Até ver, o nosso treinador a discursar/filosofar sobre a bola e a vida é top, operacionalizar os seus ditames, em especial nos jogos de maior grau de dificuldade (que esta temporada vão ser particularmente importantes devido à enorme diferença de qualidade patenteada entre grandes e restantes clubes), é que tem sido o fim da picada.
Mas ponhamos momentaneamente o sistema, as tácticas e as escolhas/gestão de jogadores de parte (ficará para um outro dia), a mim o que não me entra/não aceito de todo é o nível de medo/receio patenteado nessas partidas, entramos numa espiral de desespero, de anarquia, falta de confiança. Acho inaceitável. E pior... estamos cada vez mais assustadores nesse quesito a cada jogo difícil que passa. Começa a ser confrangedor... para não dizer mais. E não me venham com a conversa de que a equipa é nova, os jogadores são jovens e que recuam por iniciativa própria e não há nada a fazer.
Em praticamente todos estes momentos de importância vital (Bodo, Alvalade, Manchester, Lazio e Luz) temos sido exasperadamente passivos/expectantes ou quando conseguimos vantagem no marcador logo em seguida recuamos no terreno/deixamos de buscar o golo e tentamos de uma forma "pequena" apenas defender o resultado.
Isto não é nada e nada de bom nos trará! Vai contra os pergaminhos do FCP. Onde está a alma de Dragão? Onde está o pensar grande?
Quem manda? Quem exige? Quem treina? Quem ensina? Quem escolhe? Ou pelo menos devia. É bom que perceba que estamos a meados de Novembro e se começamos a época com uma Supertaça (não o esqueço) temos vindo a cair a cada jogo mais complicado. O encontro desta noite foi o culminar dessa "decadência".
Eu avisei sobre os perigos após a derrota em Bodo... a continuar por este caminho, mesmo que ainda nada esteja perdido, corremos o sério risco dessa Supertaça poder vir a ser o único troféu conquistado em 2024/2025 e com a agravante de podermos ver de novo a Champions por um canudo, com todas as implicações que isso terá para a competitividade e sustentabilidade do FC Porto nos próximos anos. Calendário pesado? Certo... há quanto tempo se sabe isso?
Volto a frisar, temos jogadores para jogar muito mais e melhor!
Se o AVB não se deve meter directamente nas questões técnicas e tácticas do jogos... tem todo o direito/dever de exigir uma outra atitude ao técnico principal (e atletas), uma outra forma de encarar estas ocasiões, uma atitude à Dragão em todos os jogos e não uma de quem precisa de comprar um cão quando sobe a dimensão da ocasião.