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joaovilasboas

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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Mas porque é que perguntas isso? Achas que alguém só porque não concorda com os teus valores merece ser tratado como nada ou como lixo ou como peões nas jogadas de outros?
Eu não, acho que pessoas que vivem a sua vida sem ativamente prejudicarem a vida dos outros têm todo o direito a poder dormir na sua cama sem recear que podem não acordar, seja por bombardeamentos Israelitas, seja por rockets do Hezbollah seja por atentados bombistas do Hamas. Qual é a dúvida?

Digo-te mais toda esta violência de ambos os lado só gera mais extremistas, seja os israelitas a criar mais soldados para o Hamas seja o Hamas a criar mais israelitas com a vontade de exterminar os Palestinianos. Quem não vê isto é cego.
Os meus valores? Mencionei todos os beligerantes do conflito, independentemente dos meus valores. Aliás, mais próximo dos meus valores está Israel e foi logo o primeiro exemplo que dei.

Isso é, com todo o respeito uma posição ingénua. Se me perguntares se eu apoiaria esses bombardeamentos, rockets ou atentados, digo-te que só em circunstâncias extremamente pontuais. Devo salientar que, desde que nasci, não me recordo de uma que o exigiria (no que concerne ao mundo ocidental).

Valorizo muito a vida da pessoa humana para atentar contra uma, seja ela qual for, excetuando os casos em que um delinquente cometa um crime grave contra a minha família ou amigos mais próximos.

Outra questão é: importar-te-ias com essas mortes? Lamento-as, mas não me incomodam tanto quanto as de crianças e de pessoas bem-intencionadas porém ignorantes.

Imaginemos que existiam eleições em Israel este ano. A meu ver, quem votasse novamente no Bibi sabia ao que vinha e, portanto, teria de arcar com a consequência lógica dessa escolha - a continuação da guerra e a sua possível morte.

Do mesmo modo penso em relação ao palestino que apoia o Hamas sabendo que se trata de uma organização terrorista e reconhecendo os seus atos horrendos.

Idem para um apoiante do Trump nestas eleições; compreendo e não julgo em 2016, tolero em certos casos em 2020 e afigura-se-me altamente reprovável em 2024.

A solução é a paz, até aí concordamos, mas vamos ser rigorosos: tal nunca acontecerá, no máximo um cessar-fogo. Mesmo assim, os colonatos continuariam e o terrorismo perpetuar-se-ia. Eventualmente, guerra novamente.

Retornando ao mote inicial da discussão - não perderia o meu sono a pensar na perda das vidas de indivíduos que apoiam esses regimes sabendo o que eles são. O mesmo é dizer que incomodam-me e atormentam-me, grosso modo, a morte dos civis, no entanto não de todos.

Simplesmente não consigo perdoar quem age com dolo.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança
Sim, houve ocasiões em que muçulmanos saíram em massa às ruas para protestar contra o terrorismo. Embora essas manifestações não sejam sempre amplamente cobertas pela comunicação social, aqui estão alguns exemplos de eventos significativos em que muçulmanos protestaram contra o terrorismo:

