Política Nacional

Almadedragao

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16 Julho 2018
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  • Reinaldo Teles
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  • Jorge Costa
Ainda há dias saiu um estudo que aponta para a necessidade de 160 mil imigrantes por ano só para manter a economia portuguesa à tona. Nem é para a fazer crescer, é só para sobrevivência.

Poderíamos e bem debater o impacto da imigração nos subsistemas do Estado e sobre as infraestruturas nacionais e teríamos um debate muito interessante, e que é imperativo, no sentido de fazer crescer o país na ótica de um crescimento dos suporte existentes e que foram planeados para 9 milhões de pessoas, quando nos aproximamos dos 11 milhões. Mas isto é um problema positivo.

Não é isso que faz a extrema direita, nem os infelizes que marcham contra a imigração. Falam de identidade, criminalidade e de segregação à boca cheia, e depois ficam ofendidos por lhes chamarem de xenófobos e racistas.
Onde se pode ver esse estudo?
 

sirmister

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21 Março 2008
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O Montenegro é gajo para meter uma proposta no orçamento do género, o "PNS tem que beijar os pés ao doutor Montenegro todos os dias", só para ver se o PS chumba.

 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
1. Se existem problemas de segurança graves em país x, necessariamente existirão problemas de segurança no país y quando uma vasta quantidade de imigrantes do país x for para lá.
A existência de problemas de segurança num país de origem não significa que os imigrantes irão trazer consigo tais problemas. Em muitos casos, esses imigrantes estão a fugir exatamente desses riscos e situações de insegurança, e estão à procura de estabilidade e melhores condições de vida.

2. Se o país x tem uma cultura que desrespeita direitos fundamentais plasmados há muito no país y, então necessariamente existirá um choque quando uma vasta quantidade de imigrantes daquele país chegar ao y.
Depende da cultura. Muitas vezes o desrespeito pelos direitos fundamentais vem das elites repressivas e não tem correspondência no povo. Mas sim, há sempre esse risco e aí é que tem que haver uma politica activa de integração e educação cívica e até de esforço de acolhimento da própria população local.

3. A maioria dos crimes sexuais não são reportados.
Não sei se é a maioria mas é verdade que muitos não são. Mas nunca foram, não é fenómeno que tenha começado em 2022. E muitas vezes não eram reportados porque a grande maioria era cometida por familiares e amigos próximos, ou por um adulto em posição dominante e uma queixa pode ter muitas outras consequências. É a mesma coisa nos casos da violência doméstica, muitos também não são reportados.

4. Não é "os portugueses não querem fazer os trabalhos", é "os portugueses não querem receber abaixo do salário mínimo para fazer certos trabalhos". Os patrões fazem parte do problema.
Concordo.

5. Não, não existe contribuição positiva para o Estado social (grosso modo).

Quem trabalha na área da saúde sabe que o país não está pronto para este fluxo massivo de imigração.

Ao inglês bêbado em Albufeira, ao espanhol perdido nas montanhas ou ao brasileiro que vem com as gémeas é exigível uma soma pecuniária em troca dos cuidados de saúde prestados.

É obrigatório um dever de assistência, não um dever de gratuitidade.
Um saldo de 1.604,2 milhões de euros entre aquilo que contribuíram e o que receberam em prestações não é propriamente despiciendo.

6. É engraçado que os governos pela Europa fora, de esquerda ou de direita, já concluíram que esta imigração descontrolada traz insegurança e traduz-se num aumento de crimes. Só aqui em Portugal é que isto é um tabu.
O aumento dos crimes têm sido residual comparado com a entrada da imigração e nos concelhos onde há mais imigração nem há uma relação directa com o aumento da criminalidade. Por outro lado, há muito menos crimes agora do que havia nos anos 90, todas as métricas indicam isso.

Mas acima de tudo acho que estamos a comparar 2 ou 3 anos de imigração em massa para Portugal com países com décadas de entrada de imigrantes e com problemas que já vêm muito de trás, como a imigração massiva de pessoas das ex-colónias (norte de África para França) ou de países muito específicos (turcos na Alemanha).

