A crónica da saída anunciada. Fecha-se um ciclo, faça-se uma breve reflexão.
SC pegou numa equipa falida que ninguém quis, nas vésperas do penta pré-anunciado, e ganhou um campeonato à tripeiro. Na falta de carne, comeram-se as tripas, e que rica feijoada eles nos serviu. A primeira temporada de SC foi de sonho. Transformou sapos em príncipes, amassou adversários, reanimou a chama do dragão e escapou galhardamente aos tentáculos do Polvo.
Na segunda temporada, o Polvo reagiu e o SC já não teve a mestria do ano anterior. Perdeu uma vantagem significativa, perdeu no Dragão o jogo que podia ter encerrado prematuramente o campeonato, e o Polvo banqueteou-se com as ofertas que se seguiram.
Terceira temporada, ainda sob intervenção, e escudado pelos mesmos de sempre, com acrescentos apressados em cima do Krasnodar, virou a mesa, e voltou a ganhar o título que muitos queriam que fosse para o COVID, mas ficou no Dragão. E ainda ganhou a Taça.
Quarta temporada, talvez esgotado pela repetição, correu sempre atrás da falta de ideias, da falta de futebol, com os mesmos, até à exaustão. Na CL fez-se a exceção e quase excecional foi derrotado por um treinador que tinha no banco o que o SC não tinha em campo.
Não haverá uma quinta temporada.
Agradeço-lhe as muitas vitórias que conquistou e os títulos, agradeço o reanimar da chama do dragão, e o elevar do clube na Europa. As maiores felicidades, menos contra o NGC.
