“No FC Porto já é difícil empatar, quanto mais perder”
Vítor Bruno lamentou o desfecho da viagem à Noruega no arranque da Liga Europa
O FC Porto não entrou com o pé direito na fase de liga da Liga Europa ao perder nesta quarta-feira diante do Bodø/Glimt, por 3-2, na Noruega, em partida relativa à 1.ª jornada. Após o duelo frente a um adversário que foi “forte, organizado e vertiginoso”, Vítor Bruno reconheceu que os Dragões nunca sentiram o jogo “totalmente controlado”, mas agora é essencial encarar o próximo “com uma mentalidade diferente”. “Os campeões têm que dar passos em frente e quem veste a camisola do FC Porto não pode ficar a chorar no molhado”, acrescentou o treinador.
Um resumo do jogo
“Começámos bem, é verdade, a chegar com facilidade à área do adversário e a explorar o que preparámos. Sentíamos que era uma debilidade deles as saídas por fora e conseguimos controlar isso e aparecer bem no último terço. O nosso primeiro golo nasce daí, mas nunca sentimos o jogo totalmente controlado. Encontrámos um adversário forte, difícil e a chegar rápido à nossa baliza. Faltou-nos alguma agressividade e o número de faltas na primeira parte era um indicador disso mesmo. Falámos disso ao intervalo e, quando mexemos, sofremos o 3-1. Depois foi tentar, tivemos muitas aproximações e estacionámos a equipa em cima da área, mas com muito coração e muito jogo flanqueado. Tentámos encontrar espaços, mas eles fecharam-se bem e agarraram-se ao que tinham conquistado. Perdemos e não adianta pensar mais neste jogo, agora temos de atacar o próximo jogo com uma mentalidade diferente.”
Os ataques rápidos dos noruegueses
“Os ataques rápidos são uma arma deles e fazem-nos bem. Não creio que tenha sido uma má abordagem após o 1-0, pois a equipa quis ser fiel ao que tem feito. Não nos parecia fazer sentido abordar o jogo de outra maneira, com um bloco baixo. O adversário foi forte, organizado e vertiginoso. Agrediu-nos quando teve que agredir e criou-nos dificuldades nesses momentos.”
As entradas de Rodrigo Mora e Deniz Gül
“Ali já não havia muito a fazer, era preciso ter gente a tentar encontrar espaços e mais presença na área para um jogo mais flanqueado e direto. Fomos tentando, tivemos vários remates, alguns enquadrados e outros nem tanto. A estatística não nos alimenta o ego, queríamos era ganhar. Parabéns ao adversário.”
Pecados coletivos
“O jogo não se ganha no talento, ganha-se na mentalidade. O meu arrependimento é zero de quem entrou. Trabalho com eles diariamente e sei tudo o que eles me dão. Não penso que tenha sido por aí, pecámos sobretudo coletivamente.”
FC Porto candidato a vencer a Liga Europa?
“Se pudesse, não chutava para canto, chutava para fora do estádio. É um peso demasiado elevado para um plantel muito jovem e com muita gente nova. Queremos é ganhar dia a dia, semana após semana, o resto é consequência do trabalho e de uma mentalidade Porto. Tropeçámos, mas temos que nos levantar, pois isto é para quem se levanta rápido.”
O futuro é já no domingo
“Os campeões têm que dar passos em frente e quem veste a camisola do FC Porto não pode ficar a chorar no molhado. Sou o responsável pela derrota e assumo-a sem qualquer tipo de reserva. No FC Porto já é difícil empatar, quanto mais perder.”
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