiva e financeira é deste perfil pode ser uma boa medida de gestão fazê-lo.

Em clubes do patamar do Porto, do Barcelona quando regressa o Laporta e aquilo está num degredo, do Man Utd que está como está depois de anos de gestão doida é um erro estratégico fazer pause à competitividade desportiva até que a questão financeira fique mais controlada ou estabilizada.

A situação financeira só se controla ou estabiliza - nestes porta aviões - com competitividade desportiva.

As reduções percentuais de competitividade que falei acima para o Braga se transpostas para este perfil de clubes, com a escala que têm, com a concorrência que têm, com os custos estruturais que têm fazem pior do que um ALL IN doido na roleta.

Do lado do ALL IN doido tens o tipo que mete o que tem e o que não tem no vermelho da roleta. Se sair preto, capute ou vende o planeta que já não é dele para outro ALL IN a ver se recupera tudo. Uma martingalada doida e irresponsável.

Do lado mais Roquetiano da análise do negócio e é preciso tratar primeiro disto para depois tratar daquilo, vais matar o doente sim ou sim porque a redução abrupta de receitas (inevitavel) vai tornar o peso da divida cada vez menos suportável.

Hoje pedes 100 e tal milhões de financiamento com taxa de juro optimas no pressuposto que és o Porto hipercompetitivo de hoje com o perfil de receitas de hoje.

Se o Porto, pela via dessas dificuldades, se transforma no benfica da década de 90 / 2000 (quando nós encurtamos de forma inimaginavel o gap de grandeza entre os dois) o que nos espera no nosso tempo de vida é o que vimos até hoje do Sporting.

Isso empobrecerá o clube de tal forma (no sentido das receitas base que sustentam esta atividade) que esses tais 100 e tal milhões a pagar em décadas serão uma montanha ainda mais dificil de escalar do que a que temos hoje.

As receitas dum porta aviões de grande porte são tão estratosfericas e tão instaveis estruturalmente e dependentes de acasos desportivos e não desportivos (uma bola no poste pode custar 80 milhões, uma boa decisão numa ou 2 contratações mais de 100 milhões) que tudo o que se faça tem que ter como objetivo diminuir o grau dessa instabilidade aleatória.

Mas a diminuição desse grau de incerteza é tentar (sem ALL IN que nunca defendi ou estou a defender) subir essa probabilidade de 50% para 70%.
Para que só tenhamos 30% de hipoteses de perder 80 milhões.

Não é, como assistimos neste mercado de inverno,. transformar esses 50% para 10%. Aí aumentamos exponencialmente o grau de certeza do que vai acontecer, mas rebentamos com receitas presentes e futuras que são dificeis de contabilizar.

- Perda da Champions de 25/26

- Perda substancial de ranking da UEFA que nos últimos 10 anos (em comparação com o Sporting por exemplo) nos dava quase +10 Milhões ano só por sermos o Porto de sucesso passado e não o Sporting . Relembro que os prémios da UEFA diferenciavam os 32 competidores em mais de 1 milhão de euros por posição no ranking. Quem entrava na Champions com o 9.º melhor ranking ganhava só por isso + 10 milhões do que o 19.º

- Se o Mundial de Clubes em 2025 for um sucesso (e eu acredito que vai ser), as receitas de participação no Mundial de Clubes de 2029 subirão em flecha.
Se se mantiver a atual forma de apuramento, estamos virtualmente fora porque em 2 dos 4 anos elegiveis quem estará na Champions são Sporting e Benfica.
Não são só dezenas de milhões que perdemos. São dezenas que nós perdemos e que vão para o bolso de quem já hoje nos está a superar.

Isso, não é difícil de adivinhar, tornará cada vez mais dificil reverter o gap competitivo. Quanto mais supermercado das Antas nos tornamos, menos concorrência podemos fazer ao Pingo Doce.

- Receitas de transferências. Nos tempos em que o Sporting se arrastava pelo campeonato fabricou craques mundiais. Figos, CR7s e afins.
Onde estavam no ranking de receitas na tugalândia? Bem lá para baixo. Uma equipa de topo europeu face a outra mais modesta pode vender Helderes Barbosa a preço de Figo.