1. Marcha dos Muçulmanos em Paris (2015):
  • Após o ataque ao Charlie Hebdo em janeiro de 2015, milhares de muçulmanos juntaram-se à grande marcha de solidariedade em Paris, junto com líderes mundiais e cidadãos franceses, para condenar o terrorismo. Muitos muçulmanos participaram dessa marcha, carregando cartazes com frases como "Not in My Name" e "Je Suis Charlie", mostrando seu repúdio ao extremismo.
2. Marcha de Líderes Muçulmanos na Alemanha (2017):
  • Em junho de 2017, cerca de 10.000 pessoas, incluindo líderes e membros da comunidade muçulmana, participaram n uma marcha na cidade de Colônia, na Alemanha, para protestar contra o terrorismo. O evento, organizado por grupos islâmicos, ocorreu após uma série de ataques terroristas na Europa, com o slogan "Mãos fora do terrorismo". Os manifestantes queriam deixar claro que o Islão não tolera o terrorismo.
3. "Marcha dos Muçulmanos" contra o Terrorismo na Europa (2017):
  • Um grupo de cerca de 60 imãs e líderes muçulmanos de diferentes países europeus organizou uma "Marcha dos Muçulmanos" contra o Terrorismo, viajando de autocarro por várias cidades europeias (incluindo Paris, Berlim, Bruxelas e Londres) para condenar o terrorismo e os ataques do Estado Islâmico. Essa iniciativa foi amplamente divulgada como uma demonstração de que os líderes muçulmanos europeus rejeitam veementemente o extremismo.
4. Marchas no Reino Unido (após o ataque em Manchester - 2017):
  • Após o ataque terrorista em Manchester, a comunidade muçulmana participou de várias marchas e vigílias públicas em apoio às vítimas e em condenação ao terrorismo. Muitas organizações muçulmanas, como o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha, estiveram envolvidas em atos de solidariedade e repúdio aos extremistas.
5. Indonésia - Protestos Contra o Terrorismo (2002 e 2005):
  • Na Indonésia, país com a maior população muçulmana do mundo, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o terrorismo após os atentados em Bali (2002) e em Jacarta (2005). Esses protestos incluíram líderes religiosos e cidadãos comuns expressando seu repúdio aos ataques cometidos em nome do Islão.
6. Marcha "Not in My Name" no Reino Unido (2014):
  • A campanha "Not in My Name", lançada em resposta ao terrorismo do Estado Islâmico (ISIS), levou milhares de muçulmanos a participarem de manifestações e eventos no Reino Unido. Os participantes expressaram que os extremistas não falam em nome da comunidade muçulmana e que seus atos não têm base no Islão.
7. Líbano - Marchas contra o Terrorismo (2015):
  • Após o atentado em Beirute em 2015, muçulmanos libaneses, incluindo sunitas e xiitas, organizaram grandes marchas para condenar o terrorismo. Essa manifestação de unidade entre diferentes seitas do Islã foi um importante ato de repúdio ao extremismo.
8. Atentado em Londres (2005):
  • Líderes muçulmanos do Reino Unido, incluindo o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha, rapidamente condenaram os atentados. Grandes manifestações e declarações públicas de solidariedade às vítimas foram organizadas.
  • Uma fatwa (decreto religioso) foi emitida por estudiosos islâmicos do Reino Unido condenando o terrorismo e afirmando que tais atos eram "haram" (proibidos) no Islão.
9. Condenação Global do Estado Islâmico (ISIS):
  • Organizações e países de maioria muçulmana ao redor do mundo, como Arábia Saudita, Irão, Turquia, Indonésia e Malásia, condenaram fortemente o ISIS. Grupos islâmicos como a Organização de Cooperação Islâmica (OIC) e líderes religiosos de várias correntes do Islão denunciaram as atrocidades cometidas pelo ISIS, afirmando que o grupo não representava o Islã.
  • A Al-Azhar, uma das mais respeitadas instituições de ensino islâmico do mundo (no Egito), frequentemente emitiu declarações condenando o terrorismo e distanciando o Islão dos atos extremistas.

10. Manifestos e Movimentos de Paz:
  • Em vários países como o Paquistão, Malásia, Turquia, Indonésia, e em toda a África, líderes muçulmanos e estudiosos islâmicos têm repetidamente condenado o terrorismo em sermões, conferências e declarações públicas. O clérigo paquistanês Muhammad Tahir-ul-Qadri até emitiu uma fatwa global contra o terrorismo, uma das mais abrangentes, em 2010.

Esses exemplos mostram que, embora nem sempre receba o mesmo nível de cobertura mediática que os ataques em si, houve várias manifestações em massa de muçulmanos ao redor do mundo para protestar contra o terrorismo. A ideia de que os muçulmanos não condenam o terrorismo ou não se manifestam contra ele é equivocada e reflete, em parte, uma falta de visibilidade dessas iniciativas em alguns meios de comunicação.

Mas há mais:
1. Marcha Muçulmana contra o Terrorismo em Londres (2017)
  • Após o ataque à Ponte de Londres em junho de 2017, milhares de muçulmanos britânicos participaram de protestos e vigílias condenando o terrorismo. Muçulmanos também participaram de uma manifestação chamada "One Love Manchester" para prestar homenagem às vítimas e repudiar o extremismo. Grupos como o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha reiteraram sua posição clara contra o terrorismo.
2. Protestos no Paquistão contra o Talibã e o Terrorismo (2014)
  • Após o ataque devastador do Talibã a uma escola militar em Peshawar, no Paquistão, que matou mais de 140 pessoas (incluindo muitos estudantes), houve enormes protestos em todo o país. Milhares de paquistaneses, incluindo muitos muçulmanos, marcharam para condenar o terrorismo e os grupos extremistas que cometem atos de violência em nome do Islão. Esse ataque uniu o país em repúdio ao extremismo violento.
3. Protestos na Tunísia contra o Terrorismo (2015)
  • Após os ataques terroristas ao Museu do Bardo em Tunis e à praia de Sousse em 2015, milhares de tunisianos, incluindo líderes muçulmanos, marcharam em massa pelas ruas de Túnis para condenar o terrorismo. A população tunisiana se uniu em solidariedade às vítimas e para reafirmar o compromisso do país com a paz e a tolerância.
4. Protesto Muçulmano em Itália contra o Terrorismo (2016)
  • Em 2016, milhares de muçulmanos italianos participaram de uma manifestação chamada "Not in My Name" em Roma, Milão e outras cidades para protestar contra o terrorismo após os atentados em Paris e Bruxelas. Eles levaram cartazes com mensagens como "O Islão é Paz" e "Muçulmanos Contra o Terrorismo", destacando que o terrorismo não reflete os ensinamentos da religião.
5. Marcha dos 100 Imãs na Europa (2017)
  • Um grupo de cerca de 100 imãs e líderes religiosos muçulmanos de diferentes países europeus organizou uma marcha que percorreu várias cidades europeias, como Paris, Bruxelas e Londres, em 2017, condenando veementemente o terrorismo. A iniciativa buscava reafirmar a posição de líderes muçulmanos contra o extremismo e demonstrar que o Islão não justifica atos de violência.
6. Protestos em Marrocos contra o ISIS (2015)
  • Em resposta aos ataques do ISIS (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, milhares de marroquinos saíram às ruas de Rabat em 2015, em uma manifestação organizada por grupos islâmicos e partidos políticos, para condenar o terrorismo. A população manifestou-se contra os grupos terroristas que deturpam o Islão para justificar suas ações violentas.
7. Manifestação de Muçulmanos na Indonésia (2016)
  • Em 2016, dezenas de milhares de muçulmanos indonésios marcharam em Jacarta, a capital da Indonésia, para protestar contra a violência e o terrorismo que estava assolando o mundo. O foco da marcha foi mostrar que os muçulmanos indonésios estavam unidos na rejeição do extremismo, afirmando que o Islã é uma religião de paz e que o terrorismo deve ser condenado.
8. Vigílias e Protestos após o Atentado na Nova Zelândia (2019)
  • Embora o ataque de Christchurch tenha sido um ato de terrorismo contra muçulmanos, líderes e comunidades muçulmanas ao redor do mundo também o usaram como uma oportunidade para reafirmar sua condenação ao terrorismo em todas as suas formas. Em países como a Austrália, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia, líderes muçulmanos participaram ativamente de vigílias e eventos públicos denunciando tanto o terrorismo contra muçulmanos quanto o terrorismo em geral, independentemente das vítimas ou dos autores.
9. Marcha Muçulmana em Nova York (2016)
  • Em 2016, a comunidade muçulmana de Nova York organizou uma grande marcha chamada "Muslims Against Terrorism", reunindo centenas de muçulmanos americanos para condenar os ataques terroristas que ocorreram no Ocidente e no mundo muçulmano. Eles destacaram que o Islão prega a paz e que os terroristas não representam a fé islâmica.
10. Marcha no Senegal Contra o Terrorismo (2015)
  • No Senegal, um país com uma maioria muçulmana, houve uma grande marcha em 2015 organizada por líderes religiosos e civis para condenar o terrorismo após os atentados de Paris e a crescente ameaça do Boko Haram e do ISIS na região. Os manifestantes sublinharam a necessidade de solidariedade global contra o terrorismo.
11. Protesto no Quênia contra o Al-Shabaab (2015)
  • Após o ataque à Universidade de Garissa, no Quênia, em 2015, em que o grupo extremista Al-Shabaab matou 148 estudantes, milhares de quenianos, incluindo muitos muçulmanos, saíram às ruas de Nairóbi e outras cidades quenianas para protestar contra o terrorismo. Eles marcharam para mostrar que os terroristas não tinham lugar no país e que o extremismo violento não era representativo dos muçulmanos quenianos.

Mas há mais:

1. Protestos Muçulmanos na Turquia Contra o ISIS (2015)
  • Em 2015, na Turquia, um país de maioria muçulmana, milhares de cidadãos marcharam em Istambul e Ankara para condenar os atentados terroristas cometidos pelo ISIS na região, além de ataques em outras partes do mundo. Esses protestos também contaram com a participação de grupos muçulmanos e clérigos que se posicionaram firmemente contra o terrorismo e a violência do ISIS.
2. Protestos de Muçulmanos no Egito Contra o Terrorismo (2014-2015)
  • No Egito, milhares de muçulmanos saíram às ruas em 2014 e 2015 para protestar contra os ataques terroristas na Península do Sinai e em outras áreas do país. No Cairo, as manifestações reuniram líderes religiosos, cidadãos e acadêmicos que condenaram os ataques realizados pelo grupo terrorista Ansar Beit al-Maqdis, afiliado ao ISIS. O Al-Azhar, a principal autoridade religiosa do país, também liderou condenações formais ao terrorismo.
3. Protestos no Afeganistão Contra o Talibã (2019)
  • Em 2019, após uma série de ataques terroristas cometidos peloTalibã e pelo Estado Islâmico no Afeganistão, milhares de muçulmanos afegãos, incluindo famílias das vítimas, saíram às ruas para condenar os atos de violência. Esses protestos ocorreram em Cabul e em outras cidades, com os manifestantes carregando cartazes e entoando slogans contra os grupos extremistas.
4. Marchas Contra o Terrorismo em Bangladesh (2016)
  • Em Bangladesh, após o ataque terrorista em um café em Daca em 2016, que resultou na morte de 22 pessoas, houve protestos em massa em várias cidades do país. Estudantes, líderes religiosos muçulmanos e ativistas se uniram para condenar o terrorismo. Líderes islâmicos de Bangladesh reiteraram que o Islã é uma religião de paz e que os extremistas não representam a verdadeira fé muçulmana.
5. Protestos de Muçulmanos na Índia (2015)
  • Em 2015, em resposta ao crescimento da violência terrorista na Índia, milhares de muçulmanos indianos participaram de protestos em cidades como Nova Deli e Mumbai. A comunidade muçulmana da Índia expressou seu repúdio contra o terrorismo, principalmente após ataques do Lashkar-e-Taiba e outros grupos extremistas.
6. Protesto em Marrocos Contra o Terrorismo (2003)
  • Após os atentados de Casablanca em 2003, que deixaram dezenas de mortos, dezenas de milhares de marroquinos, incluindo muitos muçulmanos, saíram às ruas para condenar o terrorismo. Os protestos ocorreram em diversas cidades marroquinas, e os manifestantes exigiram a punição dos extremistas responsáveis pelos atentados.
7. Manifestações no Irão Contra o Terrorismo (2015-2016)
  • Em 2015 e 2016, o Irão viu grandes manifestações contra o terrorismo, especialmente em repúdio às ações do ISIS no Iraque e na Síria. O governo iraniano, clérigos xiitas e cidadãos comuns saíram às ruas em cidades como Teerão para condenar os ataques terroristas e expressar solidariedade com as vítimas de violência extremista em todo o Oriente Médio.
8. Protestos de Muçulmanos em Arábia Saudita Contra o Terrorismo (2004-2015)
  • Na Arábia Saudita, várias manifestações contra o terrorismo ocorreram entre 2004 e 2015, especialmente após uma série de ataques cometidos pela Al-Qaeda e, posteriormente, pelo ISIS. Muçulmanos sauditas participaram de protestos em Riad e em outras cidades, expressando seu repúdio aos extremistas. O governo saudita e autoridades religiosas condenaram veementemente o terrorismo em nome do Islã.
9. Manifestações na Jordânia Contra o ISIS (2015)
  • Em 2015, após o assassinato brutal de um piloto jordaniano pelo ISIS, milhares de jordanianos, incluindo muitos muçulmanos, saíram às ruas de Amã para condenar o terrorismo e o extremismo. A rainha Rania da Jordânia participou de uma dessas manifestações, reforçando o repúdio popular ao terrorismo e a solidariedade com as vítimas.
10. Protestos na Malásia e Indonésia (2016)
  • Na Malásia e na Indonésia, duas das maiores nações muçulmanas do mundo, houve várias marchas e manifestações organizadas por líderes religiosos e civis contra o terrorismo. Após o ataque em Jacarta em 2016, grandes protestos em ambas as nações condenaram a violência extremista e expressaram o compromisso de combater o terrorismo.