7. Os que são tão a favor de um fluxo enorme de imigrantes usam sempre argumentos económicos para defender a sua entrada. Mas estamos a falar de pessoas ou de objetos? Se o Estado social não funciona na sua plenitude para quem já estava cá, quanto mais para quem vem. Estamos a falhar com estas pessoas, que não raro vêm com uma mão atrás e outra à frente, ao deixá-las vir para Portugal sem lhes garantirmos condições condizentes com a sua dignidade.

Para quem é da AMP, por favor veja as condições de trabalho dos motoristas da UNIR. Falem com eles. Registem as condições deploráveis em que trabalham, propiciadas por ENTIDADES PÚBLICAS.

Gente trabalhadora e de bem a ser explorada pelo Estado português.
Eu acho que ninguém é a favor de um fluxo enorme de imigrantes em sentido abstracto. É a favor de políticas de integração, como o ensino da língua, oportunidades de emprego, acesso à saúde e programas de apoio social. E é aí que a doutrina diverge: de um lado temos pessoas que dizem que como não lhes podemos garantir isso não devemos deixar entrar mais ninguém (ou deve haver quotas). Do outro lado temos pessoas que dizem que, uma vez que ainda precisamos de imigração e que temos uma boa tradição de acolhimento, temos que fazer um esforço para lhes dar as garantias necessárias para serem bem integrados. Estou neste segundo grupo.

8. Se atentarmos ao meu ponto 4, veremos que de facto existe uma perda de trabalhos da população portuguesa, que NÃO SE DEVE aos imigrantes, ou seja, não é nenhum roubo. É culpa dos patrões.
Concordo.

9. Os próprios imigrantes que tiveram de trabalhar e suar para se legalizarem são contra os que vêm para cá ilegais. Com esses, a tolerância deve ser ZERO. Portugal só cumpre 4% das ordens de expulsão de estrangeiros.
Não sei, eu acho que em certos contextos se deve fazer um esforço para os legalizar. Depende de quem são, de onde vieram e da forma como cá chegam.

10. Os imigrantes mais ricos provocam inflação.
Certo. No mercado imobiliário, na restauração, no custo de vida de quem tem que ir viver para as periferias.

11. A maioria da população é contra a situação atual no tocante da imigração. A maioria da população não vota no Chega.
São ambos factos, impossível contrariar.

12. Isto sendo dito, a manifestação de ontem do Chaga tem de ser CONDENADA, aquilo nada mais é que um desfile de racismo e xenofobia.
Concordo. São livres de se manifestar mas tudo aquilo é repugnante.
 
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Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • Campeão Nacional 19/20
  • José Maria Pedroto
Ainda há dias saiu um estudo que aponta para a necessidade de 160 mil imigrantes por ano só para manter a economia portuguesa à tona. Nem é para a fazer crescer, é só para sobrevivência.

Poderíamos e bem debater o impacto da imigração nos subsistemas do Estado e sobre as infraestruturas nacionais e teríamos um debate muito interessante, e que é imperativo, no sentido de fazer crescer o país na ótica de um crescimento dos suporte existentes e que foram planeados para 9 milhões de pessoas, quando nos aproximamos dos 11 milhões. Mas isto é um problema positivo.

Não é isso que faz a extrema direita, nem os infelizes que marcham contra a imigração. Falam de identidade, criminalidade e de segregação à boca cheia, e depois ficam ofendidos por lhes chamarem de xenófobos e racistas.
A economia. A nossa bela economia.

Isso é a afloração da ideia que a nossa economia é tão má que investe apenas em mao-de-obra mal paga e empregos precários.

A imigração é um instrumento social e económico que precisa de ser pensado politicamente, ninguém pensa. Aliás ninguém pensa o país.
E emitir quase tantos vistos de residência em 2023 como os que existiam ao todo em 2015 merece uma avaliação política e social.

O sistema capitalista desenvolveu-se para isto porque nao tem mais soluções e agora (como sempre) vende-se a ideia que é a unica forma de sobrevivência.

A imigração é um assunto entregue à baixaria, parte a parte, está entregue a gente ou sem escrupulos ou sem dimensão ou ambos.
Ninguém discute o país com dimensao intelectual e maturidade política, o país está entregue a mini-tribos, entregue à politica baixa, de gente baixa.