Não vale a pena fantasiarmos com Moras por 100 milhões se a competitividade da equipa não for um trampolim para o talento que cá estiver.
Temos varios exemplos de jogadores banais que foram vendidos por dezenas só porque estavam integrados numa grande equipa.

Isto para não falar em quotizações, lugares anuais, sponsors, bilheteira e afins. A histeria da eleição, do Portal do Sócio é boa porque traz gente, mas grande parte dessa gente só fica depois da histeria se a performance competitiva da equipa os entusiasmar.


Só vale a pena priorizar austeridade financeira quando o patamar de degredo desportivo for tal, que só um reset o justifique.

Compreendi melhor essa austeridade do 1.º ano do Bruno de Carvalho no Sporting (via Leonardo Jardim) do que a mudança de chip do Santana Lopes (altamente demagogo) para o José Roquete (um homem de negócios).

O Porto, felizmente, está longe disso ainda. Temos grandeza, ainda temos reputação, ainda temos ouro (basta ver as receitas que foram feitas por AVB em jogadores) e ainda não estamos a leguas de distância dos nossos rivais (não falo de 24/25, mas do geral).

O Laporta no Barcelona percebeu que com o Real Madrid restabelecido (pós 2 ou 3 anos de saída do CR7) só podia impedir a Bayernização de La Liga e a perpetuação da mediocridade culé com recurso a divida + investimento desportivo.

Penhorou receitas futuras e ia tudo para o prego para ir ao Lewandowski, ao Dani Olmo, ao Raphinha. Para investir no unico activo que lhes pode permitir sair do buraco onde se meteram.
Parece insano, mas num clube como o Barcelona não há alternativa.

O apelo que aqui faço é este: Não podemos ter exigência de portismo ao fim de semana (batendo no Anselmi e em tudo o que mexe) e conversa miserabilista de sócio do braga ou do vitória durante a semana que agora vamos às contas e depois vê-se o resto.

Eu não quero roletas, mas entre a roleta (que PdC fez varias vezes e que hoje só se relembra aas que correram mal e nos trouxeram a este ponto financeiro, esquecendo - por exemplo - as de 2003 ao não capitalizar o sucesso da Taça Uefa e a que se preparava para fazer também em 2011 para ver se 2012 replicava 2004) e o vamos pagar dividas, endireitar isto e depois atacamos a competitividade voto na insanidade da roleta.

Prefiro morrer sentindo que pode resultar, do que embarcar numa morte lenta, conformada e quase certa.

O Porto não é obrigado a ganhar o campeonato de 25/26 nem a ir à Champions de 26/27.
É obrigado a construir uma equipa que aumente ao máximo essas possibilidades e que nos faça acreditar a todos (para lá da fé portista) que esses são cenários possíveis via competição.
 

Regod

Tribuna Presidencial
21 Março 2015
29,279
23,546
Conquistas
2
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
Vamos deixar-nos de disputas eleitorais e falar apenas em tese.

Se eu sou gestor dum clube de média dimensão posso fazer hibernar transitoria e significativamente a capacidade competitiva para priorizar de forma clara a componente financeira.

Imagina que é o Braga que estava numa situação grave ou muito grave.
Podes desinvestir significativamente na equipa de futebol, limpar divida e custos ao mesmo tempo que perdes receitas (posso sempre vender o ouro que sobra, mas vou inevitavelmente ter menos ouro para vender amanhã).

Porventura o Braga passaria de ter 3% de possibilidades de ser campeão para 0%.
Passaria de 15% de possibilidades de discutir taças para 2%.
Passaria de 90% de possibilidade de se qualificar para as competições europeias para 60%.
Passaria de 50% de possibilidades de passar a fase de Liga das competições europeias para 20%.

Isto é possível de fazer num clube destes à escala portuguesa. o Guimarães passou por isto. Lembro-me do Rui Vitoria ter que fazer equipas com malta da B ou desconhecida.

É possivel porque sendo navios de médio/grande porte, o impacto desportivo do periodo de austeridade máxima não é significativo face à bitola normal.

