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quem? o pessoal do Chega?
esses é que se preocupam mais em saber se o criminoso é castanho ou não...
as vitimas são só carne para canhão.
Tiveste uma manifestação de gente que já decidiu que um criminoso de carreira foi vítima de um ataque racista por parte de um polícia sem saber o que verdadeiramente se passou.

Mas já que falas sobre a cor de pele: já se sabe qual é a etnia de quem atirou o cocktail molotov e do condutor do autocarro? Não vá a coisa ter acontecido por motivações racistas do criminoso...hoje em dia nunca se sabe!
 

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Não, não acho de mais. Nem de menos.
Portanto 25 anos é perfeito. Fantástico. Não podia ser um número mais aleatório, mas foi mesmo na mouche.

Não sabes é explicar porquê, mas como está no CP, concordas. Ok, fiquei esclarecido.
 

Cheue

12 Maio 2016
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Tiveste uma manifestação de gente que já decidiu que um criminoso de carreira foi vítima de um ataque racista por parte de um polícia sem saber o que verdadeiramente se passou.

Mas já que falas sobre a cor de pele: já se sabe qual é a etnia de quem atirou o cocktail molotov e do condutor do autocarro? Não vá a coisa ter acontecido por motivações racistas do criminoso...hoje em dia nunca se sabe!
sem saber o que se passou disseram wue atacou com uma faca.

quando se soube que não havia faca apareceu logo o cadastro todo, ao mesmo tempo...

o que não muda em nada o que se passou ou a investigação.

isso de dizer que não faz mal porque era um criminoso é novamente uma copia dos states, do que disseram do Floyd...

quem incendiou o autocarro tem que ser apanhado e preso, é esperar pela PJ, porque sr formos esperar pela PSP ainda apanham o gajo errado e lançam um comunicado a dizer que é o lider do Hamas ..
 
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sirmister

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21 Março 2008
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Com base nas previsões atuais, a Segurança Social portuguesa tem sustentabilidade garantida até 2070, e tens, ou deverias ter, o FEFSS precisamente para estabilizar o sistema em períodos mais conturbados. Sendo que o aumento das remunerações só viria reforçar o próprio sistema, por via de descontos maiores. Naturalmente, tens de encontrar formas de aumentar também as pensões, mas aqui também batemos num outro ponto que acho crucial e que tem a ver com os rendimentos e a falta de literacia financeira da população: considero absolutamente impensável alguém trabalhar durante 35 anos e chegar à reforma sem poupanças, sem investimentos financeiros, sem nada. Por muito que tenhas direito à tua pensão, não devia ser só ela a garantir a tua sobrevivência pós-laboral.
é importante definir do que estamos a falar.

Essa sustentabilidade é com base em uma taxa de substituição menor que 40%, falamos de um ordenado minimo receber 320 euros ajustados a inflação.



Nos dois posts em que me citaste, referi repetidamente que Portugal precisa de crescer e repensar o seu modelo. E isso passa por setores de maior valor agregado e a digitalização e a aplicação de IA em setores primários para melhorar a sustentabilidade desses setores que não devem desaparecer, mas que devem empregar menos pessoas.
Repara em números básicos dos setores: Tens 15 mil pescadores em Portugal com quotas a diminuírem e um volume de negócios de 335 milhões. 22 mil euros de produtividade por trabalhador direto. Nunca conseguirás pagar um salário decente, até porque esse trabalhador não está a trabalhar o ano inteiro. Reduzes o número de pescadores, garantes trabalho permanente e um salário adequado. O mesmo se passa na agricultura, e em muitos outros setores onde tens simplesmente demasiados recursos afetados que deveriam transitar para áreas mais qualificadas. Essa redução de postos de trabalho em setores não sustentáveis não deve ser encarada como uma perda, como os sindicatos referem, mas sim como uma evolução, sendo que o país tem de dar passos concretos rumo a outro modelo e requalificar estes trabalhadores. Numa escala mais pequena, os Açores estão a fazê-lo muito bem e os trabalhadores que estão a ser requalificados não acabam sequer a formação e já estão contratados, quer pelo mercado interno, como pelo estrangeiro.
Mas Portugal não está a repensar o modelo, pelo contrario está a reforçar a industria de baixo valor.