11. Manifestação de Muçulmanos na Dinamarca contra o Terrorismo (2015)
  • Em Copenhague, após um ataque terrorista a um evento sobre liberdade de expressão e a uma sinagoga em 2015, muçulmanos dinamarqueses participaram de vigílias e manifestações, condenando os atos de violência. A comunidade muçulmana da Dinamarca organizou protestos com faixas que diziam "Não em nosso nome", reforçando que o Islão não apoia o extremismo.
12. Vigílias e Protestos em Suécia (2017)
  • Após o atentado com um camião em Estocolmo em abril de 2017, a comunidade muçulmana da Suécia organizou vigílias e participou de protestos em condenação ao terrorismo. Líderes muçulmanos suecos emitiram declarações fortes contra o ataque, enfatizando que os extremistas não representam a fé islâmica. Manifestações de paz ocorreram em várias partes da cidade, com a participação de cidadãos muçulmanos.
13. Protestos de Muçulmanos em Holanda (2015)
  • Em 2015, após os ataques terroristas em Paris, a comunidade muçulmana da Holanda organizou uma série de eventos e manifestações para expressar solidariedade com as vítimas e condenar o terrorismo. Esses protestos ocorreram em cidades como Amsterdão e Roterdão, e foram liderados por associações islâmicas que destacaram o compromisso dos muçulmanos holandeses com a paz.
Eu disse em massa..... não falei de meia dúzia de gatos pingados
 

StrecherBearer

Tribuna
25 Julho 2018
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Leiria
  • Bobby Robson
Os meus valores? Mencionei todos os beligerantes do conflito, independentemente dos meus valores. Aliás, mais próximo dos meus valores está Israel e foi logo o primeiro exemplo que dei.

Isso é, com todo o respeito uma posição ingénua. Se me perguntares se eu apoiaria esses bombardeamentos, rockets ou atentados, digo-te que só em circunstâncias extremamente pontuais. Devo salientar que, desde que nasci, não me recordo de uma que o exigiria (no que concerne ao mundo ocidental).

Valorizo muito a vida da pessoa humana para atentar contra uma, seja ela qual for, excetuando os casos em que um delinquente cometa um crime grave contra a minha família ou amigos mais próximos.

Outra questão é: importar-te-ias com essas mortes? Lamento-as, mas não me incomodam tanto quanto as de crianças e de pessoas bem-intencionadas porém ignorantes.

Imaginemos que existiam eleições em Israel este ano. A meu ver, quem votasse novamente no Bibi sabia ao que vinha e, portanto, teria de arcar com a consequência lógica dessa escolha - a continuação da guerra e a sua possível morte.

Do mesmo modo penso em relação ao palestino que apoia o Hamas sabendo que se trata de uma organização terrorista e reconhecendo os seus atos horrendos.

Idem para um apoiante do Trump nestas eleições; compreendo e não julgo em 2016, tolero em certos casos em 2020 e afigura-se-me altamente reprovável em 2024.

A solução é a paz, até aí concordamos, mas vamos ser rigorosos: tal nunca acontecerá, no máximo um cessar-fogo. Mesmo assim, os colonatos continuariam e o terrorismo perpetuar-se-ia. Eventualmente, guerra novamente.

Retornando ao mote inicial da discussão - não perderia o meu sono a pensar na perda das vidas de indivíduos que apoiam esses regimes sabendo o que eles são. O mesmo é dizer que incomodam-me e atormentam-me, grosso modo, a morte dos civis, no entanto não de todos.

Simplesmente não consigo perdoar quem age com dolo.
Ok, vamos tentar pornos na pele de um dono de uma mercearia em Gaza que até votava contra o Hamas. devido ao que se passou Israel bombardeou a cidade onde vivia e perdeu a casa, o negócio e todos os pertences. Depois Israel bombardeou o campo de refugiados onde se tinha retirado para fugir da guerra e matou a mulher os filhos, os pais e os amigos. Achas estranho que uma pessoa assim decida tornar-se extremista contra Israel, com um ódio visceral que até aceite ser um bombista suicida?

E ao contrário o mesmo, uma vítima de um atentado do Hamas em Israel que perde a família toda?