Enquanto assim for, nao se sai disto.

Pela Europa e mundo fora, a política de imigração é um tema fulcral nesta altura ou o que resta de decente na classe política pega no tema, pensa-o e fala ao povo de forma madura, adulta e inteligente ou tudo isto continuará entregue ao nível rasca.

A classe política foi eleita por portugueses, para defender os portugueses, nao é uma opinião é um facto.
Tem outras obrigações mas entre as principais está melhorar as condições de vida e o futuro dos portugueses, é acoma de tudo para os portugueses que tem que falar, é sobre Portugal que tem que pensar.

E a sensação clara que existe é que nao ha soluções nenhumas, nem ninguém com capacidade para pensar o futuro das nações porque para isso é preciso capacidade e categoria para repensar o sistema.

O capitalismo actual subverte tudo o que o pode por em causa, subverte e torna em mercadoria e neste momento nações, povos sao mercadorias, porque consideram que antes isso do que limitar e alterar o sistema.

A actual política para o país é um sinal de incapacidade, estamos nas maos duma economia miserável que gerará menos e menos riqueza.
Era preciso colocar como prioridade a riqueza do país, o progresso do país mas a realidade é q cada vez mais somos das piores economias da Europa.
Deve-se a uma série de factores mas acima de tudo à pior classe política em democracia, a uma classe política abjecta, militantista, sem ideias, sem dimensao, estamos entregues a gente rasca sem coragem nem categoria para pensar o país.

Mas o mais estranho de tudo isto é a sensação de colonização mental e não é por partes dos coitados dos imigrantes, que na sua absoluta esmagadora maioria sao pessoas aflitas, é por parte da classe política, gente que aqui nao vive mentalmente e nao tem uma unica ideia propria designada para a nossa realidade muito própria.

Quem acha que o actual rumo vai ter bom porto anda a dormir e quem acha que a culpa é da direita ou da esquerda anda a dormir, a razao é que o sistema decide o que permite, o dinheiro decide o que permite e o que permite é a dissolução da estrutura actual para um maior e mais extenso federalismo.
 
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Cheue

12 Maio 2016
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incrível como o governo acabou com a manifestação de interesse, vem um ministro anunciar que os pedidos de residência baixaram 80% (!) e mesmo assim continua a conversa de portas abertas e fronteira aberta blablabla

os que mais são contra os imigrantes são também os primeiros a ignorar essas noticias.
porque no fundo o que querem é estar muito indignados e zangados...
a narrativa depende disso e um partido depende disso, os 'resistências lusitanas', e 'europeus contra o racismo' e demais cheganos depois pegam em quê?...
 

sirmister

Tribuna Presidencial
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incrível como o governo acabou com a manifestação de interesse, vem um ministro anunciar que os pedidos de residência baixaram 80% (!) e mesmo assim continua a conversa de portas abertas e fronteira aberta blablabla

os que mais são contra os imigrantes são também os primeiros a ignorar essas noticias.
porque no fundo o que querem é estar muito indignados e zangados...
a narrativa depende disso e um partido depende disso, os 'resistências lusitanas', e 'europeus contra o racismo' e demais cheganos depois pegam em quê?...
Em nada e nas proximas eleições o Chega passa de 50 para 15 deputados.
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • Campeão Nacional 19/20
  • José Maria Pedroto
Ninguém se vai revoltar contra este negócio da EFACEC.
Este país é saqueado por dolo ou incompetência e negligência e siga...ninguem exige consequências.

É assim há décadas.
 

Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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Revoltar por causa da..EFACEC ?

No mesmo país em que vendeste a REN ao partido comunista chinês ?

Ou a privatização da ANA que mete nas mãos de um privado a gestão dos aeroportos ?

Ou a TAP ao Neelman em que o dinheiro que o gajo era suposto gastar..foi o dinheiro da própria TAP ?

Eu bem sei que o actual governo tem uma simpatia particular por parte da comunicação social, nomeadamente tv's, mas calma.
 

Yggyfcp

Bancada central
25 Maio 2019
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Revoltar por causa da..EFACEC ?

No mesmo país em que vendeste a REN ao partido comunista chinês ?