As receitas de provas da UEFA, transacções de jogadores futuros (que são colhidas amanhã se forem plantadas com investimentos de hoje), perdas de bilheteira, quotizações, direitos de tv, sponsors, etc etc caem, mas como a escala desportiva e financeira é deste perfil pode ser uma boa medida de gestão fazê-lo.

Em clubes do patamar do Porto, do Barcelona quando regressa o Laporta e aquilo está num degredo, do Man Utd que está como está depois de anos de gestão doida é um erro estratégico fazer pause à competitividade desportiva até que a questão financeira fique mais controlada ou estabilizada.

A situação financeira só se controla ou estabiliza - nestes porta aviões - com competitividade desportiva.

As reduções percentuais de competitividade que falei acima para o Braga se transpostas para este perfil de clubes, com a escala que têm, com a concorrência que têm, com os custos estruturais que têm fazem pior do que um ALL IN doido na roleta.

Do lado do ALL IN doido tens o tipo que mete o que tem e o que não tem no vermelho da roleta. Se sair preto, capute ou vende o planeta que já não é dele para outro ALL IN a ver se recupera tudo. Uma martingalada doida e irresponsável.

Do lado mais Roquetiano da análise do negócio e é preciso tratar primeiro disto para depois tratar daquilo, vais matar o doente sim ou sim porque a redução abrupta de receitas (inevitavel) vai tornar o peso da divida cada vez menos suportável.

Hoje pedes 100 e tal milhões de financiamento com taxa de juro optimas no pressuposto que és o Porto hipercompetitivo de hoje com o perfil de receitas de hoje.

Se o Porto, pela via dessas dificuldades, se transforma no benfica da década de 90 / 2000 (quando nós encurtamos de forma inimaginavel o gap de grandeza entre os dois) o que nos espera no nosso tempo de vida é o que vimos até hoje do Sporting.

Isso empobrecerá o clube de tal forma (no sentido das receitas base que sustentam esta atividade) que esses tais 100 e tal milhões a pagar em décadas serão uma montanha ainda mais dificil de escalar do que a que temos hoje.

As receitas dum porta aviões de grande porte são tão estratosfericas e tão instaveis estruturalmente e dependentes de acasos desportivos e não desportivos (uma bola no poste pode custar 80 milhões, uma boa decisão numa ou 2 contratações mais de 100 milhões) que tudo o que se faça tem que ter como objetivo diminuir o grau dessa instabilidade aleatória.

Mas a diminuição desse grau de incerteza é tentar (sem ALL IN que nunca defendi ou estou a defender) subir essa probabilidade de 50% para 70%.
Para que só tenhamos 30% de hipoteses de perder 80 milhões.

Não é, como assistimos neste mercado de inverno,. transformar esses 50% para 10%. Aí aumentamos exponencialmente o grau de certeza do que vai acontecer, mas rebentamos com receitas presentes e futuras que são dificeis de contabilizar.

- Perda da Champions de 25/26

- Perda substancial de ranking da UEFA que nos últimos 10 anos (em comparação com o Sporting por exemplo) nos dava quase +10 Milhões ano só por sermos o Porto de sucesso passado e não o Sporting . Relembro que os prémios da UEFA diferenciavam os 32 competidores em mais de 1 milhão de euros por posição no ranking. Quem entrava na Champions com o 9.º melhor ranking ganhava só por isso + 10 milhões do que o 19.º

- Se o Mundial de Clubes em 2025 for um sucesso (e eu acredito que vai ser), as receitas de participação no Mundial de Clubes de 2029 subirão em flecha.
Se se mantiver a atual forma de apuramento, estamos virtualmente fora porque em 2 dos 4 anos elegiveis quem estará na Champions são Sporting e Benfica.
Não são só dezenas de milhões que perdemos. São dezenas que nós perdemos e que vão para o bolso de quem já hoje nos está a superar.

Isso, não é difícil de adivinhar, tornará cada vez mais dificil reverter o gap competitivo. Quanto mais supermercado das Antas nos tornamos, menos concorrência podemos fazer ao Pingo Doce.

- Receitas de transferências. Nos tempos em que o Sporting se arrastava pelo campeonato fabricou craques mundiais. Figos, CR7s e afins.
Onde estavam no ranking de receitas na tugalândia? Bem lá para baixo. Uma equipa de topo europeu face a outra mais modesta pode vender Helderes Barbosa a preço de Figo.

