Dois dedos de considerações.
... é de desconfiar de quem afirma não ter ou não ser influenciado por ideologias. Os pensamentos que amanhamos constroem-se, inevitavelmente, sobre as referências que temos e surgem-nos com todas as influências do contexto. Em certa medida, devemos até questionar se os pensamentos que temos são realmente nossos. Ignoro até que ponto seremos capazes de escapar à ideologia (em sentido lato). Desconfie-se das visões que se afirmam não-ideológicas e puramente racionais. Ah, a racionalidade, esse deus com pés de barro.
Não é razoável crer que a Rússia aceitaria a expansão da NATO nas suas fronteiras. Tal como os Estados Unidos não desejavam mísseis em Cuba ou não permitiram um qualquer pacto de Varsóvia que incluísse o México. Podemos discutir se sim ou se não, se é justo ou injusto, se os países têm ou não liberdade para aderir a determinados sistemas de aliança... a verdade, em última instância, é a do poder. A Rússia invadiu a Ucrânia e os ucranianos não encontram apoio suficiente para vencer a guerra. O que se fará agora?, essa é a questão.
Tal como se exigiram condenações sem "mas" aquando da invasão russa e dos actos de terrorismo do Hamas, a limpeza étnica levada a cabo por Israel não merece a mais pequena tibieza. Mais de 40 mil mortos, um território arrasado, escassa ajuda humanitária... não é esta a altura de enquadramentos.
... é de desconfiar de quem afirma não ter ou não ser influenciado por ideologias. Os pensamentos que amanhamos constroem-se, inevitavelmente, sobre as referências que temos e surgem-nos com todas as influências do contexto. Em certa medida, devemos até questionar se os pensamentos que temos são realmente nossos. Ignoro até que ponto seremos capazes de escapar à ideologia (em sentido lato). Desconfie-se das visões que se afirmam não-ideológicas e puramente racionais. Ah, a racionalidade, esse deus com pés de barro.
Não é razoável crer que a Rússia aceitaria a expansão da NATO nas suas fronteiras. Tal como os Estados Unidos não desejavam mísseis em Cuba ou não permitiram um qualquer pacto de Varsóvia que incluísse o México. Podemos discutir se sim ou se não, se é justo ou injusto, se os países têm ou não liberdade para aderir a determinados sistemas de aliança... a verdade, em última instância, é a do poder. A Rússia invadiu a Ucrânia e os ucranianos não encontram apoio suficiente para vencer a guerra. O que se fará agora?, essa é a questão.
Tal como se exigiram condenações sem "mas" aquando da invasão russa e dos actos de terrorismo do Hamas, a limpeza étnica levada a cabo por Israel não merece a mais pequena tibieza. Mais de 40 mil mortos, um território arrasado, escassa ajuda humanitária... não é esta a altura de enquadramentos.
Última edição: