Não considero isso assim.
Se fosse um patrocínio, teriamos de dividir o valor pelos 25 anos.
Mas isto é a venda de uma participação. A Ithaka fica imediatamente com 30% portanto creio que o dinheiro deverá ser contabilizado nas contas deste ano...
Mas isto é a minha leitura de leigo...
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Não estou a dizer que não vá ser contabilizado por inteiro neste exercício.
Escrevi que não sabia como irá ser incorporado.
Agora, o dinheiro corresponde à venda de uma participação de 30% relativa a 25 anos.
A gestão, independentemente da forma como essa entrada de dinheiro irá contabilisticamente ser integrada, tem que ser feita tendo isso em conta.
O pensamento não pode ser que o dinheiro é para resolver o atual exercício.
Isso seria a direção anterior, que vivia no curto prazo, iludindo associados e adeptos.
O pensamento correto é que esse dinheiro tem que ser muito bem administrado.
As pessoas têm que ter a noção que não há muito mais por onde nos agarrarmos.
As receitas televisivas não chegam, as receitas da UEFA e as mais-valias dos jogadores são incertas, umas vezes existem outras não.
Metade do estádio já está na Sad.
Agora são 30% das receitas comerciais a 25 anos.
Daqui a 2 ou 3 anos, vendemos outros 30% para resolvermos os problemas de curto-prazo, vulgo "empurrar com a barriga"?
Não podemos andar nesta vida.
É esse o ponto.
Não adianta responsabilizarmos a direção anterior pela sua gestão errática e miserável e agora acharmos que o dinheiro da Ithaka é para "resolver" as contas de 1 (!) época.
Ou queremos que o Clube se reerga e posteriormente, a médio-prazo, suba vários outros patamares (aqueles onde já deveríamos estar há muito) e fazemos por isso, ou então vamos continuar nesta vida ad-eternum, iludidos e constantemente afundados e resignados.
Eu por mim, sei muito bem onde quero que o meu Clube esteja daqui a 5 anos, daqui a 10 anos.