Não vale a pena fantasiarmos com Moras por 100 milhões se a competitividade da equipa não for um trampolim para o talento que cá estiver.
Temos varios exemplos de jogadores banais que foram vendidos por dezenas só porque estavam integrados numa grande equipa.

Isto para não falar em quotizações, lugares anuais, sponsors, bilheteira e afins. A histeria da eleição, do Portal do Sócio é boa porque traz gente, mas grande parte dessa gente só fica depois da histeria se a performance competitiva da equipa os entusiasmar.


Só vale a pena priorizar austeridade financeira quando o patamar de degredo desportivo for tal, que só um reset o justifique.

Compreendi melhor essa austeridade do 1.º ano do Bruno de Carvalho no Sporting (via Leonardo Jardim) do que a mudança de chip do Santana Lopes (altamente demagogo) para o José Roquete (um homem de negócios).

O Porto, felizmente, está longe disso ainda. Temos grandeza, ainda temos reputação, ainda temos ouro (basta ver as receitas que foram feitas por AVB em jogadores) e ainda não estamos a leguas de distância dos nossos rivais (não falo de 24/25, mas do geral).

O Laporta no Barcelona percebeu que com o Real Madrid restabelecido (pós 2 ou 3 anos de saída do CR7) só podia impedir a Bayernização de La Liga e a perpetuação da mediocridade culé com recurso a divida + investimento desportivo.

Penhorou receitas futuras e ia tudo para o prego para ir ao Lewandowski, ao Dani Olmo, ao Raphinha. Para investir no unico activo que lhes pode permitir sair do buraco onde se meteram.
Parece insano, mas num clube como o Barcelona não há alternativa.

O apelo que aqui faço é este: Não podemos ter exigência de portismo ao fim de semana (batendo no Anselmi e em tudo o que mexe) e conversa miserabilista de sócio do braga ou do vitória durante a semana que agora vamos às contas e depois vê-se o resto.

Eu não quero roletas, mas entre a roleta (que PdC fez varias vezes e que hoje só se relembra aas que correram mal e nos trouxeram a este ponto financeiro, esquecendo - por exemplo - as de 2003 ao não capitalizar o sucesso da Taça Uefa e a que se preparava para fazer também em 2011 para ver se 2012 replicava 2004) e o vamos pagar dividas, endireitar isto e depois atacamos a competitividade voto na insanidade da roleta.

Prefiro morrer sentindo que pode resultar, do que embarcar numa morte lenta, conformada e quase certa.

O Porto não é obrigado a ganhar o campeonato de 25/26 nem a ir à Champions de 26/27.
É obrigado a construir uma equipa que aumente ao máximo essas possibilidades e que nos faça acreditar a todos (para lá da fé portista) que esses são cenários possíveis via competição.
Barça não está safo, atenção.

O poder politico meteu se para os ajudar. Mas ainda se podem lixar à grande.

Mas compreendo o ponto de vista e concordo em parte.

Temos que arriscar um pouco, mas repara, tens a uefa nos nosso calos a questionar logo um impedimento suspenso.

A questão aqui como sair disto.

E acho, atendendo a falta de qualidade, ir investindo na formação, que sabe se nao sai um novo vitinha
 

RGalego

Chega de luto, o futuro é já ali!
12 Março 2012
12,952
15,011
Conquistas
6
35
Braga
  • André Villas-Boas
  • Sérgio Conceição
  • Jorge Costa
Eu até posso daqui a um ano e meio entender parte do fatalismo que impera sobre a gestão desportiva do clube.

Mas quando olho para as circunstâncias em que este mandato começou, a um mês de fechar contas, e de planear uma época em menos de um mês, esta crítica toda só pode ser fanatismo ou de má fé.

Teremos sempre que depender das receitas da UEFA mas achar que temos que orçamentar o clube com obrigatoriedade de liga dos campeões mais a realização de mais valias acima de 50 M€ nunca pode ser boa gestão nem caminho.

