Ainda há dias saiu um estudo que aponta para a necessidade de 160 mil imigrantes por ano só para manter a economia portuguesa à tona. Nem é para a fazer crescer, é só para sobrevivência.
Poderíamos e bem debater o impacto da imigração nos subsistemas do Estado e sobre as infraestruturas nacionais e teríamos um debate muito interessante, e que é imperativo, no sentido de fazer crescer o país na ótica de um crescimento dos suporte existentes e que foram planeados para 9 milhões de pessoas, quando nos aproximamos dos 11 milhões. Mas isto é um problema positivo.
Não é isso que faz a extrema direita, nem os infelizes que marcham contra a imigração. Falam de identidade, criminalidade e de segregação à boca cheia, e depois ficam ofendidos por lhes chamarem de xenófobos e racistas.
A economia. A nossa bela economia.
Isso é a afloração da ideia que a nossa economia é tão má que investe apenas em mao-de-obra mal paga e empregos precários.
A imigração é um instrumento social e económico que precisa de ser pensado politicamente, ninguém pensa. Aliás ninguém pensa o país.
E emitir quase tantos vistos de residência em 2023 como os que existiam ao todo em 2015 merece uma avaliação política e social.
O sistema capitalista desenvolveu-se para isto porque nao tem mais soluções e agora (como sempre) vende-se a ideia que é a unica forma de sobrevivência.
A imigração é um assunto entregue à baixaria, parte a parte, está entregue a gente ou sem escrupulos ou sem dimensão ou ambos.
Ninguém discute o país com dimensao intelectual e maturidade política, o país está entregue a mini-tribos, entregue à politica baixa, de gente baixa.
Enquanto assim for, nao se sai disto.
Pela Europa e mundo fora, a política de imigração é um tema fulcral nesta altura ou o que resta de decente na classe política pega no tema, pensa-o e fala ao povo de forma madura, adulta e inteligente ou tudo isto continuará entregue ao nível rasca.
A classe política foi eleita por portugueses, para defender os portugueses, nao é uma opinião é um facto.
Tem outras obrigações mas entre as principais está melhorar as condições de vida e o futuro dos portugueses, é acoma de tudo para os portugueses que tem que falar, é sobre Portugal que tem que pensar.
E a sensação clara que existe é que nao ha soluções nenhumas, nem ninguém com capacidade para pensar o futuro das nações porque para isso é preciso capacidade e categoria para repensar o sistema.
O capitalismo actual subverte tudo o que o pode por em causa, subverte e torna em mercadoria e neste momento nações, povos sao mercadorias, porque consideram que antes isso do que limitar e alterar o sistema.
A actual política para o país é um sinal de incapacidade, estamos nas maos duma economia miserável que gerará menos e menos riqueza.
Era preciso colocar como prioridade a riqueza do país, o progresso do país mas a realidade é q cada vez mais somos das piores economias da Europa.
Deve-se a uma série de factores mas acima de tudo à pior classe política em democracia, a uma classe política abjecta, militantista, sem ideias, sem dimensao, estamos entregues a gente rasca sem coragem nem categoria para pensar o país.
Mas o mais estranho de tudo isto é a sensação de colonização mental e não é por partes dos coitados dos imigrantes, que na sua absoluta esmagadora maioria sao pessoas aflitas, é por parte da classe política, gente que aqui nao vive mentalmente e nao tem uma unica ideia propria designada para a nossa realidade muito própria.
Quem acha que o actual rumo vai ter bom porto anda a dormir e quem acha que a culpa é da direita ou da esquerda anda a dormir, a razao é que o sistema decide o que permite, o dinheiro decide o que permite e o que permite é a dissolução da estrutura actual para um maior e mais extenso federalismo.