Ou a privatização da ANA que mete nas mãos de um privado a gestão dos aeroportos ?

Ou a TAP ao Neelman em que o dinheiro que o gajo era suposto gastar..foi o dinheiro da própria TAP ?

Eu bem sei que o actual governo tem uma simpatia particular por parte da comunicação social, nomeadamente tv's, mas calma.
Pergunta:
Preferes vender e encaixar dinheiro...ou preferes injeitar dinheiro e perder dinheiro?
na TAP...quanto se injetou já até agora? mais de 3000 milhoes foi isso?
É uma pergunta sem cor politica.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Cada um fala do seu caso. O meu é mais ou menos público, até porque um deles teve direito a tópico (saudades da Conceição). Passei profissionalmente por Portugal, Angola e agora estou na Holanda. Pelo menos naquilo que é o meu trabalho, não há comparações possíveis no que toca a compensação financeira. Não é um bocadinho mais, é converter o bruto em líquido ou mais ainda.

A realidade dos salários em Portugal será sempre um factor de saída do país. Nem falo da carga fiscal, que na Holanda eles não são meigos. A única coisa que me prende a Portugal, e aí referes e muito bem, é a namorada e filha pelos quais viajo semanalmente.
Andamos pela mesma zona então. No meu caso, a escolha foi pessoal. No ano passado comecei a namorar uma holandesa e temos andado a fazer um esforço para a coisa resultar. Ganhava mais financeiramente em ficar na Alemanha, mas a proposta que tinha obrigar-me-ia a mudar para Munique. Se já estava farto de vir a Amesterdão todas as semanas partindo de Hamburgo, a partir de Munique seria insustentável. Gabo-te esse esforço de ir a Portugal, numa situação dessas ou voltaria a Portugal ou obrigava a mulher a vir também.

Não ganhava mal em Portugal, mas como gestor, os projetos a nível internacional, especialmente em áreas de R&D, são uma realidade absolutamente distinta e indiscutivelmente mais atraente. A carga fiscal, ou melhor, os impostos sobre rendimentos, são praticamente semelhantes por toda a Europa. Os portugueses é que gostam de espernear sobre impostos altos, mas o problema português mantém-se: rendimentos baixos.

Onde se pode ver esse estudo?

A economia. A nossa bela economia.

Isso é a afloração da ideia que a nossa economia é tão má que investe apenas em mao-de-obra mal paga e empregos precários.
Não. Tem a ver com a redução demográfica que o país enfrenta sem imigração e a necessidade de ter recursos humanos suficientes para evitar contração económica a nível empresarial.
 
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PDuarte

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16 Maio 2017
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Andamos pela mesma zona então. No meu caso, a escolha foi pessoal. No ano passado comecei a namorar uma holandesa e temos andado a fazer um esforço para a coisa resultar. Ganhava mais financeiramente em ficar na Alemanha, mas a proposta que tinha obrigar-me-ia a mudar para Munique. Se já estava farto de vir a Amesterdão todas as semanas partindo de Hamburgo, a partir de Munique seria insustentável. Gabo-te esse esforço de ir a Portugal, numa situação dessas ou voltaria a Portugal ou obrigava a mulher a vir também.

Não ganhava mal em Portugal, mas como gestor, os projetos a nível internacional, especialmente em áreas de R&D, são uma realidade absolutamente distinta e indiscutivelmente mais atraente. A carga fiscal, ou melhor, os impostos sobre rendimentos, são praticamente semelhantes por toda a Europa. Os portugueses é que gostam de espernear sobre impostos altos, mas o problema português mantém-se: rendimentos baixos.
Existe ainda outro factor... A percepção de utilização do dinheiro público. Vivo em Den Bosch e viajo para Eindhoven sempre que cá estou, e estradas, saúde, transportes públicos, não tenho reclamação. Corrupção certamente haverá, é natureza humana, mas as coisas aparentemente funcionam.

Do ponto de vista pessoal e remuneratório, concordamos certamente que não há forma de Portugal competir com a paridade de poder de compra dos países da Europa Central... Não dá. Mesmo pagando o balúrdio de impostos, há efectivamente mais no final de cada mês.