Neste momento urge reduzir passivo, e diminuir as receitas variáveis financeiras desportivas. Penso que o NGP AVB acredita que consegue fazer isso reduzindo consideravelmente os custos fixos e aumentar as receitas por isso vamos esperar para ver se consegue ou não.
 

JJC

Tribuna
26 Maio 2014
4,544
4,553
Há investimentos muito melhores. Contudo considero risco baixo/moderado e 5.5 é uma taxa relativamente alta. Para quem quem quer rentabilidades fixas este é bonzinho. Depois há o sentido de ajudar o clube que pesa na decisão.
5.5 brutos.

Há que considerar as comissões do banco, a taxa de retenção IRS e o horizonte temporal.

No banco que me enviou o prospecto, se investir 10 milhões e manter até 2028, o máximo que consigo é 3,766%.
 
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VisceraEater

Bancada central
28 Maio 2016
2,016
1,601
37
5.5 brutos.

Há que considerar as comissões do banco, a taxa de retenção IRS e o horizonte temporal.

No banco que me enviou o prospecto, se investir 10 milhões e manter até 2028, o máximo que consigo é 3,766%.
Sem duvida que é bruto como qualquer outra taxa de juro de qualquer outro investimento ou crédito. Se arrendares uma casa por 1000 euros por mes, a tua rentabilidade não é 12000 euros/ano.

sempre preferi ações e etf mas neste momento julgo que as ações americanas podem ser um erro. Aa europeias são uma miséria :)
 
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madeirafcp

Tribuna Presidencial
20 Maio 2012
10,519
14,974
Usou-se 16M€ para amortizar parte da dívida referente ao factoring feito sobre os direitos televisivos e que tinha uma taxa acima dos 10%, que fez o FC Porto perder dezenas de milhões de euros só para ter dinheiro para pagar contas urgentes e para não ser banido das competições, e critica-se….

A SAD está a trabalhar no sentido de reorganizar-se financeiramente e fazer desaparecer os empréstimos com taxas malucas de 8,9, 10% e que estão a estrangular o dia a dia do clube, e critica-se…..

Para muitos, a liquidez devia ser usada toda na equipa e as contas, bem as contas que se danem…… Quando a UEFA ou a FIFA ameaçarem, vende-se um qualquer ao desbarato e paga-se alguma coisa…. Ou então pedir dinheiro emprestado a sócios….

Só para relembrar a alguns mais esquecidos, o Vitinha só não foi vendido por 20M€ porque o Wolverhampton não quis.

Era este o modus operandi…..
 

VitorPT

Tribuna
14 Abril 2012
2,867
3,123
Por ai
Vamos deixar-nos de disputas eleitorais e falar apenas em tese.

Se eu sou gestor dum clube de média dimensão posso fazer hibernar transitoria e significativamente a capacidade competitiva para priorizar de forma clara a componente financeira.

Imagina que é o Braga que estava numa situação grave ou muito grave.
Podes desinvestir significativamente na equipa de futebol, limpar divida e custos ao mesmo tempo que perdes receitas (posso sempre vender o ouro que sobra, mas vou inevitavelmente ter menos ouro para vender amanhã).

Porventura o Braga passaria de ter 3% de possibilidades de ser campeão para 0%.
Passaria de 15% de possibilidades de discutir taças para 2%.
Passaria de 90% de possibilidade de se qualificar para as competições europeias para 60%.
Passaria de 50% de possibilidades de passar a fase de Liga das competições europeias para 20%.

Isto é possível de fazer num clube destes à escala portuguesa. o Guimarães passou por isto. Lembro-me do Rui Vitoria ter que fazer equipas com malta da B ou desconhecida.

É possivel porque sendo navios de médio/grande porte, o impacto desportivo do periodo de austeridade máxima não é significativo face à bitola normal.

As receitas de provas da UEFA, transacções de jogadores futuros (que são colhidas amanhã se forem plantadas com investimentos de hoje), perdas de bilheteira, quotizações, direitos de tv, sponsors, etc etc caem, mas como a escala desportiva e financeira é deste perfil pode ser uma boa medida de gestão fazê-lo.

