A posição mais fácil em toda a filosofia é ser ateu. A lógica indica que devemos rejeitar a existência de uma divindade, porquanto não a vemos.
O ónus da prova recai sobre todo aquele que fizer uma asserção. Quando um ateu diz que "Deus não existe", tem também de comprovar a sua afirmação.
Peço desculpa, mas os ateus conseguem ser tão pedantes como um religioso fundamentalista. Um Christopher Hitchens era tão pedante como um bispo ultraconservador.
Eu, pelo menos, não consigo ouvir um "acredito em Deus" ou "não acredito em Deus" e ter um impulso fortíssimo para tentar refutar a contraparte.
E devo dizer que não são poucos ateus que são assim, até é bastante frequente.
Debates como este são muito mais produtivos, porque é uma mera exposição de argumentos sem tentar enfiar as nossas convicções pela goela abaixo. Aliás, permite-me jogar com os argumentos de ambas as partes.
"O ónus da prova recai sobre todo aquele que fizer uma asserção. Quando um ateu diz que "Deus não existe", tem também de comprovar a sua afirmação."
Podíamos entrar pelo caminho do agnosticismo mas nunca gostei do "nim".
Olho para o universo aonde existem mais estrelas que grãos da areia e dá para entenderes aonde quero chegar, o universo caótico que existe, uma estrela que existe acaba por deixar de existir e centenas de milhões anos forma-se outra ou outras, isso já sabemos e muitas outras coisas saberemos a maior parte delas já sem existirmos e se os vindouros ainda existirem e não é certo que isso venha a acontecer daqui não sei a quantos anos ou séculos.
O tema,para mim, relaciona-se em parte com a astronomia e simplificando, resumindo, com seres extraterrestres - a existirem ou a algum dia termos conhecimento deles vamos ser confrontados como serão, se existem baseados no carbono ou não, se o nosso ciclo terrestre é de 24h basta haver outro habitat cujo ciclo seja diferente para gerar seres completamente diversos de nós e aí entenderíamos que a nossa postura da ideia de "raça ou etnia" na Terra é absurda mas estou a ir por caminhos que não são o tema e daria horas e horas de conversa.
O essencial é isto abaixo;
Em termos simplistas;
Ateus não acreditam em afirmações da existência de uma divindade. Defendem que o ônus da prova é sobre aqueles que dizem que há um deus. O agnóstico não acredita em afirmações de que a existência de divindades possam ser provadas. Da mesma forma, porém, não nega a existência de Deus ou deuses.
Em tempos idos eu entrava nestas discussões mas foi tempo e era tempo perdido por uma razão óbvia para mim; Difícilmente eu iria convencer o crente por muitos argumentos e evidências que lhe disssesse e não de início, a vida é para aprendermos e evoluir no sentido de compreendermos as pessoas, mas desde há alguns anos que cheguei à conclusão que muita gente precisa de acreditar em algo de sobrenatural para conseguir viver, em muitos casos sem isso não viviam ou viviam num vácuo, a minha "missão" digamos não é convencer as pessoas da inexistência de um criador já para os crentes é digamos uma exigência tentar justificar as suas crenças e quiçá converter o outro.
Quando a conversa se proporciona, e cada vez no meu caso se proporciona menos, a minha pergunta é quem criou o criador e não existe resposta ou a resposta é que existiu sempre e acaba aí a conversa - saem como vencedores porque não estou para perder tempo.