No caso da agricultura não estás a transitar mão de obra, estás a importar mão de obra para explorar com salários baixos alguns abaixo do mínimo, e dizer que vem fazer o trabalho que os portugueses não querem, e o setor cresceu nos últimos anos. A questão é isto é mau? depende..


Se limitas o desenvolvimento económico desses setores, claro que sim. Mas não há razão específica para insistir num sistema onde predomine o salário mínimo. Espanha é exemplo, porque tem um ambiente económico semelhante a Portugal, tem um rácio de dívida semelhante (até superior atualmente) a Portugal, tinha precisamente o mesmo problema de remunerações baixas que Portugal há uma década atrás. E está a aproximar-se do resto da Europa, apesar do seu estatuto periférico, porque assumiu essa remodelação. A indústria automóvel não cresceu só porque sim. Madrid não se tornou um centro digital só porque sim. Portugal não muda nada, mas quer que os resultados apareçam. Esperem sentados.
Espanha tem uma base industrial completamente diferente, e isso torna tudo diferente.

As coisas só mudam a medio longo prazo, e um pais que quisesse mudar não estaria a apostar em ir buscar mão de obra para trabalhos que os portugueses não querem.

A questão é, dava para mudar ou só dá para abrandar o declínio? se calhar a questão é essa, e se só der para abrandar o rumo provavelmente é o correto.
 

Vlk

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3 Junho 2014
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Portanto 25 anos é perfeito. Fantástico. Não podia ser um número mais aleatório, mas foi mesmo na mouche.

Não sabes é explicar porquê, mas como está no CP, concordas. Ok, fiquei esclarecido.
30 tb não me chocaria. Mas tendo em conta a evolução física e mental de qualquer ser humsno 25 parece-me bastante racional, humano, evoluído e respeitador da cultura judaico-cristã. Muito mais do que o binário nada ou a vida inteira.
 

DeZ

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30 tb não me chocaria. Mas tendo em conta a evolução física e mental de qualquer ser humsno 25 parece-me bastante racional, humano, evoluído e respeitador da cultura judaico-cristã. Muito mais do que o binário nada ou a vida inteira.
No limite, se alguém matar 100 pessoas em Portugal, ao fim de 25 anos está cá fora. A ti parece-te bem, a mim choca-me profundamente.
 

joaovilasboas

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Nem tu próprio acreditas no que estás a escrever de quem estás erradamente a insinuar que pensa assim.
Aqui aquilo que nos separa é unica e exclusivamente o facto de tu excluires uma unica pessoa do conjunto de vítimas.


Absolutamente, e com toda a convicção. E mais, tenho um orgulho enorme de pretencer a um país e à principal cultura do mundo (a ibérica) impulsionadora da abolição da pena de morte.
Desculpa, mas essa última frase é mesmo de quem não conhece o nosso sistema jurídico. Isso ou alguém extremamente ideológico (acredito mais na outra hipótese), pois o nosso limite de penas (que é de 20 anos; 25 é a exceção) é ridículo e faz jus à seguinte frase: "o crime compensa em Portugal".

E a nossa não foi a cultura impulsionadora da abolição da pena de morte. Aproveito também para negar a falsidade que se espalha para aí: o suposto facto de Portigal ter sido o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte. Não foi.
 

Vlk

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Desculpa, mas essa última frase é mesmo de quem não conhece o nosso sistema jurídico. Isso ou alguém extremamente ideológico (acredito mais na outra hipótese), pois o nosso limite de penas (que é de 20 anos; 25 é a exceção) é ridículo e faz jus à seguinte frase: "o crime compensa em Portugal".