A culpa é destas pessoas que perdem a cabeça depois de uma guerra inútil de 70 anos ou é dos líderes que tomam decisões que vivem em segurança com as famílias e que só estão preocupados com o poder e com o dinheiro próprio?
 

joaovilasboas

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  • José Maria Pedroto
Ok, vamos tentar pornos na pele de um dono de uma mercearia em Gaza que até votava contra o Hamas. devido ao que se passou Israel bombardeou a cidade onde vivia e perdeu a casa, o negócio e todos os pertences. Depois Israel bombardeou o campo de refugiados onde se tinha retirado para fugir da guerra e matou a mulher os filhos, os pais e os amigos. Achas estranho que uma pessoa assim decida tornar-se extremista contra Israel, com um ódio visceral que até aceite ser um bombista suicida?

E ao contrário o mesmo, uma vítima de um atentado do Hamas em Israel que perde a família toda?

A culpa é destas pessoas que perdem a cabeça depois de uma guerra inútil de 70 anos ou é dos líderes que tomam decisões que vivem em segurança com as famílias e que só estão preocupados com o poder e com o dinheiro próprio?
Não creio que o milhão de israelitas que votaram no Bibi tenham perdido a família toda. Isso são exceções.

Concomitantemente, não existem eleições em Gaza, o que por si só torna ridículo alguém apoiar o Hamas. Além disso, é suposto eu lamentar a morte de um bombista suicida, mesmo que tenha perdido os entes queridos? Não, eu quero que ele arda no inferno, lamento é a morte da mulher, dos filhos, dos pais e dos amigos.

Uma pessoa pode tornar-se extremista contra Israel e não optar por ser um bombista suicida ou um terrorista. Pode ser um "mero" soldado, sem atacar os civis da outra nação. Se tivesse nessa situação, seria o que faria; por qual motivo inexplicável iria assassinar/violar inocentes? Caso não houvesse a opção de ser um mero soldado, mais valia suicidar-me sem matar ninguém. Ou então seria um bombista suicida contra o exército inimigo.

A culpa é dos líderes e de quem os apoia. Não é como se o Bibi não apresentasse essa agenda genocida com clareza, enganando o povo - não, ele sempre foi rigoroso nos seus objetivos, sempre disse ao que vinha. Quem o apoiou sabendo disso terá de arcar com as consequências dessa escolha. Bom, pelo menos aqueles que não são ignorantes ou que não se arrependeram entretanto.
 

SUPERMLY

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14 Setembro 2017
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Estás a fazer uma confusão grave. A maioria dos indivíduos que Israel assassinou não eram combatentes, eram líderes políticos do Hezbollah, que provavelmente nunca mataram uma mosca na vida. Portanto aquilo não foi eliminar terroristas, foi assassinar inimigos políticos. Espero que consigas perceber a diferença.
Isso é verdade para todas as guerras.
A maioria das vítimas eram civis.
 

Cheue

12 Maio 2016
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Retornando ao mote inicial da discussão - não perderia o meu sono a pensar na perda das vidas de indivíduos que apoiam esses regimes sabendo o que eles são. O mesmo é dizer que incomodam-me e atormentam-me, grosso modo, a morte dos civis, no entanto não de todos.

Simplesmente não consigo perdoar quem age com dolo.
a questão é que mesmo nesses casos são coisas que passam de geração em geração, basicamente...
é um ciclo de ódio.

uma criança não decide sozinha que odeia os judeus e que quer que Israel despareça do mapa, mas é algo que vai passando.

antissemitismo puro e duro que até foi importado da Europa...
"eles mataram Jesus" - é a frase ridícula e ignorante que, no fundo, deu origem a tudo isto.
mais o ressentimento pela criação de Israel e já se estava a ver no que ia dar.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Para haver um acordo é preciso, por definição, que ambas as partes estejam dispostas a fazer algumas cedências. O que é que Israel se mostrou disposto a ceder nos últimos 40 anos? Nada.
Aliás, o único líder israelita que fez menção de ceder qualquer coisita aos palestinianos acabou assassinado.
Mas concordo que historicamente só a força bruta é que resolve conflitos de interesses entre países. E claro que Israel tem consciência desse facto, e também de que é muito mais forte do que os seus adversários.
Os palestinianos não cederam nada durante 76 anos, nem com indicações da ONU porque os israelitas têm de ceder agora?
Porque se tornaram a civilização dominante?
Totobola a terça feira é muito fácil...
 