Em clubes do patamar do Porto, do Barcelona quando regressa o Laporta e aquilo está num degredo, do Man Utd que está como está depois de anos de gestão doida é um erro estratégico fazer pause à competitividade desportiva até que a questão financeira fique mais controlada ou estabilizada.

A situação financeira só se controla ou estabiliza - nestes porta aviões - com competitividade desportiva.

As reduções percentuais de competitividade que falei acima para o Braga se transpostas para este perfil de clubes, com a escala que têm, com a concorrência que têm, com os custos estruturais que têm fazem pior do que um ALL IN doido na roleta.

Do lado do ALL IN doido tens o tipo que mete o que tem e o que não tem no vermelho da roleta. Se sair preto, capute ou vende o planeta que já não é dele para outro ALL IN a ver se recupera tudo. Uma martingalada doida e irresponsável.

Do lado mais Roquetiano da análise do negócio e é preciso tratar primeiro disto para depois tratar daquilo, vais matar o doente sim ou sim porque a redução abrupta de receitas (inevitavel) vai tornar o peso da divida cada vez menos suportável.

Hoje pedes 100 e tal milhões de financiamento com taxa de juro optimas no pressuposto que és o Porto hipercompetitivo de hoje com o perfil de receitas de hoje.

Se o Porto, pela via dessas dificuldades, se transforma no benfica da década de 90 / 2000 (quando nós encurtamos de forma inimaginavel o gap de grandeza entre os dois) o que nos espera no nosso tempo de vida é o que vimos até hoje do Sporting.

Isso empobrecerá o clube de tal forma (no sentido das receitas base que sustentam esta atividade) que esses tais 100 e tal milhões a pagar em décadas serão uma montanha ainda mais dificil de escalar do que a que temos hoje.

As receitas dum porta aviões de grande porte são tão estratosfericas e tão instaveis estruturalmente e dependentes de acasos desportivos e não desportivos (uma bola no poste pode custar 80 milhões, uma boa decisão numa ou 2 contratações mais de 100 milhões) que tudo o que se faça tem que ter como objetivo diminuir o grau dessa instabilidade aleatória.

Mas a diminuição desse grau de incerteza é tentar (sem ALL IN que nunca defendi ou estou a defender) subir essa probabilidade de 50% para 70%.
Para que só tenhamos 30% de hipoteses de perder 80 milhões.

Não é, como assistimos neste mercado de inverno,. transformar esses 50% para 10%. Aí aumentamos exponencialmente o grau de certeza do que vai acontecer, mas rebentamos com receitas presentes e futuras que são dificeis de contabilizar.

- Perda da Champions de 25/26

- Perda substancial de ranking da UEFA que nos últimos 10 anos (em comparação com o Sporting por exemplo) nos dava quase +10 Milhões ano só por sermos o Porto de sucesso passado e não o Sporting . Relembro que os prémios da UEFA diferenciavam os 32 competidores em mais de 1 milhão de euros por posição no ranking. Quem entrava na Champions com o 9.º melhor ranking ganhava só por isso + 10 milhões do que o 19.º

- Se o Mundial de Clubes em 2025 for um sucesso (e eu acredito que vai ser), as receitas de participação no Mundial de Clubes de 2029 subirão em flecha.
Se se mantiver a atual forma de apuramento, estamos virtualmente fora porque em 2 dos 4 anos elegiveis quem estará na Champions são Sporting e Benfica.
Não são só dezenas de milhões que perdemos. São dezenas que nós perdemos e que vão para o bolso de quem já hoje nos está a superar.

Isso, não é difícil de adivinhar, tornará cada vez mais dificil reverter o gap competitivo. Quanto mais supermercado das Antas nos tornamos, menos concorrência podemos fazer ao Pingo Doce.

- Receitas de transferências. Nos tempos em que o Sporting se arrastava pelo campeonato fabricou craques mundiais. Figos, CR7s e afins.
Onde estavam no ranking de receitas na tugalândia? Bem lá para baixo. Uma equipa de topo europeu face a outra mais modesta pode vender Helderes Barbosa a preço de Figo.

Não vale a pena fantasiarmos com Moras por 100 milhões se a competitividade da equipa não for um trampolim para o talento que cá estiver.
Temos varios exemplos de jogadores banais que foram vendidos por dezenas só porque estavam integrados numa grande equipa.