E a nossa não foi a cultura impulsionadora da abolição da pena de morte. Aproveito também para negar a falsidade que se espalha para aí: o suposto facto de Portigal ter sido o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte. Não foi.
Ser ridículo ou não é pura matéria de opinião e não preciso de ser extremamente ideológico para o dizer. Basta teres em conta que PS, PSD e até CDS raramente puseram este limite em causa. Tb não me faz muito sentido achar que um sistema que não podencia propriamente a ocorrência de crimes violentos (em comparação com outros países) se possa chamar ridículo.

No último parágrafo estava-me a referir à prisão perpétua (que era o que estava implicitamente em causa) e não à pena de morte como erradamente escrevi.

PS: não tenho conhecimento profundo nem relevante no nosso sistema jurídico (como a maioria por aqui não terá) mas isso felizmente não me impede de ter uma opinião sobre o que acho razoável.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Desculpa, mas essa última frase é mesmo de quem não conhece o nosso sistema jurídico. Isso ou alguém extremamente ideológico (acredito mais na outra hipótese), pois o nosso limite de penas (que é de 20 anos; 25 é a exceção) é ridículo e faz jus à seguinte frase: "o crime compensa em Portugal".

E a nossa não foi a cultura impulsionadora da abolição da pena de morte. Aproveito também para negar a falsidade que se espalha para aí: o suposto facto de Portigal ter sido o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte. Não foi.
Mais do que a pena máxima (que acho baixa, btw, especialmente nos casos de cumulo jurídico), chateia-me que raramente seja cumprida até ao fim. E até já dei o exemplo de um amigo do meu pai, que foi morto a tiro pela razão mais banal possível e cujo assassino estava em liberdade 10 anos ou 11 anos depois. Não consigo entender isso.
 

joaovilasboas

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Ser ridículo ou não é pura matéria de opinião e não preciso de ser extremamente ideológico para o dizer. Basta teres em conta que PS, PSD e até CDS raramente puseram este limite em causa.

Estava-me a referir à prisão perpétua (que era o que estava implicitamente em causa) e não à pena de morte como erradamente escrevi.
Não é pura matéria de opinião se existe um consenso alargado na sociedade portuguesa sobre o facto de o crime compensar. Ora, esse problema não se deve, como é óbvio, à tipificação dos crimes, mas sim às suas molduras penais.

O nosso ordenamento jurídico-penal não dá resposta aos indivíduos imputáveis especialmente perigosos, que não se deixam intimidar como o Homem comum. Falamos de serial killers, violadores em série, etc.

A doutrina subjacente à conceção do fim das penas adotada pela ordem jurídica penal parte do pressuposto correto da ressocialização ou reintegração social do delinquente, exigência do Estado Social de Direito, mas deixa-se sobremaneira levar por essa tese, levando a problemas complexos.

Depois tens abortos jurídicos:

- Incentivo ou ajuda ao suicídio com pena até 3 anos

- Aborto da mulher grávida sem o seu consentimento de 2 a 8 anos

- Ofensa à integridade física grave (cortar um braço à vítima, tirar-lhe a capacidade cognitiva, castrá-la, etc.) de 2 a 10.

- Mutilação genital feminina de 2 a 10

- Escravidão de 5 a 15

- Violação de 1 a 6 anos; se for com violência, ameaça ou perante a inconsciência da vítima ou incapacidade desta de se defender, de 3 a 10 anos

- Abuso sexual de crianças punido com um máximo de 10 anos; se for "mero" assédio, até 5

- Pornografia de menores, de 1 a 5

- Roubo: de 1 a 8; se houver perigo para a vida ou ofensa à integridade física grave, de 3 a 15; se ocorrer daí a morte da vítima, de 8 a 16.

Portanto, sim, o sistema de penas é completamente, em bom português, fodido. Solução:

- Aumento global do limite de penas (que, mais uma vez, é de 20)

- Aumento da previsão penal dos crimes concretos

- Possibilidade de pena especialmente elevada ou até perpétua no caso de indivíduos imputáveis com idiossincrática tendência para a criminalidade.
 
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joaovilasboas

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Mais do que a pena máxima (que acho baixa, btw, especialmente nos casos de cumulo jurídico), chateia-me que raramente seja cumprida até ao fim. E até já dei o exemplo de um amigo do meu pai, que foi morto a tiro pela razão mais banal possível e cujo assassino estava em liberdade 10 anos ou 11 anos depois. Não consigo entender isso.
Nos exemplos que dei no meu outro post, nem fui pelo cúmulo jurídico, senão enervar-me-ia. A mesma coisa para a parte do processo penal.

Esses casos não podem acontecer. O que não faltam são Estados Sociais mais fortes que o nosso que não permitem esses casos; trata-se, no fundo, de proteger os mais frágeis ou os mais afetados por esses crimes.

O que não faltam, por exemplo, são feministas completamente contra a moldura penal dos crimes que afetam mais as mulheres. É uma coisa ridícula; como é que existe a possibilidade de um maluquinho provocar um aborto a uma mulher e ser punido apenas com 2 anos?
 

Vlk

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Não é pura matéria de opinião se existe um consenso alargado na sociedade portuguesa sobre o facto de o crime compensar. Ora, esse problema não se deve, como é óbvio, à tipificação dos crimes, mas sim às suas molduras penais.

O nosso ordenamento jurídico-penal não dá resposta aos indivíduos imputáveis especialmente perigosos, que não se deixam intimidar como o Homem comum. Falamos de serial killers, violadores em série, etc.

A doutrina subjacente à conceção do fim das penas adotada pela ordem jurídica penal parte do pressuposto correto da ressocialização ou reintegração social do delinquente, exigência do Estado Social de Direito, mas deixa-se sobremaneira levar por essa tese, levando a problemas complexos.

Depois tens abortos jurídicos:

- Incentivo ou ajuda ao suicídio com pena até 3 anos

- Aborto da mulher grávida sem o seu consentimento de 2 a 8 anos

- Ofensa à integridade física grave (cortar um braço à vítima, tirar-lhe a capacidade cognitiva, castrá-la, etc.) de 2 a 10.

- Mutilação genital feminina de 2 a 10

- Escravidão de 5 a 15

- Violação de 1 a 6 anos; se for com violência, ameaça ou perante a inconsciência da vítima ou incapacidade desta de se defender, de 3 a 10 anos

- Abuso sexual de crianças punido com um máximo de 10 anos; se for "mero" assédio, até 5

- Pornografia de menores, de 1 a 5

- Roubo: de 1 a 8; se houver perigo para a vida ou ofensa à integridade física grave, de 3 a 15; se ocorrer daí a morte da vítima, de 8 a 16.

Portanto, sim, o sistema de penas é completamente, em bom português, fodido. Solução:

- Aumento global do limite de penas (que, mais uma vez, é de 20)

- Aumento da previsão penal dos crimes concretos

- Possibilidade de pena especialmente elevada ou até perpétua no caso de indivíduos imputáveis com idiossincrática tendência para a criminalidade.
Essa enumeração de situações não vou por aí. Concordarei contigo na maioria, mas acho que não é relevante aqui. Estávamos a debater o tempo de pena máxima, não se havia outras situações paradoxais aqui no meio, que há concerteza.
E este máximo é uma questão principalmente política. E filosófica no sentido de questionar se deve ou não haver um máximo.

Relativamente ao consenso amplo posso andar muito distraído mas não o vejo. Não vi nenhum partido nos ultimos anos, à excepção do chega a colocar em causa o tempo de pena máxima. E não consigo sinceramente perceber a relação do aumento do tempo de pena máxima com a redução do crime, porque como já te disse, há muitos países com penas muito maiores ou perpétua com taxas de criminalidade maior.

Já agora por pura curiosisdade, que penas acharias que se ajustavam ao polícia e ao tipo que queimou o motorista, partindo do princípio que ambos são culpados? Esquece o sistema juridico e pensa só no sentido de justiça.
 

joaovilasboas

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Essa enumeração de situações não vou por aí. Concordarei contigo na maioria, mas acho que não é relevante aqui. Estávamos a debater o tempo de pena máxima, não se havia outras situações paradoxais aqui no meio, que há concerteza.
E este máximo é uma questão principalmente política. E filosófica no sentido de questionar se deve ou não haver um máximo.

Relativamente ao consenso amplo posso andar muito distraído mas não o vejo. Não vi nenhum partido nos ultimos anos, à excepção do chega a colocar em causa o tempo de pena máxima. E não consigo sinceramente perceber a relação do aumento do tempo de pena máxima com a redução do crime, porque como já te disse, há muitos países com penas muito maiores ou perpétua com taxas de criminalidade maior.

Já agora por pura curiosisdade, que penas acharias que se ajustavam ao polícia e ao tipo que queimou o motorista, partindo do princípio que ambos são culpados? Esquece o sistema juridico e pensa só no sentido de justiça.
A questão é que estas "situações paradoxais", que são a ampla maioria, estão em próxima ligação com a pena máxima, isto é, a sua moldura penal está compaginada com os tais 20 anos.

Esta é uma questão do Direito, da Criminologia, da Psicologia, da Psiquiatria, da Filosofia e da Política. Tudo influencia.

Pergunta à maioria dos juristas o que acha do limite das penas. Terás aí o consenso amplo. Todos os pontos que levantei mantêm-se.

Sobre essa hipótese, não te posso responder, porquanto a aplicação de uma pena faz-se em concreto. Depende da conjuntura do caso, do indivíduo, etc.

O que te posso dizer, contudo, é que, em boa parte dos crimes, colocaria a pena máxima prevista hodiernamente como pena mínima hipotética.
 

wolfheart

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30 Novembro 2015
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Não é pura matéria de opinião se existe um consenso alargado na sociedade portuguesa sobre o facto de o crime compensar. Ora, esse problema não se deve, como é óbvio, à tipificação dos crimes, mas sim às suas molduras penais.

O nosso ordenamento jurídico-penal não dá resposta aos indivíduos imputáveis especialmente perigosos, que não se deixam intimidar como o Homem comum. Falamos de serial killers, violadores em série, etc.

A doutrina subjacente à conceção do fim das penas adotada pela ordem jurídica penal parte do pressuposto correto da ressocialização ou reintegração social do delinquente, exigência do Estado Social de Direito, mas deixa-se sobremaneira levar por essa tese, levando a problemas complexos.

Depois tens abortos jurídicos:

- Incentivo ou ajuda ao suicídio com pena até 3 anos

- Aborto da mulher grávida sem o seu consentimento de 2 a 8 anos

- Ofensa à integridade física grave (cortar um braço à vítima, tirar-lhe a capacidade cognitiva, castrá-la, etc.) de 2 a 10.

- Mutilação genital feminina de 2 a 10

- Escravidão de 5 a 15

- Violação de 1 a 6 anos; se for com violência, ameaça ou perante a inconsciência da vítima ou incapacidade desta de se defender, de 3 a 10 anos

- Abuso sexual de crianças punido com um máximo de 10 anos; se for "mero" assédio, até 5

- Pornografia de menores, de 1 a 5

- Roubo: de 1 a 8; se houver perigo para a vida ou ofensa à integridade física grave, de 3 a 15; se ocorrer daí a morte da vítima, de 8 a 16.

