Vamos lá ver uma coisa:
Obviamente que o Porto tem de salvaguardar os seus interesses. Afinal de contas, tem um jogador - um activo do clube - ao qual paga ordenado e que não está a trabalhar.
Acho que todos nós compreendemos que estamos perante uma situação em que a entidade empregadora sai prejudicada e faz todo o sentido que o clube queira ver resolvida.
Mas também é preciso ter em consideração que não vivemos tempos ditos normais. E que há problemas maiores que precisam de ser resolvidos e esclarecidos.
Eu não conheço o Nakajima mas acredito piamente que ame tanto o futebol como eu. E que ame a sua profissão como qualquer outro profissional.
O facto de se ter afastado - fazendo jus ao que tem sido notícia - para salvaguardar a saúde dos seus, deve ser, para ele, um enorme sacrifício. É que está a abdicar de fazer aquilo que mais gosta pondo mesmo em causa a sua carreira desportiva em detrimento do bem estar da mulher e dos filhos.
Sei que o clube e os adeptos não têm culpa disso nem podem achar tudo normal pois correriamos o sério risco de mais jogadores usarem isso como desculpa, mas um bocadinho de compreensão e bom senso não ficavam mal a ninguém.
O que neste momento está a acontecer é ataques constantes ao profissionalismo e carácter de um jogador de enorme qualidade (não vale a pena vir com as tangas do costume porque este já o provou!) quando este deve estar a viver um dos maiores dilemas da sua vida: família ou futebol.
Eu sou portista. Quero que os interesses do clube, e consequentemente os meus, sejam salvaguardados. Quero o Naka de volta aos relvados.
Mas acima de tudo, gostava que estes casos de suposta indisciplina tão recorrentes no último triénio acabassem e voltasse à normalidade ao clube. Sem folclores e sem aceitações de grupo.
É pedir muito?