Isto para não falar em quotizações, lugares anuais, sponsors, bilheteira e afins. A histeria da eleição, do Portal do Sócio é boa porque traz gente, mas grande parte dessa gente só fica depois da histeria se a performance competitiva da equipa os entusiasmar.


Só vale a pena priorizar austeridade financeira quando o patamar de degredo desportivo for tal, que só um reset o justifique.

Compreendi melhor essa austeridade do 1.º ano do Bruno de Carvalho no Sporting (via Leonardo Jardim) do que a mudança de chip do Santana Lopes (altamente demagogo) para o José Roquete (um homem de negócios).

O Porto, felizmente, está longe disso ainda. Temos grandeza, ainda temos reputação, ainda temos ouro (basta ver as receitas que foram feitas por AVB em jogadores) e ainda não estamos a leguas de distância dos nossos rivais (não falo de 24/25, mas do geral).

O Laporta no Barcelona percebeu que com o Real Madrid restabelecido (pós 2 ou 3 anos de saída do CR7) só podia impedir a Bayernização de La Liga e a perpetuação da mediocridade culé com recurso a divida + investimento desportivo.

Penhorou receitas futuras e ia tudo para o prego para ir ao Lewandowski, ao Dani Olmo, ao Raphinha. Para investir no unico activo que lhes pode permitir sair do buraco onde se meteram.
Parece insano, mas num clube como o Barcelona não há alternativa.

O apelo que aqui faço é este: Não podemos ter exigência de portismo ao fim de semana (batendo no Anselmi e em tudo o que mexe) e conversa miserabilista de sócio do braga ou do vitória durante a semana que agora vamos às contas e depois vê-se o resto.

Eu não quero roletas, mas entre a roleta (que PdC fez varias vezes e que hoje só se relembra aas que correram mal e nos trouxeram a este ponto financeiro, esquecendo - por exemplo - as de 2003 ao não capitalizar o sucesso da Taça Uefa e a que se preparava para fazer também em 2011 para ver se 2012 replicava 2004) e o vamos pagar dividas, endireitar isto e depois atacamos a competitividade voto na insanidade da roleta.

Prefiro morrer sentindo que pode resultar, do que embarcar numa morte lenta, conformada e quase certa.

O Porto não é obrigado a ganhar o campeonato de 25/26 nem a ir à Champions de 26/27.
É obrigado a construir uma equipa que aumente ao máximo essas possibilidades e que nos faça acreditar a todos (para lá da fé portista) que esses são cenários possíveis via competição.
so li a primeira linha do teu post
 

Dias_21

“Faz tudo o que puderes pelo clube”
17 Janeiro 2018
32,838
44,734
Conquistas
5
Maia
  • Alfredo Quintana
Isto parece-me fácil. Dava-mos a presidência ao Koheler, com Baía a braço direito, volta o Luís Gonçalves, o J Marques, o mago das finanças que lá andava e isto num instante estava incrível!
Ia ser vendas top como Vitinha, Diaz, Taremi, Uribe, Brahimi, Herrera.
Era plantel de luxo, campeonatos atrás de campeonatos, zero dúvidas!

Não sei para que raio se foi eleger esta direção que está a endireitar o clube desde os alicerces e a tirá-lo do fair play financeiro.

Até o macaco podia ter ido ao Carnaval do Rio de Janeiro secalhar.
 

mega_dragon

Tribuna Presidencial
24 Junho 2012
12,074
18,297
portanto tu achas que em Portugal os títulos são consequência de gestão cuidada.

ok
Conquistar Títulos com regularidade, e refiro-me essencialmente a Campeonatos que é o principal objetivo, não é de certeza com gestão danosa, irresponsável, cheia de mamões a gravitar e com a UEFA a ser a nossa troika.

Ter uma gestão cuidada, para não dizer de alto nível, é o mínimo necessário para haver liquidez de investimento nos melhores jogadores ao nosso alcance, ter uma Academia que ofereça melhores condições de treino à Equipas Profissionais e Formação que por si alimente boa parte do plantel principal. Só assim é possível construir um Clube sólido.
 
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