Portanto, sim, o sistema de penas é completamente, em bom português, fodido. Solução:

- Aumento global do limite de penas (que, mais uma vez, é de 20)

- Aumento da previsão penal dos crimes concretos

- Possibilidade de pena especialmente elevada ou até perpétua no caso de indivíduos imputáveis com idiossincrática tendência para a criminalidade.
Não achas que penas cumulativas, resolviam algumas situações ? Hipoteticamente o atentado de Atocha em Espanha, aqui todos estariam já livres.
Sou contra a pena de morte, até contra a perpétua (definitiva) mas acho que não podemos condenar a 25 anos ( que nem sequer vão ser cumpridos ) alguém que mate 15 ou 20 pessoas num acto, de uma só vez.
 

Vlk

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A questão é que estas "situações paradoxais", que são a ampla maioria, estão em próxima ligação com a pena máxima, isto é, a sua moldura penal está compaginada com os tais 20 anos.

Esta é uma questão do Direito, da Criminologia, da Psicologia, da Psiquiatria, da Filosofia e da Política. Tudo influencia.

Pergunta à maioria dos juristas o que acha do limite das penas. Terás aí o consenso amplo. Todos os pontos que levantei mantêm-se.

Sobre essa hipótese, não te posso responder, porquanto a aplicação de uma pena faz-se em concreto. Depende da conjuntura do caso, do indivíduo, etc.

O que te posso dizer, contudo, é que, em boa parte dos crimes, colocaria a pena máxima prevista hodiernamente como pena mínima hipotética.
Não acho que a pena máxima deva ser uma decisão dos juristas mas sim da sociedade. Daí achar que o consenso relevante neste caso terá que ser político. De qualquer forma como indivíduo (de 45 anos, porque acho isso relevante) continuo a não ver uma justificação suficientemente forte para que se aumente dos 25 anos.

PS: não tem a ver com o argumento mas só deixar como curiosidade para quem quiser:

1730229647368.png
 
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Vlk

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Não achas que penas cumulativas, resolviam algumas situações ? Hipoteticamente o atentado de Atocha em Espanha, aqui todos estariam já livres.
Sou contra a pena de morte, até contra a perpétua (definitiva) mas acho que não podemos condenar a 25 anos ( que nem sequer vão ser cumpridos ) alguém que mate 15 ou 20 pessoas num acto, de uma só vez.
Finalmente concordamos em alguma coisa. A questão é que Epanha tb não tinha prisão perpétua e introduziu essa alteração foi precisamente por causa do terrorismo, que não existe cá em Portugal.
 
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Nunca li ninguém aqui a defender os atos de vandalismo. Ninguém.
E tu achas que aquele comentário miserável deve passar em branco sem qualquer crítica? A mim dá-me nojo. Muda-lhe as "cores" e é um comentário que qualquer um dos criminosos que atacou o autocarro faria em sentido contrário. São farinha do mesmo saco que vivem bem numa sociedade violenta e autoritária.
Grande camarada. Sempre em altas.

Agora imolar um inocente é apenas um acto de vandalismo.

São estes artistas que andam aqui a pregar tolerância e compreensão ahahaha. Sabes lá o que é isso. A máscara já vos caiu há muito.
 
DeepBlue

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Não sabia muito bem onde colocar isto, por enquanto fica por aqui, não sei se já alguém falou nisto, mas tinha de dizer algo.
Deixo aqui à atenção de todos, e em particular de @administrador , @apocalypto , @otilious e @Roberto_FCP porque se for alguém que pertence ao Portal (diria que a possibilidade de ser é substancial)... não devia ficar impune.

Quero expressar a minha solidariedade ao @apocalypto perante o que me chegou à minha atenção hoje.

Vitima de um ataque vil (com publicação da foto dele ao estilo dos cartazes dead or alive do antigo faroeste) no X por parte de um qualquer ser que navega na fossa cada vez maior em que se está a transformar o ex-Twitter e que só pode ser classificado como uma viúva ressabiada e louca. Uma canalhice.


O que se passou:


E agora também me mostraram que atacou o @Vieira_Amares .



Mas o que é isto? A que ponto se chegou? Abriu a época de caça aos nossos moderadores (ou ex-moderadores)?


Força, Iván!

Força, Amares!
 
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