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Dagerman

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Os palestinianos não cederam nada durante 76 anos, nem com indicações da ONU porque os israelitas têm de ceder agora?
Porque se tornaram a civilização dominante?
Totobola a terça feira é muito fácil...
Para ceder algo, tens de possuir algo. Isto por definição. O direito dos palestinianos áquelas terras nunca foi reconhecido, ao contrário do que aconteceu com os judeus.
E é mentira que os palestinianos não estivessem dispostos a fazer cedências. Aliás, nem tinham alternativa. Mas israel não quer cedências, quer a capitulação absoluta dos palestinos e o estabelecimento do Grande Israel.
 

Almadedragao

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Quando se fala nos civis inocentes de Gaza surge-me sempre uma dúvida.
Estamos a falar dos inocentes que saíram à rua para festejar o 7 de outubro ou dos inocentes que tinham e ainda têm reféns israelitas escondidos nas suas casas ?
 

Vlk

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3 Junho 2014
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Quando se fala nos civis inocentes de Gaza surge-me sempre uma dúvida.
Estamos a falar dos inocentes que saíram à rua para festejar o 7 de outubro ou dos inocentes que tinham e ainda têm reféns israelitas escondidos nas suas casas ?
Na pior das hipóteses estamos a falar em todos os que têm no máximo uns 10 anos de idade.
Menos de 10 anos, chega para serem inocentes?!?!?
 
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joaovilasboas

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a questão é que mesmo nesses casos são coisas que passam de geração em geração, basicamente...
é um ciclo de ódio.

uma criança não decide sozinha que odeia os judeus e que quer que Israel despareça do mapa, mas é algo que vai passando.

antissemitismo puro e duro que até foi importado da Europa...
"eles mataram Jesus" - é a frase ridícula e ignorante que, no fundo, deu origem a tudo isto.
mais o ressentimento pela criação de Israel e já se estava a ver no que ia dar.
Cheue, não foi importado da Europa. Se tu fores ler a Bíblia, tu vês que o antissemitismo existia no próprio médio oriente e no norte de África.

E a frase não é ridícula...ou melhor, é ridícula no sentido em que generaliza uma etnia / religião, mas de facto o sumo sacerdote de Israel e outros estiveram envolvidos na morte de Jesus.

Na Europa medieval, arranjaram-se desculpas religiosas para perseguir judeus, quando na verdade tratavam-se de imbróglios de ordem política e financeira.

Convém salientar que liberdade religiosa é um conceito bastante novo na nossa história...quer dizer, até católicos foram perseguidos na Europa (inclusive por um senhor idolatrado em Portugal).

Quanto ao resto, concordo.
 

joaovilasboas

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Para ceder algo, tens de possuir algo. Isto por definição. O direito dos palestinianos áquelas terras nunca foi reconhecido, ao contrário do que aconteceu com os judeus.
E é mentira que os palestinianos não estivessem dispostos a fazer cedências. Aliás, nem tinham alternativa. Mas israel não quer cedências, quer a capitulação absoluta dos palestinos e o estabelecimento do Grande Israel.
Não, nem os palestinos nem os judeus querem cedências...várias oportunidades existiram para firmar a paz e sempre falharam, umas vezes por culpa de uma parte, outras por culpa de outra.

Além disso, nos anos 40 foi proposta a criação de um Estado árabe na Palestina...os líderes árabes recusaram.
 

Cheue

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Cheue, não foi importado da Europa. Se tu fores ler a Bíblia, tu vês que o antissemitismo existia no próprio médio oriente e no norte de África.

E a frase não é ridícula...ou melhor, é ridícula no sentido em que generaliza uma etnia / religião, mas de facto o sumo sacerdote de Israel e outros estiveram envolvidos na morte de Jesus.

Na Europa medieval, arranjaram-se desculpas religiosas para perseguir judeus, quando na verdade tratavam-se de imbróglios de ordem política e financeira.

Convém salientar que liberdade religiosa é um conceito bastante novo na nossa história...quer dizer, até católicos foram perseguidos na Europa (inclusive por um senhor idolatrado em Portugal).

Quanto ao resto, concordo.
o antissemitismo começou a ser mais 'mainstream' no mundo islâmico no final do séc. 19 e inicio do séc. 20, foram buscar vários "argumentos" ao antissemitismo na Europa - especialmente através dos protocolos dos sábios de Sião.

quanto à frase...é ridícula a partir do momento que jesus também era judeu, o que torna tudo isto ainda mais confuso e estupido.