Draconem disse:
Não é possível descer mais baixo, não é. Pelo menos até à próxima entrevista que der.
Mente por completo quando diz que o FC Porto não pagou comissão pelo Rolando na venda ao Marselha. Primeiro, pagámos 123 mil euros de comissão ao Nápoles. Para o Inter houve dupla comissão, 75 mil do Inter e 73,8 mil do FC Porto. E teve direito a receber 10% da venda ao Marselha, 150 mil. Mas ei, se calhar não chama a isto comissão, chama a isto «percentagem de receita da futura venda».
Mente quando diz que o Rolando era um peso morto que ninguém queria. Chegou a ter propostas de 12M, só que não eram apresentadas pelo empresário que a SAD queria. Como o Rolando nunca quis mudar, queimaram-lo no clube. Depois fizeram dele o vilão, uma imagem que pegou muito bem. Escusado será dizer que o empresário cabo-verdiano dele teve problemas com o Xaninho.
Conta Paulo Teixeira, amigo de Rolando:
Muita gente perguntando o que ocorreu na sexta-feira 11 no saguão do hotel Tiara Park Atlantic, na cidade do Porto, após a notícia veiculada pelo jornal Correio da Manhã. Vou contar a minha versão dos fatos. Seguinte:
Peppino Tirri, mandatado pela AS Roma , João José (o Jota), representante de Rolando e eu, uomo-mercato desta operação, traçávamos uma deliciosa feijoada no restaurante Alto Astral, contíguo ao hotel. Na impossibilidade de encontrar o diretor-geral do FC Porto, Antero Henrique, para lhe apresentar a proposta do clube italiano, sugeri ao Jota:
Já que o presidente Pinto da Costa te disse que ele tomou o comando desta operação e não queria Anteros nela, liga então pra ele.
Jota saiu do restaurante e ligou pro homem.
Voltou lívido.
Liguei e disse ao presidente que estávamos a almoçar aqui ao lado, que tinha um clube e precisava falar com ele. Ele perguntou qual era o valor da proposta, falei 4 milhões. Ele respondeu que o Rolando só saía por 10.
Fomos para o hotel, Jota e eu sentamos no saguão. Pouco depois, Alexandre Pinto da Costa e seu fiel escudeiro (e sócio) Pedro Pinho, entram e dirigem-se à nossa mesa. Fiquei surpreso. Quem os tinha chamado? A cidade do Porto tem 371 hóteis repertoriados, como souberam que estávamos neste?
Primeira cobrança do fiel escudeiro, dirigida a Jota:
Porque é que o mandato do Besiktas veio em nome do Paulo Teixeira (efetivamente, no início de junho o clube turco autorizou-me a fechar o Rolando e esse mandato eu havia-o transmitido ao Alexandre).
Explicação dada, dirigi-me ao Alexandre:
O Peppino tá descendo do quarto.
Segunda cobrança (Alexandre), desta vez dirigida ao Peppino:
Então tu vens a Portugal e não me dizes nada?????
Resposta do italiano:
E tu, quando vais a Milão, ligas pra mim? Não vou com a tua cara, és muito arrogante.
A conversa prosseguiu por quase duas horas, versando sobre Antero Henrique e seus supostos negócios paralelos, seu agente de confiança Mohamed Afzal e muito sobre o atacante colombiano Jackson Martinez.
Alexandre:
O Pompeo (empresário do Jackson) não foi sério. Reunimos-nos todos naquela noite (janeiro) no vosso hotel, fechamos um acordo e depois ele foi-se juntar ao Afzal. Mas fiquem a saber de uma coisa. Ele ainda vai ter que vir comer na minha mão, porque o último a assinar a saída do jogador é o meu pai.
Sobre Rolando, disse o Alexandre:
O jogador faltou ao respeito ao meu pai. Foi-lhe dito que ia ser o capitão, que o clube contava com ele. O Porto queria renovar-lhe o contrato por mais quatro anos, imaginem a comissão.
Resposta do Jota:
Rolando não faltou ao respeito a ninguém. Teu pai foi educadamente informado que ele não queria ficar mais, que o ciclo dele no clube estava encerrado. Pelos vistos, ninguém o quis ouvir
Pra fazer a história curta, já em tempo de despedidas.
Alexandre:
Então digam lá ao Afzal que traga 10 milhões e depois vá resolver com o meu pai.
Afastou-se e voltou, repetindo a mesma coisa. Afastou-se de novo e retornou, dedo em riste, dizendo a mesma coisa.
O sangue subiu, meu fio cruzou, entrei em curto. E falei:
Olha aqui, Alexandre, tu és um mentiroso do caralho. Em janeiro pediste-me que te trouxesse o agente do Jackson, que tinhas um clube na Inglaterra pra ele. Eu trouxe. Tu tinhas porra nenhuma.
Entrou na dança o fiel escudeiro, empurra pra lá, empurra pra cá. Briga é assim mesmo, se dá e se leva. Solicitei as imagens do circuito interno de segurança, tira-teima.
Mas o pior foi na rua, pra onde os arruaceiros foram levados pela segurança do hotel. Enquanto o fiel escudeiro me chamava de 'preto' o predador intelectual urlava:
Na minha cidade???? Eu mando aqui quatro tipos pra acabar com ele.
Consta lá na queixa-crime.
Entretanto, tocou o celular e o Alexandre gritava:
Pai, não sabes com quem o Jota se meteu. Com uns V-A-G-A-B-U-N-